Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nathália França ENDOCRINOLOGIA PLACENTAR HORMÔNIOS POLIPEPTÍDICOS Produzidos pelo sinciciotrofoblasto. Gonadotrofina coriônica humana Hormônio lactogênio placentário (hPL) Ativina e a inibina Hormônio de crescimento placentário humano (hPGH) hCG: duas subunidades, α e β, ligadas por forças iônicas e hidrofóbicas (Figura 5.5). A subunidade α é idêntica às subunidades α dos hormônios glicoproteicos hipofisários: hormônio foliculestimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH) e hormônio tireoestimulante (TSH). As subunidades b dos hormônios glicoproteicos são únicas e conferem a eles as suas propriedades biológicas e imunológicas. Aumento rápido até a 4ª semana. Dobram seus valores em 2-3 dias. Pico em 10 semanas. O hCG refere-se, na verdade, a 4 moléculas independentes produzidas por células distintas e cada uma delas com função própria FUNÇÃO: promover a produção de progesterona pelo corpo lúteo gravídico, até 3 a 4 semanas após a implantação. Depois desse prazo as células do sinciciotrofoblasto na placenta passam a assumir a produção de progesterona, até então realizada pelo corpo lúteo gravídico (transferência lúteo-placentária). O hCG hipofisário mimetiza a ação do LH durante o ciclo menstrual estimulando o corpo amarelo. Níveis de beta-hCG acima de 1.000 mUI/ml asseguram a presença de gestação em 95% dos casos, enquanto elevações acentuadas podem estar relacionadas à gestação múltipla ou à neoplasia trofoblástica gestacional. Por outro lado, a elevação inferior ao esperado ou a diminuição dos valores quantitativos de beta-hCG no início da gestação impõem a suspeita de gravidez anormal como, por exemplo, gestação ectópica ou abortamento. GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA HORMÔNIO LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO Membro da família gênica do hormônio do crescimento/prolactina, com 96% de homologia com o hormônio de crescimento humano (GH) e 67% com a prolactina (PRL). A despeito de sua homologia ao GH e à PRL. Pode ser detectado no plasma materno com 3 semanas de gestação, crescendo sua concentração até o termo. É o maior hormônio secretado pela placenta, atingindo a produção de 1 g/dia no termo. Seu aumento ao longo da gestação segue a evolução da massa placentária. FUNÇÃO: hPL tem atividade lactogênica e, no crescimento, muito reduzida. O hPL funciona como antagonista da insulina, induzindo resistência periférica a esse hormônio, e aumenta a lipólise e a proteólise da mãe, promovendo fonte adicional de glicose e aminoácidos para serem transportados para o feto. ATIVINA E INIBINA A ativina circula no sangue materno ligada à proteína folistatina. A ativina no sangue materno aumenta a sua concentração significativamente após 20 semanas, mas a grande elevação ocorre antes do início do parto, a termo ou de pré-termo. FUNÇÃO: A inibina e a ativina também exercem funções parácrinas na placenta. INIBINA “para” a estimulação do hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH) no sinciciotrofoblasto para a produção de hCG. ATIVINA estimula a produção de prostaglandinas pelas membranas fetais, potencializa a secreção de hCG GnRH-estimulada. A ativina parece aumentar a liberação de hCG e de progesterona. Esses eventos regulatórios parecem ser paralelos àqueles da hipófise, onde a ativina promove a liberação do FSH, enquanto a inibina apresenta efeito contrário. HORMÔNIO DO CRESCIMENTO PLACENTÁRIO HUMANO Parece que o hPGH tem como função estimular a produção de fator de crescimento insulina-like 1 (IGF-1), que, por sua vez, suprime o GH hipofisário na segunda metade da gravidez. O IGF-1 tem importante papel modulador no crescimento fetal ao aumentar o transporte de aminoácidos e glicose. RELAXINA É produzida pelo corpo lúteo, pela placenta e pela decídua. Durante a gravidez, toda a relaxina circulante na mãe parece ser originada do corpo lúteo. Entre as atividades biológicas da relaxina destacam-se: remodelação do colágeno, amolecimento da cérvice materna e do sistema reprodutivo inferior e inibição da contratilidade uterina. Todavia, a relaxina circulante não demonstra ser necessária para a manutenção da gestação ou do parto normal. HORMÔNIO LIBERADOR DA GONADOTROFINA Secretado pelo citotrofoblasto, esse hormônio estimula o sincício a produzir hCG e esteroides que, por sua vez, inibem a sua produção por feedback negativo. Pode ser detectado no plasma materno com 20 semanas da gestação, e seus níveis aumentam nas fases finais da gravidez, com acréscimo rápido nas semanas que precedem o parto. Todos esses dados sugerem que o CRH placentário possa estar envolvido no determinismo do parto e que o “relógio placentário” controle a duração da gravidez humana. HORMÔNIO LIBERADOR DA GONADOTROFINA Nathália França ENDOCRINOLOGIA PLACENTAR
Compartilhar