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ANATOMIA DA REGIÃO CERVICAL 2

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ANATOMIA DA REGIÃO CERVICAL 
Elaborado por Antonio Carlos de Almeida Barbosa Filho 
Monitor do Módulo OMF II – Medicina, CESMAC 
 
 O Pescoço tem o formato de um cilindro e é a região que se interpõe entre a Cabeça e o Tórax, 
servindo como meio de união entre estas. É uma área de passagem de vasos, nervos, Medula Espinal e do 
eixo aerodigestivo (vísceras do Sistema Respiratório e Vísceras do Sistema Digestório). 
 Há vários músculos no Pescoço, que movimentam tanto a Coluna Vertebral quanto a cabeça. Ainda, 
a musculatura do Pescoço aumenta a área visual e auditiva ao fazer com que a cabeça gire em direção ao 
estímulo visual ou auditivo. 
 
Limites do Pescoço: 
Limite Superior: linha que parte do Mento, percorre a Borda Inferior da Mandíbula, Processo Mastóide e 
termina na Protuberância Occipital Externa (bilateralmente). 
Limite Inferior: parte superior do Manúbrio Esternal, Clavículas e uma linha que vai da Articulação 
Acromioclavicular até o Processo Espinhoso de C VII. 
 
OBS: C VII é a transição entre o Pescoço e o Tórax. Assim, faz parte do Limite Inferior do Pescoço e também 
do Limite Superior do Tórax, que é uma linha imaginária que vai do Processo Espinhoso de C VII até a parte 
superior do Manúbrio Esternal. 
 
 A importância anátomo-clínica do Pescoço se dá por haver uma 
grande quantidade de elementos passando em uma área relativamente 
pequena. Exemplos: Medula Espinal, Nervo Vago (NC X), Nervo Frênico, 
Cadeia do Simpático, Plexo Braquial (entre o Músculo Escaleno Anterior e 
o Músculo Escaleno Médio), Faringe, Esôfago, Traqueia, Glândulas 
Submandibulares, Glândula Tireóide, Glândulas Paratireoides Superiores 
(direita e esquerda) e Glândulas Paratireoides Inferiores (direita e 
esquerda), Artérias Carótidas Comuns, Artérias Carótidas Internas, Artérias 
Carótidas Externas, Artérias Subclávias, Veias Jugulares Internas, Veias 
Jugulares Externas, Veias Jugulares Anteriores e Veias Subclávias. 
 O Desfiladeiro é um espaço entre a Clavícula e a Primeira Costela 
e que comunica o Pescoço com os Membros Superiores. Pode ocorrer a 
Síndrome do Desfiladeiro, patologia que se dá pela a compressão do Plexo 
Braquial, Artéria Subclávia e Veia Subclávia. 
 
Zonas Anatômicas do Pescoço: 
São 3 zonas, muito utilizadas na Clínica. A zona de menor número é mais caudal e a zona de maior número, 
mais cranial. São elas: 
 
Zona III: 
Vai da Base do Crânio até a Mandíbula; 
É uma zona difícil de ser explorada no ferimento; 
Uma lesão na Zona III geralmente atinge a Medula 
Espinal e pode atingir a Artéria Carótida Interna. 
 
Zona II: 
Vai da Borda Inferior da Mandíbula (ou do Ângulo da 
Mandíbula) até a Cartilagem Cricóide; 
78% dos ferimentos do Pescoço ocorrem na Zona II; 
Possui uma grande área em que podem ser lesadas 
vísceras, vasos e nervos. Por exemplo: Faringe, 
Laringe, Esôfago, Artéria Carótida Comum e Veia 
Jugular Externa. 
 
Zona I: 
Vai da Cartilagem Cricóide até a Fossa Supraclavicular; 
Uma lesão na Zona I pode atingir os vasos Subclávios e pode ocorrer, também, lesão da Pleura. 
 
 
Regiões do Pescoço: 
O Pescoço pode ser dividido em 3 regiões, de cada lado. Para isso, são levados em consideração dois 
músculos nessa divisão: o Músculo Esternocleidomastóideo e o Músculo Trapézio. São as regiões: 
Região Cervical Anterior: fica entre a Linha Mediana, Borda Inferior da Mandíbula e Borda Anterior do 
Músculo Esternocleidomastóideo. 
Região Cervical Lateral: situada entre a Borda Posterior do Músculo Esternocleidomastóideo, Clavícula e 
Borda Anterior do Músculo Trapézio. 
Região Cervical Posterior: compreende o Músculo Trapézio. Ou seja, está situada entre a Borda Anterior 
do Músculo Trapézio e seu limite inferior é uma linha imaginária que vai da Articulação Acromioclavicular 
até o Processo Espinhoso de C VII. É a região denominada de “nuca”. 
 
 
 
 A Pele do Pescoço é bastante móvel, fina e sensível devido à sua inervação, sendo rica em glândulas 
sebáceas e sudoríparas. As linhas de clivagem são transversas ou oblíquas e, portanto, uma incisão para 
remover a Glândula Tireóide ou numa traqueostomia, não será vertical, mas sim transversal. 
 
Os Elementos de Referência são divididos em: 
→ Ósseos: Mandíbula, Processo Mastóide (do Osso Temporal), Osso Hióide, Incisura Jugular e 
Protuberância Mentoniana (linha média da Mandíbula). 
→ Cartilagíneos: Proeminência Laríngea (linha média da Cartilagem Tireóide, conhecida popularmente 
como “Pombo de Adão”) e Cartilagem Cricóide. 
→ Musculares: As duas origens do Músculo Esternocleidomastóideo e a Margem Anterior do Músculo 
Trapézio. 
→ Vasculares: Veia Jugular Externa (cruza o Músculo Esternocleidomastóideo). 
 
Se, durante uma palpação do Pescoço ao longo da linha mediana, desde o Mento até a Incisura Jugular, 
a sequência das estruturas seria: Mento, Corpo do Osso Hióide, Proeminência Laríngea, Cartilagem 
Cricóide, Istmo da Glândula Tireóide, 4ª e 5ª Cartilagens Traqueais e Incisura Jugular do Esterno. 
 
Músculo Platisma 
O Músculo Platisma é superficial. 
Origem: Na Cútis (pele) da parte mais alta da região peitoral e na parte anterior do ombro; 
Inserção: Na Borda Inferior da Mandíbula e na Cútis da face; 
Ação: Ao se contrair, o Músculo Platisma traciona a Mandíbula e o Ângulo da Boca para baixo; 
Inervação: Ramo Cervical do Nervo Facial (NC VII). 
 
 A drenagem venosa superficial se dá pelas Veias Jugulares Externas e pelas Veias Jugulares 
Anteriores. Os nervos superficiais provêm do Plexo Cervical. São eles: Nervo Occipital Menor, Nervo 
Auricular Magno, Nervo Cervical Transverso e Nervo Supraclavicular. 
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjG88OckLPbAhWPnJAKHTukBNQQjRx6BAgBEAU&url=https://br.pinterest.com/pin/414120128229196658/&psig=AOvVaw0mTRieZlo1Xwwyo9IgESSe&ust=1527965225426160
 OBS: Na Borda Lateral do Músculo Esternocleidomastóideo há o Ponto Nervoso do Pescoço, que é 
o local onde se faz um bloqueio anestésico para cirurgia de estruturas superficiais. Localiza-se na junção do 
1/3 médio com o 1/3 superior do Músculo Esternocleidomastóideo. 
 
Músculo Esternocleidomastóideo 
É um músculo bíceps, ou seja, possui duas cabeças de origem. 
Origens: 
1. À nível da Clavícula; 
2. À nível do Manúbrio Esternal. 
Entre as duas origens e a Clavícula, há uma pequena área triangular denominada de Triângulo de Sedilot, 
cuja importância é a de que, através dele, pode ser feita uma punção venosa central, acessando tanto a 
Veia Subclávia quanto a Veia Jugular Interna. 
Inserção: No Processo Mastóide do Osso Temporal; 
Ação: Quando um lado é contraído, faz a flexão lateral da cabeça e gira a face para o lado. Ao contrair os 
dois lados, pode-se fazer a flexão ou a extensão da cabeça. 
Inervação: Nervo Acessório (NC XI). 
O Músculo Esternocleidomastóideo divide o Pescoço em dois triângulos: Trígono Anterior e Trígono 
Posterior. 
 
• TRÍGONO POSTERIOR: 
Anteriormente: Margem Posterior do Músculo Esternocleidomastóideo; 
Posteriormente: Margem Anterior do Músculo Trapézio; 
Inferiormente: 1/3 médio da Clavícula. 
 
O Trígono Posterior, juntamente com o Trígono Anterior, é cruzado por um músculo digástrico 
chamado de Músculo Omo-Hióideo (vem da Escápula e se prende ao Hióide). O “omo” vem de Omoplata, 
como era chamada a Escápula. O Músculo Omo-Hióideo possui dois ventres, sendo um Ventre Inferior e 
um Ventre Superior, e passa por trás do Músculo Esternocleidomastóideo. 
O Trígono Posterior, dessa forma, é dividido em outros 2 triângulos pelo Ventre Inferior do Músculo 
Omo-Hióideo, de forma que: 
- Acima do Ventre Inferior do Músculo Omo-Hióideo: Triângulo Occipital; 
- Abaixo do Ventre Inferior do Músculo Omo-Hióideo: Triângulo Supraclavicular. 
 
Triângulo Occipital 
Anteriormente: Margem Posterior do Músculo Esternocleidomastóideo; 
Posteriormente: Margem Anterior do Músculo Trapézio; 
Inferiormente: Ventre Inferior do Músculo Omo-Hióideo. 
 
Assoalho: 
Músculo Escaleno Anterior; 
Músculo Escaleno Médio; 
Músculo Escaleno Posterior; 
Músculo Levantador daEscápula; 
Músculo Esplênio da Cabeça. 
 
Conteúdo: 
Artéria Occipital; 
Artéria Cervical Transversa; 
Nervo Acessório (NC XI); 
Linfonodos. 
 
Triângulo Supraclavicular 
Anteriormente: Margem Posterior do Músculo Esternocleidomastóideo; 
Superiormente: Ventre Inferior do Músculo Omo-Hióideo; 
Inferiormente: 1/3 médio da Clavícula. 
 
Assoalho: 
Músculo Escaleno Anterior; 
Primeira digitação do Músculo Serrátil Anterior. 
 
Conteúdo: 
Artéria Subclávia; 
Plexo Braquial; 
Linfonodos Supraclaviculares; 
Junção da Veia Jugular Externa com a Veia Subclávia. 
 
 Em cirurgias de Membro Superior, faz-se um Bloqueio de Plexo, feito exatamente no Triângulo 
Supraclavicular. O cuidado se dá em não perfurar a Pleura numa inspiração forçada, além de não perfurar 
a Artéria Subclávia e a Veia Subclávia. 
 Na região do Triângulo Supraclavicular são encontrados os Linfonodos Supraclaviculares, que 
normalmente não são palpáveis e quando aumentam de tamanho, são chamados de linfonodos sentinelas. 
Muitas vezes, o sinal de um tumor maligno de Tireóide, Mama, Fígado, Estômago e Pulmão, está nos 
linfonodos sentinelas. Se estiver aumentado, faz-se uma biópsia. O Sinal de Troisier se dá com o aumento 
do Linfonodo de Troisier no Trígono Supraclavicular Esquerdo, sendo sugestivo de neoplasias abdominais. 
 
 
 
• TRÍGONO ANTERIOR: 
Anteriormente: Linha Mediana; 
Superiormente: Borda Inferior da Mandíbula e parte do Ângulo da Mandíbula; 
Posteriormente: Margem Anterior do Músculo Esternocleidomastóideo. 
 
 O Músculo Digástrico possui um Ventre Anterior, um Tendão Intermediário e um Ventre Posterior. O 
Músculo Estilo-Hióideo começa no Processo Estilóide do Osso Temporal e se insere no Osso Hióide afrente 
do Ventre Posterior do Músculo Digástrico. 
Dois músculos passam pelo Trígono Anterior. São eles: Ventre Superior do Músculo Omo-Hióideo e 
Músculo Digástrico (Ventre Anterior e Ventre Posterior). Com isso, o Trígono Anterior é dividido, de cada 
lado, em 3 triângulos e 1 meio triângulo. 
 
 
 
 
 
Triângulo Muscular ou Triângulo Carótico Inferior 
Anteriormente: Linha Mediana; 
Superiormente: Ventre Superior do Músculo Omo-Hióideo; 
Posteriormente: Margem Anterior do Músculo Esternocleidomastóideo. 
 
Recebe esse nome porque são músculos infra-hióideos que formam o seu conteúdo, excetuando-se o 
Músculo Omo-Hióideo, cujo Ventre Superior é um limite. 
 
Conteúdo: 
Artéria Tireóidea Superior (ramo da Artéria Carótida Externa) e Artéria Tireóidea Inferior (ramo do Tronco 
Tireocervical); 
Nervos recorrentes laríngeos e ramo externo laríngeo superior; 
Linfonodos; 
Vísceras medianas do corpo. 
 
MÚSCULOS INFRA-HIÓIDEOS: 
 
Músculo Esterno-Hióideo 
É o maior deles; 
Origem: parte posterior do Manúbrio; 
Inserção: no Osso Hióide; 
Ação: desloca o Hióide para baixo durante a deglutição. 
 
Músculo Esterno-Tireóideo 
É posterior ao Músculo Esterno-Hióideo; 
Origem: parte posterior do Manúbrio; 
Inserção: Cartilagem Tireóide; 
Ação: abaixa a Laringe durante a deglutição. 
 
Músculo Tireo-Hióideo 
É a continuação do Músculo Esterno-Tireóideo e é um músculo pequeno; 
Origem: Cartilagem Tireóide; 
Inserção: Osso Hióide; 
Ação: aproxima a Laringe ao Osso Hióide e a Epiglote oclui o Ádito da Laringe durante a deglutição. 
 
Músculo Omo-Hióideo 
No Triângulo Muscular ou Triângulo Carótico Inferior, não está contido e apenas delimita. Possui dois 
ventres, sendo um músculo digástrico; 
Origem: na Borda Superior da Escápula; 
Inserção: no Osso Hióide; 
Ação: abaixa o Osso Hióide durante a deglutição. 
 
Os músculos infra-hióideos são inervados pela alça cervical. 
 
Triângulo Carótico 
Superiormente: Ventre Posterior do Músculo Digástrico; 
Posteriormente: Margem Anterior do Músculo Esternocleidomastóideo; 
Inferiormente: Ventre Superior do Músculo Omo-Hióideo. 
 
 Recebe o nome de Triângulo Carótico por conter a Artéria Carótida Comum, Artéria Carótida Externa 
e Artéria Carótida Interna. 
 
Conteúdo: 
Artéria Carótida Comum, Artéria Carótida Externa e Artéria Carótida Interna; 
Seio e Glomo Caróticos; 
Ramos da Artéria Carótida Externa; 
Veia Jugular Interna; 
Nervo Vago (NC X); 
Nervo Laríngeo Superior; 
Bainha Carotídea. 
Triângulo Submandibular 
Superiormente: Borda Inferior da Mandíbula; 
Anteriormente: Ventre Anterior do Músculo Digástrico; 
Posteriormente: Ventre Posterior do Músculo Digástrico. 
 
Assoalho: 
Músculo Hioglosso (um dos músculos da Língua); 
Músculo Milo-Hióideo (diafragma da boca). 
 
Conteúdo: 
Glândula Submandibular, Glândula Sublingual e parte da Glândula Parótida; 
Nervo Lingual e Nervo Hipoglosso (NC XII); 
Artéria Lingual, Artéria Facial e Ramo Submentual da Artéria Facial; 
Veia Facial; 
Linfonodos Submandibulares. 
 
Triângulo Submentual 
Laterais: Ventres Anteriores dos Músculos Digástricos; 
Inferior: Osso Hióide. 
 
É o único triângulo ímpar. 
 
Assoalho: 
Músculo Milo-Hióideo. 
 
Conteúdo: 
Formação das Veias Jugulares Anteriores; 
Ramo Submentual da Artéria Facial; 
Linfonodos Submentuais. 
 
 
 
 
 
 
MÚSCULOS SUPRA-HIÓIDEOS: 
 
Músculo Digástrico 
Origem: no Processo Mastóide do Osso Temporal; 
Inserção: na Mandíbula na Fossa Digástrica; 
Ação: abaixa a Mandíbula (abre a boca) e traciona o Osso Hióide para cima, além de abaixar e elevar o 
Músculo Milo-Hióideo. 
 
Músculo Estilo-Hióideo 
Origem: no Processo Estilóide do Osso Temporal; 
Inserção: no Corpo e no Corno Maior do Osso Hióide; 
Ação: desloca o Hióide para trás e para cima na deglutição; 
Inervação: Nervo Facial (NC VII); 
O Músculo Estilo-Hióideo cruza anteriormente o Ventre Posterior do Músculo Digástrico. 
 
Músculo Milo-Hióideo 
Origem: na face interna do Corpo da Mandíbula e Corpo do Hióide; 
Inserção: Rafe Mediana; 
Ação: abaixa a Mandíbula e o Hióide e eleva a Língua. 
 
Músculo Genio-Hióide 
Origem: na Espinha Mentual; 
Inserção: no Corpo do Osso Hióide; 
Ação: abaixa a Mandíbula e move o Hióide para frente e para cima; 
Inervação: C1 e C2; 
É um músculo de forma cilíndrica. 
 
Músculo Hioglosso 
Origem: no Corpo e Corno Maior do Osso Hióide; 
Inserção: na margem lateral da Língua; 
Ação: movimenta a Língua para baixo e para trás; 
Inervação: Nervo Hipoglosso (NC XII); 
É um músculo extrínseco da Língua. 
 
 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj8m9LI7rPbAhWCjpAKHbd1DC0QjRx6BAgBEAU&url=https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-pescoco/&psig=AOvVaw3ReHmTh2dDrONDtLEL7QdI&ust=1527990555925514
Fáscias Cervicais: 
São constituídas de Tecido Conjuntivo Frouxo e a importância se dá por facilitarem o deslizamento das 
estruturas cervicais. Podem servir como via de disseminação de infecções que podem se propagar para a 
Axila, Membros Superiores e Tórax. 
A fáscia é dividida em três folhetos: 
- Fáscia Cervical Superficial ou Fáscia Cervical de Revestimento; 
- Fáscia Pré-Traqueal; 
- Fáscia Pré-Vertebral. 
 
Fáscia Cervical Superficial ou Fáscia de Revestimento 
Envolve o Pescoço como um todo, formando um cilindro; 
Envolve as estruturas mais superficiais; 
Origem: da linha mediana da Nuca, da Protuberância Occipital Externa, dos Processos Espinhosos das 
Vértebras Cervicais, da linha Nucal superior e do Ligamento Nucal; 
Inserção: na Clavícula, parte do Esterno, na Espinha Escápula e no Acrômio da Escápula. 
 
Fáscia Pré-Traqueal 
Recobre anteriormente e posteriormente as vísceras medianas do Pescoço, delimitando o compartimento 
visceral, onde estão a Faringe, Laringe, Traqueia, Esôfago, Glândula Tireóide e Glândulas Paratireóides, 
passando por trás dos músculos infra-hióideos (Músculo Esterno-Hióideo, Músculo Esterno-Tireóideo, 
Músculo Tireo-Hióideo e Músculo Omo-Hióideo), formando um espaço entre as vísceras e os músculos, 
chamado Espaço Pré-Traqueal, que se comunica com a Face e, dessa forma, um abscesso dentário pode 
descer para o Pescoço; 
Quando a Fáscia Pré-Traqueal passa por trás da Faringe e do Esôfago, recebe o nome de Fáscia Buco-
Faríngea, de onde vai para a Face para envolver o Músculo Bucinador formando sua Bainha.Ou seja, a 
Fáscia Buco-Faríngea está atrás da Fáscia Pré-Traqueal e também se comunica com o Pescoço. 
 
Fáscia Pré-Vertebral 
Este espaço é importante porque, como vai do Osso Temporal até o Mediastino Posterior, uma infecção no 
Pescoço pode descer para o Membro Superior, passando pelo Desfiladeiro, ou para o Mediastino; 
O Espaço Retrofaríngeo está entre a Fáscia Bucofaríngea e a Fáscia Pré-Vertebral e também estabelece 
uma comunicação com o Músculo Bucinador. Por isso, uma infecção na bochecha pode descer para o 
Pescoço; 
A Fáscia Pré-Vertebral se propaga para formar a Bainha Axilar, que envolve os vasos axilares. 
 
Bainha Carotídea: 
Envolve a Artéria Carótida Comum, Nervo Vago e Veia Jugular Interna e é formada a partir da contribuição 
das 3 fáscias; 
Lateralmente: quando a Fáscia Cervical Superficial envolve o Músculo Esternocleidomastóideo; 
Medialmente: a partir da Fáscia Pré-Traqueal; 
Posteriormente: a partir da Fáscia Pré-Vertebral. 
 
 
Glândula Tireóide 
Do grego thyreós, que significa escudo e oidés, forma. 
 
 A Glândula Tireóide está situada na porção anterior e inferior do Pescoço no nível da Vértebra C V 
até a Vértebra T I e é delimitada por relevos palpáveis, como a Laringe, Manúbrio Esternal e Bordas Mediais 
dos Músculos Esternocleidomastóideos. 
 A parte posterior da Tireóide abraça o eixo visceral aerodigestivo e, durante a deglutição, se projeta 
adiante e torna-se mais facilmente palpável. É a maior glândula endócrina e está presente em todos os 
vertebrados; 
 Pesa entre 25 a 30 gramas e está envolta por uma cápsula fibrosa, derivada da Fáscia Pré-Traqueal. 
É formada por dois lobos situados lateralmente à Laringe e Traqueia (Lobo Direito da Tireóide e Lobo 
Esquerdo da Tireóide), que são unidos pelo Istmo da Glândula Tireóide, que cruza a 2ª, 3ª e 4ª 
Cartilagens Traqueais. O Lobo Piramidal é uma variação anatômica com formato de pirâmide que se 
direciona cranialmente; 
 São três hormônios produzidos: T3 (Triiodotironina), T4 (Tetraiodotironina ou Tiroxina) e Calcitonina, 
que são essenciais para o crescimento, desenvolvimento e metabolismo. A liberação ocorre na baixa de T3 
ou T4 e o Hipotálamo libera o TRH que vai estimular a Hipófise a liberar o TSH. 
 
 Distúrbios da função: 
 - Bócio Endêmico: aumento da Glândula Tireóide por carência de Iodo; 
 - Bócio Esporádico: devido ao bloqueio na formação de Tiroxina; 
 - Hipotireoidismo: Cretinismo (deficiência mental e alterações no crescimento) e Mixedema 
(intolerância ao frio, aumento do peso, diminuição da força, fala lenta, palidez, edema periorbitário e 
bradicardia); 
 - Hipertireoidismo: Bócio Exoftálmico (geralmente devido à distúrbios emocionas, olhos salientes) e 
Adenoma Tóxico (sintomatologia é de emagrecimento, nervosismo, taquicardia, fadiga, diarreia e tremor). 
 
 Cada Lobo da Tireóide tem: 
 Dimensões: 5cm de comprimento, 3cm de largura e 2cm de espessura; 
 Faces: Face Anterolateral, Face Posteromedial e Face Posterior; 
 Polos: Polo Superior e Polo Inferior. 
 
Irrigação da Glândula Tireóide: 
Artéria Tireóidea Superior: ramo da Artéria Carótida 
Externa; 
Artéria Tireóidea Inferior: ramo do Tronco 
Tireocervical, oriundo da primeira porção da Artéria 
Subclávia; 
Artéria Tireóidea Ima: é uma variação anatômica, 
mais comum originada da Artéria Braquiocefálica. 
 
Drenagem Venosa: 
Veia Tireóidea Superior drena para a Veia Jugular 
Interna; 
Veia Tireóidea Média drena para a Veia Jugular 
Interna; 
Veia Tireóidea Inferior drena para o Tronco Venoso 
Braquiocefálico. 
 
Drenagem Linfática: 
Drenam para os Linfonodos Pré-Laríngicos, Linfonodos Pré-Traqueais e Linfonodos Para-Traqueais. 
 
Inervação: 
Cadeia do Simpático e Nervo Vago (NC X). 
 
Relações da Glândula Tireóide: 
Anteriores: Pele, Músculo Platisma, Fáscia de Revestimento, Músculo Esternocleidomastóideo, Músculo 
Esterno-Hióideo, Músculo Esterno-Tireóideo e Músculo Omo-Hióideo; 
Póstero-Mediais: Laringe, Traqueia, Esôfago, Nervo Laríngeo Recorrente e Glândulas Paratireóides; 
Póstero-Laterais: Bainha Carotídea e Cadeia do Simpático. 
Glândulas Paratireóides 
 
 Situam-se na superfície posterior dos lobos da Tireóide. Ou seja, posteriormente à Tireóide. Estão 
em número de 4 (dois pares), estando duas em cada lobo. O peso é de 50mg e a coloração é amarelo-
castanho; 
 Dimensões: 5mm de comprimento, 3mm de largura e 2mm de espessura; 
 As Glândulas Paratireóides secretam Paratormônio (PTH), cuja produção depende do nível de Cálcio 
no sangue e a ação é a de aumentar os níveis de Cálcio e Magnésio, além de absorver os mesmos. Aumenta 
a reabsorção óssea. A falta do Paratormônio provoca a Tetania, que é o espasmo involuntário dos músculos. 
 Há dois sinais clínicos da retirada das Paratireóides: 
 - Sinal de Chvostek: estimula o Nervo Facial (NC XII) e o indivíduo entra em espasmo da Face. 
 - Sinal de Trousseau: coloca-se um tensiômetro após a cirurgia, insufla e quando há compressão 
arterial, a musculatura do Carpo entra em espasmo. 
 
Irrigação das Paratireóides: 
Artéria Tireóidea Superior: ramo da Artéria Carótida 
Externa; 
Artéria Tireóidea Inferior: ramo do Tronco Tireocervical, 
oriundo da primeira porção da Artéria Subclávia; 
Artéria Tireóidea Ima: é uma variação anatômica, mais 
comum originada da Artéria Braquiocefálica. 
 
Drenagem Venosa: 
Veias Paratireóideas, que drenam para o Plexo Venoso 
Tireóideo 
 
Drenagem Linfática: 
Linfonodos Cervicais Profundos e Linfonodos Paratraqueais. 
 
Inervação: 
Cadeia do Simpático e Nervo Vago (NC X).

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