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bioética Princípios da bioética O filósofo Tom L. Beauchamp e o filósofo e teólogo James F. Childress podem ser considerados os primeiros grandes estudiosos de bioética. Eles escreveram um tratado de bioética chamado Princípios de ética biomédica, considerada obra fundamental por estabelecer os primeiros princípios de um trabalho bioético. Eles dizem especificamente do tratamento médico, da utilização de seres humanos em pesquisas científicas e da relação paciente e médico ou enfermeiro. No entanto, tais princípios podem ser estendidos a qualquer relação bioética. No livro, os princípios levantados pelos filósofos são: Princípio da não maleficência: nunca o paciente ou a cobaia de testes pode ser prejudicado. Existem exceções, por exemplo quando um tratamento pode desencadear algum tipo de prejuízo, mas há, no fim, um benefício maior e desejável. Princípio da beneficência: o utilitarismo, corrente filosófica desenvolvida pela primeira vez pelos filósofos ingleses Jeremy Bentham e John Stuart Mill, diz que uma ação ética é aquela que provoca o maior benefício ao maior número de pessoas, além de minimizar o dano. Para Beauchamp e Childress, uma relação bioética não pode ser diferente. Profissionais de saúde e pesquisadores que utilizem a vida em suas pesquisas devem ser utilitaristas. Princípio da autonomia: toda pessoa busca a sua autonomia. Beauchamp e Childress buscaram essa ideia de autonomia no filósofo iluminista alemão Immanuel Kant para defender que o paciente deve ser autônomo e decidir se ele aceita ou não o tratamento médico proposto. Princípio da justiça: recorrendo ao filósofo estadunidense contemporâneo John Rawls, Beauchamp e Childress colocam a justiça como princípio para qualquer ação que se pretenda ética na manipulação da vida. Buscar uma ação justa é fundamental para que qualquer tratamento da vida possa estabelecer-se eticamente.