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Normal; Em tonel ou globoso: aumento exagerado do diâmetro anteroposterior, horizontalização dos arcos costais e abaulamento da coluna dorsal, o que torna o tórax mais curto. Comum em enfisematosos do tipo PP (soprador rosado); Infundibuliforme (pectus excavatum): depressão na parte inferior do esterno e região epigástrica de natureza congênita. Cariniforme (pectus carinatum): o esterno é proeminente e as costelas horizontalizadas, resultando em um tórax que se assemelha ao das aves (tórax de pombo). Pode ser de origem congênita ou adquirida devido a raquitismo na infância; Cifótico: curvatura da coluna dorsal, formando uma gibosidade. Pode ser de origem congênita ou resultar de postura defeituosa, assim como de tuberculose óssea, os teomielite ou neoplasias; Cifoescoliótico: apresenta além da cifose, um desvio da coluna vertebral para o lado (escolioses); Forma do tórax: é observado com o paciente deitado e sentado; Os “sopradores rosados ” são pacientes enfisematosos emagrecidos que tem uma tendência a serem rosados por causa do aumento de produção de células sanguíneas. Além disso, ele adotará uma atitude de respiração em que ele fica com os lábios entreabertos soprando para tentar vencer a resistência das vias aéreas; Já os “tossidores azuis” são pacientes enfisematosos com sobrepeso que recebem esse nome pelo quadro de hipoventilação, a qual leva pouco oxigênio para hemoglobina, levando o paciente a uma leve cianose; semiologia respiratória Inspeção Raquel Jepsen - Medicina PUC Minas Inspeção estática Semiologia Respiratória - Exame Físico Circulação colateral no tórax; Cianose periférica ou central: A cianose central está associada a uma falta de oxigênio do sangue que sai do pulmão e vai para o restante do corpo, pode acontecer em altas altitudes, traumatismo torácico, DPOC e doenças cardíacas. Já a cianose periférica ocorre quando o coração não tem capacidade para mandar sangue suficiente para todo o corpo ou quando a circulação está muito lenta. Baqueteamento digital: pode ser um sinal de hipóxia crônica; Estridor: pode significar obstrução grave por corpo estranho, laringoespasmo pós-extubação, laringotraqueíte (risco eminente de vida) Dispneia suspirosa: caracterizada por uma série de movimentos inspiratórios de amplitude crescente seguidos de expiração breve e rápida. Pode se apresentar também por respiração normal interrompida por suspiros isolados ou agrupados. Geralmente está associado à tensão emocional, como ansiedade e depressão; Outros sinais que devem ser investigados, são: Observar a expansibilidade torácica; Utilização de musculatura acessória: tiragem intercostal, retração diafragmática, retração de fúrcula, batimento de asa de nariz. Indica que o paciente está se esforçando para respirar; Há ruído audível sem estetoscópio? Pacientes com DPOC grave, a expiração, além de prolongada, é difícil, obrigando-os a manter os lábios semicerrados durante a expiração; Padrões respiratórios: Raquel Jepsen - Medicina PUC Minas Inspeção dinâmica Biot: geralmente ocorre em lesão neurológica e é caracterizada por duas fases, a primeira de apneia, seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e à amplitude; Cheyne-Stokes: ritmo caracterizado por uma fase de apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas até atingir o máximo e em seguida de crescer até uma nova apneia e assim, sucessivamente. Também pode estar associada a uma lesão neurológica (hipertensão craniana, AVC e traumatismos cranioencefálicos) ou por uma ICC muito grave, em que os níveis de H+ e CO2 no sangue variam muito; Cantani: caracterizada por incursões muito profundas e muito rápidas na tentativa de colocar mais CO2 pra fora do corpo (alcalose), para amenizar uma acidose metabólica grave. Pode estar presente em casos graves de diabetes descompensada (cetoacidose diabética); Kussmaul: caracterizada por 4 fases, inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com inspirações rápidas de pequena amplitude, apneia na inspiração, expirações ruidosas gradativamente mais profundas alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude e apneia na expiração. Está associado a casos graves de acidose metabólica e sugere um quadro mais grave que Cantani. Raquel Jepsen - Medicina PUC Minas Identificação de regiões de hipersensibilidade; Avaliação das anormalidades observadas; Avaliação adicional da expansão torácica: com a palpação é possível identificar pequenas variações da expansibilidade, sendo este um sinal precoce de anormalidade na caixa torácica, pleura e pulmão adjacente; Avaliação do frêmito toracovocal. Brônquios obstruídos = som não se propaga Expansibilidade dos ápices e bases pulmonares Com o paciente sentado, de frente e de costas para o examinador, com os braços pendentes. Colocam-se as mãos na base do pescoço do paciente de modo que os polegares estejam em posição simétrica. Solicitam-se inspirações e expirações profundas que provocam deslocamento das mãos, o qual deve ser i dêntico em ambos os hemitórax; A palpação é feita com a mão espalmada (região hipotênar) sobre a superfície do tórax e solicitar ao paciente que diga em voz alta “trinta e três”. Deve-se comparar a intensidade das vibrações em regiões homólogas. Frêmito tóraco-vocal Corresponde as vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica; Afecções Pleurais Afastam o pulmão da parede = antipáticas ao FTV Afecções Parenquimatosas Condensação = Melhor propagação sonora = simpáticas ao FTV Causas do aumento do FTV: consolidação (pneumonias) Causas de redução: derrame pleural, pneumotórax, atelectasia Frêmito Brônquico: equivalente tátil dos estertores; vibração de secreções brônquicas Frêmito Pleural: equivalente tátil do atrito entre os folhetos pleurais; processos inflamatórios pleurais; muitas vezes precede o derrame pleural. Raquel Jepsen - Medicina PUC Minas Palpação Som claro pulmonar: presente nas áreas de projeção dos pulmões; Som timpânico: presente no espaço de Traube e, quando ausente, é uma das primeiras manifestações das esplenomegalias, as quais manifestam som maciço; Som maciço: presente na região inferior do esterno (macicez hepática) e na região inframamária direita; Som submaciço: presente na região precordial; Som traqueal: passagem do ar pela fenda glótica e traqueia, zonas de projeção da traqueia. c. expiratório um pouco mais forte e prolongado que o c. inspiratório Som brônquico: som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre/principais; c. expiratório menos intenso. nas áreas de condensação pulmonar, atalectasia, próximas a cavernas superficiais - respiração brônquica substitui MV. Murmúrio vesicular: periferia dos pulmões, representa a turbulência do ar ao passar por cavidades de tamanhos diferentes. c. inspiratório com maior tom e intensidade que o c. expiratório. audível em quase todo o tórax – + forte nas partes anterossuperior, axilar e infraescapular pode ser diminuído pela presença de ar (pneumotórax), líquido (hidrotórax) ou tecido sólido (espessamento pleural) na cavidade pleural; enfisema pulmonar, dor torácica de qualquer etiologia que impeça ou diminua a movimentação do tórax, obstrução das vias respiratórias superiores, oclusão parcial ou total de brônquios ou bronquíolos. Som broncovesicular: brônquico + MV c. inspiratório = c. expiratório audível nas regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da 3ª e 4ª vértebras dorsais Deve-se percutir de forma comparativa e simetricamente as várias regiões. A mão esquerda, com os dedos ligeiramente separados, deve apoiar-se suavemente sobre a parede, e o dedo médio, sobre o qual se percute, exerce apenas uma leve pressão sobre o tórax. Achados: Raquel Jepsen - Medicina PUC Minas Percussão Ausculta Sons normais Roncos: vibração das paredes brônquicas, sons graves, indicam secreção/edema/espasmo nos brônquios; Sibilos: vibrações dasparedes bronquiolares, sons agudos, múltiplos e disseminados; indicam obstrução parcial dos brônquios; Os roncos e os sibilos se originam do estreitamento das paredes brônquicas (broncoespasmo), como ocorre na asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e nas obstruções localizadas. Podem ser achados na inspiração ou na expiração, predominando nessa última. São fugazes e mutáveis, desaparecendo em curto período. Estertores finos: som agudo com curta duração, perceptíveis no final da inspiração, parecido com o “roçar do cabelo” e não se modificam com a tosse. Ele é produzido pela abertura dos alvéolos que anteriormente estavam colabados. Causas: consolidações (pneumonia) e doenças intersticiais (fibrose pulmonar) Estertores grossos: som grave com longa duração, presente na inspiração e na expiração, parecido com o “soprar um canudo no copo de água” e modificam com a tosse. Podem está relacionado com edema agudo de pulmão. Causas: edema agudo de pulmão (congesto – acumulo de líquido) e bronquiectasias. Atrito pleural: ocorre nos casos de pleurite, em que os folhetos da pleura estão recobertos de exsudato, passando a emitir um “rangido” mais comum na lateral do tórax, geralmente acompanhado de dor. O derrame pleural determina o desaparecimento desse som; Estridor: som produzido pela semiobstrução da laringe ou da traqueia, podendo ser causado por difteria, laringites agudas, câncer da laringe e estenose da traqueia; é predominamente inspiratório. Raquel Jepsen - Medicina PUC Minas Sons anormais Raquel Jepsen - Medicina PUC Minas
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