ANATOMIA - 3 Coração

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ANATOMIA 2019.1 
 
Mayara Suzano dos Santos – Turma XIV A | FASM 
ANATOMIA CARDÍACA 
• Mediastino 
o Compartimento central da cavidade torácica, ocupado pela massa de tecido entre as duas cavidades 
pulmonares 
o Estende-se da abertura superior do tórax até o diafragma, do esterno e cartilagens costais até o corpo 
das vértebras torácicas 
o Plano transverso do mediastino: alinhado com o ângulo do esterno 
• Pericárdio → membrana fibrosserosa que cobre o coração e início de seus vasos → é um saco fechado 
formado por duas camadas 
o Localização: entre o plano transverso do mediastino e o diafragma 
PERICÁRDIO FIBROSO PERICÁRDIO SEROSO 
Face externa Face interna 
Proteção do coração Formam a cavidade do pericárdio 
Contínua com o centro tendíneo do diafragma Lâmina parietal 
Membrana serosa 
brilhante que reverte o 
pericárdio seroso 
internamente 
Lâmina visceral 
Também chamado de 
EPICÁRDIO : reveste o 
coração externamente 
(não visível) 
Contínuo com a túnica adventícia dos grandes vasos 
que traqueia 
 
o Seio transverso do pericárdio: é uma passagem transversal dentro da cavidade pericárdica entre os 
dois grupos de vasos (aorta + tronco pulmonar e vv cavas + vv pulmonares) e as reflexões do 
pericárdio seroso ao seu redor → posterior ao primeiro grupo de vasos e anterior a VCS e acima dos 
átrios 
o Seio oblíquo do pericárdio: reflexão do pericárdio seroso ao redor do segundo grupo de vasos → 
posterior à base do coração, formada pelo AE, limitado pela VCI e vv pulmonares 
 
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CORAÇÃO 
Bomba dupla, autoajustável, de sucção e pressão, cujas partes trabalham em conjunto para impulsionar o 
sangue para todos os locais do corpo. 
 
• Camadas das câmaras cardíacas: 
o Endocárdio → fina camada interna (endotélio) ou membrana de revestimento do coração que 
também recobre suas válvulas 
o Miocárdio → camada intermediária helicoidal dupla e espessa, formada por músculo estriado 
cardíaco 
▪ Produzem um movimento de torção para ejeção do sangue 
▪ Fixadas no esqueleto fibroso do coração 
o Epicárdio → camada externa fina (mesotélio) formada pela lâmina visceral do pericárdio seroso 
• Esqueleto fibroso do coração → estrutura complexa de colágeno que forma quatro anéis fibrosos que 
circundam os óstios das valvas 
o Forma o trígono fibroso 
o Funções 
▪ Mantém os óstios das valvas e impedem que sejam excessivamente distendidos pelo aumento 
do volume sanguíneo 
▪ Oferece fixação para as válvulas 
▪ Oferece fixação para o miocárdio 
•Sangue arterial
• Aorta
•Todos os tecidos
•Sangue venoso
•Tronco pulmonar
•Pulmões
•VV pulmonares
•Sangue arterial dos pulmões
•Valva Interventricular E
•VCI e VCS
•Sangue venoso dos tecidos
•Valva interventricular D
AD AE
VEVD
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▪ Forma um isolante elétrico → separa impulsos conduzidos dos átrios aos ventrículos, de forma 
que a contração dessas câmaras seja independente. 
 
 
• Porções do coração: 
o Base (Posterosuperior) 
o Ápice (Anteroinferior) 
o Margem direita 
o Margem esquerda 
o Margem superior 
o Face esternocostal (anterior) → VD 
o Face diafragmática (inferior) → VE e parte de VD 
o Face pulmonar D → AD 
o Face pulmonar E → VE 
ÁTRIO DIREITO 
• Forma a margem direita do coração 
• Recebe sangue venoso da VCS, VCI e seio coronário 
Face diafragmática 
Margem Esquerda Margem Direita 
Margem Superior 
Ápice 
Base 
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• Estruturas pertencentes ao AD: 
o Aurícula D: bolsa muscular que se projeta do AD como uma câmara adicional → aumenta a 
capacidade atrial 
o Seio das veias cavas: porção posterior lisa, onde estão localizados os óstios das 3 veias que recebe 
▪ Óstio da VCS 
▪ Óstio da VCI 
▪ Óstio do seio coronário → entre o óstio da VCI e óstio AV D 
o Músculos pectíneos: porção anterior rugosa 
o Separação das parede atrial lisa e rugosa → externamente chamado de sulco terminal e 
internamente de crista terminal 
o Óstio AV direito: circundado pelo anel fibroso E → local de transferência do sangue para o VD 
o Septo interatrial: separa os átrios 
▪ Fossa oval: depressão no septo, remanescente do forame oval do período fetal 
VENTRÍCILO DIREITO 
• Forma a maior parte da face esterno costal e quase toda a margem inferior 
• Ejeta sangue venoso através do tronco pulmonar 
• Estruturas pertencentes ao VD: 
o Superiormente afunila-se e forma o cone atrial (infundíbulo), que conduz o tronco pulmonar 
▪ Valva do tronco pulmonar está localizada em seu ápice 
o Trabéculas cárneas: elevações musculares irregulares em sua face interna 
o Valva atrioventricular D: composta por 3 válvulas 
▪ Cordas tendíneas fixam-se às margens livres das 3 válvulas e aos mm papilares (projeções 
musculares cônicas com bases fixadas à parede ventricular) 
o Crista supraventricular: separa a parede muscular rugosa de entrada na câmara da parede lisa do 
cone atrial 
o Septo interventricular: divisória muscular e membranácea entre os ventrículos → espessura igual 
ao VE 
▪ Sua parte membranácea está localizada superiormente e forma o septo atrioventricular 
o Trabécula septomarginal: feixe muscular curvo que atravessa o VD pela parte inferior do septo 
interventricular e segue até o m papilar anterior → importante atalho através da câmara que reduz o 
tempo de condução elétrica do VD 
• O sangue faz um trajeto em formato de U no VD → direcionado pela crista supraventricular 
 
 
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ÁTRIO ESQUERDO 
• Forma a maior parte da base do coração 
• Recebe sangue atrial pelas 4 veias pulmonares avalvulares 
• Estruturas pertencentes ao AE 
o Apresenta em sua maior parte parede lisa recoberta pelo endotélio 
o Aurícula E: estrutura muscular, tubular com parede trabeculada (mm pectíneos) 
o Apresenta depressão semilunar na parede interatrial que representa a válvula do forame oval 
o Óstio AV esquerdo transfere sangue arterial ao VD 
VENTRICULO ESQUERDO 
• Forma o ápice do coração, maior parte da face diafragmática, quase toda a sua face pulmonar E e 
margem E 
• Ejeta o sangue arterial através da aorta 
• Estruturas pertencentes ao VE: 
o Paredes cobertas por uma rede de trabéculas cárneas que são mais finas e numerosas que no VD 
o Mm papilares e cordas tendíneas para funcionalidade da valva atrioventricular E composta por 2 
válvulas 
o Parte de saída superoanterior, não muscular, de parede lisa que leva ao óstio da aorta, o vestíbulo da 
aorta 
o Óstio da aorta circundado por anel fibroso no qual estão fixadas a valva aórtica 
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VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL 
• Irrigação arterial 
o aa coronárias são as responsáveis por irrigar o miocárdio e Epicárdio → originam-se dos seios da 
aorta, em sua região proximal, imediatamente superior à valva aórtica, e seguem posteriormente ao 
tronco pulmonar por lados opostos 
▪ ACD anastomosa-se com o ramo circunflexo, após originar o ramo IV posterior 
▪ O ramo IV anterior faz a volta pelo ápice e se anastomosa com o ramo IV posterior 
A CORONÁRIA DIREITA A CORONÁRIA ESQUERDA 
Origem: seio direito da aorta Origem: seio esquerdo da aorta 
Segue pelo sulco coronário para a parte posterior Segue entre aurícula E para o sulco coronário 
Ramos da 
ACD 
1º - Ramo do nó sinoatrial (60%) 
Ramos da ACE 
1º Ramo IV anterior 
2º - Ramo do Cone Atrial 2º Ramo circunflexo 
3º - Ramo Marginal D 
Ramos da IV 
anterior 
Ramo do cone atrial 
4º - Ramo IV posterior Ramo lateral 
5º - Ramos ventriculares D Ramos IV septais 
Ramos da 
IV posterior 
Ramos interventriculares septais Ramos da 
circunflexa 
Ramo marginal E 
Ramo do nó sinoatrial (80%) Ramo posterior do VE 
Estruturasirrigadas 
pela ACD 
AD 
Estruturas 
irrigadas pela 
ACE 
AE 
Maior parte do VD Maior parte do VE 
Face diafragmática do VE Parte do VD 
Nós SA e AV 2/3 anteriores do Septo IV 
1/3 posterior do Septo IV Nó SA (40%) e AV (20%) 
 
o Padrão de irrigação: 
▪ 70% → padrão equilibrado → ACD irriga parte do VE posteriormente 
▪ 15% → padrão esquerdo → majoritariamente irrigado pela ACE 
▪ 15% → padrão direito → majoritariamente irrigado pela ACD 
• Drenagem venosa 
o O seio coronário é a principal veia do coração para onde convergem todas as veias do coração → é 
um canal venoso calibroso que segue da E→D na parte posterior do sulco coronário 
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▪ V cardíaca magna → acompanha o ramo IV anterior desde o ápice do coração e percorre o 
mesmo trajeto do ramo circunflexo até desembocar no seio coronário → drena as áreas supridas 
pela ACE 
▪ V interventricular posterior → acompanha o ramo IV posterior → drena as áreas supridas 
pela ACD 
▪ V cardíaca parva → acompanha o ramo marginal D da ACD → drena as áreas supridas pela 
ACD 
▪ V ventricular E posterior → lateralmente à v IV posterior 
▪ V marginal E → na margem E, lateralmente à V ventricular E posterior 
▪ V oblíqua do AE 
 
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COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO 
Gera e transmite impulsos que produzem as contrações coordenadas do ciclo cardíaco 
• Nó sinoatrial → inicia e controla os impulsos para as contrações cardíacas → marcapasso do coração 
o Localização: subepicárdico próximo a extremidade do sulco terminal, na junção da VCS e AD 
o Pequena reunião de fibras musculares cardíacas especializadas e tecido conectivo fibroelástico 
o Irrigação: a do nó sinoatrial 
o Sistema nervoso autônomo – simpático (estímulo) e parassimpático (inibição); 
o Propaga-se miogenicamente por ambas os átrios, pelas fibras intermodais 
▪ Feixe de Backman: propaga o impulso para o AE 
▪ São outros 3 feixes intermodais no AD 
• Nó atrioventricular → distribui o sinal para o para os ventrículos através do feixe AV 
o Localização: subendocárdico região posteroinferior do septo interatrial próximo a abertura do seio 
coronário 
• Feixe AV → ponte entre o miocárdio atrial e ventricular 
o Localização: segue através do esqueleto fibroso do coração ao longo da parte membranácea do SIV 
o Bifurca-se nos ramos D e E → originam as fibras de purkinje 
• Fibras de Purkinje 
o Ramos subendocárdicos que estendem-se até a parede dos ventrículos 
o Ramo D → estimulam o m do SIV, m papilar anterior através das trabéculas septomarginais e a 
parede do VD 
o Ramo E → estimulam o SIV, mm papilares e parede do ventrículo a partir do ápice 
 
Nó sinusal
Vias 
internodais
Nó 
Atrioventric
ular
Fascículo AV 
ou Feixe de 
Hiss
Fibras de 
Purkinje
Ramos D e E
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ATEROSCLEROSE CORONARIANA 
O processo aterosclerótico é caracterizado pelo deposito lipídico na túnica intima das aa coronárias, 
provocando lenta estenose dos lumens dessas artérias. À medida q avança, são desenvolvidos canais 
colaterais que unem as aa coronárias e se expandem, permitindo, inicialmente, a perfusão adequada do 
coração. 
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REFERÊNCIAS: 
Moore, Keith L.; DALLEY, Arthur F.. Anatomia orientada para a clínica. 6 ed. Rio De Janeiro: Editora 
Guanabara Koogan S.A., 2011 
NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.