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Apostila Gestão_Finanças Unidade ll

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gestão das Finanças 
Contabilidade como instrumento de 
 tomada de decisão 
 
 
Luciano César de Moraes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Gestão das Finanças 
 
Apresentação 
 
 
Prezado aluno 
 
 Este texto foi preparado sob a hipótese de que você está fazendo 
este curso de pós-graduação para se reciclar ou se atualizar em assuntos 
relacionados à Administração, com a finalidade de melhorar suas competências 
na arte de administrar organizações, no todo ou em parte. 
 Visando proporcionar aos alunos ferramentas teóricas e práticas 
para o planejamento e condução de processos de análise da sustetanbilidade 
do negócio esta apostila foi elaborada em tópicos que proporcionará: 
 
 Técnicas de Análise das Demonstrações Financeiras com vistas à 
tomada de decisão e a utilização dos registros contábeis para fins 
gerenciais; 
 Conceituação da formação de custos e a formação de preços 
objetivando a tomada de decisões nessa área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Sobre o autor 
 
Possui graduação em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário das 
Faculdades Associadas de Ensino (1995) e mestrado em Engenharia da 
Produção pela Universidade Paulista - Bacelar (2005). Especialização em 
Contabilidade e Controladoria, Especialização em Administração de Serviços e 
Especialização em Educação. Atualmente é professor de ensino superior do 
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e professor da 
UNIFAJ. Também é contador e administrador da empresa Moraes Serviços 
Contábeis. 
 
 
 
4 
Sumário 
1. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .............................................. 6 
1.1. INDICES DE LIQUIDEZ ............................................................................................................... 6 
1.1.1. INDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE (LC) ..................................................................................... 6 
1.1.2. INDICE DE LIQUIDEZ SECA (LS) .............................................................................................. 8 
1.1.3. INDICE DE LIQUIDEZ GERAL (LG) ........................................................................................... 9 
1.1.4. LIQUIDEZ IMEDIATA (LI) ........................................................................................................ 9 
1.2. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO .................................................................................................. 9 
1.2.1. PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS SOBRE RECURSOS TOTAIS (GE) ....................... 10 
1.2.2. GARANTIA DO CAPITAL PRÓPRIO AO CAPITAL DE TERCEIROS (GCPCT) ............................... 11 
1.2.3. COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO (CE) ............................................................................ 11 
1.3. ÍNDICES DE ATIVIDADE ........................................................................................................... 11 
1.3.1. PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMRV) ....................................................... 12 
1.3.2. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS DE COMPRAS (PMPC) ..................................................... 12 
1.3.3. PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES ................................................................... 13 
1.3.4. POSICIONAMENTO DE ATIVIDADE ...................................................................................... 13 
1.4. ÍNDICES DE RENTABILIDADE .................................................................................................. 13 
1.4.1. TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTO (TRI) ................................................................ 13 
1.4.2. TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (TRPL) ............................................... 14 
1.4.3. MARGEM DE LUCRO SOBRE AS VENDAS (ML) ..................................................................... 14 
1.4.4. GIRO DO ATIVO ................................................................................................................... 14 
1.5. ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL ......................................................................................... 14 
1.5.1. ANÁLISE VERTICAL ................................................................................................................... 14 
1.5.2. ANÁLISE HORIZONTAL .............................................................................................................. 15 
2. CONTABILIDADE DE CUSTOS ............................................................................. 16 
2.1. TERMILOGIA CONTÁBIL ......................................................................................................... 16 
2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS: DIRETOS E INDIRETOS ............................................................ 17 
2.3. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS: FIXOS E VARIÁVEIS ................................................................. 17 
2.4. O USO DA INFORMAÇÃO DOS CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÃO GERENCIAL .................. 17 
2.4.1. ETAPAS PARA APURAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS ................................................... 18 
2.4.2. DEPARTAMENTALIZAÇÃO ................................................................................................... 23 
2.5. ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE RATEIO....................................................................................... 27 
2.6. CONCEITO DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO .......................................................................... 28 
2.7. FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA COM BASE NA APURAÇÃO DE CUSTOS ................................. 28 
2.7.1. FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS ................................................................. 29 
2.8. PONTO DE EQUILIBRIO (PE) .................................................................................................... 32 
2.9. MARGEM DE SEGURANÇA (MS) ............................................................................................. 35 
 
5 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
1. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1. INDICES DE LIQUIDEZ 
 
Os índices de liquidez são utilizados para analisar a capacidade de 
pagamento da empresa, isto é, constituem uma verificação se a empresa tem 
capacidade para honrar com seus compromissos. Esta capacidade de 
pagamento pode ser avaliada em longo prazo e curto prazo. 
 
1.1.1. INDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE (LC) 
 
Mostra a capacidade de pagamento da empresa a Curto Prazo, por meio 
da formula : 
 
 Ativo Circulante 
LC = 
 Passivo Circulante 
 
Balanço patrimonial utilizado para os exemplos das análises das 
demonstrações financeiras. 
 
OBJETIVO 
A análise das demonstrações financeiras talvez seja muito antiga 
quanto a própria contabilidade. A verificação da variação da riqueza, 
realizada para comparação dos primeiros inventários de rebanhos, já 
leva a um primeiro sintoma de que a análise já existia. 
É claro que o surgimento da análise das demonstrações contábeis de 
forma mais concreta foi no final do século XIX quando os bancos 
americanos iniciaram as solicitações das demonstrações contábeis 
para às empresas que desejavam contrair empréstimos. 
Além das exigências dos bancos, a abertura do capital por parte de 
empresas possibilita a participação de pequenos ou grandes 
investidores que fazem com que hajam escolhas melhores de 
empresas bem-sucedidas. A análise das demonstrações Financeiras 
tornou-se um instrumento de grande importância e utilidades nestas 
decisões 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de cálculo da liquidez corrente: 
 
 329.000 
LC== 1,17 
 280.920 
 
 BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO R$ PASSIVO R$
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
 Bancos contas movimento 57.000 Duplicatas a Pagar 90.920
 Duplicatas a Receber 142.000 Aluguel a Pagar 10.000
 Estoques 130.000 Empréstimos a Pagar 180.000
Total Ativo Circulante 329.000 Total Passivo Circulante 280.920
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE
 Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
 Empréstimos a Receber 130.000 Financiamentos a Pagar 78.580
Total Realizável a Longo Pz. 130.000 Total Exigível a Longo Pz. 78.580
 Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Móveis 65.000 Capital Social 210.000
 Veículos 150.000 Lucros 104.500
Total Ativo Imobilizado 215.000 Total Patrimônio Líquido 314.500
Total Ativo não Circulante 345.000 Total Passivo não Circulante 393.080
TOTAL ATIVO 674.000 TOTAL PASSIVO 674.000
Demonstração de resultado do Exercício
Receita Bruta 900.000
(-) Deduções da Receita (impostos e devoluções) 32.500
(=) RECEITA LÍQUIDA 867.500
(-) Custos 398.000
(=) RESULTADO BRUTO OPERACIONAL 469.500
(-) Despesas com Aluguel 120.000
(-) Despesas Financeiras 12.000
(-) Outras Despesas 200.000
(=) RESULTADO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO RENDA 137.500
(-) Contribuição social 12.375
(-) Imposto de renda 20.625
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO 104.500
 
8 
Interpretação : Para cada $ 1,00 de dívida há $ 1,17 de dinheiro e 
valores que se transformarão em dinheiro. A empresa, neste exemplo, possui 
capacidade de pagamento a curto prazo. 
 
Em toda análise do índice de liquidez corrente é muito importante 
entender seus limites de análise: 
 O primeiro limite para se entender é que o índice não revela a qualidade 
do ativo circulante, ou seja, se os estoques estão obsoletos ou se títulos 
a receber são totalmente recebíveis. 
 O segundo é que o índice não revela se os recebimentos ocorrerão em 
tempo para pagar as dívidas que vencerão. É possível uma empresa 
com liquidez corrente igual a 2,5 (aparentemente muito boa), encontrar 
problemas para saldar seus compromissos, pois se grande parte dos 
vencimentos das obrigações forem a curto prazo porém dentro do 
próximo mês, enquanto a concentração dos recebimentos forem dentro 
de 90 dias. 
 Nas análises deve-se verificar o ramo de atividade. Um índice de 
Liquidez Corrente de 0,80 é deficiente para uma indústria, mas não o 
será para uma empresa de transporte. Veja que uma empresa de ônibus 
não apresenta itens como duplicatas a receber (pois não vende a prazo) 
e estoques (pois não opera com mercadorias) 
 
1.1.2. INDICE DE LIQUIDEZ SECA (LS) 
 
O índice de liquidez seca verifica a possibilidade da empresa saldar seus 
compromissos sem a venda de seu estoque, ou seja, se a empresa sofresse 
uma total paralisação das suas vendas, se o seu estoque estivesse fora do que 
o mercado exige, quais seriam as chances de pagar as suas dívidas com 
disponível e duplicatas a receber? 
 
Fórmula: 
 
 Ativo Circulante – Estoques 
LS = 
 Passivo Circulante 
 
 
Exemplo de cálculo da liquidez seca 
 Ativo Circulante = 329.000 
 Passivo Circulante = 280.920 
 Estoques = 130.000 
 
LS = 329.000 – 130.000 / 280.920 = 0,71 
 
Interpretação: Com este índice observa-se que, se a empresa parasse 
de vender, conseguiria pagar apenas 71% de suas dívidas, ou que para cada 
1,00 de obrigações ela possui 0,71. 
 
 
9 
1.1.3. INDICE DE LIQUIDEZ GERAL (LG) 
 
Mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, 
considerando tudo o que a empresa converterá em dinheiro de curto e longo 
prazo, e relacionando com tudo o que a empresa irá pagar de dívidas a curto e 
longo prazo. 
 
Fórmula: 
 Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo 
LG = 
 Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 
 
 329.000 + 130.000 
LG = = 1,28 
 280.920 + 78.580 
 
Interpretação: Para cada um real de dívida a curto e longo prazo, há 
1,28 de valores a receber a curto e longo prazo . 
 
1.1.4. LIQUIDEZ IMEDIATA (LI) 
 
Mostra o quanto a empresa dispõe imediatamente para saldar as dívidas 
de Curto Prazo: 
 
Fórmula: 
 Disponibilidades (Caixa + Bancos + Aplicações Financeiras) 
LI = 
 Passivo Circulante 
 
 57.000 
LI = = 0,20 
 280.920 
 
Para efeito de análise, é um índice que precisa de um certo cuidado em 
sua análise, pois relaciona-se dinheiro com valores, que vencerão em datas as 
mais variadas possível, embora a curto prazo. Existem contas que vencerão 
daqui a dez ou trinta dias, como temos também aquelas que vencerão daqui a 
360 dias, e que nada tem a ver com a disponibilidade imediata. O que não vai 
acontecer é neste índice ter resultados elevados. 
 
1.2. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO 
 
Por meio desses indicadores que se verifica o nível de endividamento da 
empresa. 
 
O Ativo (aplicações de recursos) é financiado por capitais de terceiros 
(passivo circulante + exigível a longo prazo) e por capitais próprios (patrimônio 
 
10 
líquido). Pode-se de dizer que os capitais de terceiros e capitais próprios são 
fontes de recursos. 
 
Os indicadores de endividamento são utilizados para verificar se a 
empresa utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários. 
Analisa se os recursos de terceiros, ou seja, se as obrigações que serão 
exigidas das empresas terão uma maior concentração no curto prazo 
(circulante) ou a longo prazo (exigível a longo prazo). 
 
É importante entender as características do indicador: 
a) Existem momentos da análise que se pode constatar que as empresas 
recorrem a dívidas para realizarem aplicações produtivas no seu ativo 
como por exemplo a ampliação, expansão e modernização de 
equipamentos. Quando isso acontece o endividamento é sadio, mesmo 
sendo elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos 
para saldar o compromisso assumido. 
b) Também é importante observar se a empresa recorreu às dívidas para 
pagar outras dívidas que vencerão. Algumas empresas não geram 
recursos suficientes para saldar os seus compromissos, ficam sempre 
recorrendo a empréstimos sucessivos. Vira um círculo vicioso, a 
empresa será uma série candidata a insolvência. 
 
A análise da composição do endividamento também é muito importante: 
 
a) Endividamento a curto prazo pode ter sido ocasionado para financiar o 
ativo circulante. 
b) Endividamento a longo prazo pode ter sido ocasionado para financiar o 
ativo imobilizado. 
 
Quando uma empresa apresentar uma composição do endividamento 
com uma grande concentração no passivo circulante (curto prazo), a empresa 
terá reais dificuldades na capacidade de pagamento a curto prazo. Em uma 
necessidade, ela terá como alternativas a venda do estoque com uma 
liquidação forçada ou assumir novas dívidas a curto prazo que certamente, 
terão juros altos, o que aumentará as despesas financeiras. 
 
Se a maior parte das obrigações fossem a Longo Prazo, a empresa teria 
mais tempo para replanejar a sua situação. 
 
1.2.1. PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS SOBRE 
RECURSOS TOTAIS (GE) 
 
Fórmula do Grau de Endividamento 
 
 Capital de Terceiros PC + ELP 
GE = = 
 Capital Terc. + Próprio PC+ELP+PL 
 
11 
 
 359.500 
Ex.: = 0,53 ou 53% 
 674.000 
 
 Interpretação:53% dos Recursos Totais originam-se de Capitais de 
Terceiros, ou seja, 53% do patrimônio da empresa foi financiado por capitais de 
terceiros. 
 
1.2.2. GARANTIA DO CAPITAL PRÓPRIO AO CAPITAL DE TERCEIROS 
(GCPCT) 
 
Fórmula: 
 Capital Próprio PL 
GCPCT = = 
 Capital de Terceiros PC + ELP 
 
 314.500 
 Ex.: = 0,87 
 359.500 
 
Interpretação: Para cada 1,00 de capital de terceiros (capital que será 
exigido) há 0,87 de Capital Próprio como garantia. 
 
1.2.3. COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO (CE) 
 
Fórmula: 
 
 PC PC 
CE = = 
 Capital Terceiros PC + ELP 
 
 280.920 
Ex.: = 0,78 ou 78% 
 359.500 
 
Interpretação: A empresa opera com 78% das suas dívidas no Curto 
Prazo. 
 
1.3. ÍNDICES DE ATIVIDADE 
 
 Os índices de atividades demonstram em média quantos dias as 
empresas demoram para receber suas vendas, pagarem suas compras e 
renovarem os seus estoques. 
 
12 
É importante entender que quando se analisa os resultados dos índices 
de atividade, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e 
renovação de estoque, melhor será para a empresa. Ao contrário, quanto mais 
demorado for o pagamento das compras, desde que não corresponda a 
atrasos, será melhor. 
 
A soma do prazo médio de recebimento de Vendas com o prazo médio 
de renovação de estoques considera-se como o ciclo operacional da empresa, 
já que se medem, em média, o tempo que a empresa demora para renovar os 
seus estoques mais o tempo que demora para receber suas vendas. 
 
Para que o posicionamento de atividade da empresa seja considerado 
ideal a soma do tempo de renovação de estoques com o tempo de recebimento 
de vendas seja igual ou inferior ao tempo médio de pagamento das compras. 
 
1.3.1. PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMRV) 
 
Fórmula: 
 
 360 dias x Duplicatas a Receber 
PMRV = 
 Vendas 
 
 
 360 x 142.000 
PMRV = = 57 dias 
 900.000 
 
Interpretação: A empresa espera, aproximadamente em média, 57 dias 
para receber as suas vendas . 
 
1.3.2. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS DE COMPRAS (PMPC) 
 
Fórmula: 
 
 360 dias x Fornecedores 
PMPC = 
 
 Compras 
 
Para achar compras = Custos + Estoque Final – Estoque inicial 
 
Exemplo 
Compras = 398.000 + 130.000 – 0 
Compras = 528.000 
 
 
13 
 
 360 x 90.920 
PMPC = = 62 dias 
 528.000 
 
Interpretação: A empresa paga, aproximadamente em média, seus 
fornecedores em 62 dias. 
 
1.3.3. PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES 
 
Fórmula: 
 360 x Estoques 
PMRE = 
 Custo das Vendas 
 
 360 x 130.000 
PMRE = = 118 dias 
 398.000 
 
 
Interpretação: Em média a empresa, a cada 118 dias renova, vende, o 
seu estoque. 
 
1.3.4. POSICIONAMENTO DE ATIVIDADE 
 
Fórmula: 
 PMRE + PMRV 57 dias + 118 dias 
PA = = = 2,82
 PMPC 62 dias 
 
Interpretação: O ideal é que este índice se aproxime de 1. Quando este 
índice é igual ou abaixo de 1,00 mostra que a empresa consegue vender, 
receber para depois pagar. A empresa no exemplo paga muito antes de vender 
e receber. 
 
1.4. ÍNDICES DE RENTABILIDADE 
 
1.4.1. TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTO (TRI) 
 (do ponto de vista da empresa) 
 
Fórmula: 
 Lucro Líquido 104.500 
TRI = = = 0,16 ou 16%
 Ativo Total 674.000 
 
 
14 
Poder de ganho da empresa: para cada 1,00 investido há um ganho de 
0,16. Isto significa que, em média, haverá uma demora de aproximadamente 6 
anos para que a empresa obtenha de volta o seu investimento (100% / 16%), 
ou seja , o payback do investimento total é calculado dividindo-se 100% pelo 
TRI (payback = tempo médio do retorno) 
 
1.4.2. TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (TRPL) 
 (do ponto de vista dos proprietários) 
 
Fórmula: 
 
 Lucro Líquido 104.500 
TRPL = = = 0,33 ou 33% 
 Patrimônio Líquido 314.500 
 
Poder de ganho dos proprietários: para cada 1,00 investido pelos 
proprietários há um ganho de 0,33. Isto significa, em média, que demorará 
aproximadamente 3 anos para que os proprietários recuperem seus 
investimentos. 
 
1.4.3. MARGEM DE LUCRO SOBRE AS VENDAS (ML) 
 
Fórmula: 
 Lucro Líquido 104.500 
Margem Líquida = = =0,12 ou 12% 
 Vendas Líquidas 867.500 
 
Interpretação: Para cada real vendido sobram para empresa (aos 
proprietários) 0,12 ou pode-se dizer que a margem de lucro é de 12%. 
 
1.4.4. GIRO DO ATIVO 
 
Fórmula: 
 Vendas Líquidas 867.500 
Giro dos Ativos= = =1,29 vezes 
 Ativo Total 674.000 
 
Interpretação: A empresa vendeu o equivalente a 1,29 vezes o seu 
Ativo. 
 
1.5. ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 
1.5.1. ANÁLISE VERTICAL 
 
A análise vertical do Balanço Patrimonial indica a percentagem do ativo 
total ou passivo total que foi aplicada em suas várias categorias. 
 
15 
Este tipo análise propicia a comparação da percentagem dos itens do 
ativo em relação a outras empresas, basicamente as concorrentes (empresas 
do mesmo ramo de atividade) 
 
1.5.2. ANÁLISE HORIZONTAL 
 
 A análise horizontal deixa evidente nas demonstrações, as 
principais alterações no comportamento das contas, restando somente uma 
investigação mais profunda dos itens que mais se modificaram. 
 
Exemplo de análise vertical e horizontal: 
 
Na análise vertical: Para achar a porcentagem de cada conta em relação 
ao total do ativo, como mostra o exemplo abaixo, pega-se o valor da conta 93 x 
100 = 9.300 / 5.500 = 1,69 % 
 
Na análise horizontal: Para achar o acréscimo ou decréscimo de um ano 
para outro. Como mostra o exemplo abaixo, pega-se o valor de 1.443 (ano 02) 
– 93 (ano 01) = 1.350 x 100 = 135.000 / 93 (ano 01) = 1.451,61 % acréscimo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO Ano 01 AV AH Ano 02 AV AH
Ativo Circulante R$ % % R$ % %
 Caixa e Bancos 93 1,69% 100% 1.443 20,11% 1451,61%
 Clientes ou Duplicatas a Receber 1.533 27,87% 100% 986 13,74% -35,68%
 Estoques 873 15,87% 100% 1.616 22,52% 85,11%
 Despesas Exercícios Seguintes 192 3,49% 100% 410 5,71% 113,54%
Total do Circulante 2.691 48,93% 100% 4.455 62,09% 65,55%
Ativo não Circulante
 Realizável a Longo Prazo
 Empréstimos a sócios 232 4,22% 100% 7 0,10% -96,98%
 Investimentos 77 1,40% 100% 75 1,05% -2,60%
 Imobilizado 2.457 44,67% 100% 2.599 36,22% 5,78%
 Intangíveis 43 0,78% 100% 39 0,54% -9,30%
Total do não Circulante 2.809 51,07% 100% 2.720 37,91% -3,17%
TOTAL DO ATIVO 5.500 100,00% 100% 7.175 100,00% 30,45%
 
16 
 
2. CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A contabilidade de custos originou-se da necessidade de se avaliar os 
estoques das indústrias. Somente com o passar dos anos o foco mudou para 
outras tarefas mais importantes: controle e decisão. 
 
Nos anos 80 e 90, as empresas reduziram muito suas margens de lucro, 
tornando essencial o controle de custos para tomada de decisões 
administrativas. 
 
Os custos são cada vez mais importantes em uma tomada de decisão 
nas organizações, pois estas não podem definir seus preços de acordo com os 
custos incorridos, mas sim baseadas nos preços praticados no mercado em 
queatuam. 
 
2.1. TERMILOGIA CONTÁBIL 
 
GASTO: desembolso financeiro que a empresa arca para obter um 
produto ou um serviço, desembolso esse representado pela entrega ou 
promessa de entrega. 
 
INVESTIMENTOS: todo gasto ocorrido na obtenção de bens que são 
considerados inicialmente no estoque da empresa e que futuramente serão 
baixados quando de sua venda ou do consumo, são especificamente 
chamados de investimentos. 
Exemplo: A matéria – prima é contabilizada temporariamente como 
investimento circulante; a máquina se transforma em um investimento 
permanente. 
 
CUSTO: É um gasto relacionado a um bem ou serviço utilizado na 
produção bens ou nos serviços prestados. Os gastos se tornam custos no 
momento da utilização na produção para a fabricação de um produto ou 
execução de um serviço. 
Exemplo: Quanto compra-se matéria prima é um gasto que 
imediatamente se tornou um investimento, e assim fica o tempo de sua 
estocagem; quando este estoque é utilizado na fabricação de um bem, este 
gasto torna-se um custo da matéria-prima como parte integrante do bem 
elaborado. 
 
DESPESA: É um gasto relacionado a um bem ou serviço consumido 
direta ou indiretamente com o intuito de se obter receitas. 
 
PERDA: Gasto de forma anormal ou involuntária. 
Exemplo: A mão de obra durante um período de greve é uma perda, não 
um custo de produção. Outro exemplo é um material deteriorado por um defeito 
anormal de um equipamento é considerado perda e não um custo. 
 
 
17 
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS: É a soma dos custos incluídos 
na fabricação dos bens e que agora foram vendidos. Pode acontecer de ter 
custos de produção de vários períodos, caso o produto vendidos tenha sido 
produzido em períodos diferentes. 
 
2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS: DIRETOS E INDIRETOS 
 
Muitos custos são diretamente apropriados aos produtos, basta a 
empresa ter uma medida de consumo (quilogramas de matéria-prima utilizada, 
quantidade de embalagens consumidas, horas de mão-de-obra e até 
quantidade de força consumida). Estes são os Custos Diretos com relação ao 
produto. 
 
Outros não oferecem nenhuma condição de medida objetiva e qualquer 
tentativa de destinação dos custos é feita de maneira estimada e muitas vezes 
arbitrária. Estes são os custos indiretos com relação ao produto. 
 
É importante entender que quando classificamos os custos diretos e 
indiretos se faz com relação ao produto e não a produção no sentido geral. 
 
2.3. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS: FIXOS E VARIÁVEIS 
 
Os gastos que variam de acordo com volume produzido são 
considerados como Custos Variáveis. Por exemplo a matéria-prima consumida 
por mês depende diretamente do volume de produção. Quanto maior a 
quantidade produzida, maior será o consumo de matéria-prima. 
 
Por outro lado, o aluguel de uma empresa é determinado valor, 
independente do volume de produção no mês. Sendo assim, o aluguel é um 
Custo Fixo. 
 
O Custos Fixos e Variáveis são classificações que não levam em 
consideração o produto produzido, e sim o relacionamento entre o valor total do 
gasto no mês e sua produção. 
 
2.4. O USO DA INFORMAÇÃO DOS CUSTOS PARA TOMADA DE 
DECISÃO GERENCIAL 
 
A Gestão Estratégica de custo na verdade tem como papel prevenir, 
evitar, reduzir, eliminar os custos e as despesas fornecendo aos seus 
administradores informações precisas e atualizadas tornando-as assim mais 
competitivas nos mercados em que atuam. 
 
 
 
18 
2.4.1. ETAPAS PARA APURAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS 
 
Utilizaremos os gastos abaixo como exemplo de uma determinado 
período de uma empresa X. 
 
Comissões de Vendedores 5.000,00 
Salários de Produção 15.000,00 
Matéria-prima Consumida 30.000,00 
Salários da Administração 7.000,00 
Depreciação Equip.Produção 6.000,00 
Seguros da Produção 2.000,00 
Despesas Financeiras 4.000,00 
Honorários da Diretoria 6.000,00 
Materiais Diversos – Produção 3.500,00 
Energia Elétrica – Produção 6.500,00 
Manutenção – Produção 9.000,00 
Material de Consumo – Escritório 900,00 
TOTAL DOS GASTOS 94.900,00 
 
1º ETAPA: SEPARAR OS CUSTOS E AS DESPESAS 
 
Custos de Produção 
Salários da Produção 15.000,00 
Matéria Prima Consumida 30.000,00 
Depreciação na Produção 6.000,00 
Seguros na Produção 2.000,00 
Materiais Diversos – Produção 3.500,00 
Energia Elétrica – Produção 6.500,00 
Manutenção – Produção 9.000,00 
TOTAL 72.000,00 
 
Despesas Administrativas 
Salários da Administração 7.000,00 
Honorários da Diretoria 6.000,00 
Material de Consumo – Escritório 900,00 
Despesas Financeiras 4.000,00 
TOTAL 17.900,00 
Despesas de Venda 
Comissões de Vendedores 5.000,00 
TOTAL 5.000,00 
 
2º ETAPA: APROPRIAR OS CUSTOS DIRETOS 
 
Suponha que a empresa elabore três produtos diferentes, chamados de 
A, B e C. 
Para o consumo de matéria-prima, a empresa mantém um sistema de 
requisições de tal forma que sabe sempre para qual produto foi utilizado o 
material retirado do almoxarifado. E, a partir desse dado, conhece-se a 
seguinte distribuição: 
 
 
19 
Matéria-prima: 
Produto A 7.500,00 
Produto B 10.500,00 
Produto C 12.000,00 
TOTAL 30.000,00 
 
Para a Mão-de-obra, a situação é um pouco mais complexa, já que é 
necessário verificar do total de 15.000,00 quanto diz respeito à mão-de-obra 
direta e quanto é a parte pertencente a mão-de-obra indireta. A empresa, para 
poder conhecer bem esse detalhe, mantém um apontamento (verificação) de 
quais foram os funcionários que trabalharam em cada produto no mês e por 
quanto tempo. Conhecidos tais detalhes e calculados os valores conclui-se: 
 
Mão-de-obra 
Indireta 3.000,00 
Direta 
 Produto A 3.200,00 
 Produto B 5.700,00 
 Produto C 3.100,00 
 12.000,00 
TOTAL 15.000,00 
 
A verificação da Energia Elétrica evidencia que, após anotado o 
consumo na fabricação dos produtos durante o mês 6.500,00 são diretamente 
atribuíveis, já que existem medidores apenas em alguma máquinas. 
 
Energia Elétrica: 
Indireta 4.000,00 
Direta 
 Produto A 800,00 
 Produto B 1.000,00 
 Produto C 700,00 2.500,00 
TOTAL 6.500,00 
 
Quadro 01: Apropriação dos Custos Diretos 
 
Fonte: Própria 
 
Diretos Indiretos Total
Produto A Produto B Produto C
Matéria-prima 7.500 10.500 12.000 - 30.000
Mão-de-obra 3.200 5.700 3.100 3.000 15.000
Energia Elétrica 800 1.000 700 4.000 6.500
Depreciação - - - 6.000 6.000
Seguros - - - 2.000 2.000
Materiais Diversos - - - 3.500 3.500
Manutenção - - - 9.000 9.000
TOTAL 11.500 17.200 15.800 27.500 72.000
 
20 
Comentários: Observe que além dos custos diretos foram relacionados 
os custos que fizeram parte da 1º separação entre custos e despesas, mas não 
foram apropriados a algum produto. 
 
3º ETAPA: APROPRIAR OS CUSTOS INDIRETOS 
 
Uma alternativa simples para a alocação aos produtos A, B e C é fazer o 
rateio proporcional ao que cada um já recebeu de custos diretos. Esse critério é 
usado quando os custos diretos são a maioria dos custos totais, e não há outra 
maneira mais objetiva de visualização de quanto dos indiretos poderia, de 
forma menos arbitraria ser alocado a A, B e C. 
 
Quadro 02: Rateio dos Custos Indiretos em relação ao Custos Diretos 
 
Fonte: Própria 
 
Comentários: como foi utilizado os custos diretos como base para rateio 
encontrou-se quanto cada custo direto de cada produto representou em relação 
ao total. Depois de encontrada a proporção rateou os custos indiretos 22.500 
pelas porcentagens. O total é encontrado pela soma dos custos diretos + 
custos indiretos. 
 
Se a empresa resolver fazer outro tipo de alocação. Conhecendo o 
tempo de fabricação de cada um, pretende fazer a distribuição dos custos 
indiretos proporcionalmente a ele, e faz uso dos próprios valores em reais da 
mão-de-obra direta, por ter sido esta calculada com base nesse mesmotempo. 
 
Quadro 03: Rateio dos Custos Indiretos em relação ao Mão de Obra Direta 
 
Fonte: Própria 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diretos Total
Reais % Reais
Produto A 11.500 25,84% 7.106,00 18.606,00
Produto B 17.200 38,65% 10.628,75 27.828,75
Produto C 15.800 35,51% 9.765,25 25.565,25
Total 44.500 100,00% 27.500,00 72.000,00
mão-de-
obra
Diretos
Custos 
Indiretos
Reais % Reais
Produto A 3.200,00 26,67% 7.334,25
Produto B 5.700,00 47,50% 13.062,50
Produto C 3.100,00 25,83% 7.103,25
Total 12.000,00 100,00% 27.500,00
 
21 
Quadro 04: Custos totais de cada produto 
 
Fonte: Própria 
 
As etapas para apuração de custos dos produtos consiste, dentro do 
visto até o momento, em: 
a) separação de custos e despesas; 
b) apropriação dos custos diretos aos produtos; e 
c) Rateio dos custos indiretos aos produtos. 
 
Exercício resolvido de rateio dos custos indiretos 
Salários da Produção 20.000,00 
Matéria-prima consumida 40.000,00 
Salários da administração 8.000,00 
Depreciação da Produção 4.000,00 
Despesas Financeiras 2.000,00 
Pró-labore 4.000,00 
Energia elétrica da produção 6.000,00 
Manutenção da produção 8.000,00 
Material do escritório 800,00 
 
A empresa produz 3 tipos de produtos denominados de Alfa, Beta e 
Gama 
Matéria-prima 
Alfa 8.000,00 
Beta 20.000,00 
Gama 12.000,00 
 
Mão-de-obra Energia Elétrica 
Alfa 3.520,00 Alfa 1.200,00 
Beta 6.400,00 Beta 900,00 
Gama 6.080,00 Gama 900,00 
Indireta 4.000,00 Indireta 3.000,00
 
Pede-se: 
Apropriar os custos indiretos de fabricação baseado nos seguintes 
critérios: 
A) Proporcional aos custos diretos 
B) Proporcional à mão-de-obra direta 
 
 
 
Custos 
Diretos 
Custos 
Indiretos 
Custos 
Totais
Produto A 11.500,00 7.334,25 18.834,25
Produto B 17.200,00 13.062,50 30.262,50
Produto C 15.800,00 7.103,25 22.903,25
Total 44.500,00 27.500,00 72.000,00
 
22 
Resultado 
 
SEPARAÇÃO 
 
Custos de Produção 
Salários da produção 20.000,00 
Matéria Prima Consumida 40.000,00 
Depreciação na produção 4.000,00 
Energia Elétrica – produção 6.000,00 
Manutenção – produção 8.000,00 
TOTAL 78.000,00 
 
 
Despesas Administrativas 
Salários da Administração 8.000,00 
Pró-labore 4.000,00 
Material de Consumo – Escritório 800,00 
Despesas Financeiras 2.000,00 
TOTAL 14.800,00 
 
Quadro 05: Apropriação dos Custos Diretos Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
Quadro 06: Rateio dos Custos Indiretos em relação ao Custos Diretos 
Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diretos Indiretos Total
ALFA BETA GAMA
Matéria-prima 8.000 20.000 12.000 - 40.000
Mão-de-obra 3.520 6.400 6.080 4.000 20.000
Energia Elétrica 1.200 900 900 3.000 6.000
Depreciação - - - 4.000 4.000
Manutenção - - - 8.000 8.000
TOTAL 12.720 27.300 18.980 19.000 78.000
Diretos Total
Reais % Reais
Produto A 12.720 21,56% 4.096,40 16.816,40
Produto B 27.300 46,27% 8.791,30 36.091,30
Produto C 18.980 32,17% 6.112,30 25.092,30
Total 59.000 100,00% 19.000,00 78.000,00
 
23 
Quadro 07: Rateio dos Custos Indiretos em relação ao Mão de Obra Direta 
Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
Quadro 08: Custos totais de cada produto Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
2.4.2. DEPARTAMENTALIZAÇÃO 
 
Uma empresa produz 03 produtos X, Y e Z , e já alocou a eles os 
seguintes custos diretos e faltam serem alocados os custos indiretos. 
 
Quadro 09: Relação de custos Diretos e Indiretos 
 
Fonte: Própria 
 
Devido ao volume de Custos Indiretos relacionados à equipamentos 
(depreciação, manutenção, energia), a empresa decide fazer a distribuição aos 
diversos produtos com base no tempo de horas-máquinas que cada um leva 
para ser feito. 
 
Produto X 200 horas-máquina 
Produto Y 300 horas-máquina 
Produto Z 500 horas-máquina 
mão-de-
obra
Diretos
Custos 
Indiretos
Reais % Reais
Produto Alfa 3.520,00 22,00% 4.180,00
Produto Beta 6.400,00 40,00% 7.600,00
Produto Gama 6.080,00 38,00% 7.220,00
Total 16.000,00 100,00% 19.000,00
Custos 
Diretos 
Custos 
Indiretos 
Custos 
Totais
Produto Alfa 12.720,00 4.180,00 16.900,00
Produto Beta 27.300,00 7.600,00 34.900,00
Produto Gama 18.980,00 7.220,00 26.200,00
Total 59.000,00 19.000,00 78.000,00
Diretos Indiretos Total
X Y Z
Custos Diretos 40.000 250.000 55.000 - 345.000
Depreciação - - - 15.000 15.000
Manutenção - - - 40.000 40.000
Energia Elétrica - - - 35.000 35.000
Supervisão Fabrica - - - 15.000 15.000
Outros - - - 25.000 25.000
TOTAL 40.000 250.000 55.000 130.000 475.000
 
24 
Portanto, a atribuição dos Custos Indiretos e o cálculo do Custo Total 
ficaria: 
 
Quadro 10: Rateio dos custos Indiretos proporcional as horas-máquina 
sem departamentalização 
 
Fonte: Própria 
 
Ao analisar o processo de produção, verifica-se que existe uma 
discrepância entre os produtos com relação as horas-máquina, pelo seguinte: o 
produto X gasta um total de 200 hm, mas distribuídas nos setores de corte, 
montagem e acabamento, enquanto que o produto Y só passa pelo corte, não 
necessitando de montagem e nem acabamento. Sendo assim, a distribuição 
total é a seguinte: 
 
Quadro 11: Total das horas-máquina distribuídas nos departamentos 
 
Fonte: Própria 
 
Verifica-se também, que o gasto com os custos indiretos não é uniforme 
entre o os setores, distribuindo-se assim: 
 
Quadro 12: Custos Indiretos distribuídos nos departamentos 
 
Fonte: Própria 
 
Pode-se fazer uma apropriação dos custos indiretos de forma mais 
adequada, levando em conta o tempo de cada produto em cada departamento. 
 
 
 
 
 
Diretos Indiretos Total
Reais horas/ maq %
Produto X 40.000 200 20% 26.000 66.000,00
Produto Y 250.000 300 30% 39.000 289.000,00
Produto Z 55.000 500 50% 65.000 120.000,00
Total 125.000 1.000 100 130.000 475.000,00
Corte Montagem Acabamento Total
Hm Hm Hm Hm
Produto X 100 50 50 200
Produto Y 300 - - 300
Produto Z 100 250 150 500
Total 500 300 200 1000
Corte Montagem Acabamento Total
Depreciação 10.000 1.000 4.000 15.000
Manutenção 15.000 13.000 12.000 40.000
Energia 6.000 4.000 25.000 35.000
Supervisão 5.000 7.000 3.000 15.000
Outros 9.000 3.000 13.000 25.000
Total 45.000 28.000 57.000 130.000
 
25 
Quadro 13: Custos Indiretos rateado com departamentalização 
 
Fonte: Própria 
 
Comentários: Para se encontrar o valor apropriado a cada produto dos 
custos indiretos o cálculo é o seguinte. Total dos custos indiretos do 
departamento de corte (45.000) dividido pelo total de horas máquina do 
departamento de corte (500) vezes o total de horas máquina do produto X 
(100) = total dos custos indiretos apropriado ao departamento de corte do 
produto X (9.000). 
 
Fazendo uma comparação dos Custos Indiretos alocados a cada 
produto sem departamentalização e o com departamentalização. 
 
Quadro 14: Comparativo dos Custos Indiretos alocado sem e com 
departamentalização 
 
Fonte: Própria 
 
Exercício resolvido de rateio dos custos indiretos por 
departamentalização. 
Uma empresa produz 04 tipos de produtos: A, B, C e D. 
 
Custos Diretos Prod. A 32.000 
 Prod. B 56.000 
 Prod. C 66.000 
 Prod. D 54.000 
 
Custos Indiretos 
Materiais Auxiliares 6.000 
Energia Elétrica 23.000 
Mão-de-obra indireta 35.000 
Material de Embalagem 23.000 
Salário dos Supervisores 30.000 
 
Horas Gastas com os produtos. Quantidades Fabricadas 
Prod. A 5h Prod A 100 
Prod. B 3h Prod. B 200 
Prod. C 7h Prod. C 50 
Prod. D 10h Prod. D 100 
Corte Montagem Acabamento
Total Custos 
Indiretos
Produto X 9.000 4.667 14.250 27.917
Produto Y 27.000 0 0 27.000
Produto Z 9.000 23.333 42.750 75.083
Total 45.000 28.000 57.000 130.000
Sem 
Departamentalização 
Com 
Departamentalização 
Total 
Produto X 26.000 27.917 1.917
Produto Y 39.000 27.000 -12.000
Produto Z 65.000 75.083 10.083
Total 130.000 130.000 -
 
26 
Após vários estudos, chegou-seconclusão que empresa deveria ser 
departamentalizada para que seus produtos tivessem um custo mais justo. 
Os departamentos ficaram divididos em Depto n.º 1 a Depto n.º 3 
 
 
 
 
 
Pede-se: 
a) Calcular o custo unitário dos produtos sem departamentalização; 
b) Calcular o custo unitário dos produtos com departamentalização; 
c) Montar comparativo; 
d) Fazer o rateio dos custos indiretos em relação as horas máquina. 
 
 
Quadro 15: Relação de custos Diretos e Indiretos Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
Quadro 16: Rateio dos custos Indiretos proporcional as horas-máquina 
sem departamentalização Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total
H H H H
Produto A 2 1 2 5
Produto B 3 - - 3
Produto C - 4 3 7
Produto D 2 3 5 10
Total 7 8 10 25
Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total
Materiais Auxiliares 1.000 2.000 3.000 6.000
Energia Elétrica 10.000 5.000 8.000 23.000
Mão-de-obra 5.000 13.000 17.000 35.000
Embalagens 15.000 4.000 4.000 23.000
Sal. Supervisores 14.000 8.000 8.000 30.000
Total 45.000 32.000 40.000 117.000
Diretos Indiretos Total
A B C D
Custos Diretos 32.000 56.000 66.000 54.000 208.000
MateriaisAuxiliares 6.000 6.000
Energia Elétrica 23.000 23.000
Mão-de-obra 35.000 35.000
Embalagens 23.000 23.000
Sal. Supervisores 30.000 30.000
TOTAL 32.000 56.000 66.000 54.000 117.000 325.000
Diretos Indiretos Total
Reais
horas/ 
maq
%
Produto A 32.000 5 20% 23.400 55.400
Produto B 56.000 3 12% 14.040 70.040
Produto C 66.000 7 28% 32.760 98.760
Produto D 54.000 10 40% 46.800 100.800
Total 208.000 25 100% 117.000 325.000
 
27 
Quadro 17: Custos Indiretos rateado com departamentalização Exercício 
Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
Quadro 18: Comparativo dos Custos Indiretos alocado sem e com 
departamentalização 
 
Fonte: Própria 
 
2.5. ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE RATEIO 
 
Os Custos Indiretos são apropriados, de forma indireta aos produtos 
mediante estimativas e rateios. Essas formas de distribuição possuem uma 
certa subjetividade e uma arbitrariedade nas alocações, porém em outras 
oportunidades só será aceita por não haver alternativas melhores. 
 
É importante analisar os itens que compõem o total dos custos indiretos 
para minimizar erros: 
 
a) Quando os maiores itens são compostos por Depreciação de máquinas, 
energia elétrica, manutenção e lubrificantes, ou seja, aproximadamente 
80% do total; o restante mão-de-obra indireta e outros custos recebidos 
de outros departamentos. O rateio dos custos indiretos deverá ser com 
base no número de horas-máquina, pois o mais relevante é a existência 
e utilização de máquinas. 
b) Algumas vezes observa-se que o mais importante item é mão-de-obra 
indireta e seus encargos pelo fato de haver uma supervisão cara, e esta 
supervisão ser basicamente o controle do pessoal direto de produção, 
não haveria também nessa hipótese dúvida em se fazer a distribuição 
com base na Mão-de-obra direta. 
c) O custo indireto de fabricação pode ter outros tipos de influência, e pode 
ser aceito outros critérios de rateio. 
 
CUSTEIO: Significa o método de apropriação de Custos. 
 
Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total Ind. Diretos Total
Produto A 12.857,14 4.000,00 8.000,00 24.857,14 32.000,00 56.857,14
Produto B 19.285,71 19.285,71 56.000,00 75.285,71
Produto C 16.000,00 12.000,00 28.000,00 66.000,00 94.000,00
Produto D 12.857,14 12.000,00 20.000,00 44.857,14 54.000,00 98.857,15
Total 45.000,00 32.000,00 40.000,00 117.000,00 208.000,00 325.000,00
Sem 
Departamentalização 
Com 
Departamentalização 
Diferença
Produto A 55.400,00 56.857,14 1.457,14
Produto B 70.040,00 75.285,71 5.245,71
Produto C 98.760,00 94.000,00 -4.760,00
Produto D 100.800,00 98.857,15 -1.942,85
Total 325.000,00 325.000,00
 
28 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO: Consiste no rateio de todos os custos de 
produção. Todos os gastos relativos à fabricação são distribuídos para todos os 
produtos feitos. 
 
CUSTEIO VARIÁVEL: No custeio variável só são rateados aos produtos 
os custos variáveis, os custos fixos são separados e considerados como 
despesas do período. Como consequência irão para os estoques somente os 
custos variáveis. 
 
2.6. CONCEITO DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
 
A margem de contribuição é encontrada pela diferença entre o preço de 
venda e o custo variável do produto. Significa o valor que cada unidade 
efetivamente contribui para empresa, ou seja, o quanto sobra entre sua receita 
e o custo. 
 
Verifique o exemplo abaixo: 
 
Quadro 19: Apuração da Margem de Contribuição 
 
Fonte: Própria 
 
Uma unidade de A contribui com 800; isso não é lucro, já que faltam os 
custos fixos; trata-se de sua margem de contribuição, que multiplicada pelas 
quantidades vendidas e somada a dos demais, será a margem de contribuição 
total. Desse montante, deduzindo os custos fixos, chega-se ao resultado, que 
pode ser de Lucro ou prejuízo. 
 
Com a margem de contribuição é possível verificar facilmente a 
potencialidade de cada produto, mostrando como cada um contribui para 
amortizar os gastos fixos, e, depois, formar o lucro propriamente dito. 
 
2.7. FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA COM BASE NA APURAÇÃO 
DE CUSTOS 
 
Na gestão dos preços de venda é necessário conhecer o custo do 
produto, porém essa informação, por si só, embora seja necessária, não é 
suficiente. É importante conhecer os preços de produtos concorrentes, os 
preços de produtos substitutos e a estratégia de marketing da empresa. 
 
Considerando-se esses aspectos citados, os preços podem ser fixados: 
com base nos custos, com base no mercado ou com base em uma combinação 
de ambos. 
 
Produtos Custo Variável Total Preço de Venda
Margem de 
Contribuição
A 800 1.600 800 / un
B 1.500 2.500 1.000 / un
C 1.000 1.950 950 / un
 
29 
2.7.1. FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS 
 
Para calcular os preços de dentro para fora é necessário a apuração dos 
custos do bem ou serviço apurado segundo um dos critérios estudados: custeio 
por absorção ou custeio variável. Neste custo acrescenta uma margem que 
denominamos de markup, que deve ser suficiente para cobrir os gastos não 
incluídos no custo, os tributos e comissões incidentes sobre o preço e o lucro 
desejado pelos proprietários. 
 
 Suponha a seguinte situação: 
 custo unitário: $ 30,00 
 comissões dos vendedores: 6% do preço de venda 
bruta 
 Impostos incidentes sobre o preço de venda = 27,25% (Pis 
= 1,65%, Cofins = 7,6% e ICMS = 18%) 
 Margem de lucro desejada 10% sobre a receita bruta 
 
O markup seria, então, calculado da seguinte forma: 
- Comissões = 6% 
- Impostos = 27,25 
- Lucro desejado = 10% 
TOTAL = 43,25 sobre o preço de venda bruto=markup 
 
 
O preço de venda será o custo acrescido de 43,25% do preço de venda: 
 
PV = $ 20,00 + 0,4325 PV 
PV – 0,4325 = 20,00 
0,5675 = 20,00 
 
PV = 20,00 / 0,5675 
PV = 35,24 
 
Ou seja, depois que se encontra o markup do produto subtrai de 100 
(100 – 43,25 = 56,75). O preço de venda é calculado pela divisão do custo 
unitário do produto pelo resultado da subtração de 100 pelo markup. 
 
 Observações importantes: 
 o custo deve ser o de reposição, à vista. Assim, o preço 
calculado também é para venda à vista. 
 Nos preços de venda a prazo deve-se incluir os encargos 
financeiros. 
 Se o critério de custeio for o variável, então o markup terá 
que ser acrescido de um percentual que cubra os custos 
fixos de produção que não foram incluídos no custo do 
produto. 
 Os tributos a considerar são os pagos diretamente sobre a 
receita, como ICMS, PIS, Cofins, ISS, etc. 
 
30 
Exercício resolvido de formação de preço de venda com base nos 
custos 
Uma empresa produz 04 tipos de produtos: A, B, C e D 
Custos Diretos Prod. A 45.000 
 Prod. B 66.000 
 Prod. C 76.000 
 Prod. D 84.000 
Custos Indiretos 
Materiais Auxiliares 10.000 
Energia Elétrica 33.000 
Mão-de-obra indireta 30.000 
Material de Embalagem 53.000 
Salário dos Supervisores 80.000 
 
Horas Gastas com os produtos. Quantidades FabricadasProd. A 10h Prod A 200 
Prod. B 13h Prod. B 400 
Prod. C 17h Prod. C 250 
Prod. D 20h Prod. D 300 
 
Após vários estudos, chegou-se a conclusão que empresa deveria ser 
departamentalizada para que seus produtos tivessem um custo mais justo. 
Os departamentos ficaram divididos em Depto n.º 1 a Depto n.º 3 
 
 
 
 
 
Custos de Vendas : 
ICMS: 18 % 
PIS: 0,65% 
COFINS: 3% 
Outros: 6% 
Lucro Desejado : 10% 
 
 
Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total
H H H H
Produto A 4 3 3 10
Produto B 8 2 3 13
Produto C - 11 6 17
Produto D 12 7 1 20
Total 24 23 13 60
Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total
MateriaisAuxiliares 4.000 3.000 3.000 10.000
Energia Elétrica 10.000 12.000 11.000 33.000
Mão-de-obra 15.000 10.000 5.000 30.000
Embalagens 15.000 15.000 23.000 53.000
Sal. Supervisores 25.000 30.000 25.000 80.000
Total 69.000 70.000 67.000 206.000
 
31 
Pede-se: 
 
a) Calcular o custo unitário dos produtos sem departamentalizacao 
b) Calcular o custo unitário dos produtos com departamentalizacao 
c) Calcular o preço de venda e montar demonstrativo. 
 
Resultado 
Quadro 20: Relação de custos Diretos e Indiretos Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
Quadro 21: Rateio dos custos Indiretos proporcional as horas-máquina 
sem departamentalização Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
Quadro 22: Custos Indiretos rateado com departamentalização Exercício 
Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diretos Indiretos Total
A B C D
Custos Diretos 45.000 66.000 76.000 84.000 271.000
MateriaisAuxiliares 10.000 10.000
Energia Elétrica 33.000 33.000
Mão-de-obra 30.000 30.000
Embalagens 53.000 53.000
Sal. Supervisores 80.000 80.000
TOTAL 45.000 66.000 76.000 84.000 206.000 477.000
Diretos Indiretos Total
Custo 
Unitário
Reais Reais %
Produto A 45.000 34.340,20 16,67 79.340,20 396,7
Produto B 66.000 44.640,20 21,67 110.640,20 276,6
Produto C 76.000 58.359,80 28,33 134.359,80 537,44
Produto D 84.000 68.659,80 33,33 152.659,80 508,87
Total 271.000 206.000,00 100 477.000,00
Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total Ind. Diretos Total
Produto A 11.500 9.130,43 15.461,54 36.091,97 45.000,00 81.091,97
Produto B 23.000 6.086,96 15.461,54 44.548,50 66.000,00 110.548,50
Produto C - 33.478,26 30.923,08 64.401,34 76.000,00 140.401,34
Produto D 34.500 21.304,35 5.153,84 60.958,19 84.000,00 144.958,19
Total 69.000 70.000,00 67.000,00 206.000,00 271.000,00 477.000,00
 
32 
Quadro 23: Comparativo dos preços de vendas sem departamentalização 
e com departamentalização Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
Quadro 24: Demonstração de Resultado com departamentalização 
Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
Quadro 25: Demonstração de Resultado sem departamentalização 
Exercício Resolvido 
 
Fonte: Própria 
 
2.8. PONTO DE EQUILIBRIO (Pe) 
 
 O ponto de equilíbrio nasce da relação dos custos e despesas 
totais com a as receitas totais. É o momento em que as receitas totais se 
igualam aos custos e despesas totais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 C/ 
DEPARTAMENTALIZ.
S/ 
DEPARTAMENTALIZ.
Produto A 650,3 636,25
Produto B 443,26 443,62
Produto C 900,74 861,97
Produto D 774,96 816,15
A B C D
Vendas 650,3 443,26 900,74 774,96
Deduções -179,81 -122,56 -249,05 -214,28
Vendas Liquidas 470,49 320,7 651,69 560,68
Custo -405,46 -276,37 -561,61 -483,19
Lucro 65,03 44,33 90,08 77,49
A B C D
Vendas 636,25 443,62 861,97 816,15
Deduções -175,92 -122,66 -238,33 -225,67
Vendas Liquidas 460,33 320,96 623,64 590,48
Custo -396,7 -276,6 -537,44 -508,87
Lucro 63,63 44,36 86,2 81,61
 
33 
Figura 1 – Ponto de Equilíbrio 
 
 
Fonte: Própria 
 
 Na figura pode-se observar que as linhas pontilhadas mostram até 
o ponto em que a empresa tem mais custos e despesas do que receitas, 
encontrando-se, por isso, na faixa do prejuízo; acima, entra na faixa de lucro. 
Esse ponto é definido tanto em unidades (volume) quanto em reais. 
 
• Para encontrar o ponto de equilíbrio: 
 
Fórmula: 
 
 Custos + Despesas Fixas 
Ponto de equilíbrio = ______________________________________ 
 Preço de Venda – Custos e Despesas Variáveis 
 (Margem de Contribuição) 
 
Exemplo: 
Suponha que uma empresa com os seguintes dados: 
 
Preço de Venda = 600,00 por unidade 
Custos e despesas Variáveis = 350,00 por unidade 
Custos e Despesas Fixas = 800.000,00 por mês 
 
 800.000,00 800.000,00 
Pe = _________________ _____________ 
 600,00 – 350,00 250,00 
 
Pe = 3.200 unidades mês 
 
 
CDV 
CDF 
CDT 
 
 
Custos 
e 
Receita 
 
 
 
 
 
0 30.000 Qtde. 
Lucro 
Prejuízo 
R 
 
34 
Quadro 26: Demonstração de Resultado do Exercício Ponto Equilíbrio 
 
Fonte: Própria 
 
• Suponha que a empresa deseje obter de lucro 20% sobre as vendas. 
 
Fórmula: 
 Custos + Despesas Fixas 
Ponto de equilíbrio = ___________________________________________ 
 Margem de Contribuição – (20% x Preço de Venda) 
 
 
Exemplo: 
Suponha que uma empresa com os seguintes dados: 
 
Preço de Venda = 600,00 por unidade 
Custos e despesas Variáveis = 350,00 por unidade 
Custos e Despesas Fixas = 800.000,00 por mês 
 
Fórmula: 
 800.000,00 800.000,00 
Pe = _________________________ _______________ 
 (600,00 – 350,00)- (600 x 20%) 250,00 – 120,00 
 
Pe = 6.154 unidades mês aproximadamente 
 
Quadro 27: Demonstração de Resultado do Exercício Ponto Equilíbrio 
 
Fonte: Própria 
 
• Suponha que a empresa deseje um lucro 1.000.000,00. 
 
Fórmula: 
 (Custos + Despesas Fixas) + Lucro desejado 
Ponto de equilíbrio = ___________________________________________ 
 Margem de Contribuição 
 
Exemplo: 
Suponhamos que uma empresa com os seguintes dados: 
 
VENDA 3.200 600 1.920.000,00
CUSTO VARIÁVEL 3.200 350 1.120.000,00
CUSTO FIXO 800.000,00
LUCRO 0
QUANTIDADE VENDIDA PREÇO UNITÁRIO TOTAL
TOTAL
VENDA 6.154 600 3.692.400,00
CUSTO VARIÁVEL 6.154 350 2.153.900,00
CUSTO FIXO 800.000,00
LUCRO 20% 738.500,00
QUANTIDADE VENDIDA PREÇO UNITÁRIO
 
35 
Preço de Venda = 600,00 por unidade 
Custos e despesas Variáveis = 350,00 por unidade 
Custos e Despesas Fixas = 800.000,00 por mês 
 
 800.000,00 + 1.000.000,00 1.800.000,00 
Pe = _________________________ _______________ 
 (600,00 – 350,00) 250,00 
 
Pe = 7.200 unidades mês 
 
Quadro 27: Demonstração de Resultado do Exercício Ponto Equilíbrio 
 
Fonte: Própria 
 
2.9. MARGEM DE SEGURANÇA (MS) 
 
• Suponha que uma construtora esteja produzindo um tipo de casa com 
as seguintes características: 
 
Custos e despesas fixas = 1.000.000,00 mês 
Custos variáveis = 200.000,00 por unidade 
Preço de venda = 300.000,00 por unidade 
 
Seu ponto de equilíbrio é de: 
 
 1.000.000,00 
Pe = ______________ 
 100.000,00 
 
Pe = 10 casas 
• Suponha que ela esteja produzindo e vendendo 14 casas obtendo com 
isso um lucro de 400.000: 
Quantidade de casas acima do Pe x Margem de contribuição 
4 casas x 100.000,00 = 400.000,00 
 
 A empresa está com uma Margem de segurança de 4 casas, pois 
pode ter essa redução sem entrar na faixa de prejuízo. Em termos percentuais 
podemos dizer que está com uma margem de segurança de 28,6 % 
 
Fórmula: 
 MS em quantidade 
MS = __________________ 
 Quantidade vendida 
 
TOTAL
VENDA 7.200 600 4.320.000,00
CUSTO VARIÁVEL 7.200 350 2.520.000,00
CUSTOFIXO 800.000,00
LUCRO 1.000.000,00
QUANTIDADE VENDIDA PREÇO UNITÁRIO
 
36 
 
 4 
MS = ______________ = 0,29 x 100 = 28,6% 
 14 
 
 
2.10. ALAVANCAGEM OPERACIONAL 
 
• Se passar a uma atividade de produção e venda de 17 unidades, seu 
resultado passará: 
 
Quantidade de casas acima do Pe x Margem de contribuição 
7 casas x 100.000,00 = 700.000,00 
 
Comparando esses números com os atuais (14 unidades e lucro de 
400.000,00) nota-se que houve: 
• Aumento no volume de 3 unidades, ou seja 21,43% (aumento na 
quantidade vendida / venda anterior = 3/14). 
• Aumento no lucro de 300.000,00, ou seja 75 % (aumento no valor do 
lucro / lucro anterior = 300.000,00 / 400.000,00) 
 
 75 
Onde: __________ = 3,5 vezes 
 21,43 
A cada 1% de aumento sobre seu atual volume corresponderá um 
acréscimo de 3,5% sobre o seu atual resultado. Isso se chama alavancagem 
operacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
3. Referências bibliográficas 
 
BRUNI, Adriano Leal; FAMA, Rubens. As decisões de investimentos. São 
Paulo: Atlas, 2003. 
 
CASAROTTO FILHO, Neto. Análise de Investimentos: Matemática Financeira, 
engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. São Paulo: 
Atlas, 2000. 
 
KASSAI, J.R.;KASSAI S., SANTOS, A., ASSAF NETO, A. Retorno do 
investimento, 2º ed. Ed. Atlas, 2000. 
 
ASSAF NETO, A., SILVA A.T.S.; Administração de Capital de Giro. São Paulo: 
Altas, 2002. 
 
MOTTA, Regis da Rocha; CALÔBA, Guilherme Marques. Análise de 
Investimentos: tomada de Decisões em projetos industriais. Ed. Atlas, 2002. 
 
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. São Paulo: Editora Atlas. 
 
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Editora Atlas. 
 
IUDICÍBUS. Sérgio. Curso de Contabilidade para não contadores. São Paulo: 
Editora Atlas. 
 
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade 
Empresarial. São Paulo: Atlas. 
 
MARION, Jose Carlos. Soares, Adenilson, Honório, Contabilidade como 
instrumento para tomada de decisões. Campinas, SP: Alínea. 
 
IUDÍCIBUS, Sérgio. Análise de Balanços. São Paulo; Atlas. 
 
MATARAZZO, Dantes C. Análise Financeira de Balanços, São Paulo: Atlas

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