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1 Gestão das Finanças Contabilidade como instrumento de tomada de decisão Luciano César de Moraes 2 Gestão das Finanças Apresentação Prezado aluno Este texto foi preparado sob a hipótese de que você está fazendo este curso de pós-graduação para se reciclar ou se atualizar em assuntos relacionados à Administração, com a finalidade de melhorar suas competências na arte de administrar organizações, no todo ou em parte. Visando proporcionar aos alunos ferramentas teóricas e práticas para o planejamento e condução de processos de análise da sustetanbilidade do negócio esta apostila foi elaborada em tópicos que proporcionará: Técnicas de Análise das Demonstrações Financeiras com vistas à tomada de decisão e a utilização dos registros contábeis para fins gerenciais; Conceituação da formação de custos e a formação de preços objetivando a tomada de decisões nessa área. 3 Sobre o autor Possui graduação em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino (1995) e mestrado em Engenharia da Produção pela Universidade Paulista - Bacelar (2005). Especialização em Contabilidade e Controladoria, Especialização em Administração de Serviços e Especialização em Educação. Atualmente é professor de ensino superior do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e professor da UNIFAJ. Também é contador e administrador da empresa Moraes Serviços Contábeis. 4 Sumário 1. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .............................................. 6 1.1. INDICES DE LIQUIDEZ ............................................................................................................... 6 1.1.1. INDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE (LC) ..................................................................................... 6 1.1.2. INDICE DE LIQUIDEZ SECA (LS) .............................................................................................. 8 1.1.3. INDICE DE LIQUIDEZ GERAL (LG) ........................................................................................... 9 1.1.4. LIQUIDEZ IMEDIATA (LI) ........................................................................................................ 9 1.2. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO .................................................................................................. 9 1.2.1. PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS SOBRE RECURSOS TOTAIS (GE) ....................... 10 1.2.2. GARANTIA DO CAPITAL PRÓPRIO AO CAPITAL DE TERCEIROS (GCPCT) ............................... 11 1.2.3. COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO (CE) ............................................................................ 11 1.3. ÍNDICES DE ATIVIDADE ........................................................................................................... 11 1.3.1. PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMRV) ....................................................... 12 1.3.2. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS DE COMPRAS (PMPC) ..................................................... 12 1.3.3. PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES ................................................................... 13 1.3.4. POSICIONAMENTO DE ATIVIDADE ...................................................................................... 13 1.4. ÍNDICES DE RENTABILIDADE .................................................................................................. 13 1.4.1. TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTO (TRI) ................................................................ 13 1.4.2. TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (TRPL) ............................................... 14 1.4.3. MARGEM DE LUCRO SOBRE AS VENDAS (ML) ..................................................................... 14 1.4.4. GIRO DO ATIVO ................................................................................................................... 14 1.5. ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL ......................................................................................... 14 1.5.1. ANÁLISE VERTICAL ................................................................................................................... 14 1.5.2. ANÁLISE HORIZONTAL .............................................................................................................. 15 2. CONTABILIDADE DE CUSTOS ............................................................................. 16 2.1. TERMILOGIA CONTÁBIL ......................................................................................................... 16 2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS: DIRETOS E INDIRETOS ............................................................ 17 2.3. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS: FIXOS E VARIÁVEIS ................................................................. 17 2.4. O USO DA INFORMAÇÃO DOS CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÃO GERENCIAL .................. 17 2.4.1. ETAPAS PARA APURAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS ................................................... 18 2.4.2. DEPARTAMENTALIZAÇÃO ................................................................................................... 23 2.5. ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE RATEIO....................................................................................... 27 2.6. CONCEITO DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO .......................................................................... 28 2.7. FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA COM BASE NA APURAÇÃO DE CUSTOS ................................. 28 2.7.1. FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS ................................................................. 29 2.8. PONTO DE EQUILIBRIO (PE) .................................................................................................... 32 2.9. MARGEM DE SEGURANÇA (MS) ............................................................................................. 35 5 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 37 6 1. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 1.1. INDICES DE LIQUIDEZ Os índices de liquidez são utilizados para analisar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma verificação se a empresa tem capacidade para honrar com seus compromissos. Esta capacidade de pagamento pode ser avaliada em longo prazo e curto prazo. 1.1.1. INDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE (LC) Mostra a capacidade de pagamento da empresa a Curto Prazo, por meio da formula : Ativo Circulante LC = Passivo Circulante Balanço patrimonial utilizado para os exemplos das análises das demonstrações financeiras. OBJETIVO A análise das demonstrações financeiras talvez seja muito antiga quanto a própria contabilidade. A verificação da variação da riqueza, realizada para comparação dos primeiros inventários de rebanhos, já leva a um primeiro sintoma de que a análise já existia. É claro que o surgimento da análise das demonstrações contábeis de forma mais concreta foi no final do século XIX quando os bancos americanos iniciaram as solicitações das demonstrações contábeis para às empresas que desejavam contrair empréstimos. Além das exigências dos bancos, a abertura do capital por parte de empresas possibilita a participação de pequenos ou grandes investidores que fazem com que hajam escolhas melhores de empresas bem-sucedidas. A análise das demonstrações Financeiras tornou-se um instrumento de grande importância e utilidades nestas decisões 7 Exemplo de cálculo da liquidez corrente: 329.000 LC== 1,17 280.920 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO R$ PASSIVO R$ ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE Bancos contas movimento 57.000 Duplicatas a Pagar 90.920 Duplicatas a Receber 142.000 Aluguel a Pagar 10.000 Estoques 130.000 Empréstimos a Pagar 180.000 Total Ativo Circulante 329.000 Total Passivo Circulante 280.920 ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo Empréstimos a Receber 130.000 Financiamentos a Pagar 78.580 Total Realizável a Longo Pz. 130.000 Total Exigível a Longo Pz. 78.580 Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO Móveis 65.000 Capital Social 210.000 Veículos 150.000 Lucros 104.500 Total Ativo Imobilizado 215.000 Total Patrimônio Líquido 314.500 Total Ativo não Circulante 345.000 Total Passivo não Circulante 393.080 TOTAL ATIVO 674.000 TOTAL PASSIVO 674.000 Demonstração de resultado do Exercício Receita Bruta 900.000 (-) Deduções da Receita (impostos e devoluções) 32.500 (=) RECEITA LÍQUIDA 867.500 (-) Custos 398.000 (=) RESULTADO BRUTO OPERACIONAL 469.500 (-) Despesas com Aluguel 120.000 (-) Despesas Financeiras 12.000 (-) Outras Despesas 200.000 (=) RESULTADO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO RENDA 137.500 (-) Contribuição social 12.375 (-) Imposto de renda 20.625 (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO 104.500 8 Interpretação : Para cada $ 1,00 de dívida há $ 1,17 de dinheiro e valores que se transformarão em dinheiro. A empresa, neste exemplo, possui capacidade de pagamento a curto prazo. Em toda análise do índice de liquidez corrente é muito importante entender seus limites de análise: O primeiro limite para se entender é que o índice não revela a qualidade do ativo circulante, ou seja, se os estoques estão obsoletos ou se títulos a receber são totalmente recebíveis. O segundo é que o índice não revela se os recebimentos ocorrerão em tempo para pagar as dívidas que vencerão. É possível uma empresa com liquidez corrente igual a 2,5 (aparentemente muito boa), encontrar problemas para saldar seus compromissos, pois se grande parte dos vencimentos das obrigações forem a curto prazo porém dentro do próximo mês, enquanto a concentração dos recebimentos forem dentro de 90 dias. Nas análises deve-se verificar o ramo de atividade. Um índice de Liquidez Corrente de 0,80 é deficiente para uma indústria, mas não o será para uma empresa de transporte. Veja que uma empresa de ônibus não apresenta itens como duplicatas a receber (pois não vende a prazo) e estoques (pois não opera com mercadorias) 1.1.2. INDICE DE LIQUIDEZ SECA (LS) O índice de liquidez seca verifica a possibilidade da empresa saldar seus compromissos sem a venda de seu estoque, ou seja, se a empresa sofresse uma total paralisação das suas vendas, se o seu estoque estivesse fora do que o mercado exige, quais seriam as chances de pagar as suas dívidas com disponível e duplicatas a receber? Fórmula: Ativo Circulante – Estoques LS = Passivo Circulante Exemplo de cálculo da liquidez seca Ativo Circulante = 329.000 Passivo Circulante = 280.920 Estoques = 130.000 LS = 329.000 – 130.000 / 280.920 = 0,71 Interpretação: Com este índice observa-se que, se a empresa parasse de vender, conseguiria pagar apenas 71% de suas dívidas, ou que para cada 1,00 de obrigações ela possui 0,71. 9 1.1.3. INDICE DE LIQUIDEZ GERAL (LG) Mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, considerando tudo o que a empresa converterá em dinheiro de curto e longo prazo, e relacionando com tudo o que a empresa irá pagar de dívidas a curto e longo prazo. Fórmula: Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo LG = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 329.000 + 130.000 LG = = 1,28 280.920 + 78.580 Interpretação: Para cada um real de dívida a curto e longo prazo, há 1,28 de valores a receber a curto e longo prazo . 1.1.4. LIQUIDEZ IMEDIATA (LI) Mostra o quanto a empresa dispõe imediatamente para saldar as dívidas de Curto Prazo: Fórmula: Disponibilidades (Caixa + Bancos + Aplicações Financeiras) LI = Passivo Circulante 57.000 LI = = 0,20 280.920 Para efeito de análise, é um índice que precisa de um certo cuidado em sua análise, pois relaciona-se dinheiro com valores, que vencerão em datas as mais variadas possível, embora a curto prazo. Existem contas que vencerão daqui a dez ou trinta dias, como temos também aquelas que vencerão daqui a 360 dias, e que nada tem a ver com a disponibilidade imediata. O que não vai acontecer é neste índice ter resultados elevados. 1.2. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO Por meio desses indicadores que se verifica o nível de endividamento da empresa. O Ativo (aplicações de recursos) é financiado por capitais de terceiros (passivo circulante + exigível a longo prazo) e por capitais próprios (patrimônio 10 líquido). Pode-se de dizer que os capitais de terceiros e capitais próprios são fontes de recursos. Os indicadores de endividamento são utilizados para verificar se a empresa utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários. Analisa se os recursos de terceiros, ou seja, se as obrigações que serão exigidas das empresas terão uma maior concentração no curto prazo (circulante) ou a longo prazo (exigível a longo prazo). É importante entender as características do indicador: a) Existem momentos da análise que se pode constatar que as empresas recorrem a dívidas para realizarem aplicações produtivas no seu ativo como por exemplo a ampliação, expansão e modernização de equipamentos. Quando isso acontece o endividamento é sadio, mesmo sendo elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para saldar o compromisso assumido. b) Também é importante observar se a empresa recorreu às dívidas para pagar outras dívidas que vencerão. Algumas empresas não geram recursos suficientes para saldar os seus compromissos, ficam sempre recorrendo a empréstimos sucessivos. Vira um círculo vicioso, a empresa será uma série candidata a insolvência. A análise da composição do endividamento também é muito importante: a) Endividamento a curto prazo pode ter sido ocasionado para financiar o ativo circulante. b) Endividamento a longo prazo pode ter sido ocasionado para financiar o ativo imobilizado. Quando uma empresa apresentar uma composição do endividamento com uma grande concentração no passivo circulante (curto prazo), a empresa terá reais dificuldades na capacidade de pagamento a curto prazo. Em uma necessidade, ela terá como alternativas a venda do estoque com uma liquidação forçada ou assumir novas dívidas a curto prazo que certamente, terão juros altos, o que aumentará as despesas financeiras. Se a maior parte das obrigações fossem a Longo Prazo, a empresa teria mais tempo para replanejar a sua situação. 1.2.1. PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS SOBRE RECURSOS TOTAIS (GE) Fórmula do Grau de Endividamento Capital de Terceiros PC + ELP GE = = Capital Terc. + Próprio PC+ELP+PL 11 359.500 Ex.: = 0,53 ou 53% 674.000 Interpretação:53% dos Recursos Totais originam-se de Capitais de Terceiros, ou seja, 53% do patrimônio da empresa foi financiado por capitais de terceiros. 1.2.2. GARANTIA DO CAPITAL PRÓPRIO AO CAPITAL DE TERCEIROS (GCPCT) Fórmula: Capital Próprio PL GCPCT = = Capital de Terceiros PC + ELP 314.500 Ex.: = 0,87 359.500 Interpretação: Para cada 1,00 de capital de terceiros (capital que será exigido) há 0,87 de Capital Próprio como garantia. 1.2.3. COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO (CE) Fórmula: PC PC CE = = Capital Terceiros PC + ELP 280.920 Ex.: = 0,78 ou 78% 359.500 Interpretação: A empresa opera com 78% das suas dívidas no Curto Prazo. 1.3. ÍNDICES DE ATIVIDADE Os índices de atividades demonstram em média quantos dias as empresas demoram para receber suas vendas, pagarem suas compras e renovarem os seus estoques. 12 É importante entender que quando se analisa os resultados dos índices de atividade, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e renovação de estoque, melhor será para a empresa. Ao contrário, quanto mais demorado for o pagamento das compras, desde que não corresponda a atrasos, será melhor. A soma do prazo médio de recebimento de Vendas com o prazo médio de renovação de estoques considera-se como o ciclo operacional da empresa, já que se medem, em média, o tempo que a empresa demora para renovar os seus estoques mais o tempo que demora para receber suas vendas. Para que o posicionamento de atividade da empresa seja considerado ideal a soma do tempo de renovação de estoques com o tempo de recebimento de vendas seja igual ou inferior ao tempo médio de pagamento das compras. 1.3.1. PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMRV) Fórmula: 360 dias x Duplicatas a Receber PMRV = Vendas 360 x 142.000 PMRV = = 57 dias 900.000 Interpretação: A empresa espera, aproximadamente em média, 57 dias para receber as suas vendas . 1.3.2. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS DE COMPRAS (PMPC) Fórmula: 360 dias x Fornecedores PMPC = Compras Para achar compras = Custos + Estoque Final – Estoque inicial Exemplo Compras = 398.000 + 130.000 – 0 Compras = 528.000 13 360 x 90.920 PMPC = = 62 dias 528.000 Interpretação: A empresa paga, aproximadamente em média, seus fornecedores em 62 dias. 1.3.3. PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES Fórmula: 360 x Estoques PMRE = Custo das Vendas 360 x 130.000 PMRE = = 118 dias 398.000 Interpretação: Em média a empresa, a cada 118 dias renova, vende, o seu estoque. 1.3.4. POSICIONAMENTO DE ATIVIDADE Fórmula: PMRE + PMRV 57 dias + 118 dias PA = = = 2,82 PMPC 62 dias Interpretação: O ideal é que este índice se aproxime de 1. Quando este índice é igual ou abaixo de 1,00 mostra que a empresa consegue vender, receber para depois pagar. A empresa no exemplo paga muito antes de vender e receber. 1.4. ÍNDICES DE RENTABILIDADE 1.4.1. TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTO (TRI) (do ponto de vista da empresa) Fórmula: Lucro Líquido 104.500 TRI = = = 0,16 ou 16% Ativo Total 674.000 14 Poder de ganho da empresa: para cada 1,00 investido há um ganho de 0,16. Isto significa que, em média, haverá uma demora de aproximadamente 6 anos para que a empresa obtenha de volta o seu investimento (100% / 16%), ou seja , o payback do investimento total é calculado dividindo-se 100% pelo TRI (payback = tempo médio do retorno) 1.4.2. TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (TRPL) (do ponto de vista dos proprietários) Fórmula: Lucro Líquido 104.500 TRPL = = = 0,33 ou 33% Patrimônio Líquido 314.500 Poder de ganho dos proprietários: para cada 1,00 investido pelos proprietários há um ganho de 0,33. Isto significa, em média, que demorará aproximadamente 3 anos para que os proprietários recuperem seus investimentos. 1.4.3. MARGEM DE LUCRO SOBRE AS VENDAS (ML) Fórmula: Lucro Líquido 104.500 Margem Líquida = = =0,12 ou 12% Vendas Líquidas 867.500 Interpretação: Para cada real vendido sobram para empresa (aos proprietários) 0,12 ou pode-se dizer que a margem de lucro é de 12%. 1.4.4. GIRO DO ATIVO Fórmula: Vendas Líquidas 867.500 Giro dos Ativos= = =1,29 vezes Ativo Total 674.000 Interpretação: A empresa vendeu o equivalente a 1,29 vezes o seu Ativo. 1.5. ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 1.5.1. ANÁLISE VERTICAL A análise vertical do Balanço Patrimonial indica a percentagem do ativo total ou passivo total que foi aplicada em suas várias categorias. 15 Este tipo análise propicia a comparação da percentagem dos itens do ativo em relação a outras empresas, basicamente as concorrentes (empresas do mesmo ramo de atividade) 1.5.2. ANÁLISE HORIZONTAL A análise horizontal deixa evidente nas demonstrações, as principais alterações no comportamento das contas, restando somente uma investigação mais profunda dos itens que mais se modificaram. Exemplo de análise vertical e horizontal: Na análise vertical: Para achar a porcentagem de cada conta em relação ao total do ativo, como mostra o exemplo abaixo, pega-se o valor da conta 93 x 100 = 9.300 / 5.500 = 1,69 % Na análise horizontal: Para achar o acréscimo ou decréscimo de um ano para outro. Como mostra o exemplo abaixo, pega-se o valor de 1.443 (ano 02) – 93 (ano 01) = 1.350 x 100 = 135.000 / 93 (ano 01) = 1.451,61 % acréscimo. ATIVO Ano 01 AV AH Ano 02 AV AH Ativo Circulante R$ % % R$ % % Caixa e Bancos 93 1,69% 100% 1.443 20,11% 1451,61% Clientes ou Duplicatas a Receber 1.533 27,87% 100% 986 13,74% -35,68% Estoques 873 15,87% 100% 1.616 22,52% 85,11% Despesas Exercícios Seguintes 192 3,49% 100% 410 5,71% 113,54% Total do Circulante 2.691 48,93% 100% 4.455 62,09% 65,55% Ativo não Circulante Realizável a Longo Prazo Empréstimos a sócios 232 4,22% 100% 7 0,10% -96,98% Investimentos 77 1,40% 100% 75 1,05% -2,60% Imobilizado 2.457 44,67% 100% 2.599 36,22% 5,78% Intangíveis 43 0,78% 100% 39 0,54% -9,30% Total do não Circulante 2.809 51,07% 100% 2.720 37,91% -3,17% TOTAL DO ATIVO 5.500 100,00% 100% 7.175 100,00% 30,45% 16 2. CONTABILIDADE DE CUSTOS A contabilidade de custos originou-se da necessidade de se avaliar os estoques das indústrias. Somente com o passar dos anos o foco mudou para outras tarefas mais importantes: controle e decisão. Nos anos 80 e 90, as empresas reduziram muito suas margens de lucro, tornando essencial o controle de custos para tomada de decisões administrativas. Os custos são cada vez mais importantes em uma tomada de decisão nas organizações, pois estas não podem definir seus preços de acordo com os custos incorridos, mas sim baseadas nos preços praticados no mercado em queatuam. 2.1. TERMILOGIA CONTÁBIL GASTO: desembolso financeiro que a empresa arca para obter um produto ou um serviço, desembolso esse representado pela entrega ou promessa de entrega. INVESTIMENTOS: todo gasto ocorrido na obtenção de bens que são considerados inicialmente no estoque da empresa e que futuramente serão baixados quando de sua venda ou do consumo, são especificamente chamados de investimentos. Exemplo: A matéria – prima é contabilizada temporariamente como investimento circulante; a máquina se transforma em um investimento permanente. CUSTO: É um gasto relacionado a um bem ou serviço utilizado na produção bens ou nos serviços prestados. Os gastos se tornam custos no momento da utilização na produção para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplo: Quanto compra-se matéria prima é um gasto que imediatamente se tornou um investimento, e assim fica o tempo de sua estocagem; quando este estoque é utilizado na fabricação de um bem, este gasto torna-se um custo da matéria-prima como parte integrante do bem elaborado. DESPESA: É um gasto relacionado a um bem ou serviço consumido direta ou indiretamente com o intuito de se obter receitas. PERDA: Gasto de forma anormal ou involuntária. Exemplo: A mão de obra durante um período de greve é uma perda, não um custo de produção. Outro exemplo é um material deteriorado por um defeito anormal de um equipamento é considerado perda e não um custo. 17 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS: É a soma dos custos incluídos na fabricação dos bens e que agora foram vendidos. Pode acontecer de ter custos de produção de vários períodos, caso o produto vendidos tenha sido produzido em períodos diferentes. 2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS: DIRETOS E INDIRETOS Muitos custos são diretamente apropriados aos produtos, basta a empresa ter uma medida de consumo (quilogramas de matéria-prima utilizada, quantidade de embalagens consumidas, horas de mão-de-obra e até quantidade de força consumida). Estes são os Custos Diretos com relação ao produto. Outros não oferecem nenhuma condição de medida objetiva e qualquer tentativa de destinação dos custos é feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Estes são os custos indiretos com relação ao produto. É importante entender que quando classificamos os custos diretos e indiretos se faz com relação ao produto e não a produção no sentido geral. 2.3. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS: FIXOS E VARIÁVEIS Os gastos que variam de acordo com volume produzido são considerados como Custos Variáveis. Por exemplo a matéria-prima consumida por mês depende diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade produzida, maior será o consumo de matéria-prima. Por outro lado, o aluguel de uma empresa é determinado valor, independente do volume de produção no mês. Sendo assim, o aluguel é um Custo Fixo. O Custos Fixos e Variáveis são classificações que não levam em consideração o produto produzido, e sim o relacionamento entre o valor total do gasto no mês e sua produção. 2.4. O USO DA INFORMAÇÃO DOS CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÃO GERENCIAL A Gestão Estratégica de custo na verdade tem como papel prevenir, evitar, reduzir, eliminar os custos e as despesas fornecendo aos seus administradores informações precisas e atualizadas tornando-as assim mais competitivas nos mercados em que atuam. 18 2.4.1. ETAPAS PARA APURAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS Utilizaremos os gastos abaixo como exemplo de uma determinado período de uma empresa X. Comissões de Vendedores 5.000,00 Salários de Produção 15.000,00 Matéria-prima Consumida 30.000,00 Salários da Administração 7.000,00 Depreciação Equip.Produção 6.000,00 Seguros da Produção 2.000,00 Despesas Financeiras 4.000,00 Honorários da Diretoria 6.000,00 Materiais Diversos – Produção 3.500,00 Energia Elétrica – Produção 6.500,00 Manutenção – Produção 9.000,00 Material de Consumo – Escritório 900,00 TOTAL DOS GASTOS 94.900,00 1º ETAPA: SEPARAR OS CUSTOS E AS DESPESAS Custos de Produção Salários da Produção 15.000,00 Matéria Prima Consumida 30.000,00 Depreciação na Produção 6.000,00 Seguros na Produção 2.000,00 Materiais Diversos – Produção 3.500,00 Energia Elétrica – Produção 6.500,00 Manutenção – Produção 9.000,00 TOTAL 72.000,00 Despesas Administrativas Salários da Administração 7.000,00 Honorários da Diretoria 6.000,00 Material de Consumo – Escritório 900,00 Despesas Financeiras 4.000,00 TOTAL 17.900,00 Despesas de Venda Comissões de Vendedores 5.000,00 TOTAL 5.000,00 2º ETAPA: APROPRIAR OS CUSTOS DIRETOS Suponha que a empresa elabore três produtos diferentes, chamados de A, B e C. Para o consumo de matéria-prima, a empresa mantém um sistema de requisições de tal forma que sabe sempre para qual produto foi utilizado o material retirado do almoxarifado. E, a partir desse dado, conhece-se a seguinte distribuição: 19 Matéria-prima: Produto A 7.500,00 Produto B 10.500,00 Produto C 12.000,00 TOTAL 30.000,00 Para a Mão-de-obra, a situação é um pouco mais complexa, já que é necessário verificar do total de 15.000,00 quanto diz respeito à mão-de-obra direta e quanto é a parte pertencente a mão-de-obra indireta. A empresa, para poder conhecer bem esse detalhe, mantém um apontamento (verificação) de quais foram os funcionários que trabalharam em cada produto no mês e por quanto tempo. Conhecidos tais detalhes e calculados os valores conclui-se: Mão-de-obra Indireta 3.000,00 Direta Produto A 3.200,00 Produto B 5.700,00 Produto C 3.100,00 12.000,00 TOTAL 15.000,00 A verificação da Energia Elétrica evidencia que, após anotado o consumo na fabricação dos produtos durante o mês 6.500,00 são diretamente atribuíveis, já que existem medidores apenas em alguma máquinas. Energia Elétrica: Indireta 4.000,00 Direta Produto A 800,00 Produto B 1.000,00 Produto C 700,00 2.500,00 TOTAL 6.500,00 Quadro 01: Apropriação dos Custos Diretos Fonte: Própria Diretos Indiretos Total Produto A Produto B Produto C Matéria-prima 7.500 10.500 12.000 - 30.000 Mão-de-obra 3.200 5.700 3.100 3.000 15.000 Energia Elétrica 800 1.000 700 4.000 6.500 Depreciação - - - 6.000 6.000 Seguros - - - 2.000 2.000 Materiais Diversos - - - 3.500 3.500 Manutenção - - - 9.000 9.000 TOTAL 11.500 17.200 15.800 27.500 72.000 20 Comentários: Observe que além dos custos diretos foram relacionados os custos que fizeram parte da 1º separação entre custos e despesas, mas não foram apropriados a algum produto. 3º ETAPA: APROPRIAR OS CUSTOS INDIRETOS Uma alternativa simples para a alocação aos produtos A, B e C é fazer o rateio proporcional ao que cada um já recebeu de custos diretos. Esse critério é usado quando os custos diretos são a maioria dos custos totais, e não há outra maneira mais objetiva de visualização de quanto dos indiretos poderia, de forma menos arbitraria ser alocado a A, B e C. Quadro 02: Rateio dos Custos Indiretos em relação ao Custos Diretos Fonte: Própria Comentários: como foi utilizado os custos diretos como base para rateio encontrou-se quanto cada custo direto de cada produto representou em relação ao total. Depois de encontrada a proporção rateou os custos indiretos 22.500 pelas porcentagens. O total é encontrado pela soma dos custos diretos + custos indiretos. Se a empresa resolver fazer outro tipo de alocação. Conhecendo o tempo de fabricação de cada um, pretende fazer a distribuição dos custos indiretos proporcionalmente a ele, e faz uso dos próprios valores em reais da mão-de-obra direta, por ter sido esta calculada com base nesse mesmotempo. Quadro 03: Rateio dos Custos Indiretos em relação ao Mão de Obra Direta Fonte: Própria Diretos Total Reais % Reais Produto A 11.500 25,84% 7.106,00 18.606,00 Produto B 17.200 38,65% 10.628,75 27.828,75 Produto C 15.800 35,51% 9.765,25 25.565,25 Total 44.500 100,00% 27.500,00 72.000,00 mão-de- obra Diretos Custos Indiretos Reais % Reais Produto A 3.200,00 26,67% 7.334,25 Produto B 5.700,00 47,50% 13.062,50 Produto C 3.100,00 25,83% 7.103,25 Total 12.000,00 100,00% 27.500,00 21 Quadro 04: Custos totais de cada produto Fonte: Própria As etapas para apuração de custos dos produtos consiste, dentro do visto até o momento, em: a) separação de custos e despesas; b) apropriação dos custos diretos aos produtos; e c) Rateio dos custos indiretos aos produtos. Exercício resolvido de rateio dos custos indiretos Salários da Produção 20.000,00 Matéria-prima consumida 40.000,00 Salários da administração 8.000,00 Depreciação da Produção 4.000,00 Despesas Financeiras 2.000,00 Pró-labore 4.000,00 Energia elétrica da produção 6.000,00 Manutenção da produção 8.000,00 Material do escritório 800,00 A empresa produz 3 tipos de produtos denominados de Alfa, Beta e Gama Matéria-prima Alfa 8.000,00 Beta 20.000,00 Gama 12.000,00 Mão-de-obra Energia Elétrica Alfa 3.520,00 Alfa 1.200,00 Beta 6.400,00 Beta 900,00 Gama 6.080,00 Gama 900,00 Indireta 4.000,00 Indireta 3.000,00 Pede-se: Apropriar os custos indiretos de fabricação baseado nos seguintes critérios: A) Proporcional aos custos diretos B) Proporcional à mão-de-obra direta Custos Diretos Custos Indiretos Custos Totais Produto A 11.500,00 7.334,25 18.834,25 Produto B 17.200,00 13.062,50 30.262,50 Produto C 15.800,00 7.103,25 22.903,25 Total 44.500,00 27.500,00 72.000,00 22 Resultado SEPARAÇÃO Custos de Produção Salários da produção 20.000,00 Matéria Prima Consumida 40.000,00 Depreciação na produção 4.000,00 Energia Elétrica – produção 6.000,00 Manutenção – produção 8.000,00 TOTAL 78.000,00 Despesas Administrativas Salários da Administração 8.000,00 Pró-labore 4.000,00 Material de Consumo – Escritório 800,00 Despesas Financeiras 2.000,00 TOTAL 14.800,00 Quadro 05: Apropriação dos Custos Diretos Exercício Resolvido Fonte: Própria Quadro 06: Rateio dos Custos Indiretos em relação ao Custos Diretos Exercício Resolvido Fonte: Própria Diretos Indiretos Total ALFA BETA GAMA Matéria-prima 8.000 20.000 12.000 - 40.000 Mão-de-obra 3.520 6.400 6.080 4.000 20.000 Energia Elétrica 1.200 900 900 3.000 6.000 Depreciação - - - 4.000 4.000 Manutenção - - - 8.000 8.000 TOTAL 12.720 27.300 18.980 19.000 78.000 Diretos Total Reais % Reais Produto A 12.720 21,56% 4.096,40 16.816,40 Produto B 27.300 46,27% 8.791,30 36.091,30 Produto C 18.980 32,17% 6.112,30 25.092,30 Total 59.000 100,00% 19.000,00 78.000,00 23 Quadro 07: Rateio dos Custos Indiretos em relação ao Mão de Obra Direta Exercício Resolvido Fonte: Própria Quadro 08: Custos totais de cada produto Exercício Resolvido Fonte: Própria 2.4.2. DEPARTAMENTALIZAÇÃO Uma empresa produz 03 produtos X, Y e Z , e já alocou a eles os seguintes custos diretos e faltam serem alocados os custos indiretos. Quadro 09: Relação de custos Diretos e Indiretos Fonte: Própria Devido ao volume de Custos Indiretos relacionados à equipamentos (depreciação, manutenção, energia), a empresa decide fazer a distribuição aos diversos produtos com base no tempo de horas-máquinas que cada um leva para ser feito. Produto X 200 horas-máquina Produto Y 300 horas-máquina Produto Z 500 horas-máquina mão-de- obra Diretos Custos Indiretos Reais % Reais Produto Alfa 3.520,00 22,00% 4.180,00 Produto Beta 6.400,00 40,00% 7.600,00 Produto Gama 6.080,00 38,00% 7.220,00 Total 16.000,00 100,00% 19.000,00 Custos Diretos Custos Indiretos Custos Totais Produto Alfa 12.720,00 4.180,00 16.900,00 Produto Beta 27.300,00 7.600,00 34.900,00 Produto Gama 18.980,00 7.220,00 26.200,00 Total 59.000,00 19.000,00 78.000,00 Diretos Indiretos Total X Y Z Custos Diretos 40.000 250.000 55.000 - 345.000 Depreciação - - - 15.000 15.000 Manutenção - - - 40.000 40.000 Energia Elétrica - - - 35.000 35.000 Supervisão Fabrica - - - 15.000 15.000 Outros - - - 25.000 25.000 TOTAL 40.000 250.000 55.000 130.000 475.000 24 Portanto, a atribuição dos Custos Indiretos e o cálculo do Custo Total ficaria: Quadro 10: Rateio dos custos Indiretos proporcional as horas-máquina sem departamentalização Fonte: Própria Ao analisar o processo de produção, verifica-se que existe uma discrepância entre os produtos com relação as horas-máquina, pelo seguinte: o produto X gasta um total de 200 hm, mas distribuídas nos setores de corte, montagem e acabamento, enquanto que o produto Y só passa pelo corte, não necessitando de montagem e nem acabamento. Sendo assim, a distribuição total é a seguinte: Quadro 11: Total das horas-máquina distribuídas nos departamentos Fonte: Própria Verifica-se também, que o gasto com os custos indiretos não é uniforme entre o os setores, distribuindo-se assim: Quadro 12: Custos Indiretos distribuídos nos departamentos Fonte: Própria Pode-se fazer uma apropriação dos custos indiretos de forma mais adequada, levando em conta o tempo de cada produto em cada departamento. Diretos Indiretos Total Reais horas/ maq % Produto X 40.000 200 20% 26.000 66.000,00 Produto Y 250.000 300 30% 39.000 289.000,00 Produto Z 55.000 500 50% 65.000 120.000,00 Total 125.000 1.000 100 130.000 475.000,00 Corte Montagem Acabamento Total Hm Hm Hm Hm Produto X 100 50 50 200 Produto Y 300 - - 300 Produto Z 100 250 150 500 Total 500 300 200 1000 Corte Montagem Acabamento Total Depreciação 10.000 1.000 4.000 15.000 Manutenção 15.000 13.000 12.000 40.000 Energia 6.000 4.000 25.000 35.000 Supervisão 5.000 7.000 3.000 15.000 Outros 9.000 3.000 13.000 25.000 Total 45.000 28.000 57.000 130.000 25 Quadro 13: Custos Indiretos rateado com departamentalização Fonte: Própria Comentários: Para se encontrar o valor apropriado a cada produto dos custos indiretos o cálculo é o seguinte. Total dos custos indiretos do departamento de corte (45.000) dividido pelo total de horas máquina do departamento de corte (500) vezes o total de horas máquina do produto X (100) = total dos custos indiretos apropriado ao departamento de corte do produto X (9.000). Fazendo uma comparação dos Custos Indiretos alocados a cada produto sem departamentalização e o com departamentalização. Quadro 14: Comparativo dos Custos Indiretos alocado sem e com departamentalização Fonte: Própria Exercício resolvido de rateio dos custos indiretos por departamentalização. Uma empresa produz 04 tipos de produtos: A, B, C e D. Custos Diretos Prod. A 32.000 Prod. B 56.000 Prod. C 66.000 Prod. D 54.000 Custos Indiretos Materiais Auxiliares 6.000 Energia Elétrica 23.000 Mão-de-obra indireta 35.000 Material de Embalagem 23.000 Salário dos Supervisores 30.000 Horas Gastas com os produtos. Quantidades Fabricadas Prod. A 5h Prod A 100 Prod. B 3h Prod. B 200 Prod. C 7h Prod. C 50 Prod. D 10h Prod. D 100 Corte Montagem Acabamento Total Custos Indiretos Produto X 9.000 4.667 14.250 27.917 Produto Y 27.000 0 0 27.000 Produto Z 9.000 23.333 42.750 75.083 Total 45.000 28.000 57.000 130.000 Sem Departamentalização Com Departamentalização Total Produto X 26.000 27.917 1.917 Produto Y 39.000 27.000 -12.000 Produto Z 65.000 75.083 10.083 Total 130.000 130.000 - 26 Após vários estudos, chegou-seconclusão que empresa deveria ser departamentalizada para que seus produtos tivessem um custo mais justo. Os departamentos ficaram divididos em Depto n.º 1 a Depto n.º 3 Pede-se: a) Calcular o custo unitário dos produtos sem departamentalização; b) Calcular o custo unitário dos produtos com departamentalização; c) Montar comparativo; d) Fazer o rateio dos custos indiretos em relação as horas máquina. Quadro 15: Relação de custos Diretos e Indiretos Exercício Resolvido Fonte: Própria Quadro 16: Rateio dos custos Indiretos proporcional as horas-máquina sem departamentalização Exercício Resolvido Fonte: Própria Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total H H H H Produto A 2 1 2 5 Produto B 3 - - 3 Produto C - 4 3 7 Produto D 2 3 5 10 Total 7 8 10 25 Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total Materiais Auxiliares 1.000 2.000 3.000 6.000 Energia Elétrica 10.000 5.000 8.000 23.000 Mão-de-obra 5.000 13.000 17.000 35.000 Embalagens 15.000 4.000 4.000 23.000 Sal. Supervisores 14.000 8.000 8.000 30.000 Total 45.000 32.000 40.000 117.000 Diretos Indiretos Total A B C D Custos Diretos 32.000 56.000 66.000 54.000 208.000 MateriaisAuxiliares 6.000 6.000 Energia Elétrica 23.000 23.000 Mão-de-obra 35.000 35.000 Embalagens 23.000 23.000 Sal. Supervisores 30.000 30.000 TOTAL 32.000 56.000 66.000 54.000 117.000 325.000 Diretos Indiretos Total Reais horas/ maq % Produto A 32.000 5 20% 23.400 55.400 Produto B 56.000 3 12% 14.040 70.040 Produto C 66.000 7 28% 32.760 98.760 Produto D 54.000 10 40% 46.800 100.800 Total 208.000 25 100% 117.000 325.000 27 Quadro 17: Custos Indiretos rateado com departamentalização Exercício Resolvido Fonte: Própria Quadro 18: Comparativo dos Custos Indiretos alocado sem e com departamentalização Fonte: Própria 2.5. ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE RATEIO Os Custos Indiretos são apropriados, de forma indireta aos produtos mediante estimativas e rateios. Essas formas de distribuição possuem uma certa subjetividade e uma arbitrariedade nas alocações, porém em outras oportunidades só será aceita por não haver alternativas melhores. É importante analisar os itens que compõem o total dos custos indiretos para minimizar erros: a) Quando os maiores itens são compostos por Depreciação de máquinas, energia elétrica, manutenção e lubrificantes, ou seja, aproximadamente 80% do total; o restante mão-de-obra indireta e outros custos recebidos de outros departamentos. O rateio dos custos indiretos deverá ser com base no número de horas-máquina, pois o mais relevante é a existência e utilização de máquinas. b) Algumas vezes observa-se que o mais importante item é mão-de-obra indireta e seus encargos pelo fato de haver uma supervisão cara, e esta supervisão ser basicamente o controle do pessoal direto de produção, não haveria também nessa hipótese dúvida em se fazer a distribuição com base na Mão-de-obra direta. c) O custo indireto de fabricação pode ter outros tipos de influência, e pode ser aceito outros critérios de rateio. CUSTEIO: Significa o método de apropriação de Custos. Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total Ind. Diretos Total Produto A 12.857,14 4.000,00 8.000,00 24.857,14 32.000,00 56.857,14 Produto B 19.285,71 19.285,71 56.000,00 75.285,71 Produto C 16.000,00 12.000,00 28.000,00 66.000,00 94.000,00 Produto D 12.857,14 12.000,00 20.000,00 44.857,14 54.000,00 98.857,15 Total 45.000,00 32.000,00 40.000,00 117.000,00 208.000,00 325.000,00 Sem Departamentalização Com Departamentalização Diferença Produto A 55.400,00 56.857,14 1.457,14 Produto B 70.040,00 75.285,71 5.245,71 Produto C 98.760,00 94.000,00 -4.760,00 Produto D 100.800,00 98.857,15 -1.942,85 Total 325.000,00 325.000,00 28 CUSTEIO POR ABSORÇÃO: Consiste no rateio de todos os custos de produção. Todos os gastos relativos à fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos. CUSTEIO VARIÁVEL: No custeio variável só são rateados aos produtos os custos variáveis, os custos fixos são separados e considerados como despesas do período. Como consequência irão para os estoques somente os custos variáveis. 2.6. CONCEITO DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO A margem de contribuição é encontrada pela diferença entre o preço de venda e o custo variável do produto. Significa o valor que cada unidade efetivamente contribui para empresa, ou seja, o quanto sobra entre sua receita e o custo. Verifique o exemplo abaixo: Quadro 19: Apuração da Margem de Contribuição Fonte: Própria Uma unidade de A contribui com 800; isso não é lucro, já que faltam os custos fixos; trata-se de sua margem de contribuição, que multiplicada pelas quantidades vendidas e somada a dos demais, será a margem de contribuição total. Desse montante, deduzindo os custos fixos, chega-se ao resultado, que pode ser de Lucro ou prejuízo. Com a margem de contribuição é possível verificar facilmente a potencialidade de cada produto, mostrando como cada um contribui para amortizar os gastos fixos, e, depois, formar o lucro propriamente dito. 2.7. FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA COM BASE NA APURAÇÃO DE CUSTOS Na gestão dos preços de venda é necessário conhecer o custo do produto, porém essa informação, por si só, embora seja necessária, não é suficiente. É importante conhecer os preços de produtos concorrentes, os preços de produtos substitutos e a estratégia de marketing da empresa. Considerando-se esses aspectos citados, os preços podem ser fixados: com base nos custos, com base no mercado ou com base em uma combinação de ambos. Produtos Custo Variável Total Preço de Venda Margem de Contribuição A 800 1.600 800 / un B 1.500 2.500 1.000 / un C 1.000 1.950 950 / un 29 2.7.1. FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS Para calcular os preços de dentro para fora é necessário a apuração dos custos do bem ou serviço apurado segundo um dos critérios estudados: custeio por absorção ou custeio variável. Neste custo acrescenta uma margem que denominamos de markup, que deve ser suficiente para cobrir os gastos não incluídos no custo, os tributos e comissões incidentes sobre o preço e o lucro desejado pelos proprietários. Suponha a seguinte situação: custo unitário: $ 30,00 comissões dos vendedores: 6% do preço de venda bruta Impostos incidentes sobre o preço de venda = 27,25% (Pis = 1,65%, Cofins = 7,6% e ICMS = 18%) Margem de lucro desejada 10% sobre a receita bruta O markup seria, então, calculado da seguinte forma: - Comissões = 6% - Impostos = 27,25 - Lucro desejado = 10% TOTAL = 43,25 sobre o preço de venda bruto=markup O preço de venda será o custo acrescido de 43,25% do preço de venda: PV = $ 20,00 + 0,4325 PV PV – 0,4325 = 20,00 0,5675 = 20,00 PV = 20,00 / 0,5675 PV = 35,24 Ou seja, depois que se encontra o markup do produto subtrai de 100 (100 – 43,25 = 56,75). O preço de venda é calculado pela divisão do custo unitário do produto pelo resultado da subtração de 100 pelo markup. Observações importantes: o custo deve ser o de reposição, à vista. Assim, o preço calculado também é para venda à vista. Nos preços de venda a prazo deve-se incluir os encargos financeiros. Se o critério de custeio for o variável, então o markup terá que ser acrescido de um percentual que cubra os custos fixos de produção que não foram incluídos no custo do produto. Os tributos a considerar são os pagos diretamente sobre a receita, como ICMS, PIS, Cofins, ISS, etc. 30 Exercício resolvido de formação de preço de venda com base nos custos Uma empresa produz 04 tipos de produtos: A, B, C e D Custos Diretos Prod. A 45.000 Prod. B 66.000 Prod. C 76.000 Prod. D 84.000 Custos Indiretos Materiais Auxiliares 10.000 Energia Elétrica 33.000 Mão-de-obra indireta 30.000 Material de Embalagem 53.000 Salário dos Supervisores 80.000 Horas Gastas com os produtos. Quantidades FabricadasProd. A 10h Prod A 200 Prod. B 13h Prod. B 400 Prod. C 17h Prod. C 250 Prod. D 20h Prod. D 300 Após vários estudos, chegou-se a conclusão que empresa deveria ser departamentalizada para que seus produtos tivessem um custo mais justo. Os departamentos ficaram divididos em Depto n.º 1 a Depto n.º 3 Custos de Vendas : ICMS: 18 % PIS: 0,65% COFINS: 3% Outros: 6% Lucro Desejado : 10% Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total H H H H Produto A 4 3 3 10 Produto B 8 2 3 13 Produto C - 11 6 17 Produto D 12 7 1 20 Total 24 23 13 60 Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total MateriaisAuxiliares 4.000 3.000 3.000 10.000 Energia Elétrica 10.000 12.000 11.000 33.000 Mão-de-obra 15.000 10.000 5.000 30.000 Embalagens 15.000 15.000 23.000 53.000 Sal. Supervisores 25.000 30.000 25.000 80.000 Total 69.000 70.000 67.000 206.000 31 Pede-se: a) Calcular o custo unitário dos produtos sem departamentalizacao b) Calcular o custo unitário dos produtos com departamentalizacao c) Calcular o preço de venda e montar demonstrativo. Resultado Quadro 20: Relação de custos Diretos e Indiretos Exercício Resolvido Fonte: Própria Quadro 21: Rateio dos custos Indiretos proporcional as horas-máquina sem departamentalização Exercício Resolvido Fonte: Própria Quadro 22: Custos Indiretos rateado com departamentalização Exercício Resolvido Fonte: Própria Diretos Indiretos Total A B C D Custos Diretos 45.000 66.000 76.000 84.000 271.000 MateriaisAuxiliares 10.000 10.000 Energia Elétrica 33.000 33.000 Mão-de-obra 30.000 30.000 Embalagens 53.000 53.000 Sal. Supervisores 80.000 80.000 TOTAL 45.000 66.000 76.000 84.000 206.000 477.000 Diretos Indiretos Total Custo Unitário Reais Reais % Produto A 45.000 34.340,20 16,67 79.340,20 396,7 Produto B 66.000 44.640,20 21,67 110.640,20 276,6 Produto C 76.000 58.359,80 28,33 134.359,80 537,44 Produto D 84.000 68.659,80 33,33 152.659,80 508,87 Total 271.000 206.000,00 100 477.000,00 Depto 1 Depto 2 Depto 3 Total Ind. Diretos Total Produto A 11.500 9.130,43 15.461,54 36.091,97 45.000,00 81.091,97 Produto B 23.000 6.086,96 15.461,54 44.548,50 66.000,00 110.548,50 Produto C - 33.478,26 30.923,08 64.401,34 76.000,00 140.401,34 Produto D 34.500 21.304,35 5.153,84 60.958,19 84.000,00 144.958,19 Total 69.000 70.000,00 67.000,00 206.000,00 271.000,00 477.000,00 32 Quadro 23: Comparativo dos preços de vendas sem departamentalização e com departamentalização Exercício Resolvido Fonte: Própria Quadro 24: Demonstração de Resultado com departamentalização Exercício Resolvido Fonte: Própria Quadro 25: Demonstração de Resultado sem departamentalização Exercício Resolvido Fonte: Própria 2.8. PONTO DE EQUILIBRIO (Pe) O ponto de equilíbrio nasce da relação dos custos e despesas totais com a as receitas totais. É o momento em que as receitas totais se igualam aos custos e despesas totais. C/ DEPARTAMENTALIZ. S/ DEPARTAMENTALIZ. Produto A 650,3 636,25 Produto B 443,26 443,62 Produto C 900,74 861,97 Produto D 774,96 816,15 A B C D Vendas 650,3 443,26 900,74 774,96 Deduções -179,81 -122,56 -249,05 -214,28 Vendas Liquidas 470,49 320,7 651,69 560,68 Custo -405,46 -276,37 -561,61 -483,19 Lucro 65,03 44,33 90,08 77,49 A B C D Vendas 636,25 443,62 861,97 816,15 Deduções -175,92 -122,66 -238,33 -225,67 Vendas Liquidas 460,33 320,96 623,64 590,48 Custo -396,7 -276,6 -537,44 -508,87 Lucro 63,63 44,36 86,2 81,61 33 Figura 1 – Ponto de Equilíbrio Fonte: Própria Na figura pode-se observar que as linhas pontilhadas mostram até o ponto em que a empresa tem mais custos e despesas do que receitas, encontrando-se, por isso, na faixa do prejuízo; acima, entra na faixa de lucro. Esse ponto é definido tanto em unidades (volume) quanto em reais. • Para encontrar o ponto de equilíbrio: Fórmula: Custos + Despesas Fixas Ponto de equilíbrio = ______________________________________ Preço de Venda – Custos e Despesas Variáveis (Margem de Contribuição) Exemplo: Suponha que uma empresa com os seguintes dados: Preço de Venda = 600,00 por unidade Custos e despesas Variáveis = 350,00 por unidade Custos e Despesas Fixas = 800.000,00 por mês 800.000,00 800.000,00 Pe = _________________ _____________ 600,00 – 350,00 250,00 Pe = 3.200 unidades mês CDV CDF CDT Custos e Receita 0 30.000 Qtde. Lucro Prejuízo R 34 Quadro 26: Demonstração de Resultado do Exercício Ponto Equilíbrio Fonte: Própria • Suponha que a empresa deseje obter de lucro 20% sobre as vendas. Fórmula: Custos + Despesas Fixas Ponto de equilíbrio = ___________________________________________ Margem de Contribuição – (20% x Preço de Venda) Exemplo: Suponha que uma empresa com os seguintes dados: Preço de Venda = 600,00 por unidade Custos e despesas Variáveis = 350,00 por unidade Custos e Despesas Fixas = 800.000,00 por mês Fórmula: 800.000,00 800.000,00 Pe = _________________________ _______________ (600,00 – 350,00)- (600 x 20%) 250,00 – 120,00 Pe = 6.154 unidades mês aproximadamente Quadro 27: Demonstração de Resultado do Exercício Ponto Equilíbrio Fonte: Própria • Suponha que a empresa deseje um lucro 1.000.000,00. Fórmula: (Custos + Despesas Fixas) + Lucro desejado Ponto de equilíbrio = ___________________________________________ Margem de Contribuição Exemplo: Suponhamos que uma empresa com os seguintes dados: VENDA 3.200 600 1.920.000,00 CUSTO VARIÁVEL 3.200 350 1.120.000,00 CUSTO FIXO 800.000,00 LUCRO 0 QUANTIDADE VENDIDA PREÇO UNITÁRIO TOTAL TOTAL VENDA 6.154 600 3.692.400,00 CUSTO VARIÁVEL 6.154 350 2.153.900,00 CUSTO FIXO 800.000,00 LUCRO 20% 738.500,00 QUANTIDADE VENDIDA PREÇO UNITÁRIO 35 Preço de Venda = 600,00 por unidade Custos e despesas Variáveis = 350,00 por unidade Custos e Despesas Fixas = 800.000,00 por mês 800.000,00 + 1.000.000,00 1.800.000,00 Pe = _________________________ _______________ (600,00 – 350,00) 250,00 Pe = 7.200 unidades mês Quadro 27: Demonstração de Resultado do Exercício Ponto Equilíbrio Fonte: Própria 2.9. MARGEM DE SEGURANÇA (MS) • Suponha que uma construtora esteja produzindo um tipo de casa com as seguintes características: Custos e despesas fixas = 1.000.000,00 mês Custos variáveis = 200.000,00 por unidade Preço de venda = 300.000,00 por unidade Seu ponto de equilíbrio é de: 1.000.000,00 Pe = ______________ 100.000,00 Pe = 10 casas • Suponha que ela esteja produzindo e vendendo 14 casas obtendo com isso um lucro de 400.000: Quantidade de casas acima do Pe x Margem de contribuição 4 casas x 100.000,00 = 400.000,00 A empresa está com uma Margem de segurança de 4 casas, pois pode ter essa redução sem entrar na faixa de prejuízo. Em termos percentuais podemos dizer que está com uma margem de segurança de 28,6 % Fórmula: MS em quantidade MS = __________________ Quantidade vendida TOTAL VENDA 7.200 600 4.320.000,00 CUSTO VARIÁVEL 7.200 350 2.520.000,00 CUSTOFIXO 800.000,00 LUCRO 1.000.000,00 QUANTIDADE VENDIDA PREÇO UNITÁRIO 36 4 MS = ______________ = 0,29 x 100 = 28,6% 14 2.10. ALAVANCAGEM OPERACIONAL • Se passar a uma atividade de produção e venda de 17 unidades, seu resultado passará: Quantidade de casas acima do Pe x Margem de contribuição 7 casas x 100.000,00 = 700.000,00 Comparando esses números com os atuais (14 unidades e lucro de 400.000,00) nota-se que houve: • Aumento no volume de 3 unidades, ou seja 21,43% (aumento na quantidade vendida / venda anterior = 3/14). • Aumento no lucro de 300.000,00, ou seja 75 % (aumento no valor do lucro / lucro anterior = 300.000,00 / 400.000,00) 75 Onde: __________ = 3,5 vezes 21,43 A cada 1% de aumento sobre seu atual volume corresponderá um acréscimo de 3,5% sobre o seu atual resultado. Isso se chama alavancagem operacional. 37 3. Referências bibliográficas BRUNI, Adriano Leal; FAMA, Rubens. As decisões de investimentos. São Paulo: Atlas, 2003. CASAROTTO FILHO, Neto. Análise de Investimentos: Matemática Financeira, engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. São Paulo: Atlas, 2000. KASSAI, J.R.;KASSAI S., SANTOS, A., ASSAF NETO, A. Retorno do investimento, 2º ed. Ed. Atlas, 2000. ASSAF NETO, A., SILVA A.T.S.; Administração de Capital de Giro. São Paulo: Altas, 2002. MOTTA, Regis da Rocha; CALÔBA, Guilherme Marques. Análise de Investimentos: tomada de Decisões em projetos industriais. Ed. Atlas, 2002. MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. São Paulo: Editora Atlas. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Editora Atlas. IUDICÍBUS. Sérgio. Curso de Contabilidade para não contadores. São Paulo: Editora Atlas. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas. MARION, Jose Carlos. Soares, Adenilson, Honório, Contabilidade como instrumento para tomada de decisões. Campinas, SP: Alínea. IUDÍCIBUS, Sérgio. Análise de Balanços. São Paulo; Atlas. MATARAZZO, Dantes C. Análise Financeira de Balanços, São Paulo: Atlas
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