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Linha do tempo de psicologia

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO- CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS
.
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
CAXIAS-MA
2018
5000 a.C
Em 5000 a.C, período correspondente a Idade dos Metais, o estudo sobre a psicologia era escasso e primitivo, o conhecimento que se tinha na época era de identificar os indivíduos que apresentavam comportamento anormal, ou seja, indícios de problemas mentais. Tais distúrbios eram entendidos como manifestações sobrenaturais, espíritos malignos e demônios. O principal recurso usado na época para solucionar essa problemática foi a prática da trepanação, que consistia na perfuração de uma ou mais aberturas na cabeça, tufo isso na tentativa de expulsar os seres amaldiçoados da mente do “louco". É valido mencionar, também, que a expectativa de vida de uma pessoa que foi submetida a tal prática era muito baixa.
 
Outro fator que levou aos problemas mentais, segundo esse período, era o caráter mitológico da loucura, no qual os deuses decidiam o tipo de loucura que uma pessoa teria, isso seria uma espécie de ponte para o oculto. Esse foi o primórdio do extenso conhecimento que a psicologia irá proporcionar para toda sociedade.
430 a.C
Psicologia e Hipócrates
* Considerado o pai da medicina: responsável por tornar a medicina um saber científico de fato. Por meio da observação sobre os fatos e que para conhecer o corpo humano, deveria relacioná-lo com o meio ambiente
* Autoria do primeiro tratado médico (Corpus Hippocraticum): continha textos sobre ética e conduta médica, tratamento e identificação de doenças, dietas...
Para a psicologia, essa compilação de livros foi importante porque inaugurou a ideia de que os transtornos mentais estariam relacionados com alguma causa infecciosa, ao parto ou por hemorragias. Tendo em vista que, anteriormente, os problemas mentais eram associados a questões empíricas, como forças e espíritos malignos. Portanto, não admitiam que poderia haver uma causa física para os problemas mentais, mas sim causas morais e espirituais.
* Teoria dos quatro humores: para Hipócrates, todas as partes líquidas e sólidas do corpo seriam compostas por uma mistura de tais humores. E toda a fisiologia do organismo dependia do equilíbrio dinâmico desses humores. E, assim, a doença seria cusada por algum desequilíbrio entre eles
1. Sangue (referencia ao coração) era quente e úmido
2. Fleuma (referência ao cérebro) era fria e úmida
3. Bilis amarela (referência ao fígado) era quente e seca
4. Bilis negra (referência ao baço) era fria e seca
* A partir desses quatro humores são descritos também quatro temperamentos: sanguíneo, fleumático, bilioso ou colérico e melancólico. Cada um deles faz correspondência com um dos humores, respectivamente, sangue, fleuma, bile amarela e bile negra.
Sanguíneo, significando "resistente, confidente, otimista, alegre, feliz."
Fleumático, significando "lento, estólido, indiferença, impassivo."
Bílis, significando "a qualidade ou estado do ser irascível";colérico, significando "irritado, irado, irascível";
Melancólico, significando "depressivo, tendência à depressão os espíritos, irascivel, triste, abatido."
1637
René Descartes (1596 – 1650) e a Psicologia
O trabalho mais importante de Descartes para o desenvolvimento da Psicologia moderna foi a tentativa de resolver o problema mente-corpo (questão da distinção entre as qualidades física e mental). Antes de Descartes, a teoria predominante afirmava ser a interação entre a mente e o corpo essencialmente unilateral. A mente era capaz de exercer grande influência sobre o corpo, enquanto o corpo exercia pouco efeito sobre a mente. Na sua visão, a mente e o corpo eram realmente compostos de diferentes essências. Na teoria da interação mente-corpo de Descartes, a mente influencia o corpo e a influência do corpo deste sobre a mente era maior do que se acreditava. Descartes introduziu uma abordagem para a questão que perdurava havia tanto tempo, ou seja, o problema mente e corpo e concentrou sua atenção na dualidade físico-psicológico. Assim, redirecionou a atenção dos pesquisadores, que passaram do conceito teológico abstrato da alma para o estudo científico da mente e dos processos mentais.
Desse modo, os cientistas acabaram aceitando a mente e o corpo como duas entidades separadas. A ideia revolucionária de Descartes afirma que a mente e o corpo, embora distintos, são capazes de interagir sobre o corpo do mesmo modo que na mente. Essa "coisa pensante" é livre, imaterial e inextensa. Uma vez que havia essa interação mútua entre corpo e mente, Descartes foi forçado a crer que havia um ponto no corpo onde essa interação poderia acontecer e como percebeu que as sensações viajam até o cérebro por percursos bem definidos, acreditou ser este o órgão responsável por esta interação. Mais precisamente a glândula pineal, pois é esta a única estrutura não duplicada no cérebro. Considerou então ser este o ponto onde acontecia a interação mente-corpo.
A obra mais importante de Descartes foi "O Discurso do Método", que era dividido em seis partes e a partir dele, Descartes estabeleceu que somente através da razão, que mediava todas as relações objeto/sujeito, é que se pode chegar à verdade sobre as coisas, fez severas críticas ao sensualismo dizendo que os sentidos podem enganar e, partindo das idéias de Galileu, disse que a chave para a compreensão do universo estava na matemática.
1690
1807
O alemão Franz Josef Gall criou por volta de 1807 uma teoria chamada de “frenologia”. Teoria esta que reivindicava ser capaz de determinar o caráter, características da personalidade, e grau de criminalidade pela forma da cabeça. Isso seria realizado por meio da leitura dos caroços e protuberância do cérebro. As áreas do cérebro seriam proporcionais a cada indivíduo, dada as propensões e importância dafaculdade mental. Os princípios de sua teoria estão no livro Untersuchungen Ueber die Anatomie des Neruensystens Ueberhoupt (anatomia e fisiologia do sistema nervoso central em geral, e do cérebro em particular).
Na época recebeu o crédito de protociência por contribuir com a ciência médica com as ideias de que o cérebro é o órgão da mente e as áreas específicas do cérebro estão relacionadas com determinadas funções do cérebro humano.
Hoje está descreditada e é considerada uma pseudociência, além de ter sido base para comportamentos sociais visando a Eugenia. Os críticos argumentam que esta é apenas uma argumentação sofismática para comportamentos racistas de certos grupos sociais.
1879
Psicologia surgiu como uma disciplina científica pelo estabelecimento do primeiro Instituto de Psicologia em 1879, em Leipzig, na Alemanha, por Wilhelm Wundt (1832-1920). É aqui que os primeiros psicólogos profissionais adquiriram as competências de trabalho experimental para estudar a mente.Wundt centrou suas experiências nas experiências conscientes e ele substituiu o conceito de espírito por consciência. Ele adotou o método de “Introspecção“.
Esses esforços resultaram no surgimento de diferentes escolas de pensamento como o estruturalismo, o funcionalismo, Behaviorismo, gestaltismo, Psicanálise, Escola humanista, etc. A formulação destas escolas tem levado a várias abordagens para entender o comportamento em suas próprias maneiras.
1890
William James, nascido em 11 de janeiro de 1842 na cidade de Nova Iorque, foi um filósofo e psicólogo americano e o principal intelectual a oferecer um curso de psicologia nos Estados Unidos.
Juntamente com Charles Sanders Peirce e John Dewey, James é considerado uma das principais figuras relacionadas á escola filosófica conhecida como pragmatismo, assim como também é citado como um dos fundadores da psicologia funcional. Nesse sentido, na obra “ pragmatismo”, de 1907, a perspectiva filosófica exposta postula que as teorias científicas e filosóficas devem ser usadas como instrumentos a serem julgados por seus resultados ou fins.
Entre os anos de 1865 e de 1866 o estudioso em questão se juntou a uma expedição científica no Brasil.Esteve no Brasil durante oito meses, principalmente no Rio de Janeiro e na Amazonia, nos quais rascunhou um diário e produziu diversos desenhos de cenas da expedição, que expressam uma consciência crítica e um distanciamento moral da ideia colonialista que norteava o ambiente do período. Teve de interromper sua viagem após sentir forte enjoo e contrair varíola.
Sua obra pode ser dividida em dois momentos: um psicológio (que vai da década de 1870 á de 1890) e outro filosófico (a partir de 1890). Durante o primeiro período, o ponto culminante de sua produção teórica é a publicação, em 1890, de “ O Princípio de Psicologia”. Nesse tratado, encontram-se as principais ideias de James sobre tópicos tais como o “hábito”, “atenção”, “fluxo de pensamento” e “self”.
Ademais, no livro “Variedades da Experiencia Religiosa”, publicado em 1902, o autor defende que a religião é um fenômeno real, no sentido que seu simbolismo evoca sentimentos e ações concretas, que não deveriam ser ignoradas pela ciencia.
William James faleceu em 26 de agosto de 1910, aos 68 anos de idade.
1900
Sigmund Freud como a maioria das pessoas conhecem, foi um grande teórico do desenvolvimento humano ao qual instituiu uma das principais teorias do psiquismo , a Psicanálise.
Fazendo um panorama geral da vida deste teórico vemos em sua história de vida um grande caminho percorrido para perpetuar a psicanálise. Formado em Medicina pela Universidade de Viena, desde os tempos da faculdade já era um grande pesquisador no laboratório de neurofisiologia. Ao se formar na universidade passou a trabalhar no Hospital Geral de Viena, e foi a partir do trabalho com Jean Martin Charcot que ele passou a conhecer a hipnose, a partir daí desenvolveu as mais variadas experiências que se concluiu com a criação da psicanálise.
A palavra psique, em grego, refere-se à alma, espírito ou mente. Assim, a psicanálise é a análise da mente ou do espírito. Todos os teóricos desta tradição geral têm procurado explicar o comportamento humano compreendendo os processos subjacentes da mente e da personalidade. E quase todos os teóricos psicanalíticos começaram por estudar e analisar adultos ou crianças com alguma espécie de perturbação. Muitos acreditavam que chegariam a entender os processos normais ao analisar como eles haviam enveredado por um caminho errado. Assim como nas teorias de aprendizagem, existe todo um grupo de teorias chamadas de “psicanalíticas”, começando com a de Freud e continuando com as teorias de Carl Jung (1916; 1936), Alfred Adler (1948), Erik Erikson (1963; 1964; 1974) e muitos outros.
Enquanto que a maior parte das teorias científicas do comportamento se origina da psicologia acadêmica, a teoria psicanalítica surgiu não do laboratório de universidade, mas da clínica médica. Sigmund Freud (1856-1936) formou-se em medicina no século XIX, em Viena. Começou a carreira em neurologia, mas, depois de experimentar com hipnose no tratamento de pacientes, gradualmente passou a se interessar por mecanismos psicológicos. Freud desenvolveu pouco a pouco a técnica conhecida como psicanálise e a teoria do comportamento ou da personalidade conhecida como teoria psicanalítica.
A principal contribuição da psicanálise para o desenvolvimento humano está relacionada com as forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Ela procura descrever mudanças qualitativas, cujo objetivo é fazer com que as pessoas compreendam os conflitos emocionais inconscientes (FREUD, 1896).
Alguns destes processos inconscientes estão presentes no nascimento, outros se desenvolvem ao longo do tempo. Por exemplo, Freud propôs a existência de um impulso sexual instintivo, inconsciente, que ele chama de libido. Ele argumentava que essa energia é a força motriz que move todos os nossos comportamentos. Freud também propôs que o material inconsciente é criado ao longo do tempo, por meio do funcionamento dos vários mecanismos de defesa – aquelas estratégias automáticas, normais e inconscientes para reduzir a ansiedade, que todos nós empregamos na vida cotidiana, tal como a repressão, negação ou projeção (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, 1999).
1904
Ivan Pavlov foi um fisiologista russo (ganhou o Nobel de fisiologia/medicina em 1094) que criou o conceito de condicionamento clássico. Pavlov estudava a fisiologia do sistema digestório em cães e sua pesquisa consistia em medir a quantidade de saliva produzida pelos animais quando eles tinham contato com comida e com itens não comestíveis.
A salivação é um processo reflexivo e inconsciente, desencadeado nos cães pela imagem e pelo aroma da comida. Entretanto, Pavlov notou que os animais muitas vezes começam a salivar na ausência de comida e de cheiro. Foi então que ele percebeu que a salivação dos cães não era causada por um processo fisiológico, mas sim uma resposta aprendida.
Os cientistas eram os responsáveis por alimentar os cães. Estes, então, começaram a associar a imagem do cientista com a vinda da comida. Assim, toda vez que os animais viam um homem de jaleco branco já começavam a salivar automaticamente – apesar de ele não estar com alimento algum.
Pavlov observou isso e começou a fazer experimentos. De início, sempre que ia alimentar os cães, ele tocava uma campainha (estímulo neutro, porque o som por si só não é capaz de provocar salivação). Após um tempo condicionando esses cães a associarem o som com comida, ele deixava apenas a campainha. Então, toda vez que a campainha era tocada, os cães começam a salivar, mesmo sem comida. Pavlov fez o mesmo teste com outros tipos de barulho e o resultado sempre era o mesmo.
Com base nessas experimentações, o fisiologista russo elaborou a teoria do condicionamento clássico, que pode ser definido como um processo de aprendizagem que ocorre por meio de associações entre um estímulo neutro e um estímulo ambiental e, consequentemente, provoca uma resposta condicionada.
Uma situação básica para exemplificar o condicionamento clássico seria o caso de um indivíduo, que, após ser mordido por um cachorro, sente-se nervoso sempre que escuta um latido. A explicação para essa situação, segundo Ivan Pavlov, é que o latido- que antes era um estímulo neutro e não provocava nenhuma reação fisiológica ou comportamental- passou a ser um estímulo condicionante, pois
o subconsciente associou o som ao episódio da mordida, o que provoca nervosismo no indivíduo (resposta condicionada).
A teoria do condicionamento clássico é bastante útil para explicar problemas como fobias, traumas, ansiedade e síndrome do pânico. Além disso, teve uma grande influência na escola behaviorista, cujo objeto de estudo é o comportamento.
1905
Mary Whiton Calkins Foi psicóloga e professora norte-americana, nasceu em 1863 em Connecticut. Estudou em Harvard, como estudante “convidada” por William James, ganhou a oportunidade de criar um curso em psicologia de laboratório, ela tirou um ano para pesquisar e aprender sobre essa nova era.
Fez experimentos sobre a associação, publicando em duas partes 1894 4 1986 e escreveu, também, um texto ampliado que recebeu o título de Monografia de revisão psicológica um dos temas é a força das associações que estava sujeita a fatores como a frequência, a recência, a vividez e a primazia. Ela inventou a aprendizagem por associações em pares que viria a ser um método padrão na pesquisa cognitiva. Em geral, os resultados de Calkins demonstraram que os quatros fatores reforçavam a recordação. Em outras pesquisas, descobriu que a frequência era o fator mais importante. Além disso, Mary Calkins contribuiu com a Psicologia do Eu, ela argumentava que a psicologia podia ser o estudo da vida mental.
Harvard não concedeu o título de PhD, entretanto, em 1905, Mary tornou-se presidente da Associação de Psicologia Americana e Associação de Filosofia Americana.
1920
A Psicologia Gestalt
A psicologia se consolidou, ao longo do século XIX, como uma vertente filosófica; neste período ela estudava tão somente o comportamento, as emoções e a percepção. Vigorava então o atomismo – buscava-se compreender o todo através do conhecimentodas partes, sendo possível perceber uma imagem apenas por meio dos seus elementos. Em oposição a esse processo, nasceu a Gestalt – termo alemão intraduzível, com um sentido aproximado de figura, forma, aparência.
Por volta de 1870, alguns estudiosos alemães começaram a pesquisar a percepção humana, principalmente a visão. Para alcançar este fim, eles se valiam especialmente de obras de arte, ao tentar compreender como se atingia certos efeitos pictóricos. Estas pesquisas deram origem à Psicologia da Gestalt ou Psicologia da Boa Forma. Seus mais famosos praticantes foram Kurt Koffka, Wolfgang Köhler e Max Werteimer, que desenvolveram as Leis da Gestalt, válidas até os nossos dias. Com seu desenvolvimento teórico, a Gestalt ampliou seu leque de atuação e transformou-se em uma sólida linha filosófica.
Existem seis princípios básicos que permeiam a Gestalt: Continuidade, proximidade, Semelhança, preenchimento, simplicidade e figura/fundo. Continuidade: Quando os objetos estão dispostos em uma sequência lógica para o observador, ele tende a associar esses pontos e assim conseguir formar uma imagem conhecida pelo cérebro ou linhas orgânicas, um bom exemplo são os caligramas que não são vistos como palavras dispersas, e sim como um objeto maior formado por um jogo de palavras.
Proximidade: De acordo com a lei da proximidade, as coisas que estão próximas umas das outras parecem estar agrupadas. Semelhança: Elementos semelhantes entre si tendem a formar grupos mais coesos de unidades, por exemplo, é mais fácil agrupar dois times de futebol pela cor da camisa do que apenas pela feição de cada jogador. O agrupamento pode ocorrer inclusive em ambos os estímulos visuais e auditivos. Itens similares tendem a ser agrupados juntos. Preenchimento: nosso cérebro tende a completar figuras que possuam certo sentido em nossa memória, porém estão aparentemente incompletos visualmente. De acordo com essa Lei, objetos agrupados juntos são vistos como inteiros. Tendemos a ignorar buracos e completar contornos e linhas. Simplicidade ou Lei da Pregnância (ou Prägnanz) : Prägnanz é um termo alemão que significa "boa figura", figuras mais simples são mais facilmente compreendidas, figuras complexas tendem a levar mais tempo para serem assimiladas.
Podemos também dizer que a Pregnância da Forma é a mensuração da eficiência da aplicação das Leis que vimos aqui nesta série. João Gomes Filho, diz em seu livro “Gestalt do Objeto – Sistema de leitura visual da forma” o seguinte: “[…] uma boa pregnância pressupõe que a organização formal do objeto, no sentido psicológico, tenderá ser a melhor possível do ponto de vista estrutural.” Figura/fundo: nosso cérebro tende a organizar os elementos em perspectivas, figuras de duplo sentido, por exemplo, só possuem essa característica, devido à capacidade do cérebro em ver a figura em diferentes perspectivas. O conceito de percepção figura-fundo é muitas vezes ilustrado com a clássica ilusão de “faces ou vasos”, também conhecida como o vaso Rubin. Dependendo se você vê o preto ou o branco na figura, você pode ver duas faces no perfil (ou seja, você percebe a cor escura como a figura) ou um vaso no centro (ou seja, você vê a cor branca como a figura)
1924
John Watson foi um psicólogo americano nascido em 1878 e falecido em 1958. Seus principais trabalhos dizem respeito a teorias e métodos relacionados ao comportamento observável, sendo considerado o fundador do Behaviorismo ou Comportamentalismo. A vertente de seu trabalho iniciou-se pelo fato de, ainda na universidade, ter trabalhado com a vigilância dos ratos dos laboratórios de Neurologia, tendo a oportunidade de observar seus comportamentos e assim interessar-se por uma especialização em psicologia animal. Watson não reconhecia uma linha divisória entre os homens e os animais irracionais; considerava o comportamento de ambos como algo passível de observação e descrição através do conceito de estímulo e resposta. Ao fundar o Behaviorismo, o psicólogo determinou um método de investigação psicológica que procurava examinar do modo mais objetivo possível o comportamento dos homens e dos animais, com ênfase nos estímulos e reações, sem fazer recurso à introspecção ou qualquer analogia à consciência humana. Foi graças a esse caráter criterioso de seus estudos que ele contribuiu de maneira decisiva para o desenvolvimento da psicologia científica.
1928
Leta Hollingworth foi uma psicóloga americana que conduziu um trabalho pioneiro no início do século XX. Trabalhou principalmente em psicologia das mulheres; Psicologia Clínica; e psicologia educacional. Ela é mais conhecida por seu trabalho com crianças excepcionais.
Quando ela tinha apenas 16 anos, ela se matriculou na Universidade de Nebraska em Lincoln, onde ela floresceu academicamente.Ela originalmente estudou literatura e escrita como aspirava a ser escritora. No entanto, sua série de contos nunca foram publicados por ela ser mulher.Ela começou sua carreira profissional ensinando em duas escolas de ensino médio em Nebraska. Ela foi a assistente do curso do ensino médio por um ano. Ela floresceu nesses empregos até se mudar para Nova York.
Leta Hollingworth pretendia ensinar em Nova York, mas logo descobriu que a cidade tinha uma política declarando que as mulheres casadas não tinham permissão para ensinar.
Ela continuou escrevendo e ocupou-se com o trabalho doméstico, mas isso se mostrou pouco compensador e ela se viu entediada, frustrada e começou a desenvolver depressão. Era difícil suportar o fato de que, apesar de seu treinamento, ela não podia contribuir financeiramente. 
Ela tentou ir para a pós-graduação, mas foi barrada devido à discriminação de gênero na época. Ela começou a questionar o papel que a sociedade esperava das mulheres e a desigualdade das oportunidades das mulheres. Como resultado, seus interesses profissionais mudaram para educação e sociologia. 
Em 1911 ela pôde começar a pós-graduação graças a uma bolsa de pesquisa que seu marido recebeu da Coca-Cola. 
Em 1913 ela recebeu seu mestrado em educação na Columbia e começou a trabalhar para a Clearing House of Mental Defectives para administrar os testes de inteligência do Binet em 1914. Rapidamente ela se tornou a artilheira e primeira psicóloga de serviço público de Nova York enquanto preenchia um posto no Hospital Bellevue como chefe do laboratório de psicologia. Hollingworth continuou sua jornada acadêmica para estudar psicologia educacional. 
Ela é conhecida por sua dedicação aos participantes da pesquisa. Ela enfatizou a importância do contato direto com seus participantes, mesmo quando seus pares na profissão de teste não o fizeram.
1951
Carl Ransom Rogers (1902-1987) foi um importante psicólogo estadunidense do século XX. Entre suas principais contribuições para a psicologia, encontra-se a ideia de que o ser humano busca regularmente a autorrealização e possui uma natureza positiva, o que implica em dizer que há uma tendência para o crescimento, para a atualização do potencial.
Rogers é considerado um fenomenologista, pois entendia que cada indivíduo percebe o mundo de maneira única, sendo que seus modos de compreender formam o seu campo fenomenal, constituído por percepções conscientes e inconscientes.
Realizou, também, estudos sobre a concepção de self, que, segundo ele, é formado pelas percepções individuais e, normalmente, inacessível aos outros. Porém, por meio da empatia, pode-se tentar entender o significado psicológico das compreensões das pessoas.
Além disso, foi um influente representante do movimento humanista da psicologia, o qual enxergava o homem de maneira holística, com foco na experiência subjetiva, na sua capacidade de autodesenvolvimento e responsabilidade por suas próprias atitudes. Assim, o indivíduo seria agente do seu processo de mudança.
Baseado no humanismo, elaborou a Teoria da personalidade centrada na pessoa, divulgado em seu livro Terapia Centrada no Paciente, de 1951. Essa nova abordagem abrange uma série de condutas práticas para serem utilizadas no tratamento do cliente e enxergavano processo psicoterapêutico uma relação de cooperação entre psicólogo e cliente, visando o desenvolvimento pleno, a descoberta do “Eu” e a autorrealização.
Por meio dessa abordagem, o terapeuta seria um facilitador do encontro da pessoa consigo própria, em uma terapia pautada em três valores éticos básicos: aceitação incondicional, relacionado à solidariedade e igualdade entre as pessoas, compreensão empática, na qual promove-se o respeito mútuo, e a autenticidade, que se refere a uma relação de transparência entre psicólogo e cliente.
1953
Burrhus Frederich Skinner foi um autor e psicólogo norte-americano, foi pioneiro em psicologia experimental e foi o propositor do behaviorismo radical. Skinner acreditava que o estudo do comportamento humano deveria considerar suas emoções e pensamentos, o que o diferenciava de John Watson, defensor do behaviorismo metodológico, que estudava comportamentos fisiológicos e inconscientes do ser humano, como a ação de espirrar, salivar ou bocejar.
Em 1953, Frederich Skinner lançou a sua obra mais famosa : "Ciência e Comportamento Humano ", nesse livro ele afirmava que a relação do organismo com o ambiente pode ser entendida como o encadeamento casual de três elos : uma operação externa ao organismo, uma condição interna e uma resposta. Assim, poderíamos prever o terceiro elo a partir do segundo, uma vez que lidar com condições internas do organismo seria inclusive preferível, do ponto de vista da previsão e do controle, por ser essa uma variável temporalmente próxima. O que aparece de novo em 1953 é a afirmação mais clara da ciência como meio privilegiado de intervenção na realidade, de resolução de problemas sociais. Na sua obra, ocorre a abordagem do conceito de comportamento operante, onde nada mais seria do que um tipo de relação entre respostas dos organismos e o ambiente , descreve uma relação onde uma resposta que gera uma consequência tem a sua probabilidade de ocorrer novamente em um contexto semelhante modificada pelo efeito desta consequência sobre a interação. Além disso, descreveu que a presença do reforço aumenta a probabilidade da resposta de uma ação. Podendo ser esse reforço positivo ou negativo. À exemplo, quando uma criança é elogiada por guardar seus brinquedos ela recebe um reforço positivo de sua ação, assim como uma pessoa que toma um remédio pra passar uma dor e esse não surte efeito, surge um reforço negativo para sua ação.
1954
As contribuições de Abraham Maslow ao estudo da psicologia incluem explorar os conceitos de auto-realização e a hierarquia das necessidades. Maslow é considerado um dos fundadores da psicologia humanista. A Hierarquia das Necessidades de Maslow foi desenvolvida para ajudar a entender o que motiva as pessoas e os tipos de motivações psicológicas. A primeira hierarquia e mais comumente usada incluiu cinco etapas: necessidades biológicas e fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades de amor e necessidade de pertencimento, necessidades de estima e auto-realização.
Pirâmide das necessidades de Maslow
As funções funcionam sob o conceito de que é preciso satisfazer as necessidades básicas de nível mais baixo antes de avançar para atender às necessidades de crescimento de nível superior. O processo é concluído com a auto-realização. Ele também foi adepto da psicologia humanista, sendo considerado um dos pilares que ajudaram a fundamentar seu estudo
1980
Jean William Fritz Piaget nasceu na Suíça em 1896 e faleceu em 1980. Ele foi pioneiro ao abordar o campo da Inteligência Infantil, e iniciou a Teoria Cognitiva no ano de 1919.
Piaget foi o principal nome da Psicologia do Desenvolvimento na qual ele elaborou a Teoria Construtivista que aponta 4 estágios do desenvolvimento infantil: 1- estágio sensório-motor; 2-estágio pré-operatório; 3- estágio das operações concretas; 4-estágio das operações formais.
Ele defendeu a teoria Interacionista que defende que o indivíduo é parte ativa do processo de conhecer e de construir a inteligência. Seu método de investigação mescla a observação naturalista com o método clínico, e defende a interação ativa entre pesquisador e seu objeto de estudo. 
As teorias formuladas por Jean Piaget continuam servindo como base de muitas linhas educacionais atuais, a exemplo da Escola Montessori e a Escola Nova.
1981
No ano de 1981, o prêmio Nobel de medicina e psicologia foi dividido entre Roger Sperry & David Hubel e Torsten Wiesel por descobertas relacionadas ao sistema nervoso humano.
Roger Sperry foi um neurobiologista e fisiologista estadunidense responsável por descobertas relativas à especialização dos hemisférios cerebrais, o direito e o esquerdo, definindo suas funções e importâncias para o corpo do homem. Além disso, ele descobriu que cada hemisfério tinha seu próprio “mundo” de consciência e era totalmente independente do outro em relação à aprendizagem e retenção de memórias, portanto, se a conexão entre eles (corpo caloso) for cortada, não haverá transito de informações entre os hemisférios, ou seja, o que for aprendido por um não será acessível ao outro e cada um agirá de maneira independente.
David Hubel e Torsten Wiesel foram neurobiologistas responsáveis por descobrir o verdadeiro caminho feito pela imagem da retina até o córtex cerebral. Eles perceberam que a imagem da retina é submetida a uma analise por etapas realizadas por células específicas responsáveis por contraste, brilho, movimento e padrões lineares. Assim, Assim, a mensagem vai passando de célula em célula até chegar ao cérebro, onde origina a memória de imagem.
2000
Em meados de 2000, houve destaque dos trabalhos de Elizabeth Loftus. Ela é uma psicóloga cognitiva americana especializada na memória humana. Ela coordenou diversas pesquisas sobre a maleabilidade da memória (o quanto é facilmente influenciada por nós, como também por outras pessoas) e é conhecida pelas suas descobertas inovadoras sobre o efeito da desinformação e a memória de testemunhas oculares bem como a criação de falsas memórias, como aquelas relacionadas a abuso sexual infantil. Loftus é reconhecida internacionalmente e já recebeu diversos prêmios e diplomas honorários. Em 2002, ela foi colocada em 58º lugar na lista dos 100 mais influentes pesquisadores na área de psicologia no século XX, sendo a mulher mais bem colocada da lista. Possui mais de 20 livros publicados entre 1973 e 2008, além de diversos artigos científicos relacionados ao tema.
ATUALIDADES
Em 2017:
Richard. H. Thaler: Economista americano que recebeu o prêmio Nobel de Economia de 2017 com a Teoria da Contabilidade Mental. Nessa teoria, Thaler explica como as pessoas simplificam a tomada de decisões financeiras. Assim, ele utiliza a psicologia para solucionar problemas de ordem econômica.
Desenvolvimento da Psicologia Positiva e Coaching:
A Psicologia positiva, diferente do que se observa mais comumente, é um ramo da psicologia geral que se propõe a buscar o bem-estar e a satisfação pessoal do paciente bem como sua felicidade em vez de buscar tratar transtornos mentais; ou seja, tem mais caráter preventivo do que curativo.
A psicologia do coaching busca ajudar os clientes a estabelecer objetivos e alcançar seu potencial máximo. É uma área de atuação que pode ser aplicada tanto no âmbito de melhoria pessoal, quanto em contextos organizacionais, de trabalho e educacionais.
Em 2018:
Psicologia do esporte:
Nova área da psicologia, busca otimizar o desempenho de atletas e equipes dando respaldo psicológico e abordando as emoções vivenciadas pelos jogadores em sua rotina de trabalho.
Psicologia e diversidade sexual e de gênero:
A diversidade sexual e de gênero, de fato, não é um tema recente, mas tem se tornado extremamente relevante para a psicologia ultimamente, tendo em vista a crescente tensão entre aceitação da diversidade sexual em contraponto a visões patologizadoras de variações normais da sexualidade.
Embora tenha conquistado um certo espaço nos últimos tempos, a população LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Intersexuais) aindaapresenta frequência mais elevada de sofrimento psicológico devido às circunstâncias de exclusão e preconceito; e portanto, necessitam de atenção redobrada por parte da psicologia e seus estudiosos.

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