O PROFISSIONAL DA SAÚDE FRENTE A DIVERSIDADE CULTURAL

Prévia do material em texto

O PROFISSIONAL DA SAÚDE FRENTE A DIVERSIDADE CULTURAL
Kleinman (1980) exprime que cada sociedade cria “modelos explicativos”- baseados nas suas crenças, costumes e valores- que seriam as suas explicações e concepções sobre o processo de saúde-doença. Tais instrumentos, são uma importante fonte de informações relativas aos aspectos normativos e religiosos, e suas condutas relacionadas a questões de saúde. O conhecimento desses modelos seria útil para a compreensão das diferenças entre as perspectivas dos profissionais de saúde e da população alvo da ação médica.
Nesse contexto, Langdon e Wiik demonstram que o modo como a atuação do profissional de saúde será em determinada sociedade, é de enorme relevância, visto que em cada grupo social, os pacientes vão criar expectativas de como os especialistas na área da saúde vão desempenhar seu papel frente ao tratamento das doenças, qual é o poder de cura desses profissionais e quais os métodos terapêuticos que eles farão uso. 
Além disso, segundo o Office of Minority Health(1986) do governo dos Estados Unidos, é fundamental que os profissionais da área da saúde tenham competências culturais e linguísticas, acerca da realidade dos seus pacientes. Isso, porque a capacidade de compreender e atender as necessidades específicas trazidas pelos pacientes, depende da sensibilidade do profissional -frente as crenças, práticas e origens dos seus pacientes-, da supressão de barreiras ao acesso de serviço de saúde de qualidade e do desenvolvimento de medidas de saúde mais adequadas a realidade de cada grupo social.
REFERÊNCIAS
KLEINMAN, Arthur. Patients and healers in the context of cultures: An Exploration of Boderland between Anthropology and Psychiatry. 1 ed. Berkeley/Los Angeles: University of California Press., 1980. 311 p.