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ANTIBIÓTICOS - PARTE 1

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ANTIBIÓTICOS – PARTE 1:
· Cloranfenicol – Derivados do Nitrobenzeno:
- Foi isolado de culturas de Streptomyces e inibe a síntese de proteínas bacterianas ao se ligar à subunidade 50s do ribossomo bacteriano.
- Tem um largo espectro de ação antimicrobiana, sendo ativo para microorganismos gram-positivos e gram-negativos, além da rickettsiae. Geralmente é um bacteriostático, mas para a Influenzae é um bactericida.
- Sua forma de resistência é provocada por uma acetiltransferase e é mediada por plasmídeos (A conjugação é um processo que ocorre entre células bacterianas, da mesma ou de diferentes espécies, que ao entrarem em contato direto trocam pequenas porções de material genético, como plasmídeos)
- Efeitos adversos: seu principal efeito adverso é a depressão medular grave idiossincrática que resulta em pancitopenia, ou seja, diminuição global dos elementos celulares do sangue – Um efeito raro, mas que pode ocorrer mesmo em baixas dosagens. Ademais, pode aparecer reações de hipersensibilidade, distúrbios gastrintestinais devido a alteração da flora microbiana intestinal. Se for prescrito para recém-nascidos, deve-se ter muito cuidado porque sua excreção ou inativação inadequada pode resultar na síndrome cinzenta que tem uma taxa de mortalidade de 40% e pode causar vômitos, diarreia, flacidez, baixa temperatura e cor acizentada.
- Dessa forma, devido a sua toxicidade hematológica incomum, ele deve ser usado em infecções graves como a meningite que não pode ser tratada com penicilina; haemophilus influenzae resistente a outros fármacos e febre tifoide.
-> Quinolonas – Ciprofloxacina, levofloxacina, ofloxacina, norfloxacina e monifloxacina (fluorquinolonas) e ácido nalidíxico.
São agentes de largo espectro (diferente do ácido que possui um estreito espectro e uma rápida resistência, sendo usado apenas em infecções do trato urinário).
Esses agentes inibem a topoisomerase II (uma DNA girasse bacteriana), a enzima que produz a super-helicoidização negativa do DNA e que permite, desse modo, a transcrição ou replicação, ou seja, são da classe de antibióticos que alteram a síntese de ácidos nucleicos.
Tem largo espectro antibiótico efetivo, tanto contra microrganismos Gram-positivos quanto contra os Gram-negativos, incluindo Enterobacteriaceae (bacilos Gram-negativos entéricos), muitos microrganismos resistentes à penicilina, cefalosporinas e aminoglicosídeos e também contra H. influenzae, N. gonorrhoeae produtoras de penicilinases, Campylobacter spp. e pseudomonas.
Os efeitos adversos são pouco frequentes, normalmente ligeiros e reversíveis. As manifestações mais frequentes são distúrbios gastrointestinais e erupções cutâneas. Além de artropatia em pacientes jovens, também foram observados sintomas do sistema nervoso central – dor de cabeça e tonturas – e, com menos frequência, convulsões associadas a patologias do sistema nervoso central ou ao uso prolongado de teofilina ou fármacos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
· Macrolídeos – Eritromicina, claritromicina e azitromicina.
Recebem esse nome devido a ter uma estrutura em comum: um anel de lactona ao qual se ligam um ou mais açúcares aminados.
Seu mecanismo de ação é a inibição da síntese proteica bacteriana através do efeito de translocação ribossômica. Esses fármacos se ligam reversivelmente a subunidade 50s, podendo competir com o cloranfenicol e a clindamicina se forem administrados simultaneamente.
A eritromicina possui um espectro antimicrobiano similar à da penicilina, podendo ser uma alternativa para resistentes a penicilina. São efetivos para bactérias e espiroquetas gram-positivas, mas não para gram-negativas, exceto no caso da N. gonorrhoeae e H.influenzae. A eritromicina é a mais potente em gram-positivas, mas a azitromicina é melhor no influenzae e no toxoplasma gondii. A claritromicina é potente contra a lepra e a helicobacter pylori. As três são igualmente potentes contra a doença de Lyme.
Seu mecanismo de resistência é resultante da alteração controlada por plasmídeos do local de ligação da eritromicina no ribossomo bacteriano.
Os macrolídeos são administrados oralmente ou por via parenteral, embora as injeções intravenosas possam provocar tromboflebites locais (formação de um coágulo sanguíneo no interior de uma veia, que impede o fluxo de sangue, o que provoca inchaço, vermelhidão e dor no local afetado). Os distúrbios gastrointestinais são comuns e desagradáveis, mas não são graves. No caso da eritromicina: reações de hipersensibilidade como erupções cutâneas e febre, distúrbios temporários de audição e raramente, em tratamentos superiores a duas semanas, icterícia colestática. Podem ocorrer infecções esporádicas do trato gastrointestinal ou da vagina.

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