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Hipófise Anatomia Introdução A hipófise ou pituitária tem um formato ovoide, de tonalidade vermelho-acinzentada. LOCALIZAÇÃO: na base do prosencéfalo, na fossa hipofisial da sela turca do osso esfenóide. FUNÇÃO: secreta vários hormônios que controlam outras glândulas endócrinas. Por sua vez é controlada pelo hipotálamo através dos seus hormonios liberadores e inibidores associada a retroalimentação (feedback) que adequa conforme a necessidade de estímulo para as glândulas-alvo. DIVISÃO: Neurohipófise (posterior, neural) e adeno-hipófise (anterior, epitelial). RELAÇÕES: ▪ Anterior: seio esfenoidal, quiasma ópitico ▪ Posterior: Mesencéfalo, corpos mamilares ▪ Superior: Hipotálamo, corpo caloso ▪ Inferior: sela turca, seio esfenoidal ▪ Lateral: seio cavernoso ORIGEM EMBRIONÁRIA: ▪ Adenohipófise: evaginação do ectodema oral (bolsa de Rathke). ▪ Neurohipófise: assoalho do diencéfalo VASCULARIZAÇÃO: ▪ Irrigação: artérias hipofisárias, ramos da carótida interna. ▪ Drenagem venosa: veias hipofisárias drenam para seios da dura-máter, saem pelo forama jugular e drenam para a carótida interna. INERVAÇÃO: adenohipófise não tem inervação especifica; neurohipófise pelas fibras dos núcleos supraóptico e paraventricular. IMPORTANTE: está intimamente ligada ao quiasma ópitco, portanto tumores nessa glândula são frequentemente associados a tonturas e/ou problemas visuais. ▪ É coberta superiormente pelo diafragma da sela, derivado da meninge dura-máter, que apresenta um furo centralmente para a passagem do infundíbulo, além de separar a face superior da hipófise do quiasma óptico. Sela Turca ▪ É a formação óssea em formato de sela situada sobre a face superior do corpo do esfenoide, que é circundada pelos processos clinoides anteriores e posteriores. A sela turca tem três partes: 1. O tubérculo da sela: uma elevação mediana, que varia de pequena a proeminente e forma o limite posterior do Danielle Aguiar Med UniFG 6º s - Anatomia sulco pré-quiasmático e o limite anterior da fossa hipofisial. 2. A fossa hipofisial: uma depressão mediana no corpo do esfenoide que acomoda a hipófise. 3. O dorso da sela: uma lâmina quadrada de osso que se projeta superiormente a partir do corpo do esfenoide. Forma o limite posterior da sela turca, e seus ângulos superolaterais proeminentes formam os processos clinoides posteriores. Adeno-hipófise Representa cerca de 75% do peso total da glândula e é composta por tecido epitelial. No adulto, a adeno-hipófise consiste em duas partes: ▪ Parte distal, que é a porção maior; ▪ Parte tuberal que forma uma bainha ao redor do infundíbulo. O estimulo de liberação e supressão dos hormônios da adeno são regulados a partir de hormônios liberadores e os inibidores do hipotálamo, isto ocorro por meio do sistema porta hipofisário. → No sistema porta hipofisário, o sangue flui de capilares no hipotálamo → para veias porta que carreiam sangue → para capilares da adeno-hipófise. → As artérias hipofisárias superiores, ramos das artérias carótidas internas, levam sangue para o hipotálamo. → Na junção da eminência mediana do hipotálamo e o infundíbulo, essas artérias se dividem em uma rede capilar chamada de plexo primário do sistema porta hipofisário. → Do plexo primário, o sangue drena → para as veias porto-hipofisárias que passam por baixo da parte externa do infundíbulo. → Na adeno-hipófise, as veias porto-hipofisárias se dividem mais uma vez e → formam outra rede capilar chamada de plexo secundário do sistema porta hipofisário. Acima do quiasma óptico há grupos de neurônios especializados chamados de células neurossecretoras. Essas células sintetizam os hormônios hipotalâmicos liberadores e inibidores em seus corpos celulares e envolvemos hormônios em vesículas, que alcançam os terminais axônicos por transporte axônico. Impulsos nervosos promovem a exocitose das vesículas. Depois disso, os hormônios se difundem para o plexo primário do sistema porta hipofisário. Rapidamente, os hormônios hipotalâmicos fluem com o sangue pelas veias porto-hipofisárias para o plexo secundário. Essa via direta possibilita que os hormônios hipotalâmicos atuem imediatamente nas células da adeno-hipófise, antes que os hormônios sejam diluídos ou destruídos na circulação geral. Os hormônios secretados pelas células da adeno-hipófise passam para os capilares do plexo secundário, que drenam para as veias porto hipofisárias anteriores e para fora na circulação geral. Os hormônios da adeno-hipófise viajam até os tecidos alvo ao longo do corpo. Os hormônios da adenohipófise que atuam em outras glândulas endócrinas são chamados de hormônios tróficos ou trofinas. Hipotálamo e hipófise e sua irrigação sanguínea ▪ Os hormônios liberadores e inibidores sintetizados pelas células hipotalâmicas neurossecretoras → transportados nos axônios → liberados nos terminais axônicos → capilares do plexo primário do sistema porta hipofisário → veias porto-hipofisárias → plexo secundário do sistema porta hipofisário → distribuídos às células alvo na adeno-hipófise. Tipos de cé lu las da adeno-hipófise e seus hormônios Há cinco tipos de células na adeno-hipófise: somatotrofos, tireotrofos, gonadotrofos, lactotrofos Danielle Aguiar Med UniFG 6º s - Anatomia e corticotrofos – secretam sete hormônios. 1. Os somatotrofos secretam hormônio do crescimento (GH), também conhecido como somatotrofina. 2. Os tireotrofos secretam hormônio tireoestimulante (TSH), também conhecido como tireotrofina. O TSH controla as secreções e outras atividades da glândula tireoide. 3. Os gonadotrofos secretam duas gonadotrofinas: hormônio foliculoestimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). O FSH e o LH atuam nas gônadas; estimulam a secreção de estrogênios e progesterona e a maturação de ovócitos nos ovários, além de estimularem a produção de espermatozoides e a secreção de testosterona nos testículos. 4. Os lactotrofos secretam prolactina (PRL), que inicia a produção de leite nas glândulas mamárias. 5. Os corticotrofos secretam hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), ou corticotrofina, que estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar glicocorticoides como cortisol. Alguns corticotrofos, remanescentes da parte intermédia, também secretam hormônio melanócitoestimulante (MSH). Neuro-hipófise É composta por tecido neural. Também consiste em duas partes: A parte nervosa, a porção bulbosa maior, e o infundíbulo. Uma terceira região da glândula hipófise, chamada de parte intermédia, atrofia-se durante o desenvolvimento fetal humano e deixa de existir como um lobo separado nos adultos. Entretanto, algumas de suas células migram para partes adjacentes da adeno-hipófise, onde persistem. Embora não sintetize hormônios, a neuro-hipófise armazena e libera dois hormônios. É composta por axônios e terminais axônicos. Os corpos celulares das células neurossecretoras se encontram nos núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo; seus axônios formam o trato hipotálamohipofisial. Esse trato começa no hipotálamo e termina perto de capilares sanguíneos na neuro-hipófise. Os corpos das células neuronais dos dois núcleos paraventricular e supraóptico sintetizam o hormônio ocitocina (OT) e o hormônio antidiurético (ADH), também chamado de vasopressina. Os terminais axônicos na neurohipófise são associados à neuroglia especializada chamada de pituitócitos. Essas células apresentam uma função de suporte similar a dos astrócitos. O sangue chega à neuro-hipófise pelas artérias hipofisárias inferiores, ramos da artéria carótida interna. Na neurohipófise, as artérias hipofisárias inferiores drenam para o plexo capilar do infundíbulo, uma rede capilarque recebe a ocitocina e o hormônio antidiurético secretados. Desse plexo, os hormônios passam para as veias portohipofisárias posteriores para serem distribuídos às células-alvo em outros tecidos. OBS. Tipos de cirurgia para acessar a hipófise, sobretudo a retirada de tumores pituitários, a técnica mais comum é a cirurgia transesfenoidal. A craniotomia é menos comum, porém necessária para tumores maiores. Danielle Aguiar Med UniFG 6º s - Anatomia
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