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Anotações da aluna - Suplementação e Emagrecimento Parte 2 PDF

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04/09/2020 
Tópicos em Nutrição: Evidências científicas 
para a suplementação no emagrecimento e hi-
pertrofia muscular 
 
Suplementação X Emagrecimento: evidências científi-
cas - PARTE 2 
 
● Óleo de coco ou TCM emagrece? 
↪ 70% do óleo de coco é de gordura saturada. 
↪ O óleo de coco possui 49% de ácido láurico, que é 
um ácido graxo de 12 carbonos e é considerado ácido 
graxo de cadeia média. Os últimos trabalhos têm mos-
trado que o ácido láurico se comporta muito mais pare-
cido como ácido graxo de cadeia longa do que como um 
ácido graxo de cadeia média, pois ele necessita de carni-
tina para ser transportado para a mitocôndria. O ácido 
graxo de cadeia média é transportado diretamente no 
sangue via albumina., tendo uma absorção mais facilitada 
do que o ácido graxo de cadeia longa. Outra vantagem 
do ácido graxo de cadeia média é que ele não precisa 
da carnitina para entrar na mitocôndria. 
↪ O óleo de coco extra virgem parece ter maior con-
centração de polifenóis. 
↪ O fitoesterol se liga na molécula de colesterol da ali-
mentação, aumentando a excreção de colesterol. O aba-
cate é um exemplo de um alimento que possui bastante 
fitoesterol. 
↪ 75% do colesterol é determinado pela produção en-
dógena, apenas 25% é influenciado pela alimentação (ex. 
carne e ovo). 
↪ Comparando ao óleo de soja, o óleo de coco tem 
uma predominância de gordura saturada e o óleo de soja 
de ômega 6. 
↪ O azeite tem uma grande quantidade de ácidos gra-
xos monoinsaturados e também de ômega 3, além de 
uma quantidade significativa de ácido oleico. 
↪ Óleo de coco é sinônimo de TCM? 
↳ A vantagem do óleo de coco seria a presença de 
fitoesteróis e também de polifenóis. Polifenóis são fitoquí-
micos, que são antioxidantes e anti-inflamatórios. 
↳ Uma desvantagem do consumo de óleo de coco é 
que ele possui gordura saturada. 
↪ TCM 
↳ O TCM não precisa do quilomicron para ser absor-
vido no organismo e não precisa da mitocôndria. 
↳ O óleo de coco não necessariamente é fonte de 
TCM, ele é fonte de ácido láurico, que ainda está sendo 
discutido na literatura científica se é ou não um TCM. 
↪ De acordo com as DRIs, 10% do VCT deve vir de 
gordura saturada. Variar as fontes de gordura saturada é 
interessante. 
↪ Um estudo induziu a obesidade em ratos de laborató-
rio e depois misturou o óleo de coco na ração que eles 
consumiam. O óleo de coco foi muito eficaz tanto no 
emagrecimento quanto na redução da inflamação crô-
nica de baixo grau que esses animais apresentavam. Po-
rém, esse resultado pode não ser o mesmo em huma-
nos. 
↳ Artigo: Virgin coconut oil is effective to treat me-
tabolic and inflammatory dysfunction induced by high re-
fined carbohydrate-containing diet in mice → 
https://www.sciencedirect.com/science/arti-
cle/pii/S0955286318300986 
↳ Artigo: Medium Chain Triglycerides enhances 
exercise endurance through the increased mitochondrial 
biogenesis and metabolism → 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5805166/ 
↪ Uma metanálise publicada em 2020 na revista Circu-
lation, uma das revistas de maior fator de impacto na 
área, mostrou que o consumo diário de óleo de coco 
aumentou significativamente o colesterol LDL. 
↳ Artigo: The Effect of Coconut Oil Consumption on 
Cardiovascular Risk Factors → https://www.ahajour-
nals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.119.043052 
↪ Um artigo de revisão investigou o papel do TCM 
como pré-treino, se isso iria melhorar a oxidação de gor-
duras durante o exercício, ou então o desempenho físico. 
O TCM tem uma absorção mais rápida e também não 
precisa da carnitina. O estudo mostrou que apesar de ter 
essa premissa, os estudos não têm mostrado que utilizar 
o TCM aumenta o desempenho físico. 
↪ Outro artigo de revisão mostrou que não há estudos 
científicos suficientes que mostram utilizar o TCM como 
pré-treino vai melhorar o desempenho ou a queima de 
gordura no exercício. 
↳ Artigo:Does medium chain triglyceride play an er-
gogenic role in endurance exercise performance? → 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-
text&pid=S1517-86922003000300005 
↳ Artigo: The Role of Medium-Chain Triglycerides in 
Exercise → https://journals.humankine-
tics.com/view/journals/ijsnem/6/2/article-p121.xml 
 
● Chá verde emagrece? 
↪ Uma metanálise mostrou que de fato foi encontrado 
que o chá verde com a cafeína foi associado a reduções 
significativas da massa corporal e da circunferência da 
cintura. Entretanto, essa redução significativa foi de gra-
mas e eles não sabem até que ponto isso é realmente 
relevante do ponto de vista clínico em seres humanos. O 
consumo de chá verde isolado não altera a composição 
corporal. Nos trabalhos em que encontraram que o chá 
verde tem um efeito significativo na redução do IMC, da 
massa corporal e da circunferência da cintura, ele foi as-
sociado a uma dieta hipocalórica. 
↳ Artigo: Effect of green tea catechins with or 
without caffeine on anthropometric measures: a syste-
matic review and meta-analysis → https://acade-
mic.oup.com/ajcn/article/91/1/73/4597200 
↪ Um artigo divide o chá verde em dois pontos: os 
principais mecanismos associados agudos e os principais 
mecanismos crônicos. Agudamente, o chá verde o chá 
verde parece aumentar as catecolaminas, aumenta o 
AMPc, aumentando a lipólise e esse efeito de quebra de 
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0955286318300986
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0955286318300986
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.119.043052
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.119.043052
https://academic.oup.com/ajcn/article/91/1/73/4597200
https://academic.oup.com/ajcn/article/91/1/73/4597200
gordura. Cronicamente, o chá verde parece aumentar a 
PGC-1α, que é um fator que aumenta a biogênese mito-
condrial. Ele parece aumentar também a produção de 
algumas enzimas chaves do processo da queima de gor-
dura, como por exemplo a CPT-1. Além disso, há traba-
lhos mostrando efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes 
potentes do chá verde, como por exemplo no trata-
mento de algumas doenças pró-inflamatórias. 
↳ Visão geral dos mecanismos de curto e longo prazo do chá 
verde. 
↳ Artigo: The Effect of Green Tea Extract on Fat 
Oxidation at Rest and during Exercise: Evidence of Effi-
cacy and Proposed Mechanisms → 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3649093/ 
↪ O consumo de suplementos que possuem 270mg de 
EGCG, principal fitoquímico do chá verde, associado com 
150mg de cafeína contribuiu para um aumento de 4% 
do gasto energético, de 41% na oxidação de gordura. 
Parece existir um efeito também de supressão de ape-
tite e diminuição na absorção de gordura. Entretanto, é 
importante lembrar que o chá verde isolado não faz nada, 
o chá verde deve ser associado a uma dieta hipocalórica. 
↪ Desaconselhável o uso junto com IMAO ou outros 
tranquilizantes. IMAO são os inibidores da recaptação de 
serotonina, então para pacientes que utilizam medicação 
antidepressiva não é indicado consumir chá verde. 
↪ É preciso tomar cuidado com o consumo excessivo 
em chá verde, pois acima de 6mg/kg de cafeína é con-
siderado tóxico para o indivíduo e uma xícara de chá 
verde possui 90mg de cafeína. 
↪ Um artigo da revista Hepatology relatou que na mai-
oria dos relatos de hepatotoxicidade causados pelo ex-
trato de chá verde, em humanos a dosagem superior a 
12 mg/kg por dia de EGCG não pareceu ser excessiva 
ou na faixa que pode ter toxicidade direta (estimada para 
humanos em 30–90 mg/kg). 
↳ Artigo: Liver injury from herbal and dietary su-
pplements → https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/arti-
cles/PMC5502701/ 
↪ Outro artigo compara o sachê com a folha de chá 
verde dos mercados brasileiros. O estudo mostrou que 
quando a folha é usada e preparada com infusão, a ativi-
dade antioxidante e a concentração de compostos fenó-
licos é maior. Perde-se um pouco das catequinasdurante 
o processamento do chá verde acondicionado em sachê. 
↪ O artigo também compara quanto tempo os com-
postos fenólicos e a atividade antioxidante são preserva-
dos depois de preparado. Ele encontrou que até 24h 
depois tanto em temperatura ambiente quanto na gela-
deira os compostos fenólicos ficaram estáveis. 
↳ Artigo: Chá verde brasileiro (Camellia sinensis var as-
samica): efeitos do tempo de infusão, acondicionamento 
da erva e forma de preparo sobre a eficiência de ex-
tração dos bioativos e sobre a estabilidade da bebida → 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-
text&pid=S0101-20612010000500029 
11/09/2020 
● Como prescrever? 
↪ Antigamente, qualquer nutricionista que tivesse espe-
cialização em Fitoterapia podia prescrever fitoterápicos. 
Atualmente não é assim mais, pois o nutricionista precisa 
de ter o título da ASBRAN para fazer a prescrição de 
fitoterápicos. 
↪ Todo nutricionista pode prescrever chás e decocção 
e infusão. O nutricionista que não tem o título da ASBRAN 
não pode prescrever as tinturas e os extratos secos, que 
é a forma isolada do fitoquímico. 
↪ V. Decocção: Preparação que consiste na ebulição da 
droga vegetal em água potável por tempo determinado. 
Método indicado para partes de droga vegetal com con-
sistência rígida tais como cascas, raízes, rizomas, caules, 
sementes e folhas coriáceas; 
• Água + planta para o fogo; 
• Coar e espremer a planta com um coador ou pano; 
• Ferver por 10-20min; 
• Beber morno ou frio; 
• 10g de planta para 300-500ml de água; 
↳ Na decocção, a planta vai para o fogo junto com a 
água, normalmente deve ser utilizado um volume maior 
da planta e uma quantidade maior da água, deixando um 
pouco menos de tempo e depois coar. É utilizada mais 
para raiz e sementes de uma maneira geral. 
↪ VI. Infusão: Preparação que consiste em verter água 
fervente sobre a droga vegetal e, em seguida tampar ou 
abafar o recipiente, por período de tempo determinado. 
Método indicado para partes da droga vegetal de consis-
tência menos rígida tais como folhas, flores, inflorescên-
cias, e frutos, ou com substâncias ativas voláteis; → 
• Água pré-fervente; 
• Verter a água nas plantas; 
• Cobrir por 5-30min; 
• Beber morno ou frio; 
• 5g de planta para 50-200ml de água; 
↳ RESOLUÇÃO CFN Nº 525, DE 25 DE JUNHO DE 
2013 → http://www.crn10.org.br/images/reso-
luo%20cfn%20525%20regulamenta%20prtica%20fito-
terapia.pdf 
↳ RESOLUÇÃO CFN Nº 556, DE 11 DE ABRIL DE 
2015 → https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/reso-
lucoes/Res_556_2015.htm 
↳ INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 5, DE 11 DE DEZEM-
BRO DE 2008 → http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudele-
gis/anvisa/2005/int0005_11_12_2008.html 
↳ RESOLUÇÃO - RDC Nº 10, DE 9 DE MARÇO DE 
2010 → http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/an-
visa/2010/res0010_09_03_2010.html 
↳ Tabela RDC RESOLUÇÃO - RDC Nº 10, DE 9 DE 
MARÇO DE 2010 → http://bvsms.saude.gov.br/bvs/sau-
delegis/an-
visa/2010/anexo/anexo_res0010_09_03_2010.pdf 
↳ Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Bra-
sileira → https://portalarquivos2.saude.gov.br/ima-
ges/pdf/2014/julho/14/Formulario-de-Fitoterapicos-da-
Farmacopeia-Brasileira-sem-marca.pdf 
↪ Uma metanálise mostrou os efeitos do chá verde no 
gasto energético. Alguns estudos encontraram aumento 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612010000500029
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612010000500029
https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_556_2015.htm
https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_556_2015.htm
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/int0005_11_12_2008.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/int0005_11_12_2008.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/anexo/anexo_res0010_09_03_2010.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/anexo/anexo_res0010_09_03_2010.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/anexo/anexo_res0010_09_03_2010.pdf
no gasto energético de 3,2 a 8%. Mas isso não é consi-
derado emagrecimento. 
↪ Dois trabalhos investigaram a relação do chá verde 
no exercício e nenhum dos dois encontrou diferença na 
performance. O primeiro encontrou que não teve dife-
rença na oxidação de gorduras e o segundo encontrou 
que, apesar de não ter diferença na performance, teve 
diferença na oxidação de gorduras dos ciclistas. 
↪ Outra utilização do chá verde que tem crescido na 
área da Nutrição Esportiva é utilizá-lo no pós-treino, 
como maneira de reduzir os danos musculares, a dor 
muscular tardia. O gráfico a seguir mostra a concentra-
ção plasmática da creatina quinase, que é um marcador 
de lesão muscular, que está inclusive associado com dor 
muscular, com e sem a utilização do chá verde. Esse 
trabalho mostrou que quando tinha a utilização do chá 
verde logo depois dos exercícios, o indivíduo tinha menor 
concentração de creatina quinase, sendo até nula, mos-
trando que parece que existe uma associação com a 
redução da dor muscular tardia. 
 
 
 
 
 
 
 
↪ Outro artigo utilizou 500mg/dia de extrato de chá 
verde, que o nutricionista não pode prescrever, encon-
trou a mesma coisa que o anterior, que a suplementação 
reduziu a dor muscular tardia pós-exercício. 
↪ No desempenho físico há respostas bem controver-
sas. De uma maneira geral, tem artigos que encontram 
diferenças no desempenho, mas a maioria deles não en-
contra diferenças no desempenho e encontra mais alte-
rações em relação à oxidação de gorduras. 
↪ Alguns trabalhos investigaram os efeitos termogêni-
cos do ponto de vista agudo e variou de 2,9 a 4% o 
aumento das calorias diárias, o que não significa emagre-
cimento. 
↪ Do ponto de vista crônico, não se pode afirmar que 
o chá verde sozinho vai fazer uma pessoa emagrecer, 
embora ele possa ser um fator que contribui levemente 
para esses resultados que o indivíduo deseja. 
 
● Canela, gengibre, curcumina, resve-
ratrol emagrecem? 
↪ Existem trabalhos que mostram o efeito termogênico 
da canela. 
 
 
 
 
 
↳ Artigo: Phytochemicals in regulating fatty acid β-oxida-
tion: Potential underlying mechanisms and their involvement 
in obesity and weight loss → https://www.sciencedi-
rect.com/science/article/pii/S016372581630095X?via%3Di-
hub#t0010

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