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Analise das Demonstrações Contabeis

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2013
Análise dAs demonstrAções
Contábeis
Prof.ª Arlete Regina Floriani
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof.ª Arlete Regina Floriani
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
657.48
F635a Floriani, Arlete Regina
 Análise das demonstrações contábeis / Arlete Regina Floriani. 
Indaial : Uniasselvi, 2013.
 
 197 p. : il 
 
 ISBN 978-85-7830-709-7
 1. Contabilidade analítica – Financeira.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
 
Impresso por:
III
ApresentAção
Estimado/a acadêmico/a, você está de posse de um Caderno de 
Estudos importantíssimo para a sua formação profissional. A parte gerencial 
da contabilidade é imprescindível para o sucesso do contador, porque ela 
permite que as informações geradas propiciem ao gestor uma visão ampla 
do seu negócio. Estas informações permitem comparar o passado, segundo 
as demonstrações contábeis de cada período a ser analisado, com o futuro, 
através dos resultados decorrentes da preparação dos dados extraídos da 
contabilidade financeira e com a aplicação correta dos índices que permitirão 
evidenciar a situação econômica e/ou financeira das empresas, segundo a 
necessidade do gestor.
Pensando nisso, elaborou-se este caderno, que permitirá a você, 
acadêmico/a, ter conhecimento sobre o gerenciamento dos dados extraídos 
da contabilidade e a transformação deles em informações indispensáveis para 
a tomada de decisão.
Para atingir o objetivo da disciplina, este caderno foi dividido em 
três unidades, a saber: a Unidade 1 foi dividida em três tópicos, e o Tópico 
1 aborda: a) as demonstrações contábeis a fim de que você relembre os 
pontos principais do balanço patrimonial, a demonstração do resultado do 
exercício, demais relatórios contábeis e, em especial, as notas explicativas 
que são fundamentais para a formação completa do diagnóstico da situação 
da empresa; b) as demonstrações contábeis após a promulgação da Lei nº 
11.638/07 e da Lei nº 11.941/09, para ampliar seu entendimento contábil 
e permitir a elaboração do Tópico 2 desta unidade. No Tópico 2 foram 
apresentadas as técnicas de preparação das demonstrações contábeis para 
fins de análise, aqui compreendidas a reclassificação das contas contábeis 
para fins gerenciais e a atualização monetária de todas as contas, a fim de 
trazer a valor presente, em uma única base, os valores das contas dos balanços 
analisados. O Tópico 3 compreende as análises: I) horizontal e II) vertical. 
A análise horizontal, também conhecida como análise de tendência, tem a 
finalidade de demonstrar a você o desempenho da empresa, razão pela qual 
necessária se faz a atualização monetária. A análise vertical, que é a análise 
de estrutura, demonstra quanto cada conta representa percentualmente 
em relação ao grande grupo, assim entendido: ativo, passivo e DRE. Na 
demonstração do resultado do exercício a análise vertical inicia com a receita 
líquida de vendas, uma vez que os impostos são absorvidos pelo consumidor 
final, não cabendo à empresa analisá-los.
IV
A Unidade 2, que compreende a avaliação de desempenho, foi 
dividida em cinco tópicos, assim compreendidos: no Tópico 1, os indicadores 
de liquidez; no Tópico 2, os indicadores de estrutura de capital; no Tópico 3, 
os indicadores de rentabilidade; no Tópico 4, a lucratividade; e no Tópico 5, a 
liquidez dinâmica. Os indicadores de liquidez demonstram a capacidade que a 
empresa tem de pagamento das dívidas; os indicadores de estrutura de capital 
demonstram qual o grau de endividamento; os indicadores de rentabilidade 
demonstram quanto renderam os investimentos, tanto da visão da empresa 
quanto da visão do proprietário; lucratividade compreende a abordagem do 
resultado da produção e da comercialização dos bens e serviços. E por fim, 
no Tópico 5, abordou-se a liquidez dinâmica que é utilizada para determinar 
a capacidade de pagamento quando a empresa estiver pleiteando crédito em 
geral. 
 Por último, a Unidade 3 compreende a gestão financeira das 
empresas, abrangendo cinco tópicos, conforme segue: o Tópico 1 trata do 
capital de giro, item importante para o administrador financeiro quando se 
trata de investimentos de recursos; o Tópico 2 trata dos índices de atividade, 
que representam a velocidade com que os elementos patrimoniais de 
relevo se renovam; o Tópico 3 menciona o fluxo de caixa, um dos principais 
instrumentos para realização da análise que tem por objetivo identificar o 
processo de circulação do dinheiro; o Tópico 4 aborda o fator de insolvência 
de Kanitz, que tem por objetivo avaliar a saúde da empresa como um todo; e, 
por fim, o Tópico 5 aborda o tema alavancagem financeira e operacional, que 
possibilita conhecer a viabilidade econômica do negócio e conhecer as causas 
que determinaram eventuais desvios nos resultados.
Todos os tópicos possuem uma abordagem introdutória, continuando 
com a abordagem técnica do tema e complementando-o com atividades 
práticas, permitindo a você, acadêmico/a, a interação entre teoria e prática. 
Bons estudos e mãos à obra!
Prof.ª Arlete Regina Floriani
V
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades 
em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o 
material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato 
mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação 
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
UNI
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
VI
VII
UNIDADE 1 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .......................................................................... 1
TÓPICO 1 - AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; 
 LEI Nº 11.638/07; LEI Nº 11.941/09 E PRONUNCIAMENTO 
 TÉCNICO CPC 26 (R1) ..................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................................................................................................. 3
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................................25
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 27
TÓPICO 2 - PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA ANÁLISE ....... 33
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 33
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .......................................................... 33
 2.1 CONTAS DO ATIVO ...................................................................................................................... 42
 2.2 CONTAS DO PASSIVO .................................................................................................................. 43
 2.3 CONTAS DO DRE .......................................................................................................................... 45
3 RECONHECIMENTO DOS EFEITOS INFLACIONÁRIOS ....................................................... 46
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 49
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 50
TÓPICO 3 - ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL .................................................. 51
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 51
2 ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL ..................................................................... 51
 2.1 ANÁLISE DA ESTRUTURA OU ANÁLISE VERTICAL .......................................................... 53
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 55
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 57
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 58
UNIDADE 2 - ANÁLISE PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ............................................ 59
TÓPICO 1 - INDICADORES DE LIQUIDEZ .................................................................................... 61
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 61
2 LIQUIDEZ CORRENTE ..................................................................................................................... 62
3 LIQUIDEZ SECA ................................................................................................................................. 64
4 LIQUIDEZ GERAL .............................................................................................................................. 66
5 LIQUIDEZ IMEDIATA ....................................................................................................................... 68
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 70
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 71
TÓPICO 2 - INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAIS .................................................... 73
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 73
2 QUOCIENTES DE ENDIVIDAMENTO ......................................................................................... 73 
 2.1 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS ...................................................................... 73
 2.2 ENDIVIDAMENTO ........................................................................................................................ 74
sumário
VIII
 2.3 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO .................................................................................... 75
 2.4 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................ 76
 2.5 IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES .......................................................... 77
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 79
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 80
TÓPICO 3 - INDICADORES DE RENTABILIDADE ...................................................................... 83
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 83
2 TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTOS ....................................................................... 84
3 TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...................................................... 85
4 TAXA DE RETORNO DO INVESTIMENTO (DA EMPRESA) VERSUS 
TAXA DE RETORNO DO INVESTIDOR (DO EMPRESÁRIO) ................................................... 86
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 88
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 89
TÓPICO 4 - INDICADORES DE LUCRATIVIDADE ..................................................................... 93
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 93
2 LUCRATIVIDADE BRUTA ............................................................................................................... 93
3 LUCRATIVIDADE OPERACIONAL ............................................................................................... 94
4 LUCRATIVIDADE NÃO OPERACIONAL .................................................................................... 95
5 LUCRATIVIDADE DO EXERCÍCIO ............................................................................................... 95
6 LUCRATIVIDADE ANTES DOS IMPOSTOS .............................................................................. 95
7 LUCRATIVIDADE LÍQUIDA DO EXERCÍCIO ............................................................................ 96
8 GIRO SOBRE O ATIVO TOTAL ...................................................................................................... 96
9 GIRO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................... 97
10 GIRO SOBRE O ATIVO OPERACIONAL LÍQUIDO ................................................................ 98
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 99
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 100
TÓPICO 5 - LIQUIDEZ DINÂMICA .................................................................................................. 103
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 103
2 LIQUIDEZ DINÂMICA ..................................................................................................................... 103
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 106
RESUMO DO TÓPICO 5 .......................................................................................................................107
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 108
UNIDADE 3 - GESTÃO FINANCEIRA ............................................................................................. 111
TÓPICO 1 - CAPITAL DE GIRO ......................................................................................................... 113
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 113
2 TERMINOLOGIA ................................................................................................................................ 113
 2.1 CAPITAL DE GIRO ........................................................................................................................ 113
 2.2 CAPITAL EM GIRO ........................................................................................................................ 114
 2.3 CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO ..................................................................................................... 115
 2.4 CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ............................................................................................ 116
 2.5 CAPITAL DE TERCEIROS ............................................................................................................ 117
 2.6 CAPITAL PRÓPRIO ....................................................................................................................... 117
3 NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO ....................................................................................... 117
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 122
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 123
TÓPICO 2 - ÍNDICES DE ATIVIDADE ............................................................................................. 125
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 125
IX
2 QUOCIENTES DE ATIVIDADE ....................................................................................................... 126
 2.1 PMRE ................................................................................................................................................ 126
 2.2 PMRV ................................................................................................................................................ 130
 2.3 PMPC ................................................................................................................................................ 131
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 135
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 136
TÓPICO 3 - FLUXO DE CAIXA ........................................................................................................... 139
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 139
2 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ............................................................................ 144
3 FLUXO DE ATIVIDADES OPERACIONAIS - FAO ..................................................................... 148
4 FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL ............................................................................................... 149
 4.1 FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL LÍQUIDO ........................................................................ 151
 4.2 EBITDA ............................................................................................................................................. 152
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 152
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 154
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 155
TÓPICO 4 - FATOR DE INSOLVÊNCIA ........................................................................................... 157
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 157
2 ANÁLISE DISCRIMINANTE ........................................................................................................... 158
3 FÓRMULAS PARA PREVISÃO DE FALÊNCIAS ........................................................................ 158
 3.1 FATOR DE INSOLVÊNCIA DE KANITZ .................................................................................... 158
 3.2 FATOR DE INSOLVÊNCIA DE ALTMAN ................................................................................. 160
 3.3 FATOR DE INSOLVÊNCIA DE ELIZABETSKY ........................................................................ 161
 3.4 FATOR DE INSOLVÊNCIA DE MATIAS .................................................................................... 162
 3.5 FATOR DE INSOLVÊNCIA DE PEREIRA .................................................................................. 162
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 165
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 166
TÓPICO 5 - ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL .............................................. 171
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 171
2 ALAVANCAGEM FINANCEIRA ..................................................................................................... 172
 2.1 O EFEITO ALAVANCAGEM ........................................................................................................ 176
3 ALAVANCAGEM OPERACIONAL ................................................................................................. 177
4 ALAVANCAGEM TOTAL .................................................................................................................. 179
RESUMO DO TÓPICO 5 ....................................................................................................................... 189
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 190
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 195
X
1
UNIDADE 1
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade você será capaz de:
• reconhecer as demonstrações contábeis;
• apresentar as demonstrações contábeis de acordo com o Pronunciamento 
Técnico CPC 26 (R1);
• preparar as demonstrações contábeis;
• analisar as demonstrações contábeis.
Esta unidade está dividida em três tópicos. Você encontrará, no final de cada 
um deles, atividades que contribuirão para a compreensão dos conteúdos 
explorados.
TÓPICO 1 – AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SEGUNDO A LEI Nº 
6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO 
CPC 26 (R1) 
TÓPICO 2 – PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA 
ANÁLISE
TÓPICO 3 – ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL
Assista ao vídeo 
desta unidade.2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI 
Nº 11.638/07; LEI Nº 11.941/09 E 
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO 
CPC 26 (R1)
1 INTRODUÇÃO
Caro/a acadêmico/a! Iniciaremos este caderno com uma abordagem sobre 
as demonstrações contábeis, com a finalidade de relembrar as demonstrações 
contábeis segundo a Lei nº 6.404/76, compreender as alterações ocorridas através 
da Lei nº 11.638/2007, da Lei nº 11.941/2009, do Pronunciamento Técnico CPC 26 e 
a finalidade da contabilidade no processo de gestão.
Segundo Iudícibus et al. (2010), a Lei nº 6.404/76 representou uma revolução 
no campo da contabilidade, introduzindo muitas técnicas que obrigaram grande 
parte dos profissionais da área a se preparar para a nova realidade. Este cenário 
passou a ter nova roupagem a partir de 2007 com a edição da Lei nº 11.638 e da Lei 
nº 11.941, promulgada em 2009, bem como do Pronunciamento Técnico CPC 26.
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
A Lei nº 6.404 foi criada em 15 de dezembro de 1976, em substituição ao 
Decreto-Lei nº 486, de 3 de março de 1969, que dispunha sobre a escrituração e sobre 
os livros mercantis. O art. 175, do capítulo XV da referida lei, dispõe sobre o exercício 
social e as demonstrações financeiras, enquanto o capítulo 176 complementa que, 
ao final de cada exercício social, serão elaboradas as seguintes demonstrações 
financeiras: (I) balanço patrimonial; (II) demonstração do resultado do exercício; (III) 
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; (IV) demonstração das mutações 
do patrimônio líquido; (V) demonstração das origens e aplicações de recursos. O § 4º 
prevê que as demonstrações contábeis serão complementadas por notas explicativas 
que esclarecerão a situação patrimonial e os resultados do exercício.
Iudícibus et al. (2010) explicam que o conjunto de informações que deve ser 
divulgado por uma sociedade por ações, de forma a prestar contas aos usuários, 
abrange o “Relatório da Administração, as Demonstrações Contábeis e as Notas 
Explicativas, e ainda o Parecer dos Auditores Independentes, o Parecer do Conselho 
Fiscal e o relatório do Comitê de Auditoria (se existirem).
 
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
4
Com o advento da Lei nº 11.638/2007, estes artigos da Lei nº 6.404/76 
sofreram modificações, e, no que se refere a informações complementares, ocorreu 
a substituição da DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos) 
pela DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa, que abordaremos no decorrer do 
tópico.
Reis (2009) explica que todo tipo de sociedade enquadrada no regime de 
tributação pelo lucro real deve seguir os dispositivos básicos da Lei nº 6.404/76, 
relativos às demonstrações contábeis. Ressalta o autor que os demonstrativos são 
obrigatórios para todos os tipos de sociedades sujeitas ao regime de tributação pelo 
lucro real: I) Balanço Patrimonial; II) Demonstração do Resultado do Exercício; III) 
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Segundo o art. 178 da Lei nº 6.404/76, o balanço patrimonial tem por 
finalidade demonstrar a posição financeira e patrimonial da empresa em 
determinado momento, o que representa uma posição estática. Neste mesmo artigo 
está previsto que as contas são classificadas segundo os elementos do patrimônio 
que registram e agrupadas de modo que permitam o conhecimento e a análise da 
situação financeira da sociedade. Para atender a esse objetivo, os artigos 178 a 182 
definem como devem ser dispostas as contas: para o ativo as contas devem ser 
dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez, isto é, em primeiro lugar são 
apresentadas as contas mais rapidamente conversíveis em disponibilidades. Para o 
passivo, em ordem decrescente de grau de exigibilidade, ou seja, classificam-se em 
primeiro lugar as contas cuja exigibilidade ocorre antes. Esta classificação, se for 
elaborada de conformidade, ajudará o analista na preparação das demonstrações 
contábeis para análise. 
Para que você, acadêmico/a, tenha melhor compreensão sobre as 
demonstrações contábeis, em especial o balanço patrimonial, foi elaborado o 
quadro a seguir, segundo o entendimento de Matarazzo (1994), amparado na Lei 
nº 6.404/76. Observe que a estrutura apresentada a seguir sofreu alterações com a 
edição das Leis nos 11.638/07 e 11.941/09. 
IMPORTANT
E
A leitura atenta das notas explicativas pelo usuário da informação contábil é 
indispensável para conhecer os procedimentos adotados pela empresa e realizados na 
elaboração das demonstrações financeiras. 
TÓPICO 1 | AS DEMONSTRAÇÕES C. SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
5
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
PERMANENTE RESULTADO DE XERCÍCIOS FUTUROS
 Investimentos
 Imobilizado
 Diferido PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital
 Reservas de capital
 Reservas de incentivos fiscais
 Reservas de reavaliação
 Reservas de lucros
 Lucros ou prejuízos acumulados
FONTE: Matarazzo (1994)
QUADRO 1 – BALANÇO PATRIMONIAL
Você pode observar no quadro anterior que a estrutura do balanço patrimonial, 
segundo a Lei nº 6.404/76, é sintética, mas, para que o usuário das informações 
contábeis tenha maior conhecimento da situação da empresa e possa formar uma 
opinião a esse respeito, as informações contábeis devem ser complementadas por 
notas explicativas, quadros analíticos etc. 
Com as modificações geradas pela Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09, os §§ 
1º e 2º do artigo 178 determinam a segregação do Ativo e do Passivo nos seguintes 
grupos:
 QUADRO 2 – BALANÇO PATRIMONIAL
 FONTE: Iudícibus et al. (2010)
Iudícibus et al. (2010) afirmam que os novos grupos que compõem o 
Balanço Patrimonial estão dispostos dentro do critério anteriormente apresentado, 
ou seja, do grau de liquidez. Ressaltam ainda que, dentro de cada grupo, a ordem 
de liquidez e exigibilidade também deve ser mantida.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
PASSIVO CIRCULANTE
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS DE CAPITAL
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
RESERVAS DE LUCROS
AÇÕES EM TESOURARIA
PREJUÍZOS ACUMULADOS
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
6
O Pronunciamento Técnico 26 prevê que a apresentação das Demonstrações 
Contábeis, que segue o padrão internacional, não estabelece ordem ou formato 
para a apresentação das contas do balanço patrimonial, mas determina que seja 
observada a legislação brasileira. (IUDÍCIBUS et al., 2010, p. 3).
Complementa as demonstrações obrigatórias, a Demonstração do 
Resultado do Exercício – DRE, que, segundo Zdanowicz (1998, p. 23-25), “[...] é 
peça relevante na dinâmica patrimonial, pois informa a receita bruta da empresa, 
o custo para obtê-la e demais despesas operacionais, evidenciando os lucros: bruto 
e operacional”.
 Matarazzo (1994, p. 47) tem um entendimento diferente sobre a DRE 
e a define como “[...] a demonstração dos aumentos e reduções causados no 
Patrimônio Líquido pelas operações da empresa”, e vai além explicando que 
as receitas representam aumento do Ativo enquanto as despesas, a redução do 
Patrimônio Líquido. 
Todas as receitas e todas as despesas estão compreendidas na DRE, e 
sua apresentação é feita de forma ordenada segundo sua natureza, fornecendo 
informações relevantes sobre a empresa.
Iudícibus et al. (2010) explicam tecnicamente a partir do art. 187 da Lei nº 
6.404/76, que define que o seu conteúdo deve ser apresentado de forma dedutiva 
assim constituída: I) a receita bruta das vendas e serviços menos as deduções das 
vendas, os abatimentos e os impostos; II) a receita líquida das vendas e serviços, o 
custo das mercadorias e dos serviços vendidos e o lucro bruto; III) as despesas com 
as vendas, as despesas financeiras deduzidas as receitas financeiras, as despesas 
gerais e administrativas, e outras despesas operacionais.IV) o resultado do exercício 
antes do imposto sobre a renda e a provisão para o imposto; V) o lucro ou prejuízo 
líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. O § 1º complementa 
que na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os 
rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; 
e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a 
essas receitas e rendimentos, uma vez que os critérios de avaliação dos ativos e de 
registro dos passivos são aplicados segundo o regime de competência.
Para que fique claro como deve ser elaborada a DRE – Demonstração 
do Resultado do Exercício –, apresentam-se as principais contas, que, segundo 
Matarazzo (1994), são demonstradas destacando o resultado líquido do período.
TÓPICO 1 | AS DEMONSTRAÇÕES C. SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
7
FONTE: FIPECAFI. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
QUADRO 3 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
DEMONSTRAÇÕES D O RESULTADO DO EXERCÍCIO
OPERAÇÕES EM CONTINUIDADE
Faturamento por venda e serviços prestados
(-) Deduções da receita, abatimentos e impostos
(=) Receita líquida de vendas e serviços prestados
(-) Custos dos produtos vendidos e serviços prestados
(=) Lucro bruto
(-) Despesas com vendas
(-) Despesas gerais e administrativas
(-) Outras despesas
(+) Outras receitas
(-) Resultado financeiro líquido
(+/-) Resultados com Coligadas e Controladas em Conjunto
(=) Resultado antes dos tributos sobre o lucro
(-) Despesas de imposto de renda e contribuição social
(-) Lucro (ou prejuízo) das operações em continuidade
OPERAÇÕES EM CONTINUIDADE
(+/-) Lucro (ou prejuízo) das operações em descontinuidade 
(=) Lucro ou prejuízo líquido do exercício
Finaliza Iudícibus (1998, p. 48-58) mencionando que a DRE é um resumo 
ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período, que 
geralmente é de doze meses. É apresentada de forma dedutiva (vertical), isto é, 
primeiro se demonstram as receitas brutas de vendas e ou serviços, e na sequência 
subtraem-se os custos, as despesas até atingirmos o resultado do exercício que 
pode ser lucro ou prejuízo.
Os demais relatórios que acompanham o balanço patrimonial e a DRE, de 
acordo com Iudícibus et al. (2010), são: a Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido – DMPL evidenciando a mutação do patrimônio líquido em termos globais, 
isto é, novas integralizações de capital, resultado do exercício, ajustes de exercícios 
anteriores etc., e, em termos de mutações internas, as incorporações de reservas ao 
capital, as transferências de lucros acumulados para reservas etc., a demonstração 
dos lucros acumulados, a demonstração de fluxo de caixa e as notas explicativas. 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC –, antes da Lei nº 11.638/07, 
não era obrigatória no Brasil, exceto para alguns casos específicos, como, por 
exemplo, para as empresas de energia elétrica (IUDÍCIBUS et al., 2010). Em abril 
de 1999, o IBRACON, através da NPC 20, e também a CVM já recomendavam que 
este demonstrativo fosse apresentado como informação complementar.
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
8
Com o advento da Lei nº 11.638, em dezembro de 2007, a elaboração da 
DFC passou a ser obrigatória, a qual veio substituir a Demonstração das Origens e 
Aplicações de Recursos – DOAR –, que passa a ser facultativa, ou seja, a empresa 
poderá elaborá-la e apresentá-la aos usuários das informações contábeis, se assim 
o desejar, conforme Morante e Jorge (2008). 
Os autores (2008) afirmam ainda que as companhias fechadas que possuem 
o patrimônio líquido inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não serão 
obrigadas a elaborar e publicar a DFC. 
Essa demonstração, ora tornada oficial e obrigatória nas condições 
estabelecidas pela legislação, contém a necessidade de capital de giro (NCG) 
da empresa, cujo conhecimento é relevante para a condução das atividades da 
empresa. Além disso, presta-se a uma avaliação da situação presente e futura do 
caixa da empresa, fornecendo informações relevantes para a análise da solvência 
da organização. 
O objetivo da DFC é prover informações relevantes sobre os pagamentos e 
recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos em determinado período, 
visando auxiliar os usuários das demonstrações contábeis na análise da capacidade 
de gerar caixa e equivalentes de caixa e suas necessidades para utilizar esses fluxos 
de caixa.
As informações da DFC, quando analisadas em conjunto com as demais 
demonstrações contábeis, podem permitir que os usuários avaliem a empresa 
segundo:
a) a capacidade de gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa;
b) a capacidade de honrar seus compromissos;
c) a liquidez, a solvência e a flexibilidade financeira da empresa;
d) a taxa de conversão de lucro em caixa;
e) a performance operacional de diferentes empresas;
f) o grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa;
g) os efeitos sobre a posição financeira da empresa, transações de investimentos e 
financiamentos etc. (IUDÍCIBUS et al., 2010).
Morante e Jorge (2008) recomendam que, antes de realizar qualquer análise 
de balanços, seja adotado um padrão de análise para a inserção dos elementos 
das demonstrações contábeis, isto porque o padrão contábil constante da Lei nº 
6.404/76 foi modificado com a promulgação da Lei nº 11.638/2007, que cada empresa 
tem seu próprio plano de contas, elaborado com maior ou menor detalhamento e 
abrangência.
Segundo Helfert (2000), este demonstrativo concentra os resultados 
operacionais correntes e as mudanças no balanço patrimonial. Ele fornece um 
quadro dinâmico das mudanças recentes no caixa, que constituem o resultado das 
decisões combinadas de investimentos operacionais e de financiamentos, feitas 
durante determinado período. Complementa o autor (2000, p. 37) explicando 
TÓPICO 1 | AS DEMONSTRAÇÕES C. SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
9
que “[...] o demonstrativo de fluxo de caixa tem as mesmas limitações inerentes 
ao balanço patrimonial e ao demonstrativo de resultado operacional, porque ele 
deriva dos dados contábeis contidos neles”.
As notas explicativas não são consideradas relatórios legais, porém são 
obrigatórias porque elas complementam os dados do balanço patrimonial que 
requerem maior detalhamento de sua origem, prazo etc. De acordo com o art. 247 
da Lei nº 6.404/76, as notas explicativas dos investimentos relevantes realizados 
pela empresa devem conter informações precisas sobre as sociedades coligadas e 
controladas, bem como suas relações com a companhia e enumera o mínimo de 
cinco dessas notas, assim identificadas: 1) a denominação da sociedade, capital 
social e patrimônio líquido; 2) número, espécies e classes de ações ou quotas, de 
propriedade da companhia, bem como o preço de mercado das ações, quando 
houver; 3) lucro líquido do exercício; 4) os créditos e as obrigações entre a companhia 
e as empresas ligadas (coligadas e controladas); 5) o montante de receitas e despesas 
em operação entre a companhia e as sociedades coligadas e controladas. Considera 
relevante o investimento na empresa ligada (coligadas e controladas) se o valor 
contábil for igual ou superior a dez pontos percentuais do valor do patrimônio 
líquido da companhia; e se for considerado o conjunto, das sociedades coligadas e 
controladas, é considerado relevante quando o valor contábil for igual ou superior 
a quinze pontos percentuais do valor do patrimônio líquido da companhia. A Lei 
induz à ampliação do número de notas, quando necessário for, para o devido 
esclarecimento dos seus haveres, obrigações e resultados do exercício. 
Notas explicativas, segundo Matarazzo (2010), são dados e informações que 
complementam as demonstrações financeiras; são compostas por um conjunto de 
elementos que auxiliam a fazer uma avaliação maisampla da empresa, como, por 
exemplo: as taxas de juros, os vencimentos, as garantias atribuídas a empréstimos 
etc.
Zdanowicz (1998) faz uma ressalva e explica que os analistas, de maneira 
geral, examinam as notas explicativas com atenção, buscando averiguar não 
só os critérios adotados, mas também a composição de determinadas contas 
patrimoniais, que são apresentadas de forma sintética no Balanço Patrimonial, e 
relaciona algumas das principais notas explicativas que o acompanha, como: I) dos 
critérios de avaliação apresenta: estoques, depreciações, amortizações, exaustões, 
entre outras; II) investimentos em outras sociedades, quando relevantes; III) taxa 
de juros, data de vencimento e garantias de obrigações assumidas a longo prazo; 
IV) bens e direitos do ativo imobilizado pelo custo de aquisição deduzido o saldo 
da conta de depreciação, amortização ou exaustão etc.
De acordo com Iudícibus et al. (2010), um dos grandes desafios da 
contabilidade, quando se refere à evidenciação, tem sido o dimensionamento da 
qualidade e da quantidade de informações de forma que atendam as necessidades 
dos usuários, principalmente os externos.
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
10
Com base em requisitos mínimos de divulgação expressos na Lei, a CVM, 
com apoio do IBRACON e do CFC – Conselho Federal de Contabilidade – vem 
buscando aperfeiçoar-se para atingir os objetivos da evidenciação, o que levou a 
emissão até 2007 (antes da promulgação da Lei nº 11.638) de diversos atos normativos 
a título de complementação no que diz respeito à divulgação de informações 
relevantes aos usuários das demonstrações contábeis. Com a criação do Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis – CPC – e a emissão de seus Pronunciamentos 
Técnicos, Interpretações e Orientações, todos aprovados pela CVM, pelo CFC e 
demais agências reguladoras, observa-se maior atenção à questão da evidenciação. 
O CFC, já em 1992, com base na norma NBC T-6, aprovada pela Resolução 
737, dispunha sobre o conteúdo das notas explicativas.
Neste sentido a Lei nº 11.638/2007 é clara e dispõe que as notas explicativas 
são informações complementares às demonstrações contábeis, representando parte 
integrante delas. As notas podem ser expressas tanto na forma descritiva como 
na forma de quadros analíticos ou outras demonstrações contábeis necessárias à 
plena avaliação da situação e da evolução patrimonial da empresa. 
O § 5º do art. 176 da Lei das S/As menciona as bases gerais e as notas a 
serem inclusas nas demonstrações contábeis, as quais compreendem:
I. apresentação de informações sobre a base de preparação das demonstrações 
financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para 
negócios e eventos significativos;
II. divulgação das informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil 
que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações 
financeiras;
III. fornecimento de informações adicionais não indicadas nas próprias 
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação 
adequada; e
IV. indicação dos:
a) principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente 
estoques; dos cálculos de depreciação; amortização e exaustão; de constituição 
de provisões para encargos ou riscos; e dos ajustes para atender a perdas 
prováveis na realização dos elementos do ativo;
b) investimentos em outras sociedades, quando relevantes, determina o art. 247, 
parágrafo único;
c) aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações prevê o art. 
182, § 3º;
d) ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
e) taxa de juros, datas de vencimento e garantias das obrigações a longo prazo;
f) número, espécies e classes das ações do capital social;
g) opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
h) ajustes de exercícios anteriores, disposto no artigo 186, § 1º;
TÓPICO 1 | AS DEMONSTRAÇÕES C. SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
11
i) eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou 
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados 
futuros da companhia.
IMPORTANT
E
Ressalta a Lei nº 11.638/2007 que nem sempre há necessidade de haver todas 
essas notas. Existem casos em que não são aplicáveis ou não representam informação relevante 
de utilidade para esclarecimento da demonstração financeira. Exemplo: numa companhia de 
prestação de serviços os estoques podem representar apenas um almoxarifado de materiais de 
escritório, o que não tem significância dentro das demonstrações contábeis para este tipo de 
empresa. Desta forma não há necessidade de divulgar. 
Acadêmico/a, a seguir você poderá confirmar que não é apenas a Lei 
das S/As que estabelece notas explicativas, mas também o CPC (Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis), conforme dispomos a seguir: 
De acordo com Iudícibus et al. (2010, p. 595-596), o CPC, através do 
Pronunciamento Técnico CPC 26, que trata da apresentação das demonstrações 
contábeis, aprovado pela deliberação CVM nº 595/09 e pela Resolução CFC nº 
1.185/09, exigido para profissionais de contabilidade das entidades não sujeitas a 
alguma regulação contábil específica, dispõe que as notas explicativas devem: 
a) apresentar informação sobre a base necessária para a elaboração das 
demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas;
b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos, Orientações e 
Interpretações que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e
c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações 
contábeis, mas que seja relevante para a sua compreensão. 
IMPORTANT
E
As notas explicativas devem ser apresentadas de maneira sistemática e, sempre 
que forem aplicadas, devem fazer referência aos itens das demonstrações contábeis a que se 
referem.
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
12
O CPC 26 prevê também que as notas explicativas normalmente 
são apresentadas na seguinte ordem, de maneira que auxilie os usuários a 
compreenderem as demonstrações contábeis e a compará-las com demonstrações 
de outras entidades:
I) declaração de conformidade com os Pronunciamentos, Orientações e 
Interpretações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis;
II) resumo das políticas contábeis significativas aplicadas;
III) informação de suporte de itens apresentada nas demonstrações contábeis 
pela ordem em que cada demonstração e cada rubrica sejam apresentadas; e 
IV) outras divulgações, podendo incluir:
 (i) passivos contingentes e compromissos contratuais não reconhecidos;
 (ii) divulgações não financeiras.
IMPORTANT
E
A CVM pautada no § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404/76, em complementação às 
notas explicativas previstas por essa lei, apresenta exigências sobre a divulgação de diversos 
assuntos relevantes para efeito de melhor entendimento das demonstrações contábeis, a 
seguir mencionados:
Ações em tesouraria Debêntures
Adoção de nova prática contábil e mudança 
de política contábil
Ativo não circulante mantido para venda e 
operação descontinuada
Ágio/deságio Demonstrações condensadas
Ajuste a valor presente Demonstrações contábeis consolidadas
Arrendamento mercantil (leasing) Demonstrações separadas
Ativo biológico e produto agrícola Dividendo por ação
Ativo imobilizado Dividendos propostos
Ativo intangível Entidades de propósito específico (EPEs)
Demonstração intermediária Equivalência patrimonial
Benefícios a empregados Estoques
Capacidade ociosa Evento subsequente
Capital social autorizado Incorporação, fusão e cisão
Combinação de negócios Informações por segmento de negócio
Continuidade normal dos negócios Informações sobre concessões
QUADRO 4 – ASSUNTOS RELEVANTES PARA NOTAS EXPLICATIVAS
TÓPICO 1 | AS DEMONSTRAÇÕES C. SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
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Contratosde construção Instrumentos financeiros
Contratos de seguros Investimento em coligada e controlada
Correção de erros de períodos anteriores Investimentos societários no exterior
Créditos Eletrobras Juros sobre capital próprio
Custos de transação e prêmios na emissão 
de papéis
Demonstrações em moeda de capacidade 
constante
Destinação de lucros constantes nos acordos 
com acionistas Empreendimentos em fase de implantação
Lucro ou prejuízo por ação Mudanças em estimativas contábeis
Paradas programadas Programa de desestatização
Perdas estimadas em créditos de liquidação 
duvidosa
Provisões, passivos contingentes e ativos 
contingentes
Programa de recuperação fiscal - Refis Propriedade para investimento
Receitas Redução ao valor recuperável de ativos
Remuneração dos administradores Reserva de lucros a realizar
Reservas – detalhamento Retenção de lucros
Seguros Subvenção e assistência governamentais
Transações entre partes relacionadas Tributos sobre o lucro
Vendas ou serviços a realizar Voto múltiplo
Variações cambiais e conversão de demonstrações contábeis
FONTE: Iudícibus et al. (2010)
As notas explicativas não se limitam às que foram apresentadas acima 
e, segundo os autores (2010), quando houver necessidade - para o devido 
esclarecimento - este número poderá ser ampliado.
Se as notas explicativas são importantes e necessárias para deixar as 
demonstrações contábeis transparentes, então vamos analisar o que prevê o CPC 
18 (Investimentos em Coligada e em Controlada), que dispõe onze itens que 
necessitam de nota explicativa, segundo Iudícibus et al. (2010, p. 202-203).
a) Valor justo dos investimentos em investidas para os quais existam cotações de 
preço publicadas. 
b) Informações financeiras resumidas das investidas, incluindo os valores totais 
de ativos, passivos, receitas e do lucro ou prejuízo do período.
c) Razões que levaram a refutar a premissa de não existência de influência 
significativa, nos casos em que o investidor tem, direta ou indiretamente, 
menos de vinte por cento do poder de voto da investida por meio de suas 
controladas (incluindo o poder de voto potencial), mas conclui que possui 
influência significativa.
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
14
d) Razões que levaram a refutar a premissa da existência de influência 
significativa, se o investidor tem, direta ou indiretamente por meio de suas 
controladas, 20% ou mais do poder de voto da investida (incluindo o poder 
de voto potencial), mas conclui que não possui influência significativa.
e) Data de encerramento do exercício social refletido nas demonstrações contábeis 
da investida utilizadas para aplicação do método de equivalência patrimonial, 
sempre que essa data ou período divergirem das do investidor e as razões pelo 
uso de uma data ou período diferente.
f) Natureza e extensão de quaisquer restrições significativas, como, por exemplo, 
em consequência de acordos de empréstimos ou exigências normativas, sobre 
a habilidade da investida transferir fundos para o investidor na forma de 
dividendos ou pagamento de empréstimos ou adiantamentos.
g) Parte não reconhecida nos prejuízos de uma coligada, tanto para o período 
quanto acumulado, caso o investidor tenha suspendido o reconhecimento de 
sua parte nos prejuízos da coligada.
h) O fato de uma coligada não estar contabilizada pelo método de equivalência 
patrimonial em conformidade com o item 13 desse Pronunciamento.
i) Informações financeiras resumidas das coligadas que não foram contabilizadas 
pelo método de equivalência patrimonial, individualmente ou em grupo, 
incluindo os valores do ativo total, passivo total, receitas e do lucro ou prejuízo 
do período.
j) Parte do investidor nos passivos contingentes de uma investida, incorridos 
conjuntamente com outros investidores. 
k) Os passivos contingentes que surgiram em razão de o investidor ser 
solidariamente responsável por todos ou parte dos passivos da investida.
Iudícibus et al. (2010, p. 597) apresentam os aspectos mais importantes a ser 
cobertos pelas notas explicativas:
a) o critério de avaliação das aplicações temporárias em títulos e valores 
mobiliários (custo atualizado ou valor de mercado), em ouro etc.;
b) a base da constituição das perdas estimadas em créditos de liquidação 
duvidosa;
c) os critérios de avaliação dos estoques;
d) os critérios de avaliação do imobilizado, por principais classes 
fazendo destaque aos bens arrendados, inclusive as taxas de depreciação 
ou exaustão utilizadas em função da vida útil econômica estimada dos 
bens e método de aplicação dessas taxas;
e) o critério de avaliação dos investimentos, ou seja, se estão avaliados 
ao custo menos perdas estimadas, ou pelo método da equivalência 
patrimonial, no caso de investimentos em coligadas e ou controladas;
TÓPICO 1 | AS DEMONSTRAÇÕES C. SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
15
f) o critério de registros dos passivos, particularmente quanto aos 
empréstimos, financiamentos e respectivas negociações, ou seja, se 
estão atualizados pelas variações monetárias correspondentes e juros, 
e o critério contábil quanto à apropriação das despesas financeiras 
(encargo de exercício, ativo diferido, se a empresa estiver em fase pré-
operacional, entre outros) e quanto às condições das renegociações;
g) a base de contabilização do Imposto de Renda a Pagar, inclusive 
quanto à consideração ou não dos incentivos fiscais correspondentes e a 
adoção do diferimento do Imposto de Renda;
h) forma de reconhecimento dos efeitos da inflação etc. 
Observando o volume de material apresentado sobre as notas explicativas, 
não restam dúvidas quanto à relevância que elas têm quando nos referimos às 
demonstrações contábeis. O balanço patrimonial e a DRE são apresentados de 
forma sintética, o que gera dúvidas aos usuários externos, os quais muitas vezes 
são investidores, mas leigos quanto ao conhecimento técnico das demonstrações 
contábeis. Nesse sentido, quanto mais compreensíveis forem as demonstrações 
contábeis, mais interesse despertará nos usuários das informações.
De acordo com Morante e Jorge (2008), a Lei nº 11.638/07, de 28 de dezembro 
de 2007, alterou alguns aspectos da Lei nº 6.404/76, atualizando-a e inserindo 
modificações nas demonstrações contábeis, possibilitando maior compreensão 
para os usuários com menor afinidade e acoplando-as às práticas internacionais. 
O estudo das demonstrações contábeis é de fundamental importância 
para toda a análise de balanços, porque somente compreendendo a estrutura das 
demonstrações contábeis e a forma de contabilização e apuração das demonstrações 
contábeis será possível desenvolver avaliações mais acuradas das empresas, com 
informações que permitem analisar o seu desempenho. 
A Lei nº 11.638/2007 introduziu alterações na estrutura das demonstrações 
financeiras, que Morante e Jorge (2008) assim identificam:
	classificação de Ativo e Passivo em Circulante e Não Circulante;
	extinção do grupo Ativo Permanente;
	extinção de Receitas e Despesas Não Operacionais;
	criação do subgrupo Ativo Intangível no Ativo não Circulante;
	criação da conta Ajustes de Avaliação Patrimonial no Patrimônio Líquido;
	vedada a Prática da Reavaliação de Ativos de forma espontânea;
	saldo da conta de Lucros Acumulados deve ter destinação definida.
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
16
Para que você, acadêmico/a, possa fazer uma análise comparativa das 
mudanças ocorridas no balanço patrimonial, a partir da Lei nº 11.638/07 e 
complementos, apresenta-se o quadro a seguir:
QUADRO 5 – BALANÇO PATRIMONIAL ANTES E DEPOIS DA LEI Nº 11.638/07
LEI Nº 6.404/76 NOVA LEGISLAÇÃO
ATIVO ATIVO
ATIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ATIVO NÃO CIRCULANTE
ATIVO PERMANENTE Realizável a Longo Prazo
 Investimentos Investimentos
 Imobilizado Imobilizado
 Diferido Intangível
PASSIVO PASSIVO + PL
PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO PASSIVO NÃO CIRCULANTE
RESULTADOS DE EXERCÍCIOSFUTUROS Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital Social Capital Social
Reservas de Capital Reservas de Capital
Reservas de Reavaliação Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros Reservas de Lucros
Lucros ou Prejuízos Acumulados Prejuízos Acumulados
FONTE: Assaf Neto (2012)
A outra demonstração contábil obrigatória, e que apresenta o desempenho 
da empresa, denomina-se demonstração de resultados do exercício – DRE –, 
que, segundo Assaf Neto (2012), visa fornecer os resultados (lucro ou prejuízo) 
auferidos pela empresa em determinado exercício social, cujo valor é transferido 
para contas do patrimônio líquido. Vale lembrar que o lucro (ou prejuízo) é 
resultante de receitas, custos e despesas incorridas pela empresa durante o período, 
e são apropriados segundo o regime de competência, isto é, o registro dos eventos 
realizados pela empresa independe de que esses valores tenham sido pagos ou 
recebidos.
O mesmo autor (2012) apresenta algumas orientações básicas sobre esta 
demonstração, veja a seguir:
a) A DRE retrata as principais operações realizadas por uma empresa em 
determinado período, denominado exercício social, no qual são destacadas as 
receitas, os custos dos produtos vendidos e as despesas realizadas.
TÓPICO 1 | AS DEMONSTRAÇÕES C. SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
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b) As receitas e as despesas do período são consideradas na DRE independentemente 
de sua realização financeira. Exemplo de despesa: a empresa contratou seguros 
em 1º de abril de 2012, cuja apólice tem vigência para doze meses, e o pagamento 
do prêmio foi contratado para pagamento em três parcelas sendo uma à vista, a 
outra 30 dias após e a terceira 60 dias após a data da assinatura da apólice. No 
dia 30 de abril o contador reconheceu como despesa do período 1/12 (um doze 
avos) e assim sucessivamente a cada final de mês, pois deve seguir o princípio 
da competência. 
Outro exemplo que podemos citar são as despesas com pessoal, que são 
consideradas na contabilidade no próprio mês da prestação de serviços, embora o 
pagamento, segundo a lei, esteja programado para o 5º dia útil do mês subsequente. 
A despesa com imposto sobre a renda é inserida na demonstração dos resultados 
– DRE – no exercício a que se refere quando o imposto é declarado.
As receitas de vendas são registradas quando de sua realização, 
independentemente de terem sido liquidadas ou não. Exemplo de receitas: quando 
da realização da venda a prazo é reconhecida a receita, registra-se a débito da 
conta clientes e a crédito da conta de receita de vendas, mesmo que o recebimento 
esteja previsto para trinta dias. 
Os custos dos produtos vendidos e dos serviços prestados são reconhecidos 
na DRE em conjunto com as receitas do mesmo período. Assim, os custos e despesas 
contabilizados correspondem às receitas de vendas apuradas no período.
Assaf Neto (2012, p. 76) ressalta que “[...] estes aspectos contidos na 
legislação societária reforçam o conceito de ‘regime de competência’ para apuração 
do resultado do exercício”.
Segundo Iudícibus et al. (2010, p. 480-481), o objetivo da DRE é fornecer 
informações sobre a formação do resultado (lucro ou prejuízo) do exercício. Visando 
atender tal objetivo, são apresentadas as despesas operacionais segregadas por 
subtotais, de acordo com a função de cada uma delas, conforme segue:
Despesas com vendas
Despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras
Despesas gerais e administrativas
Outras receitas e despesas operacionais.
Deduzindo-se as despesas operacionais totais do lucro bruto, é apresentado 
o lucro operacional, que é considerado um dado importante na análise das 
operações da empresa.
Após o lucro operacional, apresentam-se as outras receitas e despesas, 
gerando então o “resultado antes dos tributos (imposto de renda e contribuição 
social sobre o lucro).
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
18
Deduz-se a seguir o imposto de renda e a contribuição social a pagar e, por 
último, as participações de terceiros, chegando-se ao lucro (ou prejuízo) líquido do 
exercício, que é o valor final da DRE.
A Lei exige também que seja apresentado o montante do “lucro por ação”.
Complementa a Lei nº 6.404/76, o Pronunciamento Técnico CPC 26, que 
trata da apresentação das Demonstrações Contábeis e estabelece uma estrutura 
mínima para a DRE, segundo as determinações legais, composta por:
a) receitas;
b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;
c) lucro bruto;
d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas 
operacionais;
e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método 
de equivalência patrimonial;
f) resultado antes das receitas e despesas financeiras;
g) despesas e receitas financeiras;
h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
i) despesa com tributos sobre o lucro;
j) resultado líquido das operações continuadas;
k) valor líquido dos seguintes itens:
 i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;
 ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos 
despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição 
para venda que constituem a unidade operacional descontinuada;
l) resultado líquido do período.
IMPORTANT
E
Esse formato não colide com a lei e deverá ser o modelo a ser utilizado no Brasil. 
O CPC fala em possibilidade de a demonstração apresentar as contas não apenas pela sua 
função (administrativas, vendas, custo dos produtos vendidos etc.), mas também pela natureza 
(material consumido, mão de obra, contribuições sociais, energia elétrica, aluguéis etc.).
A estrutura presente no CPC 26 (anteriormente descrita) estabelece 
a evidenciação, de forma destacada, do resultado proveniente da avaliação 
de investimentos pelo método da equivalência patrimonial, do resultado 
financeiro, além de destacar o resultado proveniente das operações continuadas 
e descontinuadas da entidade. (IUDÍCIBUS et al., 2010). Conforme este 
pronunciamento, são abordados dois outros aspectos relativos à DRE, a saber:
TÓPICO 1 | AS DEMONSTRAÇÕES C. SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
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1. A necessidade de divulgação, de forma separada, da natureza e montantes dos 
itens de receita e despesa quando estes são relevantes, conforme descrito no 
item 98, a seguir (IUDÍCIBUS et al., 2010, p. 481- 482):
98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de 
receitas e despesas incluem:
a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo 
imobilizado ao seu valor recuperável, bem como as reversões de tais 
reduções;
b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer 
provisões para gastos de reestruturação;
c) baixas de itens do ativo imobilizado;
d) baixas de investimento;
e) unidades operacionais descontinuadas;
f) solução de litígios; e
g) outras reversões de produção.
2. A necessidade de subclassificação das despesas, como pode ser constatado no 
item 101 (IUDÍCIBUS et al., 2010, p. 481-482):
101. As despesas devem ser subclassificadas a fim de descartar 
componentes do desempenho que possam diferir em termos de 
frequência, potencial de ganho ou de perda e previsibilidade. Essa 
análise deve ser proporcionada em uma das duas formas descritas a 
seguir, obedecidas as disposições legais.
Iudícibus et al. (2010, p. 482) ressaltam que as formas de análise citadas no 
item 101 do CPC 26 são as seguintes:
a) método da natureza da despesa – utiliza como elemento agregador das 
despesas a sua natureza, o que torna simples o seu uso por representar uma 
espécie de “listagem” das despesas incorridas no período. Por exemplo, 
depreciações e amortizações; consumo de matéria-prima e materiais; despesas 
com transporte; despesa com benefícios a empregados etc.; e
b) método da função da despesa ou do “custo dos produtos e serviços vendidos” 
– utiliza a função da despesa comoelemento agregador e classificador. Nesse 
método, a companhia deve divulgar separadamente, no mínimo, o montante 
do custo dos produtos e serviços vendidos das demais despesas incorridas, 
que podem ser classificadas como de vendas, administrativas etc. Apesar de 
quando comparado ao método da natureza da despesa, a segregação das 
despesas por funções pode demandar alocações arbitrárias e considerável 
julgamento.
Acadêmico/a, agora você pode analisar e melhorar o seu entendimento 
através do exemplo que Iudícibus et al. (2010, p. 482) apresentam, pelos dois 
métodos:
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
20
QUADRO 6 – DRE SEGUNDO O CPC 26
MÉTODO – FUNÇÃO DA DESPESA
Receita de vendas 3.000
Custo dos produtos vendidos (700)
Lucro bruto 2.300
Despesas de vendas (50)
Despesas administrativas (230)
Outras despesas (100)
Resultado antes dos tributos 1.920
FONTE: Iudícibus et al. (2010)
QUADRO 7 – DRE SEGUNDO O CPC 26
MÉTODO – NATUREZA DA DESPESA
Receita de Vendas 3.000
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração 300
Consumo de matérias-primas e de materiais 400
Salários e benefícios a empregados 80
Depreciações e amortizações 150
Despesas com comissões 50
Outras despesas 100
Total das despesas (1.080)
Resultado antes dos tributos 1.920
FONTE: Iudícibus et al. (2010)
Por fim, observa-se o que a norma estabelece sobre a subclassificação das 
despesas, ainda que caiba à administração escolher o método a ser utilizado, em 
função de fatores históricos, setoriais e da natureza da entidade. Porém, quando 
a entidade classifica as despesas por função, ela deve divulgar, adicionalmente, 
informações acerca da natureza de certas despesas, incluindo as despesas de 
depreciação, amortização e despesas com benefícios a empregados. 
NOTA
De qualquer forma, a legislação brasileira induz diretamente à demonstração com 
as despesas por função.
Acadêmico/a, agora você terá a oportunidade de conhecer mais uma 
demonstração contábil, a qual foi instituída pelo Pronunciamento Técnico 
CPC 26, que, seguindo as normas internacionais de contabilidade, instituiu a 
TÓPICO 1 | AS DEMONSTRAÇÕES C. SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
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obrigatoriedade de elaboração da Demonstração do Resultado Abrangente do 
Exercício – DRA.
Iudícibus et al. (2010) explicam que essa demonstração apresenta as receitas, 
despesas e outras mutações que afetam o patrimônio líquido, mas que não são 
reconhecidas (ou melhor, não foram reconhecidas ainda) na Demonstração do 
Resultado do Exercício, conforme determinam Pronunciamentos, Interpretações e 
Orientações que regulam a atividade contábil.
Tais receitas e despesas identificadas como “outros resultados abrangentes”, 
de acordo com o CPC 26, compreendem os seguintes itens (IUDÍCIBUS et al., 2010, 
p. 482-483):
a) variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente 
(Pronunciamentos Técnicos CPC 27 – Ativo Imobilizado e CPC 04 – 
Ativo Intangível); 
b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício 
definido reconhecidos conforme item 93A do Pronunciamento Técnico 
CPC 33 – Benefícios a empregados; 
c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis 
de operações no exterior (Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeito 
das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações 
Contábeis);
d) ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas 
na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda 
(Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: 
Reconhecimento e Mensuração);
e) ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos 
ou perdas de instrumentos hedge em hedge de fluxo de caixa (CPC 38). 
A DRA pode ser apresentada dentro da DMPL ou através de relatório 
próprio. O CPC sugere que se faça uso da apresentação na DMPL. Quando 
apresentada em demonstrativo próprio, a DRA tem como valor inicial o resultado 
líquido do período apurado na DRE, seguido dos outros resultados abrangentes, 
conforme estrutura mínima para a DRA estabelecida no CPC 26:
a) resultado líquido do período;
b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua 
natureza (exceto montantes relativos ao item c);
c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida 
por meio do método de equivalência patrimonial; e
d) resultado abrangente do período.
Segundo as normas internacionais de contabilidade, a DRA pode ser 
apresentada como continuidade da DRE, mas no Brasil o CPC determinou que 
seja como um relatório à parte. 
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
22
NOTA
Se a DRE e a DRA forem apresentadas separadamente, bastaria a DRA começar a 
partir do Lucro Líquido.
Acadêmico/a, a seguir apresentaremos um modelo a título de conhecimento, 
mas esse modelo, embora seja admitido pelo IASB (The International Accounting 
Standards Board), não foi aceito no Brasil, onde o CPC 26 obriga à adoção da 
alternativa em que a demonstração do resultado do exercício é apresentada à parte 
da demonstração do resultado abrangente total, explicam Iudícibus et al. (2010).
QUADRO 8 – DRA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE
Lucro Líquido do Período R$ 272.000
Parcela dos sócios da Controladora 250.000
Parcela dos não controladores 22.000
Ajustes Instrumentos Financeiros R$ (60.000)
Tributos s/Ajustes Instrumentos Financeiros R$ 20.000
Equiv. Patrim. s/Ganhos Abrangentes de Colig. R$ 30.000
Ajustes de Conversão do Período R$ 260.000
Tributos s/Ajustes de Conversão do Período R$ (90.000)
Outros Resultados Abrangentes Antes Reclas. R$ 160.000
Ajustes de Instrum. Financ. Reclassif. p/Result. R$ 10.600
Outros Resultados Abrangentes R$ 170.600
Parcela dos sócios da Controladora 164.600
Parcela dos não controladores 6.000 ____
Resultado Abrangente Total R$ 442.600
Parcela dos Sócios da Controladora 414.600
Parcela dos não controladores 28.000
FONTE: Iudícibus et al. (2010)
TÓPICO 1 | AS DEMONSTRAÇÕES C. SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 11.638/07 E PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
23
NOTA
O Pronunciamento Técnico CPC sugere ainda que a DRA seja adicionada à 
Mutação do Patrimônio Líquido.
De acordo com o CPC 26, as empresas devem divulgar, como alocações do 
resultado do exercício na DRA consolidada, os resultados abrangentes totais do 
período atribuíveis à participação de sócios não controladores e os atribuíveis aos 
detentores do capital próprio da empresa controladora.
De acordo com Iudícibus et al. (2010), o item 93 do CPC 26 trata de 
alguns ajustes de reclassificação, quando pronunciamentos, interpretações e 
orientações devem ser reclassificados para o resultado do período. Estes ajustes 
de reclassificação são incluídos no respectivo componente dos outros resultados 
abrangentes no período em que o ajuste é reclassificado para o resultado líquido 
do período. 
A seguir apresentaremos exemplo ilustrativo sobre o ganho realizado na 
alienação de ativo financeiro disponível para venda e reconhecido no resultado 
quando de sua baixa. Esse ganho pode ter sido reconhecido como ganho não realizado 
nos outros resultados abrangentes do período ou de períodos anteriores. Assim, os 
ganhos não realizados devem ser deduzidos dos outros resultados abrangentes 
no período em que os ganhos realizados são reconhecidos no resultado líquido do 
período, evitando que esse mesmo ganho seja reconhecido em duplicidade. 
NOTA
A entidade pode optar por apresentar os ajustes de reclassificação em notas 
explicativas, não os divulgando na DRA. Nesse caso, ela deverá apresentar os itens de outros 
resultados abrangentes após os respectivos ajustes de reclassificação.
Iudícibus et al. (2010, p. 484) afirmam que não devem ser tratadas como 
ajustes de reclassificação as mutações na reserva de reavaliação, quando permitida 
por lei, ou os ganhos e perdas atuariais de planos de benefícios a empregados. 
Ambos são reconhecidos como outros resultados abrangentes, mas não são 
reclassificados para o resultadolíquido de exercícios posteriores. 
À medida que ocorrer a realização da reserva de reavaliação, suas mutações 
devem ser transferidas para Reserva de Retenção de Lucros ou para Prejuízos 
Acumulados. 
UNIDADE 1 | DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
24
Finalizamos com o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação 
das Demonstrações Contábeis, que destaca: “[...] quando for relevante para a 
compreensão dos resultados da companhia, outras rubricas, contas, títulos e 
subtotais devem ser apresentados na DRA e na DRE”. 
NOTA
A entidade não deve apresentar nas referidas demonstrações, ou em notas 
explicativas, rubricas, receitas ou despesas sob a forma de itens extraordinários. Também não é 
mais admitida a figura das receitas e despesas não operacionais. A única discriminação é a dos 
resultados derivados das atividades descontinuadas.
25
Caro/a acadêmico/a, apresentamos agora de forma resumida as 
demonstrações contábeis segundo a Lei nº 6.404/76 e as alterações decorrentes da 
Lei nº 11.638/2007.
As demonstrações contábeis obrigatórias, segundo a Lei nº 6.404/76, eram: 
balanço patrimonial; demonstrativo do resultado do exercício; demonstração 
dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração das mutações do patrimônio 
líquido. As demonstrações contábeis complementam, ainda, as notas explicativas 
que não são consideradas relatórios contábeis, mas são obrigatórias porque 
esclarecem a situação patrimonial e os resultados do exercício e enumeram o 
mínimo necessário de cinco notas esclarecedoras a ser apresentadas. Ressalta-se 
que estas deverão ser ampliadas quando necessário for, permitindo que o usuário 
da informação contábil tenha condições de analisar a real situação da empresa. 
Com o advento da Lei nº 11.638/2007, as demonstrações contábeis previstas 
na Lei nº 6.404/76 sofreram alterações e entre elas está a inserção da demonstração 
dos fluxos de caixa que é obrigatória (elaboração e divulgação) para as companhias 
abertas e para as companhias fechadas que tenham patrimônio líquido superior a 
R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).
Com a obrigatoriedade da DFC (Demonstração dos Fluxos de Caixa) passou 
a ser facultativa a DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos).
O balanço patrimonial também sofreu alterações. Os grupos do ativo 
ficaram assim constituídos: ATIVO CIRCULANTE e ATIVO NÃO CIRCULANTE; 
os grupos do passivo foram classificados em PASSIVO CIRCULANTE e PASSIVO 
NÃO CIRCULANTE. No ativo não circulante estão contemplados os seguintes 
itens: realizável a longo prazo; investimentos; imobilizado e intangível. No passivo 
não circulante estão classificados: o exigível a longo prazo e o patrimônio líquido, 
que não apresenta mais de forma explícita os lucros acumulados, apenas os 
prejuízos acumulados, e foi inserida a conta ajustes de avaliação patrimonial.
Outro item que teve grande relevância com a promulgação da Lei nº 
11.638/2007 são as notas explicativas, as quais também tiveram a contribuição do 
CPC 26.
Apresentamos também de forma reduzida as principais contas necessárias 
para análise, com as observações feitas pelos estudiosos da matéria.
Por fim, abordou-se a DRA. Esta demonstração segue as normas 
internacionais de contabilidade, e sua elaboração é obrigatória.
RESUMO DO TÓPICO 1
26
Essa demonstração apresenta as receitas, despesas e outras mutações que 
afetam o patrimônio líquido, mas que não são reconhecidas na DRE conforme 
regulam os Pronunciamentos, Interpretações etc. que regulam a atividade 
contábil. Segundo o CPC 26, tais receitas e despesas são identificadas como 
outros resultados abrangentes e compreendem itens como: variação na reserva de 
reavaliação; ganhos e perdas atuariais; ganhos e perdas derivados de conversão de 
demonstrações contábeis de operações no exterior; entre outros.
Apresentou-se também a estrutura mínima para a DRA, e ressaltou-se que a 
DRA pode ser apresentada como continuidade da DRE. Para melhor compreensão 
apresentou-se um modelo devidamente preenchido.
O CPC sugere que a DRA seja adicionada à Mutação do Patrimônio Líquido. 
Este tema é amplo e sabe-se que o assunto não foi esgotado, mas acredita-
se que a abordagem contemplou os principais pontos que você, acadêmico/a, deve 
conhecer. 
27
1 Assinale a alternativa CORRETA: 
a) ( ) O Balanço Patrimonial tem por finalidade demonstrar o lucro e/ou 
prejuízo da empresa no final de determinado período.
b) ( ) As Notas Explicativas não são obrigatórias na publicação do Balanço 
Patrimonial.
c) ( ) A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA pode 
substituir a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – 
DMPL – porque ela demonstra o patrimônio líquido na sua totalidade. 
d) ( ) A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE – é composta pelas 
receitas, custos e despesas.
e) ( ) A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos põe em 
evidência qual é a necessidade financeira da empresa, no curto prazo.
2 As demonstrações contábeis, exigidas pela legislação societária, são as 
seguintes:
a) ( ) Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado; Passivo Circulante.
b) ( ) Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do 
Fluxo de Caixa.
c) ( ) Balanço Patrimonial; Patrimônio Líquido; Ativo Circulante. 
d) ( ) Balanço Patrimonial; Origens e Aplicações de Recursos; e Patrimônio 
Líquido.
e) ( ) Balanço Patrimonial; Demonstração dos Lucros ou Prejuízos 
Acumulados; Ativo Permanente.
3 As informações complementares sobre as demonstrações contábeis 
divulgadas pela empresa serão apresentadas através de:
a) ( ) Notas esclarecedoras do ativo.
b) ( ) Parecer dos contadores independentes.
c) ( ) Parecer do Conselho Fiscal.
d) ( ) Notas explicativas.
e) ( ) Parecer da administração.
4 Descreva, no mínimo, três das notas explicativas previstas no art. 247 da Lei 
nº 6.404/76.
AUTOATIVIDADE
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
28
5 Com o advento da Lei nº 11.638, em dezembro de 2007, a demonstração das 
origens e aplicações de recursos (DOAR) passou a ser facultativa, ou seja, 
a empresa poderá elaborá-la e apresentá-la aos usuários das informações 
contábeis, se assim o desejar, conforme Morante e Jorge (2008), e tornou-se 
obrigatória a elaboração e publicação da Demonstração do Fluxo de Caixa 
(DFC).
Com relação à elaboração da DFC, é correto afirmar que:
I. Sua elaboração e publicação são obrigatórias a todas as companhias de 
capital aberto. 
II. Sua elaboração é obrigatória para todas as companhias de capital fechado.
III. Sua elaboração e publicação são obrigatórias a todas as companhias de 
capital fechado com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois 
milhões de reais).
Assinale a opção CORRETA:
a) ( ) Apenas as alternativas I e II estão corretas.
b) ( ) Apenas as alternativas I e III estão corretas.
c) ( ) Apenas as alternativas II e III estão corretas.
d) ( ) Apenas a alternativa I está correta.
e) ( ) Todas as alternativas estão corretas.
6 A análise das informações da DFC, em conjunto com as demais demonstrações 
contábeis, pode permitir que os usuários avaliem a empresa segundo... 
I. a capacidade de avaliar fluxos líquidos positivos de caixa.
II. a capacidade de honrar seus compromissos.
III. a liquidez, a estrutura de capital e os quocientes de atividade.
IV. a taxa de conversão de lucro em caixa.
Assinale a alternativa com a opção CORRETA:
a) ( ) Apenas as alternativas I e II estão corretas.
b) ( ) Apenas as alternativas I e III estão corretas.
c) ( ) Apenas as alternativas II e IV estão corretas.
d) ( ) Apenas a alternativa III está correta.
e) ( ) Todas as alternativas estão corretas.
7 De acordo com Morante e Jorge (2008), antes de realizar qualquer análise de 
balanços, deve ser adotado:
a) ( ) Um padrão de análise para a inserção dos elementos das demonstrações 
contábeis.
b) ( ) Um critério de classificação das despesas operacionais.

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