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1 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Doença de Von Willebrand • Desordem hemorrágica hereditária mais prevalente • Afeta 1% da população, ou 1/800 indivíduos • Herança autossômica dominante ou recessiva • Alteração quantitativa ou qualitativa do FvW • 10% com doença sintomática • O fator de Von Willebrand é uma grande glicoproteína multimérica • Cromossomo 12 braço curto Domínios: o Ligação ao fator VIII circulante o Ligação a GP Ib das plaquetas o Ligação a matriz subendotelial (colágeno) o Ligação a GP IIb/IIIa Função: • Mediar a adesão das plaquetas ao colágeno do subendotélio lesado: receptores plaquetário – GP Ib e IIb/IIIa. Para que ocorra a adesão às plaquetas é necessário a presença de grandes multímeros do FvW. • Manter os níveis plasmáticos do Fator VIII, o FvW liga-se a fator VIII evitando sua degradação pela proteína C ativada e fator Xa. Síntese do Fator de Von Willebrand: o Síntese determinada pelo gene no cromossomo 12 • Influenciada por: o Polimorfismo gênico o Grupo sanguíneo ABO – grupo O apresenta valores normais mais baixos o Mulheres caucasianas: valores normais mais baixos o Recém-nascidos: valores mais altos até 6 meses o Adultos: aumentam 10UI/dL a cada década o Uso de ACHO: aumenta levemente os níveis do FvW o Gravidez: aumenta de 5-6 meses o Estresse: aumento importante dos níveis FvW o Atividade física vigorosa: aumento importante dos níveis de FvW: volta ao normal 10h após o exercício Classificação: Tipo 1 – 60 a 80%: deficiência quantitativa ou antigênica leve a moderada com função preservada; • Subdiagnosticada • Autossômica dominante Tipo 2 – 10 a 30%: deficiência funcional ou qualitativa: • 2A: multímeros de alto peso molecular não são formados ou sofrem hidrólise precoce • 2B: afinidade aumentada pela GPIb, remoção constante dos multímeros de alto peso pela circulação • 2M: afinidade diminuída pela GPIb, remoção constante dos multímeros de alto peso pela circulação • 2N: mutações no sítio de ligação ao FvW, semelhante a hemofilia A leve Tipo 3 – 1 a 5%: • Níveis indetectáveis do FvW < 1% • Herança autossômica recessiva Diagnóstico clínico: • Primeira infância e adolescência • Gestantes - puérperas História pessoal e familiar de manifestações hemorrágicas cutâneo-mucosas: o Menorragias o Epistaxes o Gengivorragias o Hemorragias gastrointestinais o Equimoses o Sangramentos prolongados ou recorrentes após traumas e cirurgias o Fluxo menstrual intenso Diagnóstico laboratorial: Exames de Triagem • Hemograma: anemia ferropriva • TS Ivy prolongado • TTPa prolongado • Contagem plaquetária: plaquetopenia na 2B Testes específicos • Atividade do fator VIII • Antígeno do FvW - ELISA • Atividade do co-fator ristocetina: baixo (medida da atividade do FvW) Dosagem do FvW e Ristocetina alterados: tipo 1 e 3 Dosagem do FvW alterado e Ristocetina muito alterada: tipo 3 Valores para DVW: dosagens entre 30-40 (<30) 2 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Tratamento: Objetivo: elevar concentrações plasmáticas do FvW nas hemorragias ou antes de procedimentos cirúrgicos. • DDAVP (Desmopressina): profilaxia e sangramentos leves. • Concentrado de fator VIII-FvW: Concentrados de fator VIII de alta ou intermediária purificação – Humate-P: mediante sangramento grave • Drogas antifibrinolíticas - ácido aminocaproico, ácido tranexâmico: profilaxia em procedimentos dentários • Evitar drogas que alterem a função plaquetária: AAS e AINES. • NÃO USAR CRIOPRECIPITADO – risco de contaminação!!! Proibido.
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