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1 CONCRETO Propriedades do Concreto Endurecido Materiais para Construção Civil II FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Resistência à Tração do Concreto Embora o concreto não seja normalmente estudado para resistir diretamente às solicitações de tração, a sua determinação é útil para se estimar a carga sob a qual deverá ocorrer fissuração. Geralmente, nos cálculos de dimensionamento, não é considerada a resistência à tração do concreto, pois, para suportar cargas de tração, é utilizado o aço. FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Resistência à Tração do Concreto O ensaio para a determinação da tração direta do concreto é pouco utilizado, pois os dispositivos de fixação do corpo de prova geram tensões secundárias e a carga aplicada passa a ser excêntrica, deixando de ser axial. Assim, prefere-se determinar a resistência à tração do concreto de forma indireta, por compressão diametral ou por flexão. 2 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido No Brasil, a resistência à tração do concreto é determinada utilizando-se corpos de prova cilíndricos ou prismáticos. http://icc.ucv.cl/hormigon/molde2.jpg http://icc.ucv.cl/hormigon/molde1.jpg Resistência à Tração do Concreto FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Moldagem de corpos de prova prismáticos Dimensão básica Número de Camadas Nº de golpes (Manual) Lado (mm) Compr. (cm) Adensam. Manual Adensam. Mecânico 100 350 1 1 75 150 500 2 1 75 250 800 3 2 200 450 1400 - 3 - (NBR 5738 / 2003) FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Determinação da Resistência à Tração por Compressão Diametral (NBR 7222/1994) Esquema de carregamento http://research.ncku.edu.tw/re/articles/e/20071012/images/a1_1.jpg (Mehta e Monteiro, 2008, p. 73) 3 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Distribuição das tensões horizontais em um cilíndro carregado diametralmente (Mehta e Monteiro, 2008, p. 73) D iâ m e tro d o C P FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Distribuição das tensões horizontais em um cilíndro carregado diametralmente (Mehta e Monteiro, 2008, p. 73) D iâ m e tro d o C P FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido hD P2 ft ft = Resistência à tração por compressão diametral P = Carga de ruptura D = Diâmetro do corpo de prova h = Comprimento do corpo de prova (MPa, Kg/cm2) Determinação da Resistência à Tração por Compressão Diametral (NBR 7222/1994) 4 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Determinação da Resistência à Tração na Flexão (NBR 12.142/1991) Esquema de carregamento http://www.ndt.net/article/ndtce03/papers/p060/fig5.jpg FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Determinação da Resistência à Tração na Flexão (NBR 12.142/1991) Carga aplicada nas terças partes do vão (Mehta e Monteiro, 2008, p. 73) FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Distribuição das tensões ao longo da altura de uma viga de concreto sob flexão (Mehta e Monteiro, 2008, p. 73) 5 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido 2t hb LP f ft = Resistência à tração na flexão P = Carga de ruptura L = Comprimento do vão b = Base da seção transversal do corpo de prova h = Altura da seção transversal do corpo de prova (MPa, Kg/cm2) Determinação da Resistência à Tração na Flexão (NBR 12.142/1991) Quando a ruptura ocorre entre os planos de ação das cargas FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido 2t hb aP3 f ft = Resistência à tração na flexão P = Carga de ruptura a = Distância média entre a linha de ruptura e o apoio mais próximo b = Base da seção transversal do corpo de prova h = Altura da seção transversal do corpo de prova (MPa, Kg/cm2) Determinação da Resistência à Tração na Flexão (NBR 12.142/1991) Quando a ruptura ocorre fora da terça parte central FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Resistência Característica à Tração (ftk) (Concreto – Ensino, Pesquisa e Realizações – Ibracon, 2005, p.619) 6 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Representação da zona de transição e da matriz da pasta de cimento no concreto (Mehta e Monteiro, 2008, p. 43) FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Relação água-cimento fc x a/c x grau de hidratação (Mehta e Monteiro, 2008, p. 54) FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Teor de ar incorporado fc x teor de ar Figura 3-4 (Mehta e Monteiro, 2008, p. 55) 7 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Dimensão máxima característica (Φmáx.) fc x Φmáx. (Mehta e Monteiro, 2008, p. 57) FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Condições de cura: Tempo (período de cura) e Umidade Fatores intervenientes na resistência à compressão FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido fc x idade x umidade (Mehta e Monteiro, 2008, p. 62) 8 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido fc x idade x temperaturas de moldagem e cura (Mehta e Monteiro, 2008, p. 64) FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido fc x idade x temperaturas de moldagem e cura (Mehta e Monteiro, 2008, p. 64) FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido fc x idade x temperaturas de moldagem e cura (Mehta e Monteiro, 2008, p. 64) 9 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Parâmetros de ensaio: Parâmetros do corpo de prova e Condições de carregamento Fatores intervenientes na resistência à compressão FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Parâmetros do corpo de prova (Mehta e Monteiro, 2008, p. 66) FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Parâmetros do corpo de prova (Mehta e Monteiro, 2008, p. 67) 10 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Deformação instantânea do concreto O comportamento do concreto, submetido à tensão abaixo de determinado nível, pode ser representado pela Lei de Hooke. As relações entre tensões normais (σ) e deformações específicas (ε) são definidas pelo módulo de elasticidade (E) e coeficiente de Poisson do concreto. FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Módulo de elasticidade (E) O módulo de elasticidade estático de um material sob tensão é dado pela declividade da curva σ x ε. http://www.scielo.br/img/revistas/rem/v61n1/a03fig4.gif FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Comportamento de curvas σ x ε para diversos materiais (Tecnologia Mecânica – Chiaverini – Makron - 1986) 11 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido (Mehta e Monteiro, 2008, p. 88) Para o concreto, que apresenta curva não linear, podem ser determinados alguns tipos de módulos de elasticidade: tangente, secante e cordal. FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido (Mehta e Monteiro, 2008, p. 88) A não linearidade da relação tensão x deformação decorre da microfissuração progressiva do concreto sob cargas FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Módulo de deformação tangente inicial (Eci) (NBR 8522/2003) É o módulo de elasticidade ou módulo de deformação tangente à origem do diagrama σ x ε. Reta tangenteσ (MPa) Eci = tg α ε (%) α Segundo a NBR 6118, o módulo tangente é que deve ser especificado no projeto e controlado por meio de ensaios. 12 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Módulo de deformação secante (Ecs) (NBR 8522/2003) É o coeficiente angular da reta secante ao diagrama σ x ε, passando pelos pontos da curva correspondentes à 0,5 MPa e a tensão considerada no ensaio. Reta secanteσ (MPa) Ecs = tg α ε (%) α 0,5 MPa fc FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto EndurecidoMódulo de deformação cordal É o coeficiente angular da reta secante ao diagrama σ x ε, passando por dois pontos quaisquer da curva. Cordaσ (MPa) Ecs = tg α ε (%) α B A FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Fatores que afetam o módulo de elasticidade do concreto • Porosidade do agregado (diretamente relacionada à rigidez e ao módulo de elasticidade); • Fração volumétrica do agregado no concreto; • Outras propriedades do agregado que podem influenciar na fissuração na zona de transição na interface e na forma da curva σ x ε: dimensão, forma, textura superficial, distribuição granulométrica e composição mineralógica; • Porosidade da matriz da pasta de cimento, influenciada pelos seguintes fatores: relação água-cimento, teor de ar, adições minerais e grau de hidratação do cimento; • Porosidade da zona de transição na interface que é influenciada pelo teor de vazios capilares, microfissuras e cristais orientados de hidróxido de cálcio; • Parâmetros de ensaio: estado de umidade do corpo de prova e condições de carregamento. 13 FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Coeficiente de Poisson O coeficiente de Poisson de um material submetido à carga axial simples é a razão entre a deformação transversal e a deformação longitudinal, dentro do intervalo elástico. (Tecnologia Mecânica – Chiaverini – Makron - 1986) O coeficiente de Poisson do concreto varia entre 0,15 e 0,25, sendo geralmente adotado 0,20. Em geral, concretos com maior resistência ou maior módulo de elasticidade têm menor coeficiente de Poisson. FATEC SP MCC II – Propriedades do Concreto Endurecido Fim
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