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1616598054E-BOOK_ELABORAO_ORAMENTRIA_EM_OBRAS_CIVIS_-_PROF _MARIA_IZABEL

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INTRODUÇÃO
Na construção civil, o orçamento de obra é indispensável para o sucesso 
das empresas em seus projetos. Ter todas as etapas e atividades 
desenhadas, estimar os recursos necessários e prever a composição 
das equipes de profi ssionais são apenas algumas das tarefas mais 
desafi adoras. No projeto da obra, o orçamento requer atenção e foco 
dos profi ssionais envolvidos. Um bom orçamento na construção civil 
permite prever receitas e despesas futuras, controlar desvios e até 
projetar com bastante precisão o resultado econômico a ser alcançado 
na conclusão do projeto.
O orçamento na construção civil deve contemplar todas as necessidades 
da obra, aquelas já apresentadas e também aquelas que estão por 
vir. Com um universo de possibilidades tão amplo, prever o custo das 
situações inusitadas, que as vezes fogem do roteiro da obra é um dos 
maiores desafi os. Realizar um bom orçamento requer um trabalho 
minucioso e a contribuição de diversas áreas da empresa, como compras 
e recursos humanos.
Só inicie uma obra com o orçamento pronto e fi nalizado. Pois assim 
você poderá manter seus custos, acompanhar a evolução fi nanceira 
do projeto e chegar à margem de lucro almejada. Um orçamento na 
construção civil bem elaborado é a chave para o sucesso dos negócios.
Maria Izabel de Paula Rbeiro, Engenheira M. Sc.
 2 
 | pág 27
ÍNDICE
Introdução | pág 2
1. Analisar é entender | pág. 5 
2. Administrar os custos de um projeto/empreendimento, 
 costuma ser um grande dilema nas organizações? | pág. 7
3. Orçamento de uma obra: Aspectos importantes | pág. 8
4. Orçamento: O que é preciso saber? | pág. 9
5. Conceitos básicos do orçamento | pág. 9
6. Decreto Nº 7.983/2013 - Disposições legais | pág.10
7. Formação de preços | pág. 11
8. A importância do orçamento: Entenda melhor a importância do 
 orçamento em obras civis | pág 12
9. Os erros comuns em orçamento, vamos evita-los? | pág.15
10. Quais a etapas essenciais no processo de elaboração do 
 orçamento de obras civis? | pág. 16 
10.1 Tipos de orçamento para uma obra civil e suas especifi cações
 | pág 16
10.2 Levantamento do valor unitário e dos custos indireto | pág 17
11. Orçamentação e suas utilidades | pág. 18
12. Preço de venda - BDI, como entender? | pág. 19
12.1 Conceito | pág. 19
12.1.1 Fatores a serem considerados no BDI e sua aplicação | pág. 20
12.1.2 Componentes do BDI | pág. 21
13. Análise crítica no fechameno do orçamento detalhado | pág. 26
13.1 Metodologia de avaliação orçamentária | pág. 26
13.2 Uso de índices percentuais para a correção do orçamento
 | pág. 27
14. Bibliografi a | pág. 28
15. Sobre a autora | pág. 30
 3 
1 - Analisar 
é entender
Para se fazer um orçamento de obras civis adequado e completo é necessário uma análise 
plena da obra que se vai executar. O sucesso do empreendimento vai muitas vezes da 
coerência desse orçamento com a realidade do executar. Temos de vivenciar a máxima: 
Analisar é entender!
Por que? Em um primeiro instante o orçamentista vai receber documentos que são: projetos 
arquitetônicos e complementares, edital, especifi cações técnicas, planilhas orçamentárias 
preenchidas totalmente (ou não) e a taxa de BDI. Normalmente é assim que acontece na 
vida prática. O orçamentista tem de analisar todo esse material e entender, e assim colocar 
em prática todos os procedimentos elaborativos do processo orçamentário.
A pergunta clássica do cliente sempre será essa: Quanto vai custar? 
Pergunta frequente na vida orçamentária e de grande importância e que está atrelada na 
expertise do o rçamentista, que incluirá neste momento mais três perguntas:
 O que fazer? - Como custear? - Em quanto tempo?
E o resultado será o orçamento que passará por fazer como: Viabilidade Técnica e Econômica, 
Pré-planejamento, EAP (estrutura analítica do projeto), a elaboração do orçamento, 
planejamento, controle e execução. EAP – Estrutura Analítica do projeto
Fonte: EAP – Estrutura Analítica do projeto - https://
gestaoprodutiva.com.br/eap-estrutura-analitica-projeto/
A EAP é essencial para o orçamento, planejamento, monitoramento e controle do projeto, 
sendo adotada para o entendimento da comunicação do escopo do projeto entre as partes 
interessadas –stakeholders. Esse diálogo é de extrema importância para o esclarecimento 
de todo o processo executivo do empreendimento até a conclusão da obra.
São diversos benefícios com o uso da EAP, por exemplo:
 • Diminuição da complexidade do projeto
 • Monitoramento do progresso das atividades
 • Aumento da assertividade na estimativa dos custos
 • Redução de possíveis esquecimentos de atividades
 • Auxílio na formação do time de colaboradores
Elaboração Orçamentária em Obras Civis
 5 
 • Clareza na programação das atividades
 • Cumprimento pleno dos pacotes de trabalho
Entendimento básico e crucial pois estamos vivendo grandes mudanças tecnológicas que 
como orçamentistas refl etimos sobre qual é o nosso lugar no espaço de trabalho, e as 
mudanças são tão prementes que nos levam a pensar que: a todo momento surgem 
novos procedimentos técnicos envolvendo materiais, equipamentos, novos colaboradores, 
e apps diversos, ERPs diversas, BIM e que leva o orçamentista a sensação de que seu 
conhecimento tem de ser sempre renovado, que nesse caminho pode surgir uma sensação 
de não completude na elaboração do orçamento. Estamos vivendo um momento único 
com a pandemia, e nesse contexto pensamos: Como nortear a vida orçamentária dentro 
de parâmetros de completude, e ligando o orçamento a realidade? 
O que fazer? Estar atento é o mais importante. Entender o cenário novo que surge onde 
vamos precisar de: planejamento detalhado, análise dos riscos com profundidade, simulação 
de cenários, coleta de dados realista, foco na qualidade e produtividade, resultado em 
múltiplas visões, indústria 4.0 e 5.0, Bim 3D, Bim 4D, Bim 5D/ 6D /7D.
 6 
Maria Izabel de Paula Ribeiro
2 - Administrar os custos de um 
projeto/empreendimento, costuma ser 
um grande dilema nas organizações?
A grande questão é como aliar o que o cliente está disposto a pagar com o valor monetário 
que o projeto precisa para ser executado. Primeiro o custo tem de ser o mais real possível, 
não podemos passar para o cliente preços com descontos de época. Principalmente quando 
o serviço só vai acontecer meses depois de fundação, estrutura, alvenaria e cobertura. 
A responsabilidade no orçar é grande e a visão panorâmica faz sentido. E na verdade o 
orçamento é um passo. E o controle desses custos, como deverá ser feito?
Para que tudo se realize a contento temos de vislumbrar a gestão de custos, que podemos 
defi nir como a arte de administrar os valores monetários do projeto, obra, através do 
levantamento das necessidades fi nanceiras e do controle desses gastos para alinhar o que 
foi estipulado com o que realmente foi gasto, sempre observando as melhores escolhas que 
o projeto precisa. Esta defi nição nos faz ver que na prática temos de elaborar:
• Definir atividades macro e as estimativas do projeto, além das entregas;
• Redigir e publicar uma declaração do escopo – eap;
• Estimar o custo e determinar o orçamento do projeto/empreendimento;
• Elaborar cronogramas, gráficos;
• Estabelecimento das etapas construtivas;
• Definir as habilidades especiais e os recursos necessários para realizar as 
tarefas do projeto
Na verdade esse posicionamento elucida de forma harmônica que as fases de obra citada 
no PMBOK são:
Um adequado orçamento de obras é a condição suprema para que a rentabilidade da 
construtora ou incorporadora se faça acontecer, e deve ser realizado com regularidade de 
forma que as obras tenham produtividade e se desenvolvam de forma satisfatória, com 
recursos otimizados.
 7 
3 - Orçamento de 
uma obra: Aspectos 
importantes
Ter vivência de obra é conhecimento básico, é o ponto de partida para a elaboração de 
orçamento. A obra ensina como executar orçamento, conhecer as etapas construtivas tão 
importantes para o orçamento, cronogramas, etc. O queimporta é que tenhamos algumas 
premissas conectadas ao orçamento, como:
1 - Novas tecnologias: ERPS (SISPLO, SIENGE, etc), BI, CRM, BIM, (REVIT, NAVISWORK, 
ACCA Primus, Edifi cius), Fotogrametria (Drones), Impressora 3D, Automação, Sistemas 
de preços referenciais, MS PROJECT, PRIMAVERA, SPIDER PROJECT, Excel Avançado, 
Google Drive, Dropbox, Zoom, CLASSROOM, Plugins e apps diversos.
2 - Projetos compatibilizados e especificações técnicas em nível executivo, 
onde se possa fazer análise e entendimento dos riscos com pleno domínio avaliatório 
e coleta de informações com realidade.
3 – Orçamento analítico – Com uso de tecnologias BIM 4D e 5D, para que se possa 
realizar simulações, renderização, e CLASH DETECTION, por exemplo. Condições e 
expertises para análise do resultado com visões e interpretações com foco em: BDI, 
qualidade, segurança, sustentabilidade e produtividade.
O que se espera do trabalho orçamentário é o desenvolvimento de planilhas que demonstrem 
A ELABORAÇÃO orçamentária. 
Orçar uma obra signifi ca estimar o custo de sua execução utilizando uma das técnicas: A 
primeira, podemos chamar de 
1 - COMPARAÇÃO
A técnica da comparação é utilizada na fase de viabilidade, para a tomada de decisão 
gerencial. Para utilizar esta técnica bastam informações básicas obtidas de estudo 
preliminar. Ex: cub, custos unitários sist. informação tcpo, informativo sbc.
2 - QUANTIFICAÇÃO
A técnica de quantifi cação é utilizada para elaborar uma estimativa mais precisa, 
servindo também para orientar a execução da obra. São necessários projetos 
detalhados. Ex: sinapi, sicro, tcpo, orse, etc.
Basicamente perante uma planilha temos
 • C = Q X CUSTO UNITÁRIO
 • C = CUSTO
 • Q = QUANTIDADE DE SERVIÇOS
 • C.UNIT = CUSTO UNITÁRIO (COMPOSIÇÃO DE CUSTO E PREÇOS DOS INSUMOS)
Defi nindo, temos tópicos a entender:
 • A matemática é simples, mas o trabalho é complexo;
 • Grande número de informações a serem coletadas e processadas;
 • Grande possibilidade de erro;
 • Necessidade de método e técnicas;
 • Pró atividade;
 • Conhecimento de como se executa.
Um orçamento na Construção Civil bem elaborado é a chave para o sucesso dos negócios.
 8 
5 - Conceitos básicos 
do orçamento
Para o trabalho orçamentário deve-se levantar as quantidades de materiais, mão de 
obra, equipamentos necessários aos serviços, os custos fi nanceiros decorrentes, os custos 
indiretos, a tributação e tudo que irá pesar sobre os serviço. Mas a metodologia nos faz ter 
os conceitos básicos orçamentários, como:
• EAP – estrutura analítica do projeto
• Custo direto – custos levantados do projeto
• Custo Indireto – custos referentes à infraestrutura necessária para a execução 
do projeto (projetos, canteiro de obras, equipamentos, administração da obra, vale-
transporte, vale-alimentação, limpeza da obra etc)
• Despesas indiretas ou operacionais – custos referentes a logística, 
comercialização, administração do escritório central, seguro, garantia, etc
• CCT (convenção coletiva do trabalho), custo de mercado/m2, norma de desempenho, 
tributos sobre material, mão de obra, NF, suprimentos. Visita à obra. 
• Saber analisar é entender: edital, projetos arquit. E complementares, 
especifi cações técnicas, planilhas fornecidas, bdi adotado, sistema de informação 
empregado, composições de custo; BIM 4D E 5D
• Escopo - Projeto compatibilizados, especifi cações técnicas, edital
• Como construir – tecnologia
• Conhecimentos básicos de economia – custo/ preço/ valor/ custos diretos e 
indiretos/ fl uxo de caixa/ tributos
• Técnicas de orçamentação - quantifi cação, composições unitárias, memória de 
cálculo, banco de dados
• Conhecimento de tecnologias das informações – sistemas de preços referenciais 
(SINAPI, SICRO, ETC, SOFTWARES, ERPs, EXCELL, BIM
4 - Orçamento: O que 
é preciso saber?
Um orçamento viável e confi ável requer levantar e conhecer o consumo de materiais, 
equipamentos, colaboradores por custo de serviço. E esse conhecimento é obtido através 
das composições de custo, que são uma parte primordial do orçamento.
A assertividade de custos desses insumos da composição de custo dependerá muito da 
efi ciência do projeto e sua qualidade de especifi cação e detalhes técnicos.
O sucesso de um empreendimento fi ca entre outros aspectos, na relação entre o que foi 
previsto ou orçado e o que ocorrerá na prática.
Portanto lista-se pontos a serem considerados em seu orçamento:
 9 
Conhecer a realidade do mercado e suas condicionantes regionais e locais, juntamente com 
os métodos construtivos, clima, e outros, faz com que se tenha a consciência de quanto 
infl uencia diretamente na qualidade do orçamento.
Um orçamento detalhado ou analítico faz o sucesso do empreendimento, assim como suas 
composições de custo que vão sendo melhoradas a cada obra e que podem ser aproveitadas 
para uma outra obra similar, criando sua memória de cálculo. Todo esse trabalho requer 
muita análise e percepção para que o orçamento seja de rigor e assertividade.
disposiçoes legais, muito importante saber!
Estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e 
serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da união 
e dá outras providências.
Art. 3º composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de 
licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de 
referência do sistema nacional de pesquisa de custos e índices da construção civil - SINAPI, 
excetuados os ítens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser 
considerados como de construção civil. 
Art. 4º o custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes 
I - Taxa de rateio da administração central;
II - Percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos aqueles de 
natureza direta e personalística que oneram o contratado;
III - Taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e
Iv - Taxa de lucro. 
Sabe-se que todo orçamento é uma estimativa, então, quanto maior a sua assertividade, 
menores serão as incertezas que envolvem a execução da obra — afi nal, serão conhecidas 
tanto as despesas diretas quanto as indiretas, o valor aproximado de cada uma delas e a 
lucratividade esperada.
Ao lado dessas características está o BDI que é um dos fatores que resultam no preço de 
venda, pois engloba todas as variáveis possíveis em um empreendimento. 
Quando o BDI é calculado erroneamente, há um preço fi nal não competitivo, gerando défi cit 
fi nanceiro ao construtor ou construtora.
O preço de venda de um empreendimento nunca será semelhante ao de outro, porque, 
uma vez que as condições não são idênticas, cada obra é uma obra e o BDI obtido será 
diferente — seja pelos tributos, taxas, riscos, complexidade da obra entre outros fatores. 
Além de exercer infl uência sobre os orçamentos de obras e empreendimentos, o BDI é 
muito importante em licitações, uma vez que faz parte das regras e critérios que constam 
na elaboração de orçamentos de serviços e obras que serão contratados com os recursos 
da União, conforme o Decreto 7983 de 2013. 
6 - Decreto
Nº 7.983/2013 
 10 
Maria Izabel de Paula Ribeiro
7 - Formação 
de preço
Custos diretos e indiretos
- Classifi cação X Elaboração
Para o orçamentista, custo é o gasto que tem de ser levantado para a execução de um 
bem ou objeto, para tal na elaboração do orçamento, devemos estimar o custo unitário 
do serviço. Entender o que vem a ser custo direto e indireto é conhecimento básico no 
orçamento.
Classificação de Custo:
- Custos Diretos:
Inclui a soma de todos os gastos que incorre diretamente na produção de uma unidade 
do produto. Portanto, além dos gastos com a compra de material e mão-de-obra direta, 
também devem ser incluídos outros gastos necessários à produção como, por exemplo, 
equipamentos, seguro, manutenção, depreciação de máquinas, etc. Após obter o custo 
direto de produção por unidade, estas despesas são multiplicadas pelo númerototal de 
unidades a serem produzidas. Dessa forma torna-se muito importante o conhecimento de 
todo processo produtivo para o obtenção do produto. Porque assim será possível a correta 
apropriação dos quantitativos de serviços de custos diretos para que sejam avaliados e 
mensurados os custos indiretos e administrativos.
Um exemplo de custo direto, é o caso do concreto simples, onde as horas trabalhadas de 
pedreiro, servente, betoneira, vibrador de imersão e dos materiais em função do traço 
exigido (m3 de areia, m3 de brita, kg de cimento e eventualmente, algum aditivo, que 
representam este custo.
- Custos Indiretos 
Os custos indiretos são aqueles que dão base à produção para que o objeto possa ser 
construído. E só podem ser realmente mensurados, quando já se conhecem os custos 
diretos do objeto.
Os custos indiretos correspondem a:
- Despesas com energia, abastecimento, refeições, segurança e outros;
- Despesas com as instalações do escritório e administrativo da obra – aluguel, 
condomínio, luz, telefone, diretores, gerente, contador, pessoal técnico, cadistas, 
secretária, manutenção, depreciação de máquinas, etc;
- Despesas com comercialização – montagem de propostas, comissões, fretes, visitas 
aos clientes, marketing, brindes etc;
- Despesas com controle – equipe de controle de produção;
- Despesas com o canteiro de produção: barracões, containers, ligações provisórias, 
placa da obra, limpeza da obra etc.
Elaboração Orçamentária em Obras Civis
 11 
8 - A importância 
do orçamento
As empresas estão sempre em competição e dependem de seu sucesso em um mercado, 
cada vez mais competitivo, para se manter em funciona mento e sobreviver as eventuais 
crises. 
Projetos e empreendimentos apresentam, em algumas vezes quando não há analise concreta 
do projeto, sérios imprevistos durante a execução da obra, elevando signifi cativamente os 
seus custos — o que pode reduzir a lucratividade e até proporcionar défi cits fi nanceiros. 
Essa realidade tão comum mostra como a importância do orçamento é maior do que a 
atenção que ele recebe.
Além de não ser feita com o devido cuidado, essa etapa frequentemente não é acompanhada 
e atualizada durante o prazo de execução. O resultado, portanto, é que o custo real da obra 
sai diferente do orçado.
Para evitar esse tipo de problema é entender a importância do orçamento na construção 
civil.
Neste cenário é muito importante o orçamento, pois é através dele que se vai formatar 
o preço de venda do seu produto ou serviço, e nele devem estar contidas todas as 
informações necessárias das etapas produtivas, O orçamento deve ser executado por 
profi ssionais altamente capacitados, pois é através dele que a empresa vai estabelecer o 
custo necessário para a obtenção do produto ou serviço e a lucratividade que deseja obter 
na venda do mesmo.
Esta operação é que vai determinar a saúde fi nanceira da empresa, não sendo permitido 
erros signifi cativos, porque como já foi enfatizado anteriormente o mercado é extremamente 
competitivo e voraz. Um erro signifi cativo em um orçamento pode comprometer toda a 
estrutura fi nanceira da empresa.
Apesar do orçamento ser uma ferramenta primordial dentro da empresa, ele deve ser 
potencializado por outras ferramentas complementares como: um bom planejamento, 
uma boa execução das etapas produtivas e um controle efi ciente.
O orçamento é um documento que reúne as informações fi nanceiras e de produtividade 
baseadas nos serviços que foram defi nidos e especifi cados durante o planejamento de um 
projeto ou obra.
O orçamento engloba tanto os custos diretos — aqueles que estão diret
amente aplicados na execução de um serviço, como materiais, mão de obra, ferramentas, 
equipamentos, entre outros — quanto os custos indiretos, administração da obra, 
equipamentos, mobilização e desmobilização, canteiro de obras, projetos e outros. Com 
todas essas informações será possível estimar o valor fi nal do projeto ou obra, a sua 
lucratividade e se ele é viável ou não.
Para a elaboração de orçamentos se faz necessário um planejamento antes, elaborando a 
EAP e fazendo o levantamento coerente de serviços incluindo informações como: 
• os métodos construtivos;
 12 
• mão de obra será terceirizada ou contratada;
• materiais que serão utilizados;
• dimensionamento das equipes;
• o tempo de execução,
• e outros dados que sejam relevantes ao projeto.
O orçamentista pode aplicar os indicadores de produtividade e defi nir cada etapa de serviço 
de forma bem detalhada e completa. 
Se o orçamento for realizado de forma confi ável e realista vai permitir assim que as decisões 
tomadas no transcorrer do serviço orçamentário, com cautela e assertividade.
E com o orçamento pronto, podemos gerar a curva ABC e nela verifi car, quais materiais que 
representam maior custo em determinado contexto. Assim, é possível focar na realização 
de melhores negociações para adquirir esses materiais, em vez de usar outros cuja redução 
de valor não seria tão signifi cativa.
A adoção da curva ABC e as medições da obra, pode-se comparar o que foi realizado com 
o que foi planejado, consegue-se dessa forma, verifi car diferenças e tomar decisões por 
exemplo, a reestruturação da equipe, mudança no processo executivo, entre outras opções.
Além disso, o orçamento ainda possibilita que as etapas de serviços que podem ser 
readequadas de forma a alcançar o custo fi nal planejado. Mas ´podemos analisar alguns 
aspectos que fazem parte do contexto orçamentário, como:
1 - Cumprimento de prazos
Os prazos de compras, de serviços devem ser obedecidos porque quando se tem orçamentos 
bem realizados é possível fazer programações de compras, de entregas, de locação de 
equipamentos, contratação de mão de obra, sempre de acordo com cada etapa da obra, 
evitando atrasos dos prazos projetados
2 - Conhecimento do custo final do orçamento
O orçamento apresenta seu custo fi nal e sua programação deve ser cumprida e é por isso 
que a assertividade e o detalhamento do orçamento se fazem presente. 
Não esquecer que o orçamento deve ser atualizado sempre condizendo o que se fez e 
o que há de fazer. Essa atualização do orçamento se faz possível controlar e garantir a 
lucratividade do empreendimento. 
3 - Criação de uma base de Composições de custos, seus insumos e coeficientes
Para o orçamento a determinação das composições de custo e quantidade de insumos é 
uma tarefa primordial para o orçamento. 
As composições de custo que são obtidas através de sistemas de informação do mercado, 
mas essas composições são referenciais, padrões médios, mas que na verdade as 
composições devem ser elaboradas pela empresa refl etindo a sua realidade através da 
apropriação do processo produtivo.
Elaboração Orçamentária em Obras Civis
 13 
Esse procedimento, além de criar uma base de dados, também é importante para manter 
o orçamento atualizado e fi el ao projeto, desde o início.
O custo de obra envolve composições de custo, onde a mão de obra nos seus insumos, 
requer entender de produtividade que é aferida em canteiro de obras, 
 e nesse tocante, temos de citar o custo hora dos colaboradores. No momento de se 
calcular o custo hora, não podemos incluir apenas o valor dos Encargos Sociais, mas sim, 
Encargos Complementares. Uma prática desenvolvida pelo SIANPI e o SICRO.
Mas temos sobre os Encargos Socias a desoneração da folha de pagamento onde a 
contribuição previdenciária sobre a receita bruta (CPRB) de 4,5 % que está inserida no BDI, 
em substituição a contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% sobre a remuneração 
dos empregados e dos contribuintes individuais, prevista no art. 22 da Lei nº 8.212/1991. Esta 
regra é denominada de desoneração da folha de pagamento e, entre as atividades que 
podem continuar aplicando a regra, estão indústrias que produzem os produtos com os 
NCMs listados na Lei nº 12.546/2011; Serviços de Tecnologia da Informação – TI; Serviços 
de Call Center; Setor de Transporte rodoviário coletivo de passageiros, enquadradas nasclasses 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0; transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas 
subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0; transporte metroferroviário de passageiros, 
enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0; transporte rodoviário de cargas, 
enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0; Empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora 
e de sons e imagens de que trata a Lei nº 10.610, de 20/12/2002, enquadradas nas classes 1811-
3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0; Empresas do setor 
da construção civil enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0; e Empresas de 
construção civil de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da 
CNAE 2.0.
4 - Maior poder de negociação
O orçamento permite conhecer quais são as etapas, os materiais e equipamentos que 
apresentam maior representatividade no custo fi nal, veja a curva ABC que nos dá essa 
informação de forma certeira.
Dessa forma, o orçamento faz com que as negociações sejam focadas nesses aspectos, 
direcionando esforços ao que de fato importa.
5 - Canteiro de Obras – maior controle
Com um orçamento analítico ou detalhado é possível controlar e reduzir os custos do 
canteiro de obras que são signifi cativos e que correspondem a custos altos com a completude 
das normas regulamentadoras. O importante é evitar imprevistos que produzirão gastos 
adicionais importantes, o que devemos é ter um controle maior dos serviços e manter 
sempre o cronograma atualizado.
6 – Mercado atuante e real
A empresa se é organizada e possui uma carteira de fornecedores atuante e tem um 
empreendimento bem estruturado — tanto no planejamento físico quanto no fi nanceiro — a 
empresa consegue entregar a obra dentro do prazo planejado e com os custos estimados. 
E isso é percebido no mercado, tanto pela satisfação dos clientes quanto de investidores, 
que terão maior tranquilidade para acreditar na gestão da empresa, e que passa a entrar 
no mercado de trabalho com efi cácia.
7 - Planejamento mais ágil
O orçamento possibilita a elaboração dos custos das etapas de estimativas de prazos e 
preços de todos os insumos, dos custos diretos e indiretos completos por um cronograma 
físico-fi nanceiro, assim como um fl uxo de caixa, capaz de melhorar a gestão da obra, tanto 
em relação a aquisições, quanto a produtividade, custos e fl uxo de caixa.
 14 
Maria Izabel de Paula Ribeiro
8 - A importância do Orçamentista
O orçamento de uma obra, deve ser feito minuciosamente para que possa garantir 
confi abilidade às informações e à tomada de decisões. É essencial a atuação de um 
profi ssional competente e especializado – O Orçamentista. 
Esse profi ssional é quem entende os indicadores e sabe mensurar insumos e despesas, além 
de estar habilitado a fazer pesquisas minuciosas quando for necessário. O orçamentista 
é capaz de gerar um orçamento completo e de fácil compreensão, que possa ser usado 
durante a execução do projeto com segurança e garantia de efi cácia.
A partir desses tópicos, incluindo todos os custos da obra detalhados e organizados, se 
poderá prever e controlar os gastos envolvidos, assim como aumentar o lucro do seu 
empreendimento.
9 - Os erros 
comuns em 
orçamento
Na Construção Civil, o orçamento de obra é muito importante para o sucesso das empresas 
em seus projetos e obras. Mas a expertise do orçamentista e a qualidade do projeto sem 
fontes inesgotáveis de assertividade. 
Ter todas as etapas e atividades em projeto, estimar os recursos necessários e prever a 
composição das equipes de profi ssionais são tarefas mais desafi adoras. 
Um bom orçamento na Construção Civil permite prever receitas e despesas futuras, 
controlar desvios e até projetar, com bastante precisão o resultado econômico a ser 
alcançado na conclusão do projeto. Porem há percalços que se lista a seguir de possíveis 
erros que podem ocorrer no trabalho laboral de orçamento, que são:
1. Deixar de fazer visita local na obra;
2. Calcular o valor da mão de obra do local, clima; sindicatos da região, prefeitura ter 
informações sobre o ISS.
3. Inserir o ISS errado no BDI
4. Dimensionar o canteiro de obra incorretamente;
5. A mão de obra, o canteiro de obras tem de ser feito o histograma, considerando o maior 
pico do histograma
6. Ignorar a convenção coletiva de trabalho – CCT;
7. Usar composições de custos de catálogo; não saber elaborar composições de custo
8. Não conhecer os fornecedores (ver se têm condições de fornecer as quantidades 
previstas) – FOB, CIF nas notas fi scais dos fornecedores
9. Desconhecer os critérios de medição do sistema de informação adotado
10. Não gerar a curva ABC - hoje analisar até 92 a 95%. sendo a parte a mais importante.
11. Não saber que o BDI governamental 2622 está sem CPRB = 4,5%
12. Não saber calcular o BDI
13. Saber o que é o BDI diferenciado
14. Aplicar o BDI de forma errônea
15. Desconhecer licitação e seus dogmas – com a pandemia: pleitos, reequilíbrio, realinhamento, 
fator príncipe
16. Não equalizar propostas
17. Não estar sintonizado com as mudanças
18. Não atenção na mão de obra sobre as leis trabalhistas envolvidas
Elaboração Orçamentária em Obras Civis
 15 
10 - Quais as etapas 
essenciais no processo 
de elaboração do 
orçamento de obras 
civis?
Toda obra de construção civil se inicia com o orçamento, para que as chances de prejuízos 
e gastos não previstos sejam minoradas. 
Portanto, o orçamento é o instrumento que nos leva ao preço fi nal, isto é, dando a base do 
preço de uma obra, e a partir dele, todas as etapas executivas da obra serão iniciadas.
Desta forma, tendo defi nido o preço fi nal do orçamento para as mais diferentes fi nalidades, 
a empresa se mantém competitiva no mercado. Afi nal, compreende-se se é viável realizar a 
obra e quais os riscos possíveis que possam aparecer. Mas o importante. é que o orçamento 
seja muito bem avaliado e entendido, porque seu objetivo maior é de otimizar os riscos.
Por isso, o orçamento deve seguir normas, decretos que coadunam com as especifi cações 
e orientações da Engenharia, da Arquitetura, da Administração e da Contabilidade.
Mas observe que se não houver delimitado o preço-base correto antes do início das obras, 
o negócio pode enfrentar grandes riscos para a sua conclusão. Todos os gastos devem ser 
previstos e calculados ainda no planejamento, no orçamento e principalmente no projeto.
Deve haver o conhecimento integral de todas as etapas executivas da obra desde o prazo 
máximo de execução, até a qualidade dos materiais empregados, passando pela logística 
da obra e contratação de colaboradores qualifi cados, todas estas questões precisam ser 
detalhadas, porque um orçamento confi ável é aquele que foi elaborado por o profi ssional 
ciente das informações necessárias. 
10.1 - TIPOS DE ORÇAMENTO PARA UMA OBRA CIVIL E SUAS ESPECIFICAÇÕES
Os tipos de do orçamento que podemos realizar está na fase em que o projeto se encontra. 
Podemos ir do orçamento estimativo com o projeto em Estudo preliminar até o orçamento 
analítico ou detalhado com o Projeto Executivo.
Sobre o orçamento de estimativa de custos, trata-se mais de uma avaliação aproximada 
dos custos relativos ao projeto, do que um orçamento em si. Também pode ser baseado 
nas tabelas por m2 que são desenvolvidas pelas empresas públicas ou privadas para 
construções que compartilhem o mesmo porte e características ou o CUB/SINDUSCON.
Entretanto, é importante frisar que esse orçamento ajuda a compreender o quanto será 
gasto, porém o seu grau de confi ança é bem baixo. O mais utilizado é o Custo Unitário Básico 
– CUB. Através dele, o valor médio por metro quadrado de cada estado é obtido por meio 
 16 
Maria Izabel de Paula Ribeiro
de coleta dos valores praticados pelas construtoras.
O orçamento analítico é o mais detalhado e formal de apresentação de todos os custos 
relacionados à edifi cação. Cada um dos serviços e etapas ganha uma prospecção dos 
gastos, de forma discriminada que vai além da delimitação das quantidadesde materiais, 
mas também dos equipamentos e profi ssionais diretamente responsáveis. Porém, é preciso 
ter o conhecimento sobre os custos diretos e os custos indiretos. Ele é o mais preciso e 
essencial quanto há o escopo do projeto desenvolvido e aprovado.
10.2 - LEVANTAMENTO DO VALOR UNITÁRIO E DOS CUSTOS INDIRETOS
Para realizar o levantamento das quantidades de serviços que serão utilizados na construção, 
primeiro deve-se reunir os projetistas. que apresentam o projeto e a base de cálculos 
relacionados a eles. Mesmo de posse dessas quantidades, precisamos observar os demais 
serviços necessários que representam os custos indiretos, que devem estar quantifi cados.
A partir desse levantamento de quantidades de serviços, saberemos as quais são as etapas 
executivas da obra, a equipe técnica, o prazo de execução etc. 
O próximo passo está nas Composições de Preços Unitários – CPU, que é montagem dos custos 
de cada serviço que será executado na obra. Um momento de extrema importância e que 
traduz o conhecimento do sistema de informação adotado e a expertise do orçamentista. 
Todos os serviços possuem suas composições unitárias, o que é primordial conhecer para 
ter um orçamento real e justo em gastos. 
Com as composições de custo podemos fazer a discriminação de todos os materiais 
necessários, a equipe, o prazo do serviço. 
Para além dos insumos de materiais, mão de obra e equipamentos, existem outros tipos de 
custos envolvidos no projeto de uma obra civil, os gastos indiretos também precisam ser 
previstos e devem ser quantifi cados. 
Em cada construção encontramos características específi cas, principalmente as que 
dizem sobre a localização da obra, a segurança dos profi ssionais que trabalham nela e da 
edifi cação em si, gastos de alimentação, transportes, energia elétrica, água, esgoto, dentre 
outros. Tudo deve estar previsto na planilha orçamentária, junto com os cálculos sobre as 
despesas operacionais, na montagem do BDI, que signifi ca Bonifi cações e Despesas Indiretas. 
incluindo o percentual do lucro e dos impostos que incidem na Nota fi scal. 
Contudo, é importante salientar mais uma vez que cada obra tem as suas características, 
portanto ter um BDI fi xo no orçamento pode gerar um erro fatal. Para não haver erros, o 
orçamentista deve indicar na planilha o custo do serviço unitário, e o preço de venda, que 
será o custo com a incidência do valor de seu BDI.
Parece tudo muito complicado e trabalhoso? 
Elaboração Orçamentária em Obras Civis
 17 
11 - Orçamentação 
e suas habilidades
O propósito do orçamento não se resume à defi nição do custo da obra e sim a muitos 
parâmetros importantes, pois ele tem uma abrangência maior, servindo de subsídio para 
outras fases como o planejamento e o controle da obra. Como:
• Análise da viabilidade econômico-financeira: fornece uma previsão do custo 
da obra e tomada de decisões.
• Levantamento dos materiais e serviços: descrição e a quantifi cação dos 
serviços auxiliam o construtor a planejar os serviços e suas metodologias executivas, 
as compras, identifi car fornecedores, estudar formas de pagamento, etc.
• Obtenção de índices para acompanhamento: com os índices de utilização 
de cada insumo (mão de obra, equipamento, material) que o construtor poderá 
realizar uma comparação entre o que orçou e o que está efetivamente executado 
na obra. Os índices servem também como metas de desempenho para as equipes 
de campo. Esses índices são apropriados no Canteiro de obras.
• Dimensionamento de equipes: a quantidade de homem-hora requerida para 
cada serviço serve para a determinação da equipe. a partir do índice que está na 
composição de custo, determina-se o número de colaboradores para uma dada 
duração do serviço.
• Ajuste de preços e produtividades: a orçamentação pode ser recalculada a 
partir de novos preços de insumos e índices de produção. Essa postura objetiva em 
tornar o orçamento real e competitivo.
• Realização de simulações: trata-se de cenários alternativos de orçamento 
com diferentes metodologias construtivas, produtividades, jornadas de trabalho, 
lucratividade etc., para encontrar a combinação que torne a obra mais otimizada e 
pronta para à competição no mercado. Para tanto, so� wares, ERPs, BIM 5D devem 
ser empregados.
• Geração de cronogramas físico e financeiro: o cronograma físico retrata 
a evolução dos serviços ao longo do tempo. O cronograma fi nanceiro quantifi ca 
mensalmente os custos e receitas desses mesmos serviços – é a distribuição 
temporal dos valores. A união dos dois se estabelece o cronograma mais empregado 
nos certames licitatórios.
Por fi m, constata-se a importância de que o orçamento seja feito com cuidado, respeitando 
a sequência das etapas executivas da obra e com o envolvimento de todos os setores da 
empresa. É vital para o orçamento, a integração desses setores.
 18 
12 - Preço de venda - 
BDI, como entender?
É extremamente importante ao construtor estar atento aos custos da obra, sejam eles 
diretos, indiretos, ao lucro que a empresa deseja alcançar e tributos cobrados.
Saber como elucidar, estabelecer critérios assertivos a todos esses valores e, no fi m, 
estabelecer o lucro pretendido exige o conhecimento sobre BDI. Porque é através dele que 
a empresa arbitra seu lucro, e o custo de uma obra é transformado em preço de venda.
Saber calcular o BDI pode trazer consequências como o preço de venda se elevará e poderá 
diminuir a competitividade da empresa no mercado. Ou se for o contrário, poderá afetar 
consideravelmente o lucro do construtor ou, levar a prejuízos.
Saber o seu preço de venda, ter suas despesas indiretas bem calculadas é a fórmula do 
sucesso.
12.1 - CONCEITO
BDI signifi ca Benefícios e Despesas Indiretas, ou seja, é uma taxa que quantifi ca o lucro, os 
tributos sobre a nota fi scal e as despesas indiretas de uma obra. O BDI nada mais é que 
o percentual que se deve multiplicar aos custos diretos e indiretos da obra, ou seja, o 
seu preço total de custo, para que se chegue ao preço fi nal de venda, que em suma é a 
aplicação da taxa de BDI.
O orçamento de um serviço, produto ou construção espelha uma sequência de custos onde 
se encontra uma equação econômica e fi nanceira do que se vai executar, refl etindo para o 
cliente uma expectativa de preço do que se propõe.
Na elaboração do orçamento temos o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), ou lucro que 
irá designar em percentual a parcela signifi cativa para o custo fi nal de venda, exprimindo-
se primeiramente sob forma de taxa aplicável aos custos diretos do orçamento. Devemos 
ter sempre em mente, que um orçamento é composto de custos indiretos, administrativos 
e diretos, quando conhecidos todos esses, é onde vamos estabelecer os critérios para à 
avaliação da margem de lucro desejada que varia de empresa para empresa, tornando 
complexa a comparação de taxas de BDI padrão que irão ser diferentes para cada situação 
empresarial.
O lucro ( BDI ) é o que se busca em cada realização de um empreendimento, produto ou 
serviço. Para tanto, fazem-se estudos, critérios no campo da gestão organizacional na 
empresa, mão de obra, material, projetos. Toda a empresa se encarrega assim, para um 
único universo no atendimento das prerrogativas impostas que é o lucro a ser alcançado.
Na situação onde as empresas têm que manter um custo fechado ( quando não há 
reajustamento) até o fi nal do serviço, sem reajuste e se sujeita as mudanças na economia, 
o lucro pode estar garantido numa forma de gestão empresarial onde se adota o uso de 
especifi cações alternativas, projetos completos, critérios de cálculo para o levantamento 
dos serviços, tipo, porte, prazo, localização condições de execução determinado pela 
CONTRATANTE, normas de medição e pagamento, formas de contratação, treinamento e 
criatividade 
 19 
Muitas empresas adotam a nomenclatura BDI (Benefi cios e Despesas Indiretas), outras 
LUCRO, mas os dois defi nem a mesma metodologia. Como é mais solicitado o termo BDI 
este capítulo irátratá-lo como tal.
O BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) é de extrema importância em uma empresa. Seu 
índice vem representado em percentual e é inserido em cada custo de serviço na planilha 
orçamentária ou no preço fi nal total. 
Trata-se de assunto polêmico porque está diretamente ligado à cultura técnica empresarial 
e à uma logística que gera estratégias condizentes com as variações da nossa economia a 
nível de tributos e à uma idéia de que o BDI será um acréscimo de seu capital.
Podemos analisar o BDI mediante esta equação:
BDI = DESPESAS INDIRETAS/ OPERACIONAIS + IMPOSTOS NF + LUCRO
O BDI somente pode ser calculado depois de se obter o custo total da obra, e deve ser 
muito bem avaliado. Suas aplicações podem ser feitas através:
 • BDI APLICADO SOBRE O CUSTO GLOBAL – GOVERNO
 • BDI APLICADO SOBRE O CUSTO UNITÁRIO – SETOR PRIVADO
12.1.1 Fatores a serem considerados no BDI e sua aplicação
 • Localização da obra
 • Prazo
 • Complexidade da obra
 • Qualidade das informações no projeto
 • Magnitude do custo direto
 • Qualidade da empresa; dimensionamento da equipe
 • Tipo do contrato
 20 
Maria Izabel de Paula Ribeiro
• PV = CD • (1 + %) – INCIDÊNCIA DIRETA
• CALCULANDO:
• 165 977,24 X 1, 27 =
• R$ 210 791,09
O BDI é uma taxa precisa e valiosa para tornar os orçamentos da sua construtora mais 
imperativos e garantir que seus projetos sejam sempre lucrativos!!!!
12.1.2 - Componentes do BDI
Fonte: https://oorcamentista.com.br/como-calcular-o-bdi-
conforme-recomendacoes-do-tcu/
O BDI tem sua formação no Tribunal de Contas da União (TCU) que propõe uma metodologia 
própria de cálculo do BDI no Acórdão 2.622/2013.
AC = ADMINISTRAÇÃO CENTRAL - A taxa referente à administração central diz respeito 
a todos as obras realizadas pela empresa durante um determinado período. Em outras 
palavras, é o percentual do custo que as obras rateiam entre si.
R = RISCOS - contabilizados no cálculo do BDI, pois, quando ocorrem, provocam atrasos 
no cronograma e, consequentemente, acréscimo de custos diretos e indiretos. Neste caso, 
o percentual devido aos riscos para o cálculo do BDI é apenas estimada. 
S = SEGURO - É o percentual sobre o total da obra, que deve ser reservado como seguro 
básico.
G = GARANTIA - É a taxa de caução, seguro garantia, fi ança bancária ou títulos da dívida 
pública. Vale ressaltar que precisamos arbitrar um valor qualquer para o BDI para se calcular 
o valor da garantia. Isso porque ela depende do preço de venda, que ainda não é conhecido.
DF = DESPESAS FINANCEIRAS - Despesa ou custo fi nanceiro nada mais é a contabilização 
Elaboração Orçamentária em Obras Civis
 21 
da perda monetária provocada pela defasagem entre o desembolso pelo construtor e o 
pagamento da medição pela contratante.
L = LUCRO - É a diferença entre o preço de venda e o custos totais, ou seja, é a porcentagem 
do preço total de venda arrecadada pelo construtor, após o pagamento de todas as 
despesas
T = TRIBUTOS FEDERAIS E MUNICIPAL (ISS ) - É a porcentagem cobrada pelo governo 
em virtude do faturamento da obra.
Esses tributos são apresentados a seguir:
• Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS
No cálculo do BDI, a percentagem considerada para esse imposto é 3,00%.
• Programa de Integração Social – PIS
No cálculo do BDI, a percentagem considerada para esse imposto é 0,65%
• Imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISSQN
A porcentagem referente ao ISSQN varia para cada município, portanto você deve estar 
ciente da alíquota no local da sua obra com a dedução.
• CPRB – contribuição previdenciaria sobre a receita bruta – 4,5%
Como fi cam os tributos numa obra governamental?
PIS - 0,65% 
COFINS – 3,00 % 
ISS – 2 a 5% com dedução (ISS LOCAL DA OBRA). Imposto Municipal . 
Exemplo:
O ISS da região da obra é 5%. Se a dedução for de 40%. Como será o cálculo.
Parcela a sofrer a incidência = 100% - 40% = 60%
Alíquota para o orçamento = 0,6 x 5% = 3,0%
O orçamentista deve adotar 3,0% sobre o custo de venda (valor do contrato).
CPRB = 4,5% - no caso de obras desoneradas
Mas atenção:
CSLL – 1,0%
IRPJ – 1,2%
Em obras públicas é vedada a sua colocação na formação de seu BDI por serem títulos 
personalísticos. Mas em obras privadas vão constar. 
Acórdão 2622/93:
Onde:
• AC = taxa representativa das despesas de rateio da administração central;
• R = taxa representativa de riscos;
• S = taxa representativa de seguros;
• G = taxa representativa de garantias;
 22 
Maria Izabel de Paula Ribeiro
• DF = taxa representativa das despesas fi nanceiras;
• L = taxa representativa do lucro/remuneração; e
• T = taxa representativa da incidência de tributos. 
Algumas considerações:
• 1) A fórmula inclui os impostos no denominador, pois eles incidem sobre o preço de 
venda e não sobre o custo da obra;
• 2) Nas fórmulas que não contêm explicitamente seguros e garantias, estas presumem-
se incluídas no custo indireto da obra;
• 3) O TCU inclui o lucro no numerador, ou seja, defi nido sobre custo e não sobre venda. 
QUARTIL = MÉTODO ESTATÍSTICO DESCRITIVO
• 01 QUARTIL – CONCORRENCIA PÚBLICA
• MEDIO QUANTIL – TOMADA DE PREÇOS
• ( MEDIANA )
• 03 QUARTIL – CARTA CONVITE
Os valores de BDI variam conforme o valor da obra
O BDI diferenciado é para o fornecimento de materiais e equipamentos, não compõe a 
colocação/instalação, ou seja, a mão de obra que terá a incidência do BDI dos quartis.
Demonstrativo dos percentuais do BDI:
Elaboração Orçamentária em Obras Civis
 23 
Com vistas explicitas acima, o licitante deve avaliar que o apresentado está de acordo com 
a sua realidade empresarial
No acórdão 2622/93 os Órgãos Contratantes (elaboram o Preço de Referência, de acordo com 
a Lei Nº 8.666/93), e adotam custos unitários diretos genéricos de tabelas governamentais 
(estado, municípios e União) multiplicados de forma direta, por BDI de referência. As variáveis 
adotadas nas tabelas governamentais (estado, municípios e União) são médias de mercado, 
portanto, não são especifi cadas para o projeto em questão.
A Tendência de tribunais de contas e contratantes governamentais de estabelecer limites 
para o BDI, ainda que o BDI dependa de fatores como: localização e tipo da obra, prazo de 
entrega, porte da empresa e nível de qualidade exigida entre outros.
As taxas de BDI dependem da realidade de cada projeto ou obra. A aceitabilidade, pelo 
gestor: Análise conjunta dos custos diretos e indiretos que formarão o preço da obra, como 
citado no Acórdão 2622/2013, do TCU:
Preço Unitário de Venda do Serviço = Custo Unitário (1) x BDI fi xado (2) 
• (1) Custo Unitário obtido de tabelas ofi ciais
• (2) BDI deve ser defi nido em função de valores médios de mercado em consonância com a 
Engenharia de Custos e o projeto em questão
O TCU estabelece faixas de aceitação de BDI em contratos de construção governamental. 
No Acórdão 2622/13, o TCU defi niu novos valores máximos, mínimos e medianos para taxas 
de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) de obra.
O CONCEITO DO BDI estabelece que alguns itens devem ser transferidos para a planilha de 
quantidades da obra, portanto sendo considerado como CUSTO DIRETO (Custo Construtivo), 
tais como: Mobilização e Desmobilização da Obra, Administração Local, Instalação Provisória 
do Canteiro de Obras, Elaboração de Projetos, Sondagens e Ensaios Tecnológicos, Assessoria 
Técnica. 
Nota importante: 
• 1 - No BDI governamental não constam os tributos: IRPJ, CSLL.
• 2 - O gestor público deve exigir dos licitantes o detalhamento da composição do BDI 
e dos respectivos percentuais praticados; 
APLICAÇÃO DO BDI – EMPRESA GOVERNAMENTAL
BDI = 29,98%
PREÇO DE CUSTO = R$ 189.900,00
MÉTODO DIRETO
PV = PC x [1+(BDI%/100)]
R$ 189.900,00 x 1,2998 = R$ 246.832,02
 24 
Maria Izabel de Paula Ribeiro
Verifi cação:
- por dentro: 246.832,02 - 189.900,00 = 56.932,02
• 56.932,02 : 246.832,02 = 0,23065
• 246.832,02 x (1- 0,23065) = 189.900,00
Entende-se que o orçamento de uma obra é um dos documentos mais importantes a serem 
elaborados antes da execução deuma obra. O orçamento é o documento responsável 
por defi nir custos da construtora, assim como o preço de venda para o cliente, por isso é 
importante saber de BDI.
A elaboração do orçamento da obra exige bastante atenção devido aos seus detalhes. e 
o BDI é um percentual que se aplica sobre o custo do projeto/obra para determinar o seu 
preço de venda. Esses somatórios nos levam a um custo fi nal para o cliente que deve ser 
assertivo, evitando prejuízos.
BDI na verdade, não é apenas lucro, mas sim uma combinação de diversas variáveis - 
incluindo o lucro - que visam permitir que a construção de uma obra valha a pena, sem 
trazer prejuízos aos construtores.
É claro que o uso do BDI precisa ser técnico. E quando um BDI é tecnicamente calculado, 
proporciona maior transparência e confi ança, auxiliando o construtor a conquistar mais 
contratos. 
Depois de obter o preço de venda com a incidência da taxa de BDI é bem provável que o 
trabalho de orçamentista esteja completo, já que obter o preço de venda é uma tarefa que 
vem ao fi nal do processo de orçamentação. Aí, basta fechar o contrato e iniciar a obra!
Por isso, calcular o BDI se for a única tarefa que falta para fi nalizar o orçamento, tem se 
que lembrar de todas as variáveis que compõe o BDI, porque o BDI deve apresentar valores 
muito exatos, pois é uma das principais ferramentas de tomada de decisão no cotidiano da 
obra. Portanto, não insira informações genéricas, busque sempre trabalhar com números 
precisos e atualizados.
Elaboração Orçamentária em Obras Civis
 25 
13 - Análise crítica no fechamento 
do orçamento detalhado
13.1 – METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Parte-se de um levantamento de custos de diversos serviços realizados com uma listagem 
da participação percentual de marco-itens. Em seguida, reorganiza-se estes percentuais 
convenientemente, agrupando os itens dentro do ponto de vista que consiste em diversas 
relações sobre as características do serviço e o custo total, de forma globalizada.
O histórico da empresa dos serviços realizados é certamente o mestre balizador da avaliação 
do orçamento realizado juntamente com as condições do edital, projeto, especifi cações, 
técnica a alcançar, expectativa do cliente.
A otimização nos aspectos de tecnologia, qualidade, tempos, equipes e recursos fi nanceiros 
é muito importante porque ao fi xar às equipes de produção, determina-se o tempo 
necessário para realização das atividades. 
Verifi ca-se o prazo total atingindo assim a compatibilização das necessidades. Revisam-se 
também as durações estipuladas, as folgas consideradas, a sequência determinada entre 
atividades, à vinculação entre estas (nem sempre são rígidas).
Outro aspecto é analisar o volume de recursos necessários para a execução conforme o 
cronograma e a planilha orçamentária ou um mapeamento de execução de serviços. Neste 
ponto, já é possível avaliar o prazo de execução proposto.
É interessante também, verifi car e entender a distribuição da mão-de-obra de forma 
homogênea no tempo, evitando contratações e dispensas ou transferências repetidas. 
A análise detalhada permite corrigir eventuais erros nas precedências ou acúmulos de 
mão-de-obra localizados. Em geral as categorias mais presentes são carpinteiros, pedreiros, 
serventes. Este procedimento traduz num processo interativo, onde há ajustes e correções 
sempre.
O resultado fi nal é um conjunto de tabelas, planilhas e gráfi cos que descreve o planejamento 
dos serviços e a sua distribuição no tempo.
Os gráfi cos referentes à mão-de-obra em geral são semanais, por causa da forma de 
pagamento usual. Os gráfi cos referentes a materiais ou equipamentos podem ser mensais 
ou também semanais.
Podemos utilizar so� wares especifi cos disponíveis no mercado como: 
- MS Project
- Primavera
- Naviswork – BIM 4D/5D
Nesses sistemas de informações, as interpendências entre atividades tem que ser bem 
defi nidas, de forma que o construtor esteja de posse com todas as informações necessárias 
para poder executar as metas de produção.
Existem várias metodologias para a avaliação orçamentária, porém o que irá realmente 
defi nir a mais correta é quando a empresa possui um histórico detalhado de suas atividades 
de produção, contratação, projetos e o uso preciso da curva ABC de grande valia na 
avaliação fi nal de um orçamento .
 26 
13.2 – USO DE ÍNDICES PERCENTUAIS PARA A CORREÇÃO DO ORÇAMENTO 
Os índices de correção de orçamentos estão diretamente vinculados ao histórico das 
empresas e devem ser aferidos sempre, pois ao longo do tempo podem se converter em 
valores absolutos, provocando erros grosseiros nos orçamentos. Quanto a isso podemos 
dar exemplo dos índices de mão de obra que são relacionados aos custos diretos. Estes 
não podem estar relacionados a índices absolutos e sim, a pesquisas de produtividade no 
canteiro de obras, que levem em conta o tipo de tecnologia a ser alcançada.
A adoção de índices de fatores de correção dependentes das variáveis que os infl uenciam 
vem de apropriações em campo e de avaliações reais de execução de serviços. É bom 
esclarecer que os índices precisam sempre ser questionados e depurados. Portanto as 
apropriações e avaliações dos empreendimentos precisam ser rotinas e se não forem 
como se deseja, baseá-los na maior ou menor experiência e disposição de cada um. Quem 
executou recentemente um serviço poderá defi nir índices bastante confi áveis.
Os índices precisariam ser, por cada um, sempre questionados e depurados. Será obrigatório 
pensá-los, pesá-los, e habituar-se a aferi-los constante, tenaz e insistentemente, evitando-se 
o hábito de aceitar passivamente as coisas mastigadas.
Para tanto, apropriações mínimas precisariam ser rotina nas obras, e, ainda que isto 
não aconteça, baseá-los na maior ou menor experiência e disposição de cada um. Quem 
executou recentemente um serviço poderá defi nir índices bastante confi áveis.
Nas apropriações de índices de correção de orçamento podemos citar dois critérios de 
aferição:
1. A apropriação direta em canteiro de produção em diferentes frentes de serviço (mão 
de obra);
2. A apropriação da totalidade de serviços de um empreendimento em determinado 
período, sendo comparado custo de horas trabalhadas com a produção e seus custos de 
material e serviços, e a incidência dos mesmos, dentro da organização empresarial e no 
contexto econômico-social do estado e do país.
Para elucidar a avaliação fi nal do orçamento no cotidiano do trabalho podemos pensar que 
há situações que não se estendem ao orçamento e sim a vida fi nanceira da empresa que 
esta sim, pode gerar prejuízos incomensuráveis do tipo:
1 – A empresa não se preparou fi nanceiramente para ter um caixa forte que garantisse as 
portas da sua empresa aberta por pelo menos 6 meses;
2 - Ou porque a empresa não conseguiu se adaptar a oferecer serviços alternativos que 
podem ser desenvolvidos, sem depender da liberação do lockdown para voltar a trabalhar. 
(caso Pandemia);
3 - Há também o caso de empresas que não conseguem otimizar seus processos para oferecer 
serviços com preços mais atraentes a um cenário mais conservador de investimento. Esta 
otimização vem de entregar ao cliente um serviço, sem desperdiçar horas de trabalho nem 
muito menos se submeter a uma situação desagradáveis, onde se paga para trabalhar. 
Temos de encontrar o nosso custo, o nosso preço real por m2 ou horas trabalhadas;
Nesses contextos, está se direcionando a ajustes estratégicos no escopo dos serviços 
que ajudam clientes e profi ssionais a alcançarem o que querem: Arquitetura projetada se 
tornando obra construída - mesmo em um cenário de crise ou de pandemia, o segredo 
é fazer aos que poucos se dispõem a realizar. Investir em conhecimento e técnica que 
leva tempo, mas que faz com que a empresa se caracterize em normas, procedimentos e 
conhecimento do mercado onde quer ser inserida.
Elaboração Orçamentária em Obras Civis
 27 
Bibligrafia básica
• GOLDMAN, Pedrinho, Introdução ao 
Planejamento e Controlede Custos na 
Construção Civil Brasileira, Editora Pini – 
S.P. - 2019
• Mattos, A. D. Como preparar 
orçamentos de obra. São Paulo: Pini, 
2020
• PINI, TCPO – Tabelas de Compositores 
de Preços para Orçamentos. Editora Pini 
– S.P. – 2018;
• STABILE, Miguel, Composições 
analíticas de Custos, Editora Informativo 
SBC - R.J. – 2018;
• TISAKA, Maçarico, Orçamento na 
Construção Civil – consultoria, Projeto e 
execução, Editora Pini – S.P. – 2011
• VILELA DIAS, Paulo Roberto, 
ENGENHARIA DE CUSTOS - UMA 
METODOLOGIA DE ORÇAMENTAÇÃO PARA 
OBRAS CIVIS – Editora IBEC - 2018
 28 
- DRUCKER, P. Desafi os Gerenciais para 
o século XXI. São Paulo, Pioneira, 1999.
- Limmer, Carl V. - Planejamento, 
Orçamentação e Controle de Projetos e 
Obras - UFF / RJ -1995
- NBR – 12721 – ABNT – Associação 
Brasileira de Normas Técnicas
- PMBOK.Ciclo de Vida e Organização 
do Projeto. 6ª edição. São Paulo
- SOUZA, U.E.L. Como aumentar a 
efi ciência da mão-de-obra: Manual de 
gestão da produtividade na construção 
civil. São Paulo, PINI, 2006.
- VILELA DIAS, Paulo Roberto- Cálculo 
do Preço de Venda de Serviços de 
Engenharia e Arquitetura – Editora IBEC 
– 2019
Bibligrafia complementar
 29 
Sobre a Autora
M.Sc. Maria Izabel de Paula Ribeiro
Mestre em Engenharia de 
Produção – COPPETEC/UFRJ, 
Graduação em Arquitetura e 
Urbanismo - FISS. Atualmente 
é Arquiteta e Urbanista da 
UFRJ, Professora do Centro 
Universitário Augusto Motta, 
Professora da Engenharia 
de Produção do Centro 
Universitário Augusto Motta, 
Professora da Fundação 
Educacional Rosemar Pimentel. 
Tem experiência na área 
de Engenharia Civil, com 
ênfase em Construção Civil, 
atuando principalmente nos 
seguintes temas: orçamento 
- planejamento - informação, 
BIM 5D, sistema, viabilidade, 
impermeabilização e inovação.
Arq. Maria Izabel é Coordenadora da Especialização em 
Orçamento e Licitação de Obras Civis - Online - 400h e 
Coordenadora do Curso de Aperfeiçoamento Pro� ssional em 
Orçamento e Licitações de Obras de Engenharia - 160h no INBEC, 
onde ministra aulas em todo o país. - 2021
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