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INTRODUÇÃO Na construção civil, o orçamento de obra é indispensável para o sucesso das empresas em seus projetos. Ter todas as etapas e atividades desenhadas, estimar os recursos necessários e prever a composição das equipes de profi ssionais são apenas algumas das tarefas mais desafi adoras. No projeto da obra, o orçamento requer atenção e foco dos profi ssionais envolvidos. Um bom orçamento na construção civil permite prever receitas e despesas futuras, controlar desvios e até projetar com bastante precisão o resultado econômico a ser alcançado na conclusão do projeto. O orçamento na construção civil deve contemplar todas as necessidades da obra, aquelas já apresentadas e também aquelas que estão por vir. Com um universo de possibilidades tão amplo, prever o custo das situações inusitadas, que as vezes fogem do roteiro da obra é um dos maiores desafi os. Realizar um bom orçamento requer um trabalho minucioso e a contribuição de diversas áreas da empresa, como compras e recursos humanos. Só inicie uma obra com o orçamento pronto e fi nalizado. Pois assim você poderá manter seus custos, acompanhar a evolução fi nanceira do projeto e chegar à margem de lucro almejada. Um orçamento na construção civil bem elaborado é a chave para o sucesso dos negócios. Maria Izabel de Paula Rbeiro, Engenheira M. Sc. 2 | pág 27 ÍNDICE Introdução | pág 2 1. Analisar é entender | pág. 5 2. Administrar os custos de um projeto/empreendimento, costuma ser um grande dilema nas organizações? | pág. 7 3. Orçamento de uma obra: Aspectos importantes | pág. 8 4. Orçamento: O que é preciso saber? | pág. 9 5. Conceitos básicos do orçamento | pág. 9 6. Decreto Nº 7.983/2013 - Disposições legais | pág.10 7. Formação de preços | pág. 11 8. A importância do orçamento: Entenda melhor a importância do orçamento em obras civis | pág 12 9. Os erros comuns em orçamento, vamos evita-los? | pág.15 10. Quais a etapas essenciais no processo de elaboração do orçamento de obras civis? | pág. 16 10.1 Tipos de orçamento para uma obra civil e suas especifi cações | pág 16 10.2 Levantamento do valor unitário e dos custos indireto | pág 17 11. Orçamentação e suas utilidades | pág. 18 12. Preço de venda - BDI, como entender? | pág. 19 12.1 Conceito | pág. 19 12.1.1 Fatores a serem considerados no BDI e sua aplicação | pág. 20 12.1.2 Componentes do BDI | pág. 21 13. Análise crítica no fechameno do orçamento detalhado | pág. 26 13.1 Metodologia de avaliação orçamentária | pág. 26 13.2 Uso de índices percentuais para a correção do orçamento | pág. 27 14. Bibliografi a | pág. 28 15. Sobre a autora | pág. 30 3 1 - Analisar é entender Para se fazer um orçamento de obras civis adequado e completo é necessário uma análise plena da obra que se vai executar. O sucesso do empreendimento vai muitas vezes da coerência desse orçamento com a realidade do executar. Temos de vivenciar a máxima: Analisar é entender! Por que? Em um primeiro instante o orçamentista vai receber documentos que são: projetos arquitetônicos e complementares, edital, especifi cações técnicas, planilhas orçamentárias preenchidas totalmente (ou não) e a taxa de BDI. Normalmente é assim que acontece na vida prática. O orçamentista tem de analisar todo esse material e entender, e assim colocar em prática todos os procedimentos elaborativos do processo orçamentário. A pergunta clássica do cliente sempre será essa: Quanto vai custar? Pergunta frequente na vida orçamentária e de grande importância e que está atrelada na expertise do o rçamentista, que incluirá neste momento mais três perguntas: O que fazer? - Como custear? - Em quanto tempo? E o resultado será o orçamento que passará por fazer como: Viabilidade Técnica e Econômica, Pré-planejamento, EAP (estrutura analítica do projeto), a elaboração do orçamento, planejamento, controle e execução. EAP – Estrutura Analítica do projeto Fonte: EAP – Estrutura Analítica do projeto - https:// gestaoprodutiva.com.br/eap-estrutura-analitica-projeto/ A EAP é essencial para o orçamento, planejamento, monitoramento e controle do projeto, sendo adotada para o entendimento da comunicação do escopo do projeto entre as partes interessadas –stakeholders. Esse diálogo é de extrema importância para o esclarecimento de todo o processo executivo do empreendimento até a conclusão da obra. São diversos benefícios com o uso da EAP, por exemplo: • Diminuição da complexidade do projeto • Monitoramento do progresso das atividades • Aumento da assertividade na estimativa dos custos • Redução de possíveis esquecimentos de atividades • Auxílio na formação do time de colaboradores Elaboração Orçamentária em Obras Civis 5 • Clareza na programação das atividades • Cumprimento pleno dos pacotes de trabalho Entendimento básico e crucial pois estamos vivendo grandes mudanças tecnológicas que como orçamentistas refl etimos sobre qual é o nosso lugar no espaço de trabalho, e as mudanças são tão prementes que nos levam a pensar que: a todo momento surgem novos procedimentos técnicos envolvendo materiais, equipamentos, novos colaboradores, e apps diversos, ERPs diversas, BIM e que leva o orçamentista a sensação de que seu conhecimento tem de ser sempre renovado, que nesse caminho pode surgir uma sensação de não completude na elaboração do orçamento. Estamos vivendo um momento único com a pandemia, e nesse contexto pensamos: Como nortear a vida orçamentária dentro de parâmetros de completude, e ligando o orçamento a realidade? O que fazer? Estar atento é o mais importante. Entender o cenário novo que surge onde vamos precisar de: planejamento detalhado, análise dos riscos com profundidade, simulação de cenários, coleta de dados realista, foco na qualidade e produtividade, resultado em múltiplas visões, indústria 4.0 e 5.0, Bim 3D, Bim 4D, Bim 5D/ 6D /7D. 6 Maria Izabel de Paula Ribeiro 2 - Administrar os custos de um projeto/empreendimento, costuma ser um grande dilema nas organizações? A grande questão é como aliar o que o cliente está disposto a pagar com o valor monetário que o projeto precisa para ser executado. Primeiro o custo tem de ser o mais real possível, não podemos passar para o cliente preços com descontos de época. Principalmente quando o serviço só vai acontecer meses depois de fundação, estrutura, alvenaria e cobertura. A responsabilidade no orçar é grande e a visão panorâmica faz sentido. E na verdade o orçamento é um passo. E o controle desses custos, como deverá ser feito? Para que tudo se realize a contento temos de vislumbrar a gestão de custos, que podemos defi nir como a arte de administrar os valores monetários do projeto, obra, através do levantamento das necessidades fi nanceiras e do controle desses gastos para alinhar o que foi estipulado com o que realmente foi gasto, sempre observando as melhores escolhas que o projeto precisa. Esta defi nição nos faz ver que na prática temos de elaborar: • Definir atividades macro e as estimativas do projeto, além das entregas; • Redigir e publicar uma declaração do escopo – eap; • Estimar o custo e determinar o orçamento do projeto/empreendimento; • Elaborar cronogramas, gráficos; • Estabelecimento das etapas construtivas; • Definir as habilidades especiais e os recursos necessários para realizar as tarefas do projeto Na verdade esse posicionamento elucida de forma harmônica que as fases de obra citada no PMBOK são: Um adequado orçamento de obras é a condição suprema para que a rentabilidade da construtora ou incorporadora se faça acontecer, e deve ser realizado com regularidade de forma que as obras tenham produtividade e se desenvolvam de forma satisfatória, com recursos otimizados. 7 3 - Orçamento de uma obra: Aspectos importantes Ter vivência de obra é conhecimento básico, é o ponto de partida para a elaboração de orçamento. A obra ensina como executar orçamento, conhecer as etapas construtivas tão importantes para o orçamento, cronogramas, etc. O queimporta é que tenhamos algumas premissas conectadas ao orçamento, como: 1 - Novas tecnologias: ERPS (SISPLO, SIENGE, etc), BI, CRM, BIM, (REVIT, NAVISWORK, ACCA Primus, Edifi cius), Fotogrametria (Drones), Impressora 3D, Automação, Sistemas de preços referenciais, MS PROJECT, PRIMAVERA, SPIDER PROJECT, Excel Avançado, Google Drive, Dropbox, Zoom, CLASSROOM, Plugins e apps diversos. 2 - Projetos compatibilizados e especificações técnicas em nível executivo, onde se possa fazer análise e entendimento dos riscos com pleno domínio avaliatório e coleta de informações com realidade. 3 – Orçamento analítico – Com uso de tecnologias BIM 4D e 5D, para que se possa realizar simulações, renderização, e CLASH DETECTION, por exemplo. Condições e expertises para análise do resultado com visões e interpretações com foco em: BDI, qualidade, segurança, sustentabilidade e produtividade. O que se espera do trabalho orçamentário é o desenvolvimento de planilhas que demonstrem A ELABORAÇÃO orçamentária. Orçar uma obra signifi ca estimar o custo de sua execução utilizando uma das técnicas: A primeira, podemos chamar de 1 - COMPARAÇÃO A técnica da comparação é utilizada na fase de viabilidade, para a tomada de decisão gerencial. Para utilizar esta técnica bastam informações básicas obtidas de estudo preliminar. Ex: cub, custos unitários sist. informação tcpo, informativo sbc. 2 - QUANTIFICAÇÃO A técnica de quantifi cação é utilizada para elaborar uma estimativa mais precisa, servindo também para orientar a execução da obra. São necessários projetos detalhados. Ex: sinapi, sicro, tcpo, orse, etc. Basicamente perante uma planilha temos • C = Q X CUSTO UNITÁRIO • C = CUSTO • Q = QUANTIDADE DE SERVIÇOS • C.UNIT = CUSTO UNITÁRIO (COMPOSIÇÃO DE CUSTO E PREÇOS DOS INSUMOS) Defi nindo, temos tópicos a entender: • A matemática é simples, mas o trabalho é complexo; • Grande número de informações a serem coletadas e processadas; • Grande possibilidade de erro; • Necessidade de método e técnicas; • Pró atividade; • Conhecimento de como se executa. Um orçamento na Construção Civil bem elaborado é a chave para o sucesso dos negócios. 8 5 - Conceitos básicos do orçamento Para o trabalho orçamentário deve-se levantar as quantidades de materiais, mão de obra, equipamentos necessários aos serviços, os custos fi nanceiros decorrentes, os custos indiretos, a tributação e tudo que irá pesar sobre os serviço. Mas a metodologia nos faz ter os conceitos básicos orçamentários, como: • EAP – estrutura analítica do projeto • Custo direto – custos levantados do projeto • Custo Indireto – custos referentes à infraestrutura necessária para a execução do projeto (projetos, canteiro de obras, equipamentos, administração da obra, vale- transporte, vale-alimentação, limpeza da obra etc) • Despesas indiretas ou operacionais – custos referentes a logística, comercialização, administração do escritório central, seguro, garantia, etc • CCT (convenção coletiva do trabalho), custo de mercado/m2, norma de desempenho, tributos sobre material, mão de obra, NF, suprimentos. Visita à obra. • Saber analisar é entender: edital, projetos arquit. E complementares, especifi cações técnicas, planilhas fornecidas, bdi adotado, sistema de informação empregado, composições de custo; BIM 4D E 5D • Escopo - Projeto compatibilizados, especifi cações técnicas, edital • Como construir – tecnologia • Conhecimentos básicos de economia – custo/ preço/ valor/ custos diretos e indiretos/ fl uxo de caixa/ tributos • Técnicas de orçamentação - quantifi cação, composições unitárias, memória de cálculo, banco de dados • Conhecimento de tecnologias das informações – sistemas de preços referenciais (SINAPI, SICRO, ETC, SOFTWARES, ERPs, EXCELL, BIM 4 - Orçamento: O que é preciso saber? Um orçamento viável e confi ável requer levantar e conhecer o consumo de materiais, equipamentos, colaboradores por custo de serviço. E esse conhecimento é obtido através das composições de custo, que são uma parte primordial do orçamento. A assertividade de custos desses insumos da composição de custo dependerá muito da efi ciência do projeto e sua qualidade de especifi cação e detalhes técnicos. O sucesso de um empreendimento fi ca entre outros aspectos, na relação entre o que foi previsto ou orçado e o que ocorrerá na prática. Portanto lista-se pontos a serem considerados em seu orçamento: 9 Conhecer a realidade do mercado e suas condicionantes regionais e locais, juntamente com os métodos construtivos, clima, e outros, faz com que se tenha a consciência de quanto infl uencia diretamente na qualidade do orçamento. Um orçamento detalhado ou analítico faz o sucesso do empreendimento, assim como suas composições de custo que vão sendo melhoradas a cada obra e que podem ser aproveitadas para uma outra obra similar, criando sua memória de cálculo. Todo esse trabalho requer muita análise e percepção para que o orçamento seja de rigor e assertividade. disposiçoes legais, muito importante saber! Estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da união e dá outras providências. Art. 3º composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de referência do sistema nacional de pesquisa de custos e índices da construção civil - SINAPI, excetuados os ítens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil. Art. 4º o custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes I - Taxa de rateio da administração central; II - Percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos aqueles de natureza direta e personalística que oneram o contratado; III - Taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e Iv - Taxa de lucro. Sabe-se que todo orçamento é uma estimativa, então, quanto maior a sua assertividade, menores serão as incertezas que envolvem a execução da obra — afi nal, serão conhecidas tanto as despesas diretas quanto as indiretas, o valor aproximado de cada uma delas e a lucratividade esperada. Ao lado dessas características está o BDI que é um dos fatores que resultam no preço de venda, pois engloba todas as variáveis possíveis em um empreendimento. Quando o BDI é calculado erroneamente, há um preço fi nal não competitivo, gerando défi cit fi nanceiro ao construtor ou construtora. O preço de venda de um empreendimento nunca será semelhante ao de outro, porque, uma vez que as condições não são idênticas, cada obra é uma obra e o BDI obtido será diferente — seja pelos tributos, taxas, riscos, complexidade da obra entre outros fatores. Além de exercer infl uência sobre os orçamentos de obras e empreendimentos, o BDI é muito importante em licitações, uma vez que faz parte das regras e critérios que constam na elaboração de orçamentos de serviços e obras que serão contratados com os recursos da União, conforme o Decreto 7983 de 2013. 6 - Decreto Nº 7.983/2013 10 Maria Izabel de Paula Ribeiro 7 - Formação de preço Custos diretos e indiretos - Classifi cação X Elaboração Para o orçamentista, custo é o gasto que tem de ser levantado para a execução de um bem ou objeto, para tal na elaboração do orçamento, devemos estimar o custo unitário do serviço. Entender o que vem a ser custo direto e indireto é conhecimento básico no orçamento. Classificação de Custo: - Custos Diretos: Inclui a soma de todos os gastos que incorre diretamente na produção de uma unidade do produto. Portanto, além dos gastos com a compra de material e mão-de-obra direta, também devem ser incluídos outros gastos necessários à produção como, por exemplo, equipamentos, seguro, manutenção, depreciação de máquinas, etc. Após obter o custo direto de produção por unidade, estas despesas são multiplicadas pelo númerototal de unidades a serem produzidas. Dessa forma torna-se muito importante o conhecimento de todo processo produtivo para o obtenção do produto. Porque assim será possível a correta apropriação dos quantitativos de serviços de custos diretos para que sejam avaliados e mensurados os custos indiretos e administrativos. Um exemplo de custo direto, é o caso do concreto simples, onde as horas trabalhadas de pedreiro, servente, betoneira, vibrador de imersão e dos materiais em função do traço exigido (m3 de areia, m3 de brita, kg de cimento e eventualmente, algum aditivo, que representam este custo. - Custos Indiretos Os custos indiretos são aqueles que dão base à produção para que o objeto possa ser construído. E só podem ser realmente mensurados, quando já se conhecem os custos diretos do objeto. Os custos indiretos correspondem a: - Despesas com energia, abastecimento, refeições, segurança e outros; - Despesas com as instalações do escritório e administrativo da obra – aluguel, condomínio, luz, telefone, diretores, gerente, contador, pessoal técnico, cadistas, secretária, manutenção, depreciação de máquinas, etc; - Despesas com comercialização – montagem de propostas, comissões, fretes, visitas aos clientes, marketing, brindes etc; - Despesas com controle – equipe de controle de produção; - Despesas com o canteiro de produção: barracões, containers, ligações provisórias, placa da obra, limpeza da obra etc. Elaboração Orçamentária em Obras Civis 11 8 - A importância do orçamento As empresas estão sempre em competição e dependem de seu sucesso em um mercado, cada vez mais competitivo, para se manter em funciona mento e sobreviver as eventuais crises. Projetos e empreendimentos apresentam, em algumas vezes quando não há analise concreta do projeto, sérios imprevistos durante a execução da obra, elevando signifi cativamente os seus custos — o que pode reduzir a lucratividade e até proporcionar défi cits fi nanceiros. Essa realidade tão comum mostra como a importância do orçamento é maior do que a atenção que ele recebe. Além de não ser feita com o devido cuidado, essa etapa frequentemente não é acompanhada e atualizada durante o prazo de execução. O resultado, portanto, é que o custo real da obra sai diferente do orçado. Para evitar esse tipo de problema é entender a importância do orçamento na construção civil. Neste cenário é muito importante o orçamento, pois é através dele que se vai formatar o preço de venda do seu produto ou serviço, e nele devem estar contidas todas as informações necessárias das etapas produtivas, O orçamento deve ser executado por profi ssionais altamente capacitados, pois é através dele que a empresa vai estabelecer o custo necessário para a obtenção do produto ou serviço e a lucratividade que deseja obter na venda do mesmo. Esta operação é que vai determinar a saúde fi nanceira da empresa, não sendo permitido erros signifi cativos, porque como já foi enfatizado anteriormente o mercado é extremamente competitivo e voraz. Um erro signifi cativo em um orçamento pode comprometer toda a estrutura fi nanceira da empresa. Apesar do orçamento ser uma ferramenta primordial dentro da empresa, ele deve ser potencializado por outras ferramentas complementares como: um bom planejamento, uma boa execução das etapas produtivas e um controle efi ciente. O orçamento é um documento que reúne as informações fi nanceiras e de produtividade baseadas nos serviços que foram defi nidos e especifi cados durante o planejamento de um projeto ou obra. O orçamento engloba tanto os custos diretos — aqueles que estão diret amente aplicados na execução de um serviço, como materiais, mão de obra, ferramentas, equipamentos, entre outros — quanto os custos indiretos, administração da obra, equipamentos, mobilização e desmobilização, canteiro de obras, projetos e outros. Com todas essas informações será possível estimar o valor fi nal do projeto ou obra, a sua lucratividade e se ele é viável ou não. Para a elaboração de orçamentos se faz necessário um planejamento antes, elaborando a EAP e fazendo o levantamento coerente de serviços incluindo informações como: • os métodos construtivos; 12 • mão de obra será terceirizada ou contratada; • materiais que serão utilizados; • dimensionamento das equipes; • o tempo de execução, • e outros dados que sejam relevantes ao projeto. O orçamentista pode aplicar os indicadores de produtividade e defi nir cada etapa de serviço de forma bem detalhada e completa. Se o orçamento for realizado de forma confi ável e realista vai permitir assim que as decisões tomadas no transcorrer do serviço orçamentário, com cautela e assertividade. E com o orçamento pronto, podemos gerar a curva ABC e nela verifi car, quais materiais que representam maior custo em determinado contexto. Assim, é possível focar na realização de melhores negociações para adquirir esses materiais, em vez de usar outros cuja redução de valor não seria tão signifi cativa. A adoção da curva ABC e as medições da obra, pode-se comparar o que foi realizado com o que foi planejado, consegue-se dessa forma, verifi car diferenças e tomar decisões por exemplo, a reestruturação da equipe, mudança no processo executivo, entre outras opções. Além disso, o orçamento ainda possibilita que as etapas de serviços que podem ser readequadas de forma a alcançar o custo fi nal planejado. Mas ´podemos analisar alguns aspectos que fazem parte do contexto orçamentário, como: 1 - Cumprimento de prazos Os prazos de compras, de serviços devem ser obedecidos porque quando se tem orçamentos bem realizados é possível fazer programações de compras, de entregas, de locação de equipamentos, contratação de mão de obra, sempre de acordo com cada etapa da obra, evitando atrasos dos prazos projetados 2 - Conhecimento do custo final do orçamento O orçamento apresenta seu custo fi nal e sua programação deve ser cumprida e é por isso que a assertividade e o detalhamento do orçamento se fazem presente. Não esquecer que o orçamento deve ser atualizado sempre condizendo o que se fez e o que há de fazer. Essa atualização do orçamento se faz possível controlar e garantir a lucratividade do empreendimento. 3 - Criação de uma base de Composições de custos, seus insumos e coeficientes Para o orçamento a determinação das composições de custo e quantidade de insumos é uma tarefa primordial para o orçamento. As composições de custo que são obtidas através de sistemas de informação do mercado, mas essas composições são referenciais, padrões médios, mas que na verdade as composições devem ser elaboradas pela empresa refl etindo a sua realidade através da apropriação do processo produtivo. Elaboração Orçamentária em Obras Civis 13 Esse procedimento, além de criar uma base de dados, também é importante para manter o orçamento atualizado e fi el ao projeto, desde o início. O custo de obra envolve composições de custo, onde a mão de obra nos seus insumos, requer entender de produtividade que é aferida em canteiro de obras, e nesse tocante, temos de citar o custo hora dos colaboradores. No momento de se calcular o custo hora, não podemos incluir apenas o valor dos Encargos Sociais, mas sim, Encargos Complementares. Uma prática desenvolvida pelo SIANPI e o SICRO. Mas temos sobre os Encargos Socias a desoneração da folha de pagamento onde a contribuição previdenciária sobre a receita bruta (CPRB) de 4,5 % que está inserida no BDI, em substituição a contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% sobre a remuneração dos empregados e dos contribuintes individuais, prevista no art. 22 da Lei nº 8.212/1991. Esta regra é denominada de desoneração da folha de pagamento e, entre as atividades que podem continuar aplicando a regra, estão indústrias que produzem os produtos com os NCMs listados na Lei nº 12.546/2011; Serviços de Tecnologia da Informação – TI; Serviços de Call Center; Setor de Transporte rodoviário coletivo de passageiros, enquadradas nasclasses 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0; transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0; transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0; transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0; Empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei nº 10.610, de 20/12/2002, enquadradas nas classes 1811- 3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0; Empresas do setor da construção civil enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0; e Empresas de construção civil de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0. 4 - Maior poder de negociação O orçamento permite conhecer quais são as etapas, os materiais e equipamentos que apresentam maior representatividade no custo fi nal, veja a curva ABC que nos dá essa informação de forma certeira. Dessa forma, o orçamento faz com que as negociações sejam focadas nesses aspectos, direcionando esforços ao que de fato importa. 5 - Canteiro de Obras – maior controle Com um orçamento analítico ou detalhado é possível controlar e reduzir os custos do canteiro de obras que são signifi cativos e que correspondem a custos altos com a completude das normas regulamentadoras. O importante é evitar imprevistos que produzirão gastos adicionais importantes, o que devemos é ter um controle maior dos serviços e manter sempre o cronograma atualizado. 6 – Mercado atuante e real A empresa se é organizada e possui uma carteira de fornecedores atuante e tem um empreendimento bem estruturado — tanto no planejamento físico quanto no fi nanceiro — a empresa consegue entregar a obra dentro do prazo planejado e com os custos estimados. E isso é percebido no mercado, tanto pela satisfação dos clientes quanto de investidores, que terão maior tranquilidade para acreditar na gestão da empresa, e que passa a entrar no mercado de trabalho com efi cácia. 7 - Planejamento mais ágil O orçamento possibilita a elaboração dos custos das etapas de estimativas de prazos e preços de todos os insumos, dos custos diretos e indiretos completos por um cronograma físico-fi nanceiro, assim como um fl uxo de caixa, capaz de melhorar a gestão da obra, tanto em relação a aquisições, quanto a produtividade, custos e fl uxo de caixa. 14 Maria Izabel de Paula Ribeiro 8 - A importância do Orçamentista O orçamento de uma obra, deve ser feito minuciosamente para que possa garantir confi abilidade às informações e à tomada de decisões. É essencial a atuação de um profi ssional competente e especializado – O Orçamentista. Esse profi ssional é quem entende os indicadores e sabe mensurar insumos e despesas, além de estar habilitado a fazer pesquisas minuciosas quando for necessário. O orçamentista é capaz de gerar um orçamento completo e de fácil compreensão, que possa ser usado durante a execução do projeto com segurança e garantia de efi cácia. A partir desses tópicos, incluindo todos os custos da obra detalhados e organizados, se poderá prever e controlar os gastos envolvidos, assim como aumentar o lucro do seu empreendimento. 9 - Os erros comuns em orçamento Na Construção Civil, o orçamento de obra é muito importante para o sucesso das empresas em seus projetos e obras. Mas a expertise do orçamentista e a qualidade do projeto sem fontes inesgotáveis de assertividade. Ter todas as etapas e atividades em projeto, estimar os recursos necessários e prever a composição das equipes de profi ssionais são tarefas mais desafi adoras. Um bom orçamento na Construção Civil permite prever receitas e despesas futuras, controlar desvios e até projetar, com bastante precisão o resultado econômico a ser alcançado na conclusão do projeto. Porem há percalços que se lista a seguir de possíveis erros que podem ocorrer no trabalho laboral de orçamento, que são: 1. Deixar de fazer visita local na obra; 2. Calcular o valor da mão de obra do local, clima; sindicatos da região, prefeitura ter informações sobre o ISS. 3. Inserir o ISS errado no BDI 4. Dimensionar o canteiro de obra incorretamente; 5. A mão de obra, o canteiro de obras tem de ser feito o histograma, considerando o maior pico do histograma 6. Ignorar a convenção coletiva de trabalho – CCT; 7. Usar composições de custos de catálogo; não saber elaborar composições de custo 8. Não conhecer os fornecedores (ver se têm condições de fornecer as quantidades previstas) – FOB, CIF nas notas fi scais dos fornecedores 9. Desconhecer os critérios de medição do sistema de informação adotado 10. Não gerar a curva ABC - hoje analisar até 92 a 95%. sendo a parte a mais importante. 11. Não saber que o BDI governamental 2622 está sem CPRB = 4,5% 12. Não saber calcular o BDI 13. Saber o que é o BDI diferenciado 14. Aplicar o BDI de forma errônea 15. Desconhecer licitação e seus dogmas – com a pandemia: pleitos, reequilíbrio, realinhamento, fator príncipe 16. Não equalizar propostas 17. Não estar sintonizado com as mudanças 18. Não atenção na mão de obra sobre as leis trabalhistas envolvidas Elaboração Orçamentária em Obras Civis 15 10 - Quais as etapas essenciais no processo de elaboração do orçamento de obras civis? Toda obra de construção civil se inicia com o orçamento, para que as chances de prejuízos e gastos não previstos sejam minoradas. Portanto, o orçamento é o instrumento que nos leva ao preço fi nal, isto é, dando a base do preço de uma obra, e a partir dele, todas as etapas executivas da obra serão iniciadas. Desta forma, tendo defi nido o preço fi nal do orçamento para as mais diferentes fi nalidades, a empresa se mantém competitiva no mercado. Afi nal, compreende-se se é viável realizar a obra e quais os riscos possíveis que possam aparecer. Mas o importante. é que o orçamento seja muito bem avaliado e entendido, porque seu objetivo maior é de otimizar os riscos. Por isso, o orçamento deve seguir normas, decretos que coadunam com as especifi cações e orientações da Engenharia, da Arquitetura, da Administração e da Contabilidade. Mas observe que se não houver delimitado o preço-base correto antes do início das obras, o negócio pode enfrentar grandes riscos para a sua conclusão. Todos os gastos devem ser previstos e calculados ainda no planejamento, no orçamento e principalmente no projeto. Deve haver o conhecimento integral de todas as etapas executivas da obra desde o prazo máximo de execução, até a qualidade dos materiais empregados, passando pela logística da obra e contratação de colaboradores qualifi cados, todas estas questões precisam ser detalhadas, porque um orçamento confi ável é aquele que foi elaborado por o profi ssional ciente das informações necessárias. 10.1 - TIPOS DE ORÇAMENTO PARA UMA OBRA CIVIL E SUAS ESPECIFICAÇÕES Os tipos de do orçamento que podemos realizar está na fase em que o projeto se encontra. Podemos ir do orçamento estimativo com o projeto em Estudo preliminar até o orçamento analítico ou detalhado com o Projeto Executivo. Sobre o orçamento de estimativa de custos, trata-se mais de uma avaliação aproximada dos custos relativos ao projeto, do que um orçamento em si. Também pode ser baseado nas tabelas por m2 que são desenvolvidas pelas empresas públicas ou privadas para construções que compartilhem o mesmo porte e características ou o CUB/SINDUSCON. Entretanto, é importante frisar que esse orçamento ajuda a compreender o quanto será gasto, porém o seu grau de confi ança é bem baixo. O mais utilizado é o Custo Unitário Básico – CUB. Através dele, o valor médio por metro quadrado de cada estado é obtido por meio 16 Maria Izabel de Paula Ribeiro de coleta dos valores praticados pelas construtoras. O orçamento analítico é o mais detalhado e formal de apresentação de todos os custos relacionados à edifi cação. Cada um dos serviços e etapas ganha uma prospecção dos gastos, de forma discriminada que vai além da delimitação das quantidadesde materiais, mas também dos equipamentos e profi ssionais diretamente responsáveis. Porém, é preciso ter o conhecimento sobre os custos diretos e os custos indiretos. Ele é o mais preciso e essencial quanto há o escopo do projeto desenvolvido e aprovado. 10.2 - LEVANTAMENTO DO VALOR UNITÁRIO E DOS CUSTOS INDIRETOS Para realizar o levantamento das quantidades de serviços que serão utilizados na construção, primeiro deve-se reunir os projetistas. que apresentam o projeto e a base de cálculos relacionados a eles. Mesmo de posse dessas quantidades, precisamos observar os demais serviços necessários que representam os custos indiretos, que devem estar quantifi cados. A partir desse levantamento de quantidades de serviços, saberemos as quais são as etapas executivas da obra, a equipe técnica, o prazo de execução etc. O próximo passo está nas Composições de Preços Unitários – CPU, que é montagem dos custos de cada serviço que será executado na obra. Um momento de extrema importância e que traduz o conhecimento do sistema de informação adotado e a expertise do orçamentista. Todos os serviços possuem suas composições unitárias, o que é primordial conhecer para ter um orçamento real e justo em gastos. Com as composições de custo podemos fazer a discriminação de todos os materiais necessários, a equipe, o prazo do serviço. Para além dos insumos de materiais, mão de obra e equipamentos, existem outros tipos de custos envolvidos no projeto de uma obra civil, os gastos indiretos também precisam ser previstos e devem ser quantifi cados. Em cada construção encontramos características específi cas, principalmente as que dizem sobre a localização da obra, a segurança dos profi ssionais que trabalham nela e da edifi cação em si, gastos de alimentação, transportes, energia elétrica, água, esgoto, dentre outros. Tudo deve estar previsto na planilha orçamentária, junto com os cálculos sobre as despesas operacionais, na montagem do BDI, que signifi ca Bonifi cações e Despesas Indiretas. incluindo o percentual do lucro e dos impostos que incidem na Nota fi scal. Contudo, é importante salientar mais uma vez que cada obra tem as suas características, portanto ter um BDI fi xo no orçamento pode gerar um erro fatal. Para não haver erros, o orçamentista deve indicar na planilha o custo do serviço unitário, e o preço de venda, que será o custo com a incidência do valor de seu BDI. Parece tudo muito complicado e trabalhoso? Elaboração Orçamentária em Obras Civis 17 11 - Orçamentação e suas habilidades O propósito do orçamento não se resume à defi nição do custo da obra e sim a muitos parâmetros importantes, pois ele tem uma abrangência maior, servindo de subsídio para outras fases como o planejamento e o controle da obra. Como: • Análise da viabilidade econômico-financeira: fornece uma previsão do custo da obra e tomada de decisões. • Levantamento dos materiais e serviços: descrição e a quantifi cação dos serviços auxiliam o construtor a planejar os serviços e suas metodologias executivas, as compras, identifi car fornecedores, estudar formas de pagamento, etc. • Obtenção de índices para acompanhamento: com os índices de utilização de cada insumo (mão de obra, equipamento, material) que o construtor poderá realizar uma comparação entre o que orçou e o que está efetivamente executado na obra. Os índices servem também como metas de desempenho para as equipes de campo. Esses índices são apropriados no Canteiro de obras. • Dimensionamento de equipes: a quantidade de homem-hora requerida para cada serviço serve para a determinação da equipe. a partir do índice que está na composição de custo, determina-se o número de colaboradores para uma dada duração do serviço. • Ajuste de preços e produtividades: a orçamentação pode ser recalculada a partir de novos preços de insumos e índices de produção. Essa postura objetiva em tornar o orçamento real e competitivo. • Realização de simulações: trata-se de cenários alternativos de orçamento com diferentes metodologias construtivas, produtividades, jornadas de trabalho, lucratividade etc., para encontrar a combinação que torne a obra mais otimizada e pronta para à competição no mercado. Para tanto, so� wares, ERPs, BIM 5D devem ser empregados. • Geração de cronogramas físico e financeiro: o cronograma físico retrata a evolução dos serviços ao longo do tempo. O cronograma fi nanceiro quantifi ca mensalmente os custos e receitas desses mesmos serviços – é a distribuição temporal dos valores. A união dos dois se estabelece o cronograma mais empregado nos certames licitatórios. Por fi m, constata-se a importância de que o orçamento seja feito com cuidado, respeitando a sequência das etapas executivas da obra e com o envolvimento de todos os setores da empresa. É vital para o orçamento, a integração desses setores. 18 12 - Preço de venda - BDI, como entender? É extremamente importante ao construtor estar atento aos custos da obra, sejam eles diretos, indiretos, ao lucro que a empresa deseja alcançar e tributos cobrados. Saber como elucidar, estabelecer critérios assertivos a todos esses valores e, no fi m, estabelecer o lucro pretendido exige o conhecimento sobre BDI. Porque é através dele que a empresa arbitra seu lucro, e o custo de uma obra é transformado em preço de venda. Saber calcular o BDI pode trazer consequências como o preço de venda se elevará e poderá diminuir a competitividade da empresa no mercado. Ou se for o contrário, poderá afetar consideravelmente o lucro do construtor ou, levar a prejuízos. Saber o seu preço de venda, ter suas despesas indiretas bem calculadas é a fórmula do sucesso. 12.1 - CONCEITO BDI signifi ca Benefícios e Despesas Indiretas, ou seja, é uma taxa que quantifi ca o lucro, os tributos sobre a nota fi scal e as despesas indiretas de uma obra. O BDI nada mais é que o percentual que se deve multiplicar aos custos diretos e indiretos da obra, ou seja, o seu preço total de custo, para que se chegue ao preço fi nal de venda, que em suma é a aplicação da taxa de BDI. O orçamento de um serviço, produto ou construção espelha uma sequência de custos onde se encontra uma equação econômica e fi nanceira do que se vai executar, refl etindo para o cliente uma expectativa de preço do que se propõe. Na elaboração do orçamento temos o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), ou lucro que irá designar em percentual a parcela signifi cativa para o custo fi nal de venda, exprimindo- se primeiramente sob forma de taxa aplicável aos custos diretos do orçamento. Devemos ter sempre em mente, que um orçamento é composto de custos indiretos, administrativos e diretos, quando conhecidos todos esses, é onde vamos estabelecer os critérios para à avaliação da margem de lucro desejada que varia de empresa para empresa, tornando complexa a comparação de taxas de BDI padrão que irão ser diferentes para cada situação empresarial. O lucro ( BDI ) é o que se busca em cada realização de um empreendimento, produto ou serviço. Para tanto, fazem-se estudos, critérios no campo da gestão organizacional na empresa, mão de obra, material, projetos. Toda a empresa se encarrega assim, para um único universo no atendimento das prerrogativas impostas que é o lucro a ser alcançado. Na situação onde as empresas têm que manter um custo fechado ( quando não há reajustamento) até o fi nal do serviço, sem reajuste e se sujeita as mudanças na economia, o lucro pode estar garantido numa forma de gestão empresarial onde se adota o uso de especifi cações alternativas, projetos completos, critérios de cálculo para o levantamento dos serviços, tipo, porte, prazo, localização condições de execução determinado pela CONTRATANTE, normas de medição e pagamento, formas de contratação, treinamento e criatividade 19 Muitas empresas adotam a nomenclatura BDI (Benefi cios e Despesas Indiretas), outras LUCRO, mas os dois defi nem a mesma metodologia. Como é mais solicitado o termo BDI este capítulo irátratá-lo como tal. O BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) é de extrema importância em uma empresa. Seu índice vem representado em percentual e é inserido em cada custo de serviço na planilha orçamentária ou no preço fi nal total. Trata-se de assunto polêmico porque está diretamente ligado à cultura técnica empresarial e à uma logística que gera estratégias condizentes com as variações da nossa economia a nível de tributos e à uma idéia de que o BDI será um acréscimo de seu capital. Podemos analisar o BDI mediante esta equação: BDI = DESPESAS INDIRETAS/ OPERACIONAIS + IMPOSTOS NF + LUCRO O BDI somente pode ser calculado depois de se obter o custo total da obra, e deve ser muito bem avaliado. Suas aplicações podem ser feitas através: • BDI APLICADO SOBRE O CUSTO GLOBAL – GOVERNO • BDI APLICADO SOBRE O CUSTO UNITÁRIO – SETOR PRIVADO 12.1.1 Fatores a serem considerados no BDI e sua aplicação • Localização da obra • Prazo • Complexidade da obra • Qualidade das informações no projeto • Magnitude do custo direto • Qualidade da empresa; dimensionamento da equipe • Tipo do contrato 20 Maria Izabel de Paula Ribeiro • PV = CD • (1 + %) – INCIDÊNCIA DIRETA • CALCULANDO: • 165 977,24 X 1, 27 = • R$ 210 791,09 O BDI é uma taxa precisa e valiosa para tornar os orçamentos da sua construtora mais imperativos e garantir que seus projetos sejam sempre lucrativos!!!! 12.1.2 - Componentes do BDI Fonte: https://oorcamentista.com.br/como-calcular-o-bdi- conforme-recomendacoes-do-tcu/ O BDI tem sua formação no Tribunal de Contas da União (TCU) que propõe uma metodologia própria de cálculo do BDI no Acórdão 2.622/2013. AC = ADMINISTRAÇÃO CENTRAL - A taxa referente à administração central diz respeito a todos as obras realizadas pela empresa durante um determinado período. Em outras palavras, é o percentual do custo que as obras rateiam entre si. R = RISCOS - contabilizados no cálculo do BDI, pois, quando ocorrem, provocam atrasos no cronograma e, consequentemente, acréscimo de custos diretos e indiretos. Neste caso, o percentual devido aos riscos para o cálculo do BDI é apenas estimada. S = SEGURO - É o percentual sobre o total da obra, que deve ser reservado como seguro básico. G = GARANTIA - É a taxa de caução, seguro garantia, fi ança bancária ou títulos da dívida pública. Vale ressaltar que precisamos arbitrar um valor qualquer para o BDI para se calcular o valor da garantia. Isso porque ela depende do preço de venda, que ainda não é conhecido. DF = DESPESAS FINANCEIRAS - Despesa ou custo fi nanceiro nada mais é a contabilização Elaboração Orçamentária em Obras Civis 21 da perda monetária provocada pela defasagem entre o desembolso pelo construtor e o pagamento da medição pela contratante. L = LUCRO - É a diferença entre o preço de venda e o custos totais, ou seja, é a porcentagem do preço total de venda arrecadada pelo construtor, após o pagamento de todas as despesas T = TRIBUTOS FEDERAIS E MUNICIPAL (ISS ) - É a porcentagem cobrada pelo governo em virtude do faturamento da obra. Esses tributos são apresentados a seguir: • Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS No cálculo do BDI, a percentagem considerada para esse imposto é 3,00%. • Programa de Integração Social – PIS No cálculo do BDI, a percentagem considerada para esse imposto é 0,65% • Imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISSQN A porcentagem referente ao ISSQN varia para cada município, portanto você deve estar ciente da alíquota no local da sua obra com a dedução. • CPRB – contribuição previdenciaria sobre a receita bruta – 4,5% Como fi cam os tributos numa obra governamental? PIS - 0,65% COFINS – 3,00 % ISS – 2 a 5% com dedução (ISS LOCAL DA OBRA). Imposto Municipal . Exemplo: O ISS da região da obra é 5%. Se a dedução for de 40%. Como será o cálculo. Parcela a sofrer a incidência = 100% - 40% = 60% Alíquota para o orçamento = 0,6 x 5% = 3,0% O orçamentista deve adotar 3,0% sobre o custo de venda (valor do contrato). CPRB = 4,5% - no caso de obras desoneradas Mas atenção: CSLL – 1,0% IRPJ – 1,2% Em obras públicas é vedada a sua colocação na formação de seu BDI por serem títulos personalísticos. Mas em obras privadas vão constar. Acórdão 2622/93: Onde: • AC = taxa representativa das despesas de rateio da administração central; • R = taxa representativa de riscos; • S = taxa representativa de seguros; • G = taxa representativa de garantias; 22 Maria Izabel de Paula Ribeiro • DF = taxa representativa das despesas fi nanceiras; • L = taxa representativa do lucro/remuneração; e • T = taxa representativa da incidência de tributos. Algumas considerações: • 1) A fórmula inclui os impostos no denominador, pois eles incidem sobre o preço de venda e não sobre o custo da obra; • 2) Nas fórmulas que não contêm explicitamente seguros e garantias, estas presumem- se incluídas no custo indireto da obra; • 3) O TCU inclui o lucro no numerador, ou seja, defi nido sobre custo e não sobre venda. QUARTIL = MÉTODO ESTATÍSTICO DESCRITIVO • 01 QUARTIL – CONCORRENCIA PÚBLICA • MEDIO QUANTIL – TOMADA DE PREÇOS • ( MEDIANA ) • 03 QUARTIL – CARTA CONVITE Os valores de BDI variam conforme o valor da obra O BDI diferenciado é para o fornecimento de materiais e equipamentos, não compõe a colocação/instalação, ou seja, a mão de obra que terá a incidência do BDI dos quartis. Demonstrativo dos percentuais do BDI: Elaboração Orçamentária em Obras Civis 23 Com vistas explicitas acima, o licitante deve avaliar que o apresentado está de acordo com a sua realidade empresarial No acórdão 2622/93 os Órgãos Contratantes (elaboram o Preço de Referência, de acordo com a Lei Nº 8.666/93), e adotam custos unitários diretos genéricos de tabelas governamentais (estado, municípios e União) multiplicados de forma direta, por BDI de referência. As variáveis adotadas nas tabelas governamentais (estado, municípios e União) são médias de mercado, portanto, não são especifi cadas para o projeto em questão. A Tendência de tribunais de contas e contratantes governamentais de estabelecer limites para o BDI, ainda que o BDI dependa de fatores como: localização e tipo da obra, prazo de entrega, porte da empresa e nível de qualidade exigida entre outros. As taxas de BDI dependem da realidade de cada projeto ou obra. A aceitabilidade, pelo gestor: Análise conjunta dos custos diretos e indiretos que formarão o preço da obra, como citado no Acórdão 2622/2013, do TCU: Preço Unitário de Venda do Serviço = Custo Unitário (1) x BDI fi xado (2) • (1) Custo Unitário obtido de tabelas ofi ciais • (2) BDI deve ser defi nido em função de valores médios de mercado em consonância com a Engenharia de Custos e o projeto em questão O TCU estabelece faixas de aceitação de BDI em contratos de construção governamental. No Acórdão 2622/13, o TCU defi niu novos valores máximos, mínimos e medianos para taxas de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) de obra. O CONCEITO DO BDI estabelece que alguns itens devem ser transferidos para a planilha de quantidades da obra, portanto sendo considerado como CUSTO DIRETO (Custo Construtivo), tais como: Mobilização e Desmobilização da Obra, Administração Local, Instalação Provisória do Canteiro de Obras, Elaboração de Projetos, Sondagens e Ensaios Tecnológicos, Assessoria Técnica. Nota importante: • 1 - No BDI governamental não constam os tributos: IRPJ, CSLL. • 2 - O gestor público deve exigir dos licitantes o detalhamento da composição do BDI e dos respectivos percentuais praticados; APLICAÇÃO DO BDI – EMPRESA GOVERNAMENTAL BDI = 29,98% PREÇO DE CUSTO = R$ 189.900,00 MÉTODO DIRETO PV = PC x [1+(BDI%/100)] R$ 189.900,00 x 1,2998 = R$ 246.832,02 24 Maria Izabel de Paula Ribeiro Verifi cação: - por dentro: 246.832,02 - 189.900,00 = 56.932,02 • 56.932,02 : 246.832,02 = 0,23065 • 246.832,02 x (1- 0,23065) = 189.900,00 Entende-se que o orçamento de uma obra é um dos documentos mais importantes a serem elaborados antes da execução deuma obra. O orçamento é o documento responsável por defi nir custos da construtora, assim como o preço de venda para o cliente, por isso é importante saber de BDI. A elaboração do orçamento da obra exige bastante atenção devido aos seus detalhes. e o BDI é um percentual que se aplica sobre o custo do projeto/obra para determinar o seu preço de venda. Esses somatórios nos levam a um custo fi nal para o cliente que deve ser assertivo, evitando prejuízos. BDI na verdade, não é apenas lucro, mas sim uma combinação de diversas variáveis - incluindo o lucro - que visam permitir que a construção de uma obra valha a pena, sem trazer prejuízos aos construtores. É claro que o uso do BDI precisa ser técnico. E quando um BDI é tecnicamente calculado, proporciona maior transparência e confi ança, auxiliando o construtor a conquistar mais contratos. Depois de obter o preço de venda com a incidência da taxa de BDI é bem provável que o trabalho de orçamentista esteja completo, já que obter o preço de venda é uma tarefa que vem ao fi nal do processo de orçamentação. Aí, basta fechar o contrato e iniciar a obra! Por isso, calcular o BDI se for a única tarefa que falta para fi nalizar o orçamento, tem se que lembrar de todas as variáveis que compõe o BDI, porque o BDI deve apresentar valores muito exatos, pois é uma das principais ferramentas de tomada de decisão no cotidiano da obra. Portanto, não insira informações genéricas, busque sempre trabalhar com números precisos e atualizados. Elaboração Orçamentária em Obras Civis 25 13 - Análise crítica no fechamento do orçamento detalhado 13.1 – METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO ORÇAMENTÁRIA Parte-se de um levantamento de custos de diversos serviços realizados com uma listagem da participação percentual de marco-itens. Em seguida, reorganiza-se estes percentuais convenientemente, agrupando os itens dentro do ponto de vista que consiste em diversas relações sobre as características do serviço e o custo total, de forma globalizada. O histórico da empresa dos serviços realizados é certamente o mestre balizador da avaliação do orçamento realizado juntamente com as condições do edital, projeto, especifi cações, técnica a alcançar, expectativa do cliente. A otimização nos aspectos de tecnologia, qualidade, tempos, equipes e recursos fi nanceiros é muito importante porque ao fi xar às equipes de produção, determina-se o tempo necessário para realização das atividades. Verifi ca-se o prazo total atingindo assim a compatibilização das necessidades. Revisam-se também as durações estipuladas, as folgas consideradas, a sequência determinada entre atividades, à vinculação entre estas (nem sempre são rígidas). Outro aspecto é analisar o volume de recursos necessários para a execução conforme o cronograma e a planilha orçamentária ou um mapeamento de execução de serviços. Neste ponto, já é possível avaliar o prazo de execução proposto. É interessante também, verifi car e entender a distribuição da mão-de-obra de forma homogênea no tempo, evitando contratações e dispensas ou transferências repetidas. A análise detalhada permite corrigir eventuais erros nas precedências ou acúmulos de mão-de-obra localizados. Em geral as categorias mais presentes são carpinteiros, pedreiros, serventes. Este procedimento traduz num processo interativo, onde há ajustes e correções sempre. O resultado fi nal é um conjunto de tabelas, planilhas e gráfi cos que descreve o planejamento dos serviços e a sua distribuição no tempo. Os gráfi cos referentes à mão-de-obra em geral são semanais, por causa da forma de pagamento usual. Os gráfi cos referentes a materiais ou equipamentos podem ser mensais ou também semanais. Podemos utilizar so� wares especifi cos disponíveis no mercado como: - MS Project - Primavera - Naviswork – BIM 4D/5D Nesses sistemas de informações, as interpendências entre atividades tem que ser bem defi nidas, de forma que o construtor esteja de posse com todas as informações necessárias para poder executar as metas de produção. Existem várias metodologias para a avaliação orçamentária, porém o que irá realmente defi nir a mais correta é quando a empresa possui um histórico detalhado de suas atividades de produção, contratação, projetos e o uso preciso da curva ABC de grande valia na avaliação fi nal de um orçamento . 26 13.2 – USO DE ÍNDICES PERCENTUAIS PARA A CORREÇÃO DO ORÇAMENTO Os índices de correção de orçamentos estão diretamente vinculados ao histórico das empresas e devem ser aferidos sempre, pois ao longo do tempo podem se converter em valores absolutos, provocando erros grosseiros nos orçamentos. Quanto a isso podemos dar exemplo dos índices de mão de obra que são relacionados aos custos diretos. Estes não podem estar relacionados a índices absolutos e sim, a pesquisas de produtividade no canteiro de obras, que levem em conta o tipo de tecnologia a ser alcançada. A adoção de índices de fatores de correção dependentes das variáveis que os infl uenciam vem de apropriações em campo e de avaliações reais de execução de serviços. É bom esclarecer que os índices precisam sempre ser questionados e depurados. Portanto as apropriações e avaliações dos empreendimentos precisam ser rotinas e se não forem como se deseja, baseá-los na maior ou menor experiência e disposição de cada um. Quem executou recentemente um serviço poderá defi nir índices bastante confi áveis. Os índices precisariam ser, por cada um, sempre questionados e depurados. Será obrigatório pensá-los, pesá-los, e habituar-se a aferi-los constante, tenaz e insistentemente, evitando-se o hábito de aceitar passivamente as coisas mastigadas. Para tanto, apropriações mínimas precisariam ser rotina nas obras, e, ainda que isto não aconteça, baseá-los na maior ou menor experiência e disposição de cada um. Quem executou recentemente um serviço poderá defi nir índices bastante confi áveis. Nas apropriações de índices de correção de orçamento podemos citar dois critérios de aferição: 1. A apropriação direta em canteiro de produção em diferentes frentes de serviço (mão de obra); 2. A apropriação da totalidade de serviços de um empreendimento em determinado período, sendo comparado custo de horas trabalhadas com a produção e seus custos de material e serviços, e a incidência dos mesmos, dentro da organização empresarial e no contexto econômico-social do estado e do país. Para elucidar a avaliação fi nal do orçamento no cotidiano do trabalho podemos pensar que há situações que não se estendem ao orçamento e sim a vida fi nanceira da empresa que esta sim, pode gerar prejuízos incomensuráveis do tipo: 1 – A empresa não se preparou fi nanceiramente para ter um caixa forte que garantisse as portas da sua empresa aberta por pelo menos 6 meses; 2 - Ou porque a empresa não conseguiu se adaptar a oferecer serviços alternativos que podem ser desenvolvidos, sem depender da liberação do lockdown para voltar a trabalhar. (caso Pandemia); 3 - Há também o caso de empresas que não conseguem otimizar seus processos para oferecer serviços com preços mais atraentes a um cenário mais conservador de investimento. Esta otimização vem de entregar ao cliente um serviço, sem desperdiçar horas de trabalho nem muito menos se submeter a uma situação desagradáveis, onde se paga para trabalhar. Temos de encontrar o nosso custo, o nosso preço real por m2 ou horas trabalhadas; Nesses contextos, está se direcionando a ajustes estratégicos no escopo dos serviços que ajudam clientes e profi ssionais a alcançarem o que querem: Arquitetura projetada se tornando obra construída - mesmo em um cenário de crise ou de pandemia, o segredo é fazer aos que poucos se dispõem a realizar. Investir em conhecimento e técnica que leva tempo, mas que faz com que a empresa se caracterize em normas, procedimentos e conhecimento do mercado onde quer ser inserida. Elaboração Orçamentária em Obras Civis 27 Bibligrafia básica • GOLDMAN, Pedrinho, Introdução ao Planejamento e Controlede Custos na Construção Civil Brasileira, Editora Pini – S.P. - 2019 • Mattos, A. D. Como preparar orçamentos de obra. São Paulo: Pini, 2020 • PINI, TCPO – Tabelas de Compositores de Preços para Orçamentos. Editora Pini – S.P. – 2018; • STABILE, Miguel, Composições analíticas de Custos, Editora Informativo SBC - R.J. – 2018; • TISAKA, Maçarico, Orçamento na Construção Civil – consultoria, Projeto e execução, Editora Pini – S.P. – 2011 • VILELA DIAS, Paulo Roberto, ENGENHARIA DE CUSTOS - UMA METODOLOGIA DE ORÇAMENTAÇÃO PARA OBRAS CIVIS – Editora IBEC - 2018 28 - DRUCKER, P. Desafi os Gerenciais para o século XXI. São Paulo, Pioneira, 1999. - Limmer, Carl V. - Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras - UFF / RJ -1995 - NBR – 12721 – ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - PMBOK.Ciclo de Vida e Organização do Projeto. 6ª edição. São Paulo - SOUZA, U.E.L. Como aumentar a efi ciência da mão-de-obra: Manual de gestão da produtividade na construção civil. São Paulo, PINI, 2006. - VILELA DIAS, Paulo Roberto- Cálculo do Preço de Venda de Serviços de Engenharia e Arquitetura – Editora IBEC – 2019 Bibligrafia complementar 29 Sobre a Autora M.Sc. Maria Izabel de Paula Ribeiro Mestre em Engenharia de Produção – COPPETEC/UFRJ, Graduação em Arquitetura e Urbanismo - FISS. Atualmente é Arquiteta e Urbanista da UFRJ, Professora do Centro Universitário Augusto Motta, Professora da Engenharia de Produção do Centro Universitário Augusto Motta, Professora da Fundação Educacional Rosemar Pimentel. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Construção Civil, atuando principalmente nos seguintes temas: orçamento - planejamento - informação, BIM 5D, sistema, viabilidade, impermeabilização e inovação. Arq. Maria Izabel é Coordenadora da Especialização em Orçamento e Licitação de Obras Civis - Online - 400h e Coordenadora do Curso de Aperfeiçoamento Pro� ssional em Orçamento e Licitações de Obras de Engenharia - 160h no INBEC, onde ministra aulas em todo o país. - 2021 30
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