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Antibióticos Resumo

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Antibióticos Resumo
-As drogas antimicrobianas agem matando ou interferindo no crescimento dos micro-organismos. Diferentemente dos desinfetantes, no entanto, essas drogas precisam agir dentro do hospedeiro, sem causar dano a ele. Esse é o principio da toxicidade seletiva.
-Existem relatos freqüentes de patógenos estafilocócicos que são resistentes a quse todos os antibióticos disponíveis. Certas populações de patógenos que causam a tuberculose são agora resistentes a quase todas as drogas anteriormente efetivas.
A História da quimioterapia
-O surgimento da quimioterapia moderna é creditado aos esforços de Paul Ehrlich na Alemanha, durante a primeira parte do século XX.
	-ideia da “bala mágica”que encontraria e destruiria patógenos de forma seletiva, porém sem afetar o hospedeiro. Esta é a idéia central da quimioterapia, termo que ele próprio cunhou.
-Em 1928, Alexander Fleming observou que o crescimento da bactéria Staphyloccocus aureus foi inibido em uma área que circindava a colônia de um bolor que havia contaminado a placa de Petri. O bolor foi identificado como Penicillium notatum, e seu composto ativo, isolado logo em seguida, foi chamado de penicilina. Reações inibitórias semelhantes entre colônias em meio sólido são comumente observadas na microbiologia, e o mecanismo de inibição é chamado antibiose. Dessa palavra surgiu o termo antibiótico, uma substância produzida por um micro-organismo que em pequenas quantidades, pode inibir outros microorganismos . Assim, as drogas sulfa totalmente sintéticas, por exemplo, não são antibióticos do ponto de vista técnico.
-A descoberta das drogas sulfa: 1927, “bala mágica”, Vermelho de Prontosil (um corante contendo sulfanlamida) mostrou-se capaz de conter infecções estreptocócicas em camundongos. 
-A descoberta e o uso da sulfa tornaram claro que agentes antimicrobianos poderiam ser eficientes contra infecções bacterianas sistêmicas, o que fez ressurgir o interesse pelas descobertas anteriores sobre a penicilina.
-A cultura original de P. notatum (posteriormente renomeado para Penicillium chrysogenum) não era um produtor muito eficiente do antibiótico, sendo substituída, em seguida, por uma cepa mais profilática.
-Mais da metade dos nossos antibióticos é produzida por espécies do gênero Streptomyces, bactérias filamentosas que comumente habitam o solo. Alguns poucos antibióticos são produzidos por bactérias formadoras de endósporos, como Bacillus, e outros são produzidos por bolores, a maioria sendo dos gêneros Penicilium e Cephalosporium.
-Quase todos os micróbios produtores de antibióticos apresentam algum tipo de processo de esporulação.
A descoberta de antibióticos hoje
-A maioria dos antibióticos em uso hoje foi descoberta principalmente a partir de seleção de amostras provenientes do solo.
O espectro de atividade antimicrobiana
-É comparativamente fácil descobrir ou desenvolver drogas efetivas contra células procarióticas e que não afetem as células eucarióticas dos seres humanos. Esses dois tipos celulares se diferenciam substancialmente de vários modos, como pela presença ou ausência de parece celular, pela estrutura fina de seus ribossomos e por detalhes de seus metabolismos. Assim, a toxicidade seletiva apresenta diversos alvos. O problema é mais complicado quando o patógeno é uma célula eucariótica, como um fungo, um protozoário ou um helminto.
-As infecções virais são particularmente difíceis de tratar porque o patógeno está dentro da célula do hospedeiro humano, e porque a informação genética do vírus direciona a célula humana a produzir mais vírus em vez de sintetizar materiais celulares normais.
-Dogras de espectro restrito de atividade microbiana: A penicilina G afeta bactérias gram +, mas poucas bactérias gram -.
-Os que afetam amplamente vários tipos de bactérias gram + ou gram – são chamados de antibióticos de amplo espectro.
-Um Um fator primário envolvido na toxicidade seletiva de ação antibacteriana reside na camada extra de lipopolissacarídeos de bactérias gram – e nas porinas, que formam canais aquosos através dessa camada. Drogas que atravessam os canais de porinas precisam ser relativamente pequenas e preferencialmente hidrofílicas. Drogas que são lipofílicas (apresentam afinidade por lipídeos) ou muito grandes não conseguem penetrar imdeiatamente em uma bactéria gram -.
-Uma vez a identidade de um patógeno nem sempre é imediatamente reconhecida, uma droga de amplo espectro poderia ser vantajosa no tratamento de uma doença por poupar tempo precioso. A desvantagem é que essas drogas destroem também grande parte da microbiota normal do hospedeiro.
-Se o antibiótico não destrói certos organismos na microbiota normal, mas elimina seus competidores, os sobreviventes podem proliferar e se tornar patógenos oportunistas.
-Candida albicans, exemplo de superinfecção, crescimento acentuado, termo também aplicado ao crescimento de um patógeno-alvo que desenvolveu resistência a um antibiótico.
Ação das drogas antimicrobianas
As drogas antimicrobianas podem ser bacteriicidas (matam os micróbios diretamente) ou bacteriostáticas (impedem o crescimento nos micróbios). Na bacteriostase, as próprias defesas do hospedeiro, como a fagocitose e a produção de anticorpos, normalmente destroem o micro-organismo.
1.Inibição da síntese de parede celular
-ex: penicilinas, cefalosporinas, bacitracina, vancomicina.
-A parede celular de uma bactéria consiste em uma rede de macromoléculas chamada de peptideoglicano. O peptideoglicano é encontrado apenas na parede celular bacteriana.
-Somente células que estejam crescendo ativamente são afetadas por esses antibióticos.
-A penicilina apresenta pouca toxicidade para as células do hospedeiro.
2.Inibição da síntese de proteínas (tradução)
-ex: cloranfenicol, eritromicina, tetraciclinas, estreptomicina.
-Uma diferença notável entre procariotos e eucariotos é a estrutura de seus ribossomos. As células eucarióticas possuem ribossomos 80S; as procarióticas têm ribossomos 70S.
-A diferença na estrutura ribossômica é a razão da toxicidade seletiva dos antibióticos que afetam a síntese de proteínas. Entretanto, as mitocôndrias (importantes organelas eucarióticas) também contêm ribossomos 70S semelhantes aos bacterianos. Dessa forma, antibióticos que afetam os ribossomos 70S podem causar efeitos adversos nas células do hospedeiro.
-Cloranfenicol: Liga-se á porção 50S e inibe a formação da ligação peptídica
-Tetraciclinas: Interferem com o acoplamento entre o tRNA e o complexo mRNA-ribossomo.
-Estreptomicina: Muda a conformação da porção 30S, fazendo com que o código contido no mRNA seja lido incorretamente.
3. Inibição da replicação de ácidos nucléicos e da transcrição
-ex: quinolonas, rifampina.
-Apresentam ultilidade limitada, uma vez que também interferem no metabolismo de DNA e RNA de mamíferos.
4.Dano à membrana plasmática
- São antibióticos compostos por polipeptídeos, induzem mudanças na permeabilidade da membrana plasmática; essas mudanças resultam na perda de metabólitos importantes pela célula microbiana
-antifúngicas: anfotericina B, miconazol, cetoconazol. Essas drogase se combinam com esteróis na membrana plasmática dos fungos e danificam a membrana. Uma vez que membranas plasmáticas bacterianas gerallmente não possuem esteróis, esses antibióticos não apresentam ação contra bactérias.
-ex: polimixina B.
5.Inibição da síntese de metabólitos essenciais
-ex: sulfanilamida, trimetoprim.
-a atividade enzimática específica de um micro-organismo pode ser inibida competitivamente por uma substância (antimetabólito) que se assemelha muito ao substrato normal da enzima .
-exemplo de relação importante: antimetabólito sulfanilamida (droga sulfa) e o ácido paraminobenzoico (PABA).
Análise das drogas antimicrobianas comumente utilizadas
Antibióticos antimicrobianos: inibidores da síntese de parede celular 
A célula eucariótica de um mamífero não possui parede celular, possuindo apenas uma membrana plasmática. Até mesmo essa membrana difere em composição da membrana plasmática de células procarióticas. Por essarazão, a parede celular microbiana é um atraente alvo para ação de antibióticos.
Penicilina
-Todas as penicilinas apresentam um estrutura central comum, contendo um anel B-lactâmico, chamada de núcleo. 
-A diferenciação das penicilinas se faz pela diferença das cadeias laterais.
Penicilinas naturais. Sob a forma de bolor. O composto prototípico de todas as penicilinas é a penicilina G. Ela possui um espectro de atividade bastante restrito, porém muito útil, sendo com freqüência a droga de escolha no tratamento contra estreptococos, estafilococos e diversas espiroquetas.
-Embora tempos de retenção de até quatro meses possam ser obtidos, a concentração da droga é tão baixa que os micro-organismos precisam ser muito sensíveis a ela. A penicilina V, que é estável na acidez estomacal e pode ser administrada oralmente, e a penicilina G são as penicilinas naturais utilizadas com mais freqüência.
-Penicilinas naturais apresentam algumas desvantagens. As principais são o seu estreito espectro de atividade e sua suscetibilidade a penicilinases. Penicilinases são enzimas produzidas por muitas bactérias, mais notadamente espécies de estafilococos, que clivam o anel B-lactâmico da molécula de penicilina. Devido a essa característica, as penicilinases são às vezes chamadas de B-lactamases.
Penicilinas semissintéticas. Como alternativa/tentativa de superar as desvantagens das penicilinas naturais.
-interromper a síntese de uma molécula de penicilina e obter apenas o núcleo comum das penicilinas para ser utilizado.
-É possível remover as cadeias laterais de moléculas naturais completas e, em seguida, adicionar outras cadeias laterais que as tronem mais resistentes a penicilinases ou ampliem seu espectro de ação. Daí o termo semissintético, em que parte da penicilina é produzida pelo bolor e parte é adicionada sinteticamente.
Penicilinas resistentes a penicilinases. O organismo que apresenta essa resistência é chamado de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA, de Methicilin-Resistant Staphilococcus Aureus).
-Metilicina é uma penicilina semissintética
Penicilinas de espectro estendido. Com o objetivo de resolver o problema do espectro restrito de atividade das penicilinas naturais.
-Essas novas penicilinas são eficientes contra muitas bactérias gram-negativas e também contra gram-positivas, embora elas não sejam resistentes a penicilinases. As primeiras penicilinases dessa categoria foram as aminopenicilinas, como a ampicilina e amoxicilina.
Penicilinas mais inibidores de B-lactamases. Clavulanato de potássio (ácido clavulânico), uma substância produzida por um estreptomiceto. O clavulanato de potássio é um inibidor não competitivo de penicilinase sem qualquer ação antimicrobiana própria.
Carbapenemos
-Formam uma classe de antibióticos B-lactâmicos em que um átomo de carbono é substituído por um átomo de enxofre, e uma ligação dupla é adicionada ao núcleo de penicilina.
-Inibem a síntese de parede celular, possuem um espectro de ação extremamente amplo
-ex: Primaxina
Monobactamos
-Outro método de evitar os efeitos da penicilinase
-Antibiótico sintético que possui apenas um anel simples do convencional anel duplo dos antibióticos B-lactâmicos.
-Possui toxicidade notavelmente baixa, afeta apenas certos tipos de bactérias gram-negativas, incluindo pseudômonas e E. coli
Cefalosporinas
-Inibem a síntese de parede celular de forma essencialmente similar à ação das penicilinas.
-O anel B-lactâmico das cefalosporinas difere um pouco daquele das penicilinas, porém as bactérias já desenvolveram B-lactamases que são capazes de inativá-lo.
Antibióticos polipeptídicos
Bacitracina. Origem do nome: gênero Bacillus isolada do ferimento de uma menina chamada Tracy.
-É um antibiótico polipeptídico efetivo em especial contra bactérias gram-positivas, incluindo estafilococos e estreptococos.
-Inibe a síntese da parede celular numa fase anterior àquela em que penicilina e a cefalosporina agem. A droga interfere na síntese de fitas lineares de peptideoplicanos.
-Uso: aplicação tópica para infecções superficiais.
Vancomicina. Derivados de uma espécie de Streptomyces.
-Espectro de atividade bastante restrito, com base na inibição da síntese de parede celular.
-Importante no que diz respeito ao problema MRSA
-Última linha de defesa antibiótica no caso do tratamento de infecções por Staphylococcus aureus resistentes a outros antibióticos.
-Seu uso intenso levou ao surgimento de enterococos resistentes a vancomicina –VREs. Esses enterococus são patógenos gram-positivos, oportunistas e particularmente problemáticos em ambientes hospitalares. Os VREs são considerados emergência médica.
Antibióticos antimicobacterianos
-A parede celular de membros do gênero Mycobacterium difere da parede celular da maioria das outras bactérias. Ela incorpora ácidos micólicos, que são um fator diferencial em suas propriedades de coloração, fazendo com que seja ácido-resistente. O gênero inclui agentes da Tuberculose e da Lepra.
-Isoniazida (INH): é uma droga antimicrobiana sintética altamente eficiente contra Mycobacterium tuberculosis.
-efeito: inibição da síntese de ácido micólico, um componente da parede celular encontrado apenas em micobactérias.
-devido ao fato de que o bacilo da tuberculose normalmente é encontrado apenas no interior de macrófagos ou profundamente inserido em tecidos, qualquer droga antimicobacteriana precisa ser capaz de penetrar esses sítios.
-Etambutol: droga efetiva apenas contra micobactérias.
-Inibe a incorporação de ácido fenólico à parede celular.
-droga secundária para evitar problemas de resistência
Inibidores de síntese protéica
Cloranfenicol
-Inibe a ormação de ligações peptídicas nas cadeias nascentes de polipeptídeos pela reação com a porção 50S do ribossomo procarioto 70S.
-é relativamente barato e tem amplo espectro de ação
-o pequeno tamanho molecular promove sua difusão para áreas do corpo normalmente inacessíveis a muitas drogas.
-sérios efeitos adversos: supressão da atividade da medula óssea, o que afeta a formação de células do sangue.
-clindamicina e metronidazol: bons para potente atividade anaeróbica.
-Clindamicina: vinculada ao tratamento de diarréias vinculadas ao Clostridium difficile. Sua eficiência contra anaeróbicos levou o seu uso no tratamento contra acne.
Aminoglicosídeos
-aminoaçúcares se ligam a ligações glicosídicas.
-Estreptomicina e Gentamicina: interferem na etapas iniciais da síntese proteica pela alteração conformacional da porção 30S do ribossomo 70S procariótico, o que leva à leitura incorreta do código genético impresso no mRNA. Apresentam atividade significativa contra bactérias gram-negativas. O mais conhecido é a estreptomicina, também usada na tuberculose.
-Os aminoglicosídeos podem afetar a audição ao causar danos permanentes ao nervo auditivo, e danos renais também têm sido relatados.
-Gentamicina: útil no tratamento de infecções por Pseudomonas no problema da fibrose cística
-Trobramicina: uso em aerossol na fibrose cística.
-Neomicina: uso tópico.
Tetraciclinas
-Amplo espectro.
-Produzidos por espécies de Streptomyces.
-Interferem na ligação de tRNA, carreando aminoácidos específicos, à porção 30S do ribossomo 70S procariótico, o que previne a adição de aminoácidos às cadeias nascentes de polipeptídeos.
-Toxicidade seletiva da droga se deve à maior sensibilidade bacteriana no nível ribossômico.
-Eficaz contra gram-positivas, gram-negativas e no tratamento de infecções por clamídias e riquétsias intracelulares.
-ex: tetraciclina, oxitetraciclina, clortetraciclina.
-semissintéticas: doxiciclina, minociclina. Vantagem de apresentar maior tempo de retenção no organismo.
-uso geral: infecção urinária, pneumonia por micoplasma e infecções por clamídias e riquétsias. Usadas como alternativa contra gonorréia e sífilis.
-suprimem a microbiota intestinal normal, podendo gerar desconforto gastrintestinal e superinfecções, particularmente pelo fungo Candida albicans.
-não indicado para crianças e mulheres grávidas.
-são adicionados às rações animais, e seu uso resulta em ganho de pesosignificativamente mais rápido, embora essa atividade possa trazer prejuízos à saúde humana.
Macrolídeos
-presença de anel lavtônico macrocílcico.
-Eritromicina é o mais conhecido. Não é capaz de penetrar a parede bacteriana da maioria dos bacilos gram negativos. Espectro similar ao da Penicilina G, sendo uma droga usada como alternativa a penicilina. Substituto freqüente da penicilina por infecções causadas por estreptococos e estafilococos em crianças. Usada para pneumonias por micoplasma e infecções por Legionella.
-Azitromicina e Claritromicina: maior espectro antimicrobiano e são capazes de penetrar melhor os tecidos. Importante para bactérias intracelulares, como as clamídias, que causa DSTs.
Estreptograminas
-resposta a resistência a vancomicina.
-Sinercid (quinupristina + dalfopristina): bloqueiam a síntese proteica por sua ligação à porção 50S dos ribossomos. Age em pontos diferentes do ribossomo. É eficiente contra uma ampla gama de bactérias gram-positivas resistentes a outros antibióticos. Alto custo e uma alta incidência de efeitos colaterais.
Oxazolidinonas
-em resposta á resistência à vancomicina.
-agem especificamente nos ribossomos bacterianos.
-são totalmente sintéticas, fato que desacelera o surgimento de resistência.
-não tem atividade contra gram negativas, mas tem contra enterococos.
-ex: Linezolida (Zyvox) usada principalmente contra MRSA
Dano à membrana plasmática
-A síntese da membrana plasmática bacteriana requer a produção de determinados ácidos graxos, que funcionam como blocos de montagem. O bloqueio desse processo é o alvo de vários antibióticos e drogas antimicrobianas. 
-ex: Isoniazida (tuberculose), Triclosano (antibacteriano doméstico) e Polimixina B.
-Polimixina B é um antibiótico bactericida eficiente contra bactérias gram-negativas. Era importante no passado contra Pseudomonas.
Inibidores da síntese de ácidos nucléicos (DNA/RNA)
Rifamicinas
-A droga mais conhecida é a Fampina.
-São estruturalmente relacionadas aos macrolídeos e inibem a síntese de mRNAs.
-Utilização no tratamento para Tuberculose e Lepra.
-Tem a característica valiosa de penetrar tecidos e alcançar concentrações terapêuticas no fluido cerebroespinal e em abcessos.
-Raro efeito colateral: urina, fezes, suor e lágrimas de coloração vermelho-alaranjada.
Quinolonas e Fluoroquinolonas
-Inibição seletiva de uma enzima (DNA-girase) necessária para a replicação do DNA.
-Frquentemente, são drogas de escolha para o tratamento de infecções urinárias e também para certos tipos de pneumonia.
Inibidores competitivos da síntese de metabólitos essenciais 
Sulfonamidas
-Uso: infecções urinárias
-Sulfadiazina de prata: infecções em queimaduras
-São bacteriostáticas, pois há similaridade estrutural com o ácido paraminobenzoico (PABA). Microbios sensíveis às sulfas precisam sintetizar o PABA, ao passo que seres humanos obtêm essa molécula em sua dieta.
-Sulfa mais utilizada: Trimetoprim+Sulfametoxazol (TMP-SMZ). SINERGISMO DE DROGAS!!
Drogas antifúngicas
-Eucariotos, como os fungos, utilizam os mesmos mecanismos de síntese de proteínas e ácidos nucléicos que animais superiores. Torna-se mais difícil encontrar pontos que garantam a toxicidade seletiva de drogas em eucariotos do que em procariotos.
Agentes que afetam os esteróis fúngicos.
-Nas membranas dos fungos, o principal esterol é o ergosterol; nas membranas de animais superiores é o colesterol.
-A inibição da síntese do ergosterol é base da toxicidade seletiva de muitas drogas antifúngicas.
Polienos. Produzidas por bactérias do solo do gênero Streptomyces.Referência para o tratamento clínico de doenças fúngicas sistêmicas. A toxicidade da droga, particularmente para os rins, é um forte fator limitante ao seu uso.
Azóis. Clotromazol e miconazol (tratamento tópico de micoses cutâneas-pé de atleta e infecções vaginais por leveduras. Cetoconazol (infecções fúngicas sistêmicas, pomadas tópicas para tratamento de dermatomicoses da pele). 
Triazóis. Menos tóxicos que os os azóis. São mais solúveis em água, o que faz com que eles sejam mais fáceis de usar e mais eficientes contra infecções sistêmicas. Ex: Fluconazol, Itraconazol , Voriconazol, Aspergillus.
Alilaminas. Inibe a biossíntese de ergosteróis de uma maneira funcionalmente distinta. Usados na resistência perante azólicos. Ex: Terbinafina e Naftifina.
Agentes que afetam as paredes celulares dos fungos
-Além do ergosterol, um alvo primário para a toxicidade seletiva entre esses compostos é o B-glicano. 
Equinocandina. Inibe a síntese da parede celular incompleta e lise da célula. Ex: Caspofungina (infecções sistêmicas por Aspergillus e Candida spp.) 
Agentes inibidores de ácidos nucléicos
-A flucitosina, um análogo da pirimidina, interfere com a síntese de RNA e, portanto, com a síntese protéica.
-A célula fúngica converte a flucitosina em 5-fluoruracil, que é incorporado nos RNAs, o que eventualmente leva ao bloqueio da síntese protéica.
-A flucitosina possui um espectro de ação restrito, e sua toxicidade para os rins e a medula óssea limita ainda mais sua utilização.
Drogas antivirais
Outros inibidores de enzimas
-Inibidores da enzima neuraminidase.
-ex: zanamivir (Relenza) e oseltamivir (Tamiflu).
Interferons
-Células infectadas por víirus frequentemente produzem interferon, que inibe a expansão da infecção no organismo. Interferons são classiicados como citocinas.
-O inteferon-alfa é atualmente a droga de escolha para o tratamento de hepatites virais. A produção de inteferon pode ser estimulada por um antiviral recentemente introduzido na prática clínica.
Antivirais para o tratamento do HIV/Aids
- O HIV é um vírus de RNA, e sua reprodução depende da enzima transcriptase reversa, que controla a síntese de DNA a partir de RNA.
-Análogos de nucleosídeos ou nucleotídeos frequentemente são a base para o bloqueio desse passo essencial da multiplicação do vírus. De fato o termo antirretroviral se refere a uma droga para o tratamento da infecção por HIV.
-Nem todas as drogas que inibem a ação da transcriptase reversa são análogas de nucleosídeos ou nucleotídeos.
-À medida que a replicação do HIV é melhor compreendida, outras abordagens para o seu controle se tornam disponíveis. Quando um novo vírus é produzido em uma célula hospedeira, o processo inicia pela quebra de grandes proteínas por enzimas proteolíticas. Como resultado, os fragmentos protéicos são utilizados para a montagem de novos vírus. Moléculas análogas às sequências de aminoácidos dessas grandes proteínas funcionam como inibidores de proteases por interferir competitivamente em sua atividade.São inibidores de proteases.
-A entrada do vírus HIV em uma célula por fusão pode ser bloqueada pelo uso de inibidores de fusão. A droga é um peptídeo sintético que bloqueia a fusão da membrana celular com o envelope viral.
Drogas anti-helmínticas e antiprotozoóticas
Drogas antiprotozoóticas
-A quinina ainda é usada para controlar a doença protozoótica malária. Entretanto, derivados sintéticos, como as cloroquinas, têm substituído seu uso. Para a prevenção da malária em áreas onde a doença estabeleceu resistência à cloroquina, a nova droga mefloquina (Lariam) é recomendada, embora efeitos colaterais psiquiátricos severos tenham sidos relatados. 
-Giardíase: quinacrina, metronidazol (Flagyl), tinidazol
-Amebas: diiodo-hidroxiquina (iodoquinol), metronidazol (Flagyl) p/ desinteria, tinidazol
-Tricomoníases: tinidazol
Drogas anti-helmínticas
-A droga é efetiva para inibir a síntese de ATP em condições aeróbias.
-Elimina vermes pela alteração de permeabilidade de suas membranas plasmáticas.
-A droga causa espasmos musculares nos helmintos, tornando-os suscetíveis à ação do sistema imune do hospedeiro. Aparentemente, sua ação expõe antígenos da superfície do verme, tornando-os acessíveis aos anticorpos.
-Inibição da formação de microtúbulos no citoplasma, o que interfere com a capacidade do parasita de absorver nutrientes.
-nematódeos, diversos ácaros (como a sarna), carrapatos e insetos (como o piolho) e alguns ácaros eventualmente apresentam similaridadesmetabólicas com os helmintos afetados pela droga.
Resistência a drogas antimicrobianas
-Os micróbios sobreviventes normalmente apresentam alguma característica genética responsável por sua sobrevivência, de forma que sua progênie é igualmente resistente.
-As diferenças genéticas se originam de mutações aleatórias. Essas mutações podem se espalhar horizontalmente entre as bactérias por processos como a conjugação ou a transdução. A resistência a drogas frequentemente é carreada por plasmídeos ou por pequenos segmentos de DNA denominados transposons, os quais podem saltar de um pedaço de DNA outro.
-Alguns plasmídeos, incluindo-se aqueles chamados de fatores de resistência (R), podem ser transferidos entre células bacterianas em uma população e entre populações de bactérias diferentes, porém proximamente relacionadas. Fatores R com freqüência apresentam genes que conferem resistência a vários antibióticos.
-Devido à alta taxa de reprodução das bactérias, apenas um curto período é necessário para que quase toda a população passe a ser resistente ao novo antibiótico.
Mecanismo de resistência 
Destruição ou inativação enzimática da droga
-A destruição ou inativação enzimática afeta principalmente antibióticos que são produtos naturais, como as penicilinas e as cefalosporinas.
-grupos de antibióticos totalmente sintéticos apresentam menor probabilidade de serem afetados dessa maneira, embora possam ser neutralizados de outras formas.
-O exemplo mais conhecido desse tipo de bactéria resistente é o patógeno MRSA, chegaram a desenvolver resistência contra combinações de antibióticos que incluem o ácido clavulânico, desenvolvido especificamente como um inibidor de Beta-lactamases.
Prevenção da entrada no sítio-alvo dentro do micróbio
 -Bactérias gram-negativas são relativamente mais resistentes a antibióticos devido à natureza de suas paredes celulares, que restringem a absorção de moléculas e seu movimento por aberturas denominadas porinas. Alguns mutantes bacterianos modificaram a abertura das porinas de forma que os antibióticos são incapazes de entrar no espaço periplasmático.
-As beta-lactamases podem estar presentes no espaço periiplasmático, mantendo o antibiótico fora da célula. 
Alterações no sítio-alvo da droga
-A síntese de proteínas envolve o movimento de um ribossomo ao longo de uma fita de mRNA.
-Esses possuem um modo de ação que inibe a síntese protéica nesse sítio. Pequenas modificações no sítio podem neutralizar os efeitos dos antibióticos sem que ocorram alterações significativas nas funções celulares.
Efluxo rápido (ejeção) do antibiótico
-Certas proteínas na menbrana plasmática de bactérias gram-negativas agem como bombas que expelem os antibióticos, impedindo que alcancem uma concentração efetiva.
-As bactérias normalmente apresentam muitas dessas bombas de efluxo para eliminar substâncias tóxicas.
Custos e prevenção da resistência 
-Profissionais da saúde devem evitar prescrições desnecessárias e garantir que a escolha e a dosagem dos antimicrobianos sejam apropriadas à situação. Eles devem optar por prescrever o antibiótico mais adequado, em vez de antimicrobianos de amplo espectro de ação, o que ajuda a diminuir as chances de que um antibiótico gere inadvertidamente resistência dentro da flora normal do paciente.
-Cepas bacterianas resistentes são particularmente comuns entre profissionais da equipe hospitalar, uma vez que o uso de antibióticos é constante em seu ambiente de trabalho.
Uso seguro dos antibióticos 
-A administração de qualquer droga envolve o julgamento dos riscos e benefícios; isso é denominado índice terapêutico.
-O uso de outra droga pode causar efeitos tóxicos que não ocorrem quando a droga é administrada sozinha. Uma droga também pode neutralizar os efeitos esperados de outra.

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