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PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS DOS PREPAROS PROTÉTICOS EM PPF PREPARO PROTÉTICO “Desgaste dental seletivo em quantidade e áreas pré-determinadas, dentro de uma sequência operatória pré-estabelecida, empregando instrumental selecionado e específico, com a finalidade de criar espaço para que o material restaurador possa viabilizar a reabilitação da estética, forma e função de uma ou mais coroas dentárias.” pegoraro et al., 2014 ● “O desenho tem que estar delineado mentalmente antes da execução” (Mezzomo, 2009) ● “Nenhum outro procedimento clínico, na pf, revela cuidado, delicadeza e julgamento usado para o dentista do que a qualidade do preparo dentário.” (Miller, 1993) PRESERVAÇÃO DA ESTRUTURA DENTÁRIA ● Cuidados em relação à polpa dental durante o preparo ○ Profundidade e extensão do preparo ○ idade do paciente ○ Velocidade de rotação ○ Calor e pressão ○ Instrumentação atraumática ● Cuidados em relação à polpa dental após o preparo ○ Limpeza do preparo ○ Secagem do preparo ○ Confecção da coroa provisória ○ Forramento do preparo RETENÇÃO ● “Qualidade de um preparo em impedir o deslocamento de restauração no sentido contrário à sua via de inserção, quando submetido à força de tração” (Mezzomo, 2009). Ou seja, a força contrária, no sentido vertical, impedindo o deslocamento. ● Área de cimento sob efeito de cisalhamento ○ Ato mecânico de “raspar” uma superfície ○ Não se pode delegar ao cimento a ação de retenção e estabilidade ○ O preparo deve ter leve conicidade (arredondado, com leve convergência) angulação de 6° para permitir uma melhor entrada no material sem interferir na retenção ● Aspereza da superfície ○ A adesão do cimento dentário depende primariamente da projeção do cimento dentro das irregularidades microscópicas e em pequenas retenções de superfície a serem unidas ○ A superfície do preparo não deve ser altamente polida ● Grau de conicidade ○ Quanto maior o grau de conicidade, menor a retenção ○ Inclinação aproximada de 3° em cada face ○ ● Área total da superfície do preparo ○ Quanto maior a altura do preparo, maior será a área e a retenção ○ Quanto maior o volume do preparo, maior será a área e a retenção ○ Confecção de sulcos, caixas, canaletas, pinos ou orifícios ESTABILIDADE ● Qualidade de um preparo em impedir o deslocamento da restauração frente Às forças oblíquas ● Área total da superfície de preparo ○ Quanto maior a altura do preparo, maior a estabilidade ● Para a mesma altura de preparo, maior o volume, menor a estabilidade - zona z = áreas de oposição ao deslocamento (áreas de instabilidade) ● Preparo com mesma altura e maior conicidade, menor a estabilidade ● Rotação ao redor do eixo vertical ○ Preparos cilíndricos com sulcos adicionais anulam a rotação ● Plano de inserção ○ Perpendicular ao plano oclusal RIGIDEZ ESTRUTURAL ● O preparo deve ser planejado e realizado de forma que a prótese possa ter uma espessura suficiente de material (metal/porcelana/resina) para resistir às forças oclusais, sem que ocorra uma deformação/fratura da mesma ● Biselamento da cúspide funcional ○ Arredondamento do ângulo cavo-superficial VIPS ● Redução axial ○ Criar espaço para o correto volume de material restaurador dentro dos contornos normais do dente ● Redução oclusal ○ Paralela aos planos oclusais dos dentes antagônicos SELAMENTO MARGINAL ● O objetivo de toda peça e cimentada é ter um selamento marginal correto, com uma linha de cimento reduzida e possa garantir a longevidade da restauração, num ambiente biológico desfavorável, que é a boca. ● Término cervical: todo e qualquer desenho anatômico que é feito na área cervical para favorecer uma boa adaptação ○ Os mais corriqueiros são o chanfro e o degrau ou ombro ● Lâmina de faca ○ Dentes inclinados para lingual ou em superfície muito convexas, onde para executar o chanfro teria que remover muito tecido dentário (ponta diamantada 3193) ● Degrau inclinado em 135° ○ Muito invasivo ○ Indicações: metalo cerâmica, metal free, caninos com marcada retração gengival ○ Vantagens: Boa adaptação estética e contornos adequados ○ Desvantagens: ultra-circulamento atinge a raiz ○ Tronco cônica em forma de torpedo 3122, 4122 ● Degrau ou ombro ( com ou sem bisel) ○ Parede axial 90° com a cervical ○ Dificulta o escoamento do cimento ○ Aumento de desajustes oclusais e cervicais ○ Maior linha de cimento ○ Proporciona espessura ao material ○ Menor risco de fratura ○ Melhor estética ( + espaço) ○ Linha nítida e definida ○ Maior desgaste dentário ○ Indicações ■ Preparos estéticos (anteriores até 1°pm) ■ Porcelana pura ■ Coroa de acrílico ■ 3017, 3101 ○ Bisel (3193, 3293) ■ Coroa metalo-cerâmica (Au) ■ Estética ■ Melhora a adaptação ■ Maior escoamento do cimento ■ Remoção exagerada ● Chanfro (largo com ou sem bisel, chanferete) ○ O ângulo entre a parede axial e a cervical é arredondado ○ Espessura adequada para o material restaurador ○ Considerado o ideal ○ Melhor escoamento do cimento ○ Menor linha de cimento ○ Mais conservador ○ Chanfrete - chanfro mais conservador . indicações metais ○ Indicações ■ Coroas metálicas ■ Coroas metalocerâmicas ■ MOD ○ Pontas diamantadas ■ 2215, 2216, 3215,3216, 4138 e 4137 PRESERVAÇÃO DO PERIODONTO ● Nenhum trabalho protético ficará impune às cobranças do periodonto, ou seja, qualquer alteração das características biológicas será elucidada pela apresentação de sinais e sintomas de doenças periodontais . ● higiene oral ● Sobrecontorno ● Compressão da papila ● Inflamação ● Hiperplasia ● Forma, contorno e localização do término cervical ● Colocação intra-sulcular do término ● estética ● restaurações ● cárie ● fratura ● razões mecânicas Quando respeitamos todos esses princípios, obteremos sucesso na reabilitação SUCESSO CLÍNICO ● O sucesso no tratamento com PF é determinado por ○ longevidade ○ saúde pulpar e gengival dos dentes envolvidos ○ ausência de sangramento ○ satisfação do paciente ○ função “O preparo dental não deve ser iniciado sem que o profissional saiba quando indicá-lo e como executá-lo, buscando preencher os princípios fundamentais para conseguir preparos corretos: mecânicos, biológicos e estéticos” (Pegoraro et al., 2013)
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