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EXAME CLÍNICO - PLANEJAMENTO EM REABILITAÇÃO ORAL CONSIDERAÇÕES INICIAIS “O sucesso dos trabalhos na clínica diária está diretamente associado a um correto e criterioso planejamento, que deve ser individualizado e executado de modo a atender às necessidades de cada paciente” (PEGORARO et al, 2013). “O fato mais importante a ser considerado no processo de diagnóstico e plano de tratamento é o paciente." ● O que ele está buscando? ● Quais suas expectativas? ● Sua percepção estética, funcional, psicológica? ● A percepção de pessoas próximas quanto à necessidade de tratamento?” “Pacientes totalmente edêntulos não devem ser vistos apenas como indivíduos que perderam seus dentes, mas sim como vítimas de mutilação . Necessitam, além da reabilitação mastigatória, uma reposição artificial dos tecidos ósseos perdidos, recuperação da morfologia e função dos tecidos moles e ainda, apoio psicológico.” ● O QUE FAZER? ● COMO FAZER? ● POR QUE FAZER? Tudo começa na primeira abordagem com o paciente ====> Plano de tratamento PLANEJAMENTO ● Anamnese ○ Identificação documental do paciente ○ Histórico clínico odontológico ○ Queixa principal ■ Desconforto (dor, sensibilidade, edema) ■ Função (dificuldade na mastigação ou na fonação) ■ Social (odor ou gosto desagradável) ■ Aparência (alteração de forma, cor, posição) ○ Histórico médico ■ Condições patológicas ● condições de tratamento ou sua ausência ● Alergias, medicamentos, problemas cardiovasculares ● Planos de tratamento especiais ○ Radio e quimioterapia, condição de idade avançada, transplantados, PNE, etc ■ Alterações sistêmicas com repercussões bucais ● Diabetes, menopausa, gravidez ● Bulimia, hérnia de hiato ■ Identificação de fatores de risco para o CD ○ Estado psicológico ■ Hábitos parafuncionais ■ Receptividade ● Classe receptiva (cooperação) ● Classe cética (desconfiança) ● Classe histérica (trauma psíquico) ● Classe indiferente “Próteses tecnicamente excelentes podem falhar devido ao fator humanos” (KLIEMANN; OLIVEIRA, 2006) ○ Tratamentos odontológicos anteriores ■ traumas ■ motivação ■ disposição ○ condição socioeconômica do paciente ■ opções terapêuticas ○ Registrar as informações corretamente no prontuário do paciente ● Exame físico ○ manobras semiotécnicas ■ Inspeção/exploração ■ percussão ■ palpação ■ auscultação ■ agentes físicos ○ Exame extraoral ■ Sinais vitais, postura, biotipo ■ aspecto facial ● dimensão vertical ○ colapso facial ● Linhas de sorriso ● Suporte de lábio ● Vermelhão do lábio ■ Alterações na fala ■ ATM, músculos ○ Exame intraoral ■ Dentes ● Cáries e restaurações existentes ● Alterações da estética ● Número, disposição ● Inclinação e giroversão ● Tamanho da coroa clínica ● Vitalidade pulpar ● Oclusão ● Anomalias de forma e estrutura ● Periodonto/Tec. moles ○ Exame de sondagem ○ Índice de sangramento ○ Exsudato ○ Recessão gengival ○ Mobilidade ○ Índice de placa ○ Distâncias biológicas ○ Envolvimento de furca ■ Grau ■ Complexidade do tratamento restaurador ■ Severidade de destruição ■ Possibilidade de restauração ■ Manutenção ■ Custo ■ Prognóstico “Nossos trabalhos protéticos são imediatamente julgados por um juiz implacável e incorruptível: o periodonto” ■ Exame da áreas edêntula ● Espaço protético na região anterior ○ Rebordo residual normal ○ Rebordo residual ligeiramente reabsorvido ○ Rebordo alveolar reabsorvido ○ Rebordo alveolar muito reabsorvido ● Espaço protético ○ Desdentado total ou parcial? ○ Localização de espaços - desdentado posterior ou anterior? ○ Extensão ○ Altura ○ Forma ○ Tipo de antagonista *Curvos - implante, PPR ■ Exame das próteses preexistentes ● N° de próteses usadas anteriormente/ tempo de uso ● Biomecânica / oclusão ● Estética / opinião do paciente ● Lesões ● Necessidade de troca ● Exames complementares (radiográficos, modelos de estudos, exames laboratoriais, fotografias) ○ Exame radiográfico ■ Tipos ● intraoral (periapical, interproximal e oclusal) ● Extra oral (panorâmica, ATM, tomografia) ■ Observar: ● Tipo de tecido ósseo ● Fraturas ● Dentes inclusos ● Corpos estranhos ● Formações benignas/malignas ■ Somente tomografias computadorizadas produzem imagem em tamanho real, onde medidas mais precisas podem ser feitas, fornecendo dados sobre a densidade óssea das regiões selecionadas ○ Exames de modelos de estudo ■ Isoladas ● Coroas dentais ○ volume ○ forma ○ anomalias ○ facetas de desgaste ○ grau de destruição ● Estado das restaurações e próteses ● Curvatura do arco ● Espaços protéticos ■ Principais funções do modelo de estudo ● Registro físico da situação atual do paciente ● Espaços protéticos (planejamento em PPR e PPF) ● Plano oclusal ● Relação intermaxilar + registro de mordida ● Estudo de rebordo residual (planejamento em PT) ● Posicionamento dos dentes ● Desgaste seletivo ● Enceramento diagnóstico ● Confecção de coroas provisórias ■ Modelos de estudo ● Articulados ○ Curva de Spee ○ Curva de Wilson ○ Overjet / overbite ○ Linha média ○ Abertura e fechamento ○ Deslocamentos laterais e anteriores ○ Contato oclusal ○ Relação maxilomandibular ● Diagnóstico ○ Alterações funcionais ○ Fatores etiológicos ○ Necessidade de tratamento ○ Enceramento diagnóstico ■ Confecção de coroas provisórias ■ Confecção de guia cirúrgico para instalação de implantes ● Fotografia ○ Registro fotográfico se mostra cada vez mais indispensável, principalmente em reabilitações mais estéticas. ● Plano de tratamento integrado ○ Profilaxia - instrução de higiene oral ○ Equilíbrio oclusal ○ Cirurgia ○ Periodontia ○ Endodontia ○ Dentística ○ Ortodontia ○ Restauração protética: Fixa, removível ou total ○ Restauração com implantes ○ Controle e manutenção CONCLUSÃO ● Através do conhecimento teórico e prático prévios, e uma boa anamnese, procederemos aos exames intra e extraoral precisos, associados a exames complementares (radiografias, fotografias, montagem em modelos em articulador …). Conheceremos, então, a real situação do paciente e poderemos traçar o melhor plano de tratamento individualizado.
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