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Aula 01
1000 Questões Comentadas - Leis Penais Extravagantes, Dir. Penal e Dir. Processual 
Penal 
Professor: Alexandre Herculano
 
 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
 
 
 
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Aula 01 - Crimes de Tortura (Lei n.º 9.455/97). Abuso de 
Autoridade (Lei n.º 4.898/65). Crimes Hediondos (Lei n.º 
8.072/90). Introdução ao Direito Penal. Princípios do 
Direito Penal. Disposições constitucionais aplicáveis. 
Introdução ao estudo do Processo Penal: Princípios do 
Direito Processual Penal. Aplicação da Lei processual penal. 
Disposições constitucionais. (parte II) 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 1 
2. Questões propostas 2 
3. Questões comentadas 28 
3.1. Introdução ao Direito Penal. Princípios do Direito 
Penal. Disposições constitucionais aplicáveis. 
28 
3.2. Introdução ao estudo do Processo Penal: Princípios 
do Direito Processual Penal. Aplicação da Lei processual 
penal. Disposições constitucionais. 
45 
3.3. Crimes de Tortura (Lei n.º 9.455/97). 58 
3.4. Abuso de Autoridade (Lei n.º 4.898/65). 73 
3.5. Crimes Hediondos (Lei n.º 8.072/90). 90 
4. Gabarito 100 
 
 
 Olá, meus amigos! 
 
 Hoje vou continuar abordando Crimes de Tortura (Lei n.º 
9.455/97). Abuso de Autoridade (Lei n.º 4.898/65). Crimes Hediondos 
(Lei n.º 8.072/90). Introdução ao Direito Penal. Princípios do Direito 
Penal. Disposições constitucionais aplicáveis. Introdução ao estudo do 
 
 
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Processo Penal: Princípios do Direito Processual Penal. Aplicação da Lei 
processual penal. Disposições constitucionais. 
 Não esqueçam de fazer primeiro e depois ver os comentários, 
mesmo que tenha acertado! 
 
 
 
 Questões propostas 
 
1) (CESPE - 2015 - TRE-MT - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Com relação às fontes e aos princípios de direito penal, bem como 
à aplicação e interpretação da lei penal no tempo e no espaço, 
assinale a opção correta. 
A) No Código Penal brasileiro, adota-se, com relação ao tempo do crime, 
a teoria da ubiquidade. 
B) A lei penal brasileira aplica-se ao crime perpetrado no interior de navio 
de guerra de pavilhão pátrio, ainda que em mar territorial estrangeiro, 
dado o princípio da territorialidade. 
C) Segundo a doutrina majoritária, os costumes e os princípios gerais do 
direito são fontes formais imediatas do direito penal. 
D) Dado o princípio da legalidade estrita, é proibido o uso de analogia em 
direito penal. 
 
 
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2) (FGV - 2014) O Presidente da República, diante da nova onda 
de protestos, decide, por meio de medida provisória, criar um 
novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo. A medida 
provisória foi convertida em lei, sem impugnações. Com base nos 
dados fornecidos, assinale a opção correta. 
A) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais 
por meio de medida provisória, quando convertida em lei. 
B) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais 
por meio de medida provisória, pois houve avaliação prévia do Congresso 
Nacional. 
C) Há ofensa ao principio da reserva legal, pois não é possível a criação 
de tipos penais por meio de medida provisória. 
D) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não cabe ao Presidente da 
República a iniciativa de lei em matéria penal. 
 
3) (FGV - 2012) Em relação ao princípio da insignificância, 
assinale a afirmativa correta. 
A) O principio da insignificância funciona como causa de exclusão da 
culpabilidade. A conduta do agente, embora típica e ilícita, não é culpável. 
B) A mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social 
da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a 
inexpressividade da lesão jurídica constituem, para o Supremo Tribunal 
 
 
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Federal, requisitos de ordem objetiva autorizadores da aplicação do 
princípio da insignificância. 
c) A jurisprudência predominante dos tribunais superiores é acorde em 
admitir a aplicação do princípio da insignificância em crimes praticados 
com emprego de violência ou grave ameaça à pessoa (a exemplo do 
roubo). 
D) O princípio da insignificância funciona como causa de diminuição de 
pena. 
 
4) (CESPE - 2013 - DPE-ES - Defensor Público) O princípio da 
insignificância ou da bagatela exclui 
A) a punibilidade. 
B) a executividade. 
C) a tipicidade material. 
D) a ilicitude formal. 
E) a culpabilidade. 
 
5) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com relação à aplicação da lei 
penal, julgue os itens. 
Ficam sujeitos à lei brasileira os crimes contra o patrimônio ou a fé 
pública do DF, de estado, de município, de empresa pública, sociedade de 
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder público, 
embora cometidos no estrangeiro, sendo o agente punido segundo a lei 
brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. 
 
 
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6) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com relação à aplicação da lei 
penal, julgue os itens. 
As frações de dia são computadas como um dia integral de pena nas 
penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos. 
 
7) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com relação à aplicação da lei 
penal, julgue os itens. 
O direito penal, quanto ao tempo do crime, considera praticado o crime 
no momento do seu resultado. 
 
8) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com relação à aplicação da lei 
penal, julgue os itens. 
A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz as 
mesmas consequências, poderá ser homologada no Brasil para todos os 
efeitos, exceto para obrigar o condenado à reparação do dano. 
 
9) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com relação à aplicação da lei 
penal, julgue os itens. 
Não é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves 
ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, ainda que achando-
se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
 
 
 
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10) (2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) A respeito dos princípios 
aplicáveis ao direito penal, julgue os itens. 
Conforme o entendimento doutrinário dominante relativamente ao 
princípio da intervenção mínima, o direito penal somente deve ser 
aplicado quando as demais esferas de controle não se revelarem eficazes 
para garantir a paz social. Decorrem de tal princípio a fragmentariedade e 
o caráter subsidiário do direito penal. 
 
11) (2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) A respeito dos princípios 
aplicáveis ao direito penal, julgue os itens. 
Do princípio da individualização da pena decorre a exigência de que a 
dosimetria obedeça ao perfil do sentenciado, não havendo correlação do 
referido princípio com a atividade legislativa incriminadora, isto é, com afeitura de normas penais incriminadoras. 
 
12) (2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) A respeito dos princípios 
aplicáveis ao direito penal, julgue os itens. 
Ao se referir ao princípio da lesividade ou ofensividade, a doutrina 
majoritária aponta que somente haverá infração penal se houver efetiva 
lesão ao bem jurídico tutelado. 
 
13) (2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) A respeito dos princípios 
aplicáveis ao direito penal, julgue os itens. 
 
 
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Em decorrência do princípio da confiança, há presunção de legitimidade e 
legalidade dos atos dos órgãos oficiais de persecução penal, razão pela 
qual a coletividade deve guardar confiança em relação a eles. 
 
14) (2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) A respeito dos princípios 
aplicáveis ao direito penal, julgue os itens. 
Dado o princípio da intranscendência da pena, o condenado não pode 
permanecer mais tempo preso do que aquele estipulado pela sentença 
transitada em julgado. 
 
15) (2014 - CESPE - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) 
Com relação à aplicação da lei processual no tempo, assinale a 
opção correta. 
A) Lei processual penal anterior à nova lei continuará a ser aplicada nos 
processos que se iniciaram sob a sua vigência. 
B) Nova lei processual penal retroage para alcançar os atos praticados na 
vigência da lei processual penal anterior. 
C) Nova lei processual penal tem incidência imediata nos processos já em 
andamento. 
D) Atos processuais realizados sob a vigência de lei processual penal 
anterior à nova lei serão considerados inválidos. 
E) Nova lei processual penal será aplicada apenas aos processos que se 
iniciarem após a sua publicação. 
 
 
 
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16) (FGV - 2014) A lei processual penal 
A) não admite aplicação analógica, em obediência ao principio da 
legalidade estrita ou tipicidade expressa. 
B) admite interpretação extensiva e o suplemento dos princípios gerais de 
direito, por expressa disposição legal. 
C) tem aplicação imediata, devendo os atos praticados sob a vigência de 
lei anterior revogada ser renovados e praticados sob a égide na nova lei, 
sob pena de nulidade absoluta. 
D) não retroagirá, salvo para beneficiar o réu, não vigorando, no direito 
processual penal, o princípio tem pus regit actum. 
 
17) (2014 - CESPE - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) 
Lei processual penal 
A) não admite interpretação sistemática. 
B) não admite aplicação analógica. 
C) não admite o suplemento dos princípios gerais de direito. 
D) não deve ser interpretada sempre restritivamente. 
E) não admite interpretação extensiva. 
 
18) (2015 - CESPE - DPE-RN - Defensor Público Substituto) 
Assinale a opção correta a respeito dos sistemas de processo 
penal e da interpretação da lei processual penal segundo o CPP e 
o entendimento do STJ. 
 
 
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A) De acordo com o CPP, a analogia equivale à norma penal 
incriminadora, protegida pela reserva legal, razão pela qual não pode ser 
usada contra o réu. 
B) No sistema inquisitivo, a confissão é considerada a rainha das provas e 
predominam nele procedimentos exclusivamente escritos. 
C) A lei processual penal veda a interpretação extensiva para prejudicar o 
réu. 
D) A interpretação extensiva é um processo de integração por meio do 
qual se aplica a uma determinada situação para a qual inexiste hipótese 
normativa própria um preceito que regula hipótese semelhante. 
E) Para o uso da analogia, é importante considerar a natureza do diploma 
de onde se deve extrair a norma reguladora. 
 
19) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Acerca do princípio do livre 
convencimento do juiz, julgue os itens. 
Tendo formado sua convicção pela livre apreciação da prova produzida 
em contraditório judicial, o juiz poderá proferir decisão baseada 
exclusivamente nas provas não repetíveis, mas não poderá fazê-lo em 
caso de provas antecipadas ou cautelares. 
 
20) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Acerca da aplicabilidade da lei processual penal no tempo e no 
espaço e dos princípios que regem o inquérito policial, julgue o 
item a seguir. 
 
 
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Em relação à aplicação da lei processual penal no espaço, vigora o 
princípio da territorialidade. 
 
21) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Acerca da aplicabilidade da lei processual penal no tempo e no 
espaço e dos princípios que regem o inquérito policial, julgue o 
item a seguir. 
Nova lei processual que modifique determinado prazo do recurso em 
processo penal terá aplicação imediata, a contar da data de sua vigência, 
aplicando-se inclusive a processo que esteja com prazo recursal em curso 
quando de sua edição. 
 
22) (2015 - FUNIVERSA - SEAP-DF - Agente de Atividades) No que 
se refere ao direito processual penal, julgue o item, segundo o 
entendimento dos tribunais superiores e da doutrina dominante. 
Em regra, a Lei Processual Penal é aplicada tão logo entra em vigor, 
afetando, inclusive, atos já realizados sob a vigência de lei anterior. 
 
23) (2014 - MPE-SC - MPE-SC) Analise os enunciados das 
questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado. 
Segundo o Código de Processo Penal, a lei processual penal admitirá 
interpretação extensiva e aplicação analógica. 
 
 
 
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24) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Acerca da aplicabilidade da lei processual penal no tempo e no 
espaço e dos princípios que regem o inquérito policial, julgue o 
item a seguir. 
Por força de mandamento constitucional, o exercício do contraditório deve 
ser garantido ainda no curso do inquérito policial, não obstante a sua 
natureza administrativa e pré-processual. 
 
25) (2013 - CESPE - SEGESP-AL) Acerca do processo penal 
brasileiro, julgue os itens subsecutivos. 
A lei processual penal tem aplicação imediata, sem retroagir, 
independentemente de seu conteúdo ser mais benéfico para o acusado. 
 
26) (2011 - CESPE - TJ-ES - Comissário da Infância e da 
Juventude) Julgue os itens subsequentes, relativos ao processo 
penal. 
O princípio da obrigatoriedade é mitigado em infrações de menor 
potencial ofensivo, uma vez que, nesses casos, há possibilidade de oferta 
de transação penal. 
 
27) (2011 - CESPE - TJ-ES - Comissário da Infância e da 
Juventude) Acerca da legislação processual penal brasileira, 
julgue os itens a seguir. Nesse sentido, considere que a sigla MP, 
sempre que utilizada, se refere ao Ministério Público. 
 
 
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O princípio da indisponibilidade impede o MP de opinar pela absolvição, 
em sede de alegações finais. Em tal hipótese, o juízo competente pode, 
ainda assim, condenar o acusado. 
 
28) (2011 - CESPE - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária)Acerca dos princípios gerais do processo penal, julgue os itens a 
seguir. 
A adoção do princípio da inércia no processo penal brasileiro não permite 
que o juiz determine, de ofício, diligências para dirimir dúvida sobre ponto 
relevante dos autos. 
 
29) (2016 - UFMT - TJ-MT - Analista Judiciário - Direito) Em 
relação aos crimes de tortura, marque V para as afirmativas que 
correspondam ao tipo de crime descrito e F àquelas que não 
correspondem. 
( ) Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, 
causando-lhe sofrimento físico ou mental, para provocar ação ou omissão 
de natureza criminosa. 
( ) Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego 
de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, 
como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. 
( ) Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, 
causando-lhe sofrimento físico ou mental, em razão de discriminação 
racial ou religiosa. 
 
 
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( ) Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, 
causando-lhe sofrimento físico ou mental, com o fim de obter informação, 
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa. 
Assinale a sequência correta. 
A) V, V, V, V 
B) F, V, F, V 
C) F, F, F, F 
D) V, F, V, F 
 
30) (2015 - FGV - TJ-PI - Analista Judiciário -Escrivão Judicial) 
Ressalvada a situação daquele que se omite, quando tinha dever 
de evitar ou apurar, os condenados por crime de tortura, na forma 
da Lei nº 9.455/97, devem cumprir a pena em regime: 
A) integralmente fechado; 
B) inicialmente fechado; 
C) inicialmente semiaberto; 
D) inicialmente semiaberto, no caso de tortura vindicativa; 
E) aberto. 
 
31) (2015 - CESPE - TJ-PB - Juiz Substituto) Julgue os itens a 
respeito das penas e efeitos da condenação previstos na Lei n.º 
9.455/1997, que define o crime de tortura. 
 
 
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A condenação por crime de tortura somente importará na perda do cargo, 
função ou emprego público em caso de aplicação de regime semiaberto 
ou fechado para cumprimento de pena. 
 
32) (2015 ± CESPE - Defensor Público Federal de Segunda 
Categoria) Em relação aos crimes contra a fé pública, aos crimes 
contra a administração pública, aos crimes de tortura e aos crimes 
contra o meio ambiente, julgue o item a seguir. 
Caracteriza uma das espécies do crime de tortura a conduta consistente 
em, com emprego de grave ameaça, constranger outrem em razão de 
discriminação racial, causando-lhe sofrimento mental. 
 
33) (2014 ± CESPE - Juiz de Direito Substituto ± TJ) Considerando 
as leis que tratam da tortura, julgue os itens. 
O crime de tortura que resulta em lesão corporal de natureza grave ou 
gravíssima é punível conforme as penas previstas para esse delito, 
acrescidas das referentes ao delito de lesão corporal grave ou gravíssima. 
 
34) (2014 ± CESPE ± TJ CE - Execução de Mandados) Julgue os 
itens, à luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes 
de preconceitos de raça ou de cor e os crimes de tortura. 
Considere que um policial civil, após infligir sofrimento mental mediante 
privação do sono, exija que o acusado de roubo reconheça determinado 
homem como sendo seu comparsa. Nessa situação, o referido policial não 
 
 
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cometeu o delito de tortura, mas de constrangimento ilegal em concurso 
material com cárcere privado. 
 
35) (2014 ± CESPE ± TJ CE - Execução de Mandados) Julgue os 
itens, à luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes 
de preconceitos de raça ou de cor e os crimes de tortura. 
Por se tratar de crime próprio, o crime de tortura é caracterizado pelo fato 
de o agente que o pratica ser funcionário público. 
 
36) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado - 
Transporte) Com relação aos crimes de tortura, julgue os 
próximos itens. 
O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
 
37) (CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal) A 
respeito das leis especiais, julgue os itens a seguir. 
O policial condenado por induzir, por meio de tortura praticada nas 
dependências do distrito policial, um acusado de tráfico de drogas a 
confessar a prática do crime perderá automaticamente o seu cargo, sendo 
desnecessário, nessa situação, que o juiz sentenciante motive a perda do 
cargo. 
 
38) (CESPE - 2013 - PG-DF - Procurador) Com referência às penas 
e à sua aplicação, julgue os seguintes itens. 
 
 
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Se um integrante de corporação policial militar for processado penalmente 
pela prática de tortura ao submeter agente preso por sua guarnição a 
sofrimento físico intenso com a intenção de obrigá-lo a delatar os 
comparsas, o julgamento do processo deverá ocorrer na justiça comum, e 
a eventual condenação implicará, automaticamente, a perda do cargo, 
função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do 
prazo da pena aplicada, como efeito automático da condenação, 
dispensando-se motivação circunstanciada. 
 
39) (CESPE - 2013 - PC-DF - Agente de Polícia) Julgue o item que 
se segue, acerca da legislação especial criminal. 
O agente público que submeter pessoa presa a sofrimento físico ou 
mental, ainda que por intermédio da prática de ato previsto em lei ou 
resultante de medida legal, praticará o crime de tortura. 
 
40) (CESPE - 2013 - PC-DF - Escrivão de Polícia) Em relação aos 
crimes de tortura (Lei n. o 9.455/1997), julgue os itens que se 
seguem. 
Considere a seguinte situação hipotética. 
O agente carcerário X dirigiu-se ao escrivão de polícia Y para informar 
que, naquele instante, o agente carcerário Z estava cometendo crime de 
tortura contra um dos presos e que Z disse que só pararia com a tortura 
depois de obter a informação desejada. 
 
 
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Nessa situação hipotética, se nada fizer, o escrivão Y responderá 
culposamente pelo crime de tortura. 
 
41) (CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário) Em cada um 
dos itens é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma 
assertiva a ser julgada com base no disposto na Lei n.º 
4.898/1965 e na Lei n.º 9.455/1997. 
Joaquim, agente penitenciário federal, foi condenado, definitivamente, a 
uma pena de três anos de reclusão, por crime disposto na Lei n.º 
9.455/1997. Nos termos da referida lei, Joaquim ficará impedido de 
exercer a referida função pelo prazo de seis anos. 
 
42) (CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário) Em cada um 
dos itens é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma 
assertiva a ser julgada com base no disposto na Lei n.º 
4.898/1965 e na Lei n.º 9.455/1997. 
Um agente penitenciário federal determinou que José, preso sob sua 
custódia, permanecesse de pé por dez horas ininterruptas, sem que 
pudesse beber água ou alimentar-se, como forma de castigo, já que José 
havia cometido, comprovadamente, grave faltadisciplinar. Nessa 
situação, esse agente cometeu crime de tortura, ainda que não tenha 
utilizado de violência ou grave ameaça contra José. 
 
 
 
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43) (CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário Federal) Com 
fundamento na legislação que define os crimes de tortura e de 
tráfico de pessoas, julgue os itens a seguir. 
Para que um cidadão seja processado e julgado por crime de tortura, é 
prescindível que esse crime deixe vestígios de ordem física. 
 
44) (MPE-SC - 2013 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Manhã) 
Analise cada um dos enunciados das questões abaixo e assinale 
"certo" (c) ou "errada" (e), 
Para fins da Lei n. 9.455/97, a perda do cargo público, função ou 
emprego público é efeito extrapenal da sentença condenatória; e em se 
tratando de condenação de oficial da Polícia Militar pela prática do crime 
de tortura, a competência para decretar a perda do oficialato, como efeito 
da condenação, é da Justiça Comum. 
 
45) (2016 - CESPE - TRT - 8ª Região - Analista judiciário - Oficial 
de Justiça Avaliador Federal) Com base na legislação penal, 
assinale a opção correta. 
A) A representação prevista na lei que trata dos crimes de abuso de 
autoridade é mera notícia do fato criminoso, inexistindo condição de 
procedibilidade para a instauração da ação penal. 
B) É facultado ao juiz determinar a cassação da licença de funcionamento 
do estabelecimento onde se verifique a submissão de criança ou 
 
 
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adolescente à prostituição ou à exploração sexual, sem prejuízo das 
demais penas previstas para o crime. 
C) A perda do cargo ou função pública constitui efeito automático da 
condenação do servidor público acusado da prática de crimes resultantes 
de preconceito de raça ou cor. 
D) A coabitação entre os sujeitos ativo e passivo é condição necessária 
para a aplicação da Lei Maria da Penha no âmbito das relações íntimas de 
afeto. 
 
46) (2016 - CESPE - TJ-AM - Juiz Substituto) Com base no 
disposto na Lei n.° 4.898/1965, que trata do crime de abuso de 
autoridade, e na jurisprudência do STJ, assinale a opção correta. 
A) A pessoa física, mas não a pessoa jurídica, pode ser sujeito passivo do 
crime de abuso de autoridade. 
B) De acordo com o STJ, pode caracterizar abuso de autoridade a 
negativa infundada do juiz em receber advogado, durante o expediente 
forense, quando este estiver atuando em defesa do interesse de seu 
cliente. 
C) A representação da vítima, dirigida ao MP, é condição de 
procedibilidade para a instauração da ação penal referente ao crime de 
abuso de autoridade. 
D) Constitui abuso de autoridade submeter pessoa sob sua guarda ou 
custódia a vexame ou a constrangimento, ainda que o procedimento 
adotado pela autoridade policial esteja previsto em lei. 
 
 
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E) Constitui crime de abuso de autoridade qualquer atentado à 
incolumidade física, psíquica e moral do indivíduo. 
 
47) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) A respeito do crime de abuso de 
autoridade, assinale a opção correta à luz da atual legislação de 
regência. 
A) Em caso de abuso de autoridade cometido por agente de autoridade 
policial, civil ou militar, poderá ser cominada pena autônoma ou 
acessória, consistente em não poder o acusado exercer funções de 
natureza policial pelo prazo de um a cinco anos. 
B) O sujeito ativo do crime de abuso de autoridade é toda autoridade 
pública, considerada como tal o funcionário público que exerça cargo, 
emprego ou função em caráter efetivo e remunerado. 
C) O mesário eleitoral exerce múnus público, motivo pelo qual não pratica 
o crime de abuso de autoridade, pois o encargo que lhe incumbe não é 
típico de autoridade pública. 
D) O particular não pode ser sujeito ativo do crime de abuso de 
autoridade, salvo se praticar o fato criminoso em concurso com o 
funcionário público e se tiver consciência dessa condição elementar. 
E) As ações penais relativas aos crimes de abuso de autoridade são 
públicas, condicionadas à representação da vítima. 
 
 
 
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48) (CESPE - 2007 - Juiz ± TJ-AC) Com relação ao crime de abuso de 
autoridade, inexiste condição de procedibilidade para a instauração da 
ação penal correspondente. 
 
49) (CESPE - Juiz do trabalho - TRT 5ª Região) No que se refere ao 
crime de abuso de autoridade, eventual falha na representação, ou sua 
falta, não obsta a instauração da ação penal. 
 
50) (CESPE - Juiz do trabalho - TRT 5ª Região) No que se refere ao 
crime de abuso de autoridade, compete à justiça militar processar e julgar 
crime de abuso de autoridade praticado por policial militar em serviço. 
 
51) (CESPE - Juiz do trabalho - TRT 5ª Região) No que se refere ao 
crime de abuso de autoridade, a sanção penal por crime de abuso de 
autoridade poderá consistir em perda de cargo e inabilitação para o 
exercício de qualquer outra função pública, por prazo de até 10 anos. 
 
52) (CESPE - 2004 - Analista Judiciário - TJ-DF) É indispensável à 
configuração do crime de abuso de autoridade que o agente exerça 
função pública remunerada e de caráter não transitório. 
 
53) (CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivão de Polícia) Acerca dos crimes 
de abuso de autoridade e de tortura, julgue os itens 
subsequentes. 
 
 
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Há concurso de crimes de abuso de autoridade e de tortura se, em um 
mesmo contexto, mas com desígnios autônomos, dois agentes torturam 
preso para que ele confesse a autoria de delito e, em seguida, o exibem, 
sem autorização, para as redes de televisão como suposto autor confesso 
do crime. 
 
54) (CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivão de Polícia) Acerca dos crimes 
de abuso de autoridade e de tortura, julgue os itens 
subsequentes. 
Pratica o crime de abuso de autoridade o agente que, mesmo não tendo a 
intenção ou o ânimo específico de exorbitar do poder que lhe for conferido 
legalmente, excede-se nas medidas para cumpri-lo, com o objetivo de 
proteger o interesse público. 
 
55) (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Criminal - Específicos) Acerca 
do direito administrativo e do abuso de autoridade, julgue os itens 
a seguir. 
Por depender da oitiva de testemunhas para a sua comprovação material, 
o ato de submeter alguém sob sua guarda ou custódia a vexame ou a 
constrangimento ilegal não pode ser enquadrado como abuso de 
autoridade, sujeitando-se o autor apenas às sanções civil e penal. 
 
56) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia - Específicos) Com 
relação à legislação especial, julgue o item que se segue. 
 
 
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Os crimes de abuso de autoridade serão analisados perante o Juizado 
Especial Criminal da circunscrição onde os delitos ocorreram, salvo nos 
casos em que tiverem sido praticados por policiais militares. 
 
57) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia- Específicos) Com 
relação à legislação especial, julgue o item a seguir. 
Em caso de atitude suspeita, deixa o policial civil de praticar o crime de 
abuso de autoridade ao invadir domicílio na busca do estado de flagrância 
de crime permanente. 
 
58) (CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário) No item abaixo 
é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva 
a ser julgada com base no disposto na Lei n.º 4.898/1965 e na Lei 
n.º 9.455/1997. 
Um agente penitenciário federal, no presídio em que trabalha, determinou 
TXH�&pVDU��SUHVR�VRE�VXD�FXVWyGLD��WUDMH�URXSD�tQWLPD�IHPLQLQD�H�³GHVILOH´�
no pátio durante o horário de visitas. Nessa situação, o agente não 
praticou crime de abuso de autoridade tipificado na Lei n.º 4.898/1965, 
visto que não se trata o agente de autoridade. 
 
59) (CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário Federal) No que 
concerne ao abuso de autoridade e ao Estatuto do Desarmamento, 
julgue os itens a seguir. 
 
 
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Considere que um PRF aborde o condutor de um veículo por este trafegar 
acima da velocidade permitida em rodovia federal. Nessa situação, se 
demorar em autuar o condutor, o policial poderá responder por abuso de 
autoridade, ainda que culposamente. 
 
60) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador) A respeito dos crimes contra a fé pública, contra a 
administração pública, de tortura e de abuso de autoridade, julgue 
os itens subsecutivos. 
A punição à prática do crime de abuso de autoridade condiciona-se à 
presença do elemento subjetivo do injusto, consistente na vontade 
consciente do agente de praticar as condutas mediante o exercício 
exorbitante do seu poder na defesa social. 
 
61) (CESPE - 2010 - Advogado - Caixa) A prática de crime de abuso 
de autoridade acarreta para o agente a responsabilidade administrativa, 
civil e penal. A perda da função pública e a inabilitação para o exercício de 
qualquer função pública são efeitos automáticos da sentença penal 
condenatória por esse delito. 
 
62) (CESPE -2010 - Defensor Público - DPU) Considere que um 
militar, no exercício da função e dentro de unidade militar, tenha 
praticado crime de abuso de autoridade, em detrimento de um civil. 
Nessa situação, classifica-se a sua conduta como crime propriamente 
 
 
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militar, porquanto constitui violação de dever funcional havida em recinto 
sob administração militar. 
 
63) (2015 - FGV - TJ-PI - Analista Judiciário - Oficial de Justiça e 
Avaliador) Constituem crimes hediondos, EXCETO: 
A) homicídio em atividade típica de grupo de extermínio praticada por um 
agente só; 
B) epidemia com resultado morte; 
C) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual 
de criança ou adolescente ou de vulnerável; 
D) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou 
medicinal; 
E) lesão corporal seguida de morte, quando praticada contra integrante 
do sistema prisional. 
 
64) (2015 - FUNIVERSA - PC-DF - Delegado de Polícia) A respeito 
dos crimes hediondos, assinale a alternativa correta com base na 
legislação de regência. 
A) O crime de epidemia com resultado morte não é considerado hediondo. 
B) Os crimes hediondos são insuscetíveis de anistia, graça e indulto, 
embora lhes seja admitida fiança. 
C) A pena do condenado por crime hediondo deverá ser cumprida em 
regime integralmente fechado, apesar de haver precedente 
 
 
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jurisprudencial em que se admite o cumprimento da pena em regime 
inicialmente fechado. 
D) Se o crime hediondo de extorsão mediante sequestro for cometido por 
quadrilha ou bando, o coautor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a 
libertação do sequestrado, será beneficiado com a redução da pena de um 
a dois terços. 
E) Entre os crimes hediondos previstos na lei, apenas as condutas 
consumadas são consideradas hediondas; as tentadas configuram a 
modalidade simples de crime. 
 
65) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com fundamento na Lei n.º 
11.464/2007, que modificou a Lei n.º 8.072/1990 (Lei dos Crimes 
Hediondos), julgue os itens. 
O regime integral fechado poderá ser aplicado no caso de prática de crime 
de tráfico internacional de drogas, em que, devido à hediondez da 
conduta, que atinge população de mais de um país, o réu não poderá ser 
beneficiado com a progressão de regime prisional. 
 
66) (2015 - FUNIVERSA - PC-DF - Delegado de Polícia) A respeito 
dos crimes hediondos, julgue os itens. 
A pena do condenado por crime hediondo deverá ser cumprida em regime 
integralmente fechado, apesar de haver precedente jurisprudencial em 
que se admite o cumprimento da pena em regime inicialmente fechado. 
 
 
 
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67) (2015 - FUNIVERSA - SAPJUS - GO - Agente de Segurança 
Prisional) Valendo-se das prescrições estabelecidas na Lei n.º 
8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), julgue os itens. 
O homicídio qualificado não é considerado um crime hediondo, todavia 
haverá a hediondez quando o homicídio for perpetrado em atividade típica 
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente. 
 
68) (2015 - FUNIVERSA - SAPJUS - GO - Agente de Segurança 
Prisional) Valendo-se das prescrições estabelecidas na Lei n.º 
8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), julgue os itens. 
A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos, 
dar-se-á após o cumprimento de 2 /5 da pena, se o apenado for primário, 
e de 3/ 5 , se reincidente. 
 
69) (2015 - FUNIVERSA - PC-DF - Delegado de Polícia) A respeito 
dos crimes hediondos, julgue os itens. 
Entre os crimes hediondos previstos na lei, apenas as condutas 
consumadas são consideradas hediondas; as tentadas configuram a 
modalidade simples de crime. 
 
70) (2015 - FUNIVERSA - SAPJUS - GO - Agente de Segurança 
Prisional) Valendo-se das prescrições estabelecidas na Lei n.º 
8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), julgue os itens. 
 
 
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Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia e 
graça, mas admitem a concessão de indulto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Questões comentadas 
 
 Introdução ao Direito Penal. Princípios do Direito Penal. 
Disposições constitucionais aplicáveis 
 
1) (CESPE - 2015 - TRE-MT - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Com relação às fontes e aos princípios de direito penal, bem como 
à aplicação e interpretação da lei penal no tempo e no espaço, 
assinale a opção correta. 
A) No Código Penal brasileiro, adota-se, com relação ao tempo do crime, 
a teoria da ubiquidade. 
B) A lei penal brasileira aplica-seao crime perpetrado no interior de navio 
de guerra de pavilhão pátrio, ainda que em mar territorial estrangeiro, 
dado o princípio da territorialidade. 
C) Segundo a doutrina majoritária, os costumes e os princípios gerais do 
direito são fontes formais imediatas do direito penal. 
D) Dado o princípio da legalidade estrita, é proibido o uso de analogia em 
direito penal. 
 
Comentários: 
Com relação ao tempo do crime, adota-se a teoria da atividade. Já no 
lugar do crime a teoria da ubiquidade (L.U.T.A). Com relação a nossa 
resposta, letra "B", é preciso saber que O CP limita o campo de validade 
 
 
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da lei penal com observância de dois vetores fundamentais: a 
territorialidade (art. 5º) e a extraterritorialidade (art. 7º). Com base neles 
se estabelecem princípios que buscam solucionar os conflitos de leis 
penais no espaço. A territorialidade é a regra. Excepcionalmente, 
admitem-se outros princípios para o caso de extraterritorialidade, que são 
os da personalidade, do domicílio, da defesa, da justiça universal e da 
representação. 
As regras do art. 7º do CP são importantes para prova de vocês. 
Vejamos: 
"Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no 
estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, 
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, 
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo 
Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no 
Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
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a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes 
ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí 
não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei 
brasileira, ainda que absolvido ou condenado no 
estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende 
do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, 
de 1984) 
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira 
autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí 
cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro 
motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais 
favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
 
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§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por 
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as 
condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984)" 
No caso da letra "C", é preciso saber que no Direito Penal, fonte 
representa não só a origem, mas também a forma de manifestação da lei 
penal. Por tal motivo, as fontes são dividas em formais ou materiais. 
9 Fontes materiais, substanciais ou de produção: são os órgãos 
constitucionalmente encarregados de elaborar o Direito Penal. Essa 
tarefa é precipuamente da União (art. 22, I, da CF). Lei 
complementar da União pode autorizar os Estados-membros a 
legislar sobre questões específicas, de interesse local (CF, art. 22, 
parágrafo único); 
9 Fontes formais, cognitivas ou de conhecimento: são os modos 
pelos quais o Direito Penal se revela. Subdividem-se em: 
x Fonte formal imediata: é a lei, regra escrita concretizada pelo 
Poder Legislativo em consonância com a forma determinada pela 
CF. Enseja a produção da norma e torna obrigatório o seu 
cumprimento. É a única fonte formal imediata, pois somente a lei 
pode criar crimes e cominar penas (princípio da reserva legal). 
 
 
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x Fontes formais mediatas ou secundárias: são os costumes, 
os princípios gerais do Direito e os atos administrativos. 
No caso da letra "D", a legalidade estrita é determinada pela Carta 
Suprema de 1988, determinando a criação de lei exaustiva, para regular 
determinada matéria, excluindo, assim, de seu âmbito a possibilidade de 
aplicação da discricionariedade normativa. O examinador erra ao 
mencionar que não é permitido a analogia no direito penal, o que não é 
permitido, é o emprego da analogia para ampliar o âmbito de incidência 
da norma incriminadora; pois, conforme o princípio da legalidade estrita, 
previsto no art. 5º, XXXIX, da CF e art. 1º do CP, a tutela penal se limita 
apenas àquelas condutas previamente definidas em lei. Outra coisa, a 
analogia in bonam partem, que é aquela pela qual se aplica ao caso 
omisso uma lei favorável ao réu, reguladora de caso semelhante, é 
permitida no Direito Penal. 
Gabarito: B. 
 
2) (FGV - 2014) O Presidente da República, diante da nova onda 
de protestos, decide, por meio de medida provisória, criar um 
novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo. A medida 
provisória foi convertida em lei, sem impugnações. Com base nos 
dados fornecidos, assinale a opção correta. 
A) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais 
por meio de medida provisória, quando convertida em lei. 
 
 
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B) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais 
por meio de medida provisória, pois houve avaliação prévia do Congresso 
Nacional. 
C) Há ofensa ao principio da reserva legal, pois não é possível a criação 
de tipos penais por meio de medida provisória. 
D) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não cabe ao Presidente da 
República a iniciativa de lei em matéria penal. 
 
Comentários: 
O princípio da legalidade ou reserva legal estabelece que os tipos penais 
só podem ser elaborados por lei em sentido estrito, ficando 
afastada, assim, a possibilidade de a lei penal ser criada por outras 
IRUPDV�OHJLVODWLYDV�TXH�QmR�D�OHL�HP�VHQWLGR�IRUPDO��$�RSomR�³'´��SRGHULD�
confundir alguns candidatos, entretanto, na parte que se afirma que o 
presidente da República nãodispõe do poder de iniciativa em matéria 
penal está errada. 
Gabarito: C. 
 
3) (FGV - 2012) Em relação ao princípio da insignificância, 
assinale a afirmativa correta. 
A) O principio da insignificância funciona como causa de exclusão da 
culpabilidade. A conduta do agente, embora típica e ilícita, não é culpável. 
B) A mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social 
da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a 
 
 
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inexpressividade da lesão jurídica constituem, para o Supremo Tribunal 
Federal, requisitos de ordem objetiva autorizadores da aplicação do 
princípio da insignificância. 
c) A jurisprudência predominante dos tribunais superiores é acorde em 
admitir a aplicação do princípio da insignificância em crimes praticados 
com emprego de violência ou grave ameaça à pessoa (a exemplo do 
roubo). 
D) O princípio da insignificância funciona como causa de diminuição de 
pena. 
 
Comentários: 
A primeira opção está errada, já que o princípio da insignificância 
funciona como causa supralegai de exclusão (STJ). Na segunda e no 
nossa resposta (letra "B"), está correta, pois são requisitos (STF) 
necessários ao reconhecimento do principio da insignificância: 
9 mínima ofensividade da conduta; 
9 nenhuma periculosidade social da ação; 
9 reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e 
9 inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
Só chamo atenção de vocês para não esquecerem que são requisitos de 
ordem objetiva, e não subjetiva. 
No caso da letra "C", a jurisprudência dos tribunais superiores mencionam 
ser inaplicável o princípio da insignificância nas hipóteses de cometimento 
 
 
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de crime de roubo. E na letra D, que também está errada, funciona, como 
causa de exclusão da tipicidade material. 
Aproveitando a questão, vale a pena destacar alguns crimes que a 
jurisprudência rejeita a aplicação do princípio da insignificância. 
Vejamos: 
9 Lesão corporal - em um julgado, o STJ não aplicou o princípio da 
insignificância. O caso envolvia lesões corporais em ambiente 
familiar. Afirmou-se que a violência física é incompatível com os 
vetores da insignificância; 
9 Roubo - não se aplica ao crime de roubo porque se trata de delito 
complexo que envolve patrimônio, grave ameaça e a integridade 
física e psicológica da vítima, havendo, portanto, interesse estatal 
na sua repressão; 
9 Tráfico de drogas - não se aplica ao tráfico de drogas, pois, 
tratar-se de crime de perigo abstrato ou presumido, sendo 
portanto, irrelevante a quantidade de droga apreendida; 
9 Moeda falsa - Mesmo que seja apenas uma nota e de pequeno 
valor, não se aplica o princípio por tratar-se de delito contra a fé 
pública. O bem violado é a fé pública, a qual é um bem intangível e 
que corresponde à confiança que a população deposita em sua 
moeda, não se tratando, assim, da simples análise do valor material 
por ela representado. 
Gabarito: B. 
 
 
 
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4) (CESPE - 2013 - DPE-ES - Defensor Público) O princípio da 
insignificância ou da bagatela exclui 
A) a punibilidade. 
B) a executividade. 
C) a tipicidade material. 
D) a ilicitude formal. 
E) a culpabilidade. 
 
Comentários: 
Trata-se de jurisprudência do STF. Vejamos: 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - IDENTIFICAÇÃO DOS VETORES CUJA 
PRESENÇA LEGITIMA O RECONHECIMENTO DESSE POSTULADO DE 
POLÍTICA CRIMINAL - CONSEQÜENTE DESCARACTERIZAÇÃO DA 
TIPICIDADE PENAL EM SEU ASPECTO MATERIAL - TENTATIVA DE FURTO 
SIMPLES (CP, ART. 155, "CAPUT") DE CINCO BARRAS DE CHOCOLATE - 
"RES FURTIVA" NO VALOR (ÍNFIMO) DE R$ 20,00 (EQUIVALENTE A 4,3% 
DO SALÁRIO MÍNIMO ATUALMENTE EM VIGOR) - DOUTRINA - 
CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL - "HABEAS CORPUS" CONCEDIDO PARA ABSOLVER O 
PACIENTE. O POSTULADO DA INSIGNIFICÂNCIA E A FUNÇÃO DO DIREITO 
PENAL: "DE MINIMIS, NON CURAT PRAETOR". - O sistema jurídico há de 
considerar a relevantíssima circunstância de que a privação da liberdade e 
a restrição de direitos do indivíduo somente se justificam quando 
estritamente necessárias à própria proteção das pessoas, da sociedade e 
 
 
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de outros bens jurídicos que lhes sejam essenciais, notadamente 
naqueles casos em que os valores penalmente tutelados se exponham a 
dano, efetivo ou potencial, impregnado de significativa lesividade. - O 
direito penal não se deve ocupar de condutas que produzam resultado, 
cujo desvalor - por não importar em lesão significativa a bens jurídicos 
relevantes - não represente, por isso mesmo, prejuízo importante, seja ao 
titular do bem jurídico tutelado, seja à integridade da própria ordem 
social. O princípio da insignificância qualifica-se como fator de 
descaracterização material da tipicidade penal. - O princípio da 
insignificância - que deve ser analisado em conexão com os postulados da 
fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal - 
tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, 
examinada esta na perspectiva de seu caráter material. 
(...) 
(HC 98.152 -MG, 2.ª T., rel. Celso de Mello, 19.05.2009, v.u.). 
Gabarito: C. 
 
5) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com relação à aplicação da lei 
penal, julgue os itens. 
Ficam sujeitos à lei brasileira os crimes contra o patrimônio ou a fé 
pública do DF, de estado, de município, de empresa pública, sociedade de 
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder público, 
embora cometidos no estrangeiro, sendo o agente punido segundo a lei 
brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. 
 
 
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Comentários: 
 
Aqui o examinador exigiu conhecimento sobre o art. 7º do CP: ficam 
sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes: 
9 contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
9 contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de 
Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade 
de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder 
Público; 
No primeiro caso, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que 
absolvido ou condenado no estrangeiro. 
Gabarito: C. 
 
6) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com relação à aplicação da lei 
penal, julgue os itens. 
As frações de dia são computadas como um dia integral de pena nas 
penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos. 
 
Comentários: 
Bem tranquila pessoal! Segundo o art. 11º do CP, desprezam-se, nas 
penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de 
dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. 
 
 
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Gabarito: E. 
 
7) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com relação à aplicação da lei 
penal,julgue os itens. 
O direito penal, quanto ao tempo do crime, considera praticado o crime 
no momento do seu resultado. 
 
Comentários: 
 
Aqui temos aquela macete! "L.U.T.A" - Lugar do crime, aplica-se a teoria 
da Ubiquidade, e no caso do Tempo do crime, a teoria da Atividade. 
Assim, aplica-se a teoria da atividade: "art. 4º - Considera-se praticado o 
crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o 
momento do resultado." 
Gabarito: E. 
 
8) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com relação à aplicação da lei 
penal, julgue os itens. 
A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz as 
mesmas consequências, poderá ser homologada no Brasil para todos os 
efeitos, exceto para obrigar o condenado à reparação do dano. 
 
Comentários: 
 
 
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Segundo o art. 9º do CP, a sentença estrangeira, quando a aplicação da 
lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser 
homologada no Brasil para: obrigar o condenado à reparação do dano, a 
restituições e a outros efeitos civis e sujeitá-lo a medida de segurança. 
Gabarito: E. 
 
9) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Com relação à aplicação da lei 
penal, julgue os itens. 
Não é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves 
ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, ainda que achando-
se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
 
Comentários: 
O art. 5º do CP deixa evidente que aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo 
de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime 
cometido no território nacional. Já o seu § 2º menciona que é também 
aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas 
em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
Gabarito: E. 
 
 
 
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10) (2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) A respeito dos princípios 
aplicáveis ao direito penal, julgue os itens. 
Conforme o entendimento doutrinário dominante relativamente ao 
princípio da intervenção mínima, o direito penal somente deve ser 
aplicado quando as demais esferas de controle não se revelarem eficazes 
para garantir a paz social. Decorrem de tal princípio a fragmentariedade e 
o caráter subsidiário do direito penal. 
 
Comentários: 
 
Segundo a doutrina, o princípio da intervenção mínima consiste que o 
Direito Penal só deve ser aplicado quando houver extrema necessidade, 
mantendo-se como instrumento subsidiário (ultima ratio) e fragmentário. 
A subsidiariedade como característica do princípio da intervenção mínima, 
norteia a intervenção em abstrato do Direito Penal. Para intervir, o Direito 
Penal deve aguardar a "ineficácia" dos demais ramos do direito, isto é, 
quando os demais ramos mostrarem-se incapazes de aplicar uma sanção 
à determinada conduta reprovável. É a sua atuação ultima ratio. Pela 
fragmentariedade, o Direito Penal, para intervir, exige relevante e 
intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. 
Gabarito: C. 
 
 
 
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11) (2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) A respeito dos princípios 
aplicáveis ao direito penal, julgue os itens. 
Do princípio da individualização da pena decorre a exigência de que a 
dosimetria obedeça ao perfil do sentenciado, não havendo correlação do 
referido princípio com a atividade legislativa incriminadora, isto é, com a 
feitura de normas penais incriminadoras. 
 
Comentários: 
É o princípio que garante que as penas dos infratores não sejam 
igualadas, mesmo que tenham praticado crimes idênticos. Isto porque, 
independente da prática de mesma conduta, cada indivíduo possui um 
histórico pessoal, devendo cada qual receber apenas a punição que lhe é 
devida. Está previsto no art. 5º, XLVI, da CF, e repousa no princípio de 
justiça segundo o qual se deve distribuir a cada indivíduo o que lhe cabe, 
de acordo com as circunstâncias específicas do seu comportamento. O 
princípio da individualização da pena desenvolve-se em três planos: 
legislativo; judicial e administrativo. 
Gabarito: E. 
 
12) (2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) A respeito dos princípios 
aplicáveis ao direito penal, julgue os itens. 
Ao se referir ao princípio da lesividade ou ofensividade, a doutrina 
majoritária aponta que somente haverá infração penal se houver efetiva 
lesão ao bem jurídico tutelado. 
 
 
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Comentários: 
Efetiva não! Segundo o princípio não há infração penal quando a conduta 
não tiver oferecido ao menos perigo de lesão ao bem jurídico. Este 
princípio atende a manifesta exigência de delimitação do Direito Penal, 
tanto em nível legislativo como no âmbito jurisdicional. 
Gabarito: E. 
 
13) (2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) A respeito dos princípios 
aplicáveis ao direito penal, julgue os itens. 
Em decorrência do princípio da confiança, há presunção de legitimidade e 
legalidade dos atos dos órgãos oficiais de persecução penal, razão pela 
qual a coletividade deve guardar confiança em relação a eles. 
 
Comentários: 
O princípio da confiança, no moderno Direito Penal, baseia-se na 
expectativa de que as outras pessoas ajam de um modo já 
esperado, ou seja, normal. Consiste, portanto, na realização da conduta 
de uma determinada forma na confiança de que o comportamento do 
outro agente se dará conforme o que acontece normalmente. Ex: um 
condutor de um determinado veículo que, dirigindo pela preferencial, 
passa por um cruzamento, confia que o outro condutor, que se encontra 
na via secundária, irá esperar sua passagem. Havendo acidente, não terá 
o primeiro agido com culpa. 
 
 
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Gabarito: E. 
 
14) (2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) A respeito dos princípios 
aplicáveis ao direito penal, julgue os itens. 
Dado o princípio da intranscendência da pena, o condenado não pode 
permanecer mais tempo preso do que aquele estipulado pela sentença 
transitada em julgado. 
 
Comentários: 
Segundo o princípio da intranscendência, ninguém pode ser 
responsabilizado por fato cometido por terceira pessoa. 
Consequentemente, a pena não pode passar da pessoa do condenado. 
Gabarito: E. 
 
 
 Introdução ao estudo do Processo Penal: Princípios do 
Direito Processual Penal. Aplicação da Lei processual penal. 
Disposições constitucionais 
 
15) (2014 - CESPE - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) 
Com relação à aplicação da lei processual no tempo, assinale a 
opção correta. 
A) Lei processual penal anterior à nova lei continuará a ser aplicada nos 
processos que se iniciaram sob a sua vigência. 
 
 
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B) Nova lei processual penal retroage para alcançar os atos praticados na 
vigência da lei processual penal anterior. 
C) Nova lei processual penal tem incidência imediata nos processos já em 
andamento. 
D) Atos processuais realizados sob a vigência de lei processual penal 
anterior à nova lei serão considerados inválidos. 
E) Nova lei processual penal será aplicada apenas aos processos que se 
iniciarem após a sua publicação. 
 
Comentários: 
O art. 2.º do CPP dispõe que a lei processual penal será aplicada desde 
logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei 
anterior. Incide, enfim, o princípio tempus regit actum, também chamado 
de princípio do efeito imediato ou da aplicação imediata da lei processual, 
significando que o tempo rege a forma como deve revestir-se o ato 
processual e os efeitos que dele podem decorrer. Assim, caso no curso de 
um processo criminal sobrevier nova lei processual, os atos já realizados 
sob a égide da lei anterior manterão sua validade normal. Entretanto, os 
atos posteriores serão praticados segundo os termos da nova 
normatização. 
Gabarito: C. 
 
16) (FGV - 2014) A lei processual penal 
 
 
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A) não admite aplicação analógica, em obediência ao principio da 
legalidade estrita ou tipicidade expressa. 
B) admite interpretação extensiva e o suplemento dos princípios gerais de 
direito, por expressa disposição legal. 
C) tem aplicação imediata, devendo os atos praticados sob a vigência de 
lei anterior revogada ser renovados e praticados sob a égide na nova lei, 
sob pena de nulidade absoluta. 
D) não retroagirá, salvo para beneficiar o réu, não vigorando, no direito 
processual penal, o princípio tem pus regit actum. 
 
Comentários: 
No caso da letra "A" está errada, pois, a lei processual penal, a com base 
no o art. 3º do CPP, comporta, sim, aplicação analógica; Já na letra "B", 
nossa resposta, por expressa disposição do art. 3° do CPP, a lei 
processual penal admite a interpretação extensiva bem como o 
suplemento dos princípios gerais de direito; As letras "C e D" estão 
incorretas, pois vão de encontro com o art. 2º do CPP. Adotou-se, quanto 
à eficácia da lei processual no tempo, o princípio da aplicação imediata ou 
do efeito imediato, preservando-se os atos até então praticados, que, por 
essa razão, não serão renovados. 
Gabarito: B. 
 
17) (2014 - CESPE - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) 
Lei processual penal 
 
 
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A) não admite interpretação sistemática. 
B) não admite aplicação analógica. 
C) não admite o suplemento dos princípios gerais de direito. 
D) não deve ser interpretada sempre restritivamente. 
E) não admite interpretação extensiva. 
 
Comentários: 
No caso da nossa resposta, a letra "D", é preciso saber que em certos 
momentos haverá a interpretação restritiva. Que ocorre quando o 
intérprete conclui que a letra escrita da lei encontra-se além da mens 
legis, ou seja, o legislador disse mais do que pretendia, sendo necessário 
restringir o alcance da norma até que se consiga chegar ao sentido real. 
Mitiga-se, enfim, a literalidade do enunciado constante da norma, 
visando-se, inclusive, a evitar contradições dentro do sistema jurídico. No 
caso da letra "E", que está errada, fica evidente no art. 3º que "a lei 
processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, 
bem como o suplemento dos princípios gerais de direito." 
Gabarito: D. 
 
18) (2015 - CESPE - DPE-RN - Defensor Público Substituto) 
Assinale a opção correta a respeito dos sistemas de processo 
penal e da interpretação da lei processual penal segundo o CPP e 
o entendimento do STJ. 
 
 
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A) De acordo com o CPP, a analogia equivale à norma penal 
incriminadora, protegida pela reserva legal, razão pela qual não pode ser 
usada contra o réu. 
B) No sistema inquisitivo, a confissão é considerada a rainha das provas e 
predominam nele procedimentos exclusivamente escritos. 
C) A lei processual penal veda a interpretação extensiva para prejudicar o 
réu. 
D) A interpretação extensiva é um processo de integração por meio do 
qual se aplica a uma determinada situação para a qual inexiste hipótese 
normativa própria um preceito que regula hipótese semelhante. 
E) Para o uso da analogia, é importante considerar a natureza do diploma 
de onde se deve extrair a norma reguladora. 
 
Comentários: 
A analogia consiste em estender a um caso não previsto aquilo que o 
legislador previu para um outro caso, desde que em igualdade de 
condições. Não se deve confundir analogia com interpretação extensiva. 
Na analogia, reitere-se, não existe norma reguladora do caso concreto, 
sendo aplicada norma pertinente à hipótese semelhante. Assim, a 
analogia consiste no processo de integração, permitido pelo art. 3.º do 
CPP, por meio do qual, no silêncio da lei sobre determinada hipótese 
concreta, aplica-se outro preceito que regula caso semelhante. 
No caso da letra "B", que é a nossa resposta, é preciso saber que no 
sistema inquisitivo é o juiz quem detém a reunião das funções de acusar, 
 
 
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julgar e defender o investigado ± que se restringe à mero objeto do 
processo. A ideia deste sistema é: o julgador é o gestor das provas, ou 
seja, o juiz é quem produz e conduz as provas. O sistema inquisidor 
possui as seguintes características: 
9 reunião das funções: o juiz julga, acusa e defende; 
9 não existem partes ± o réu é mero objeto do processo penal e não 
sujeito de direitos; 
9 R�SURFHVVR�p�VLJLORVR��LVWR�p��p�SUDWLFDGR�ORQJH�³DRV�ROKRV�GR�SRYR´� 
9 inexiste garantias constitucionais, pois se o investigado é objeto, 
não há que se falar em contraditório, ampla defesa, devido processo 
legal etc.; 
9 a confissão é a rainha das provas (prova legal e tarifação das 
provas); e 
9 existência de presunção de culpa? O réu é culpado até que se prove 
o contrário. 
Cabe lembra que, à luz da doutrina pátria, o sistema adotado no Brasil é 
o acusatório. 
Gabarito: B. 
 
19) (2016 - CESPE - TJ-DF - Juiz) Acerca do princípio do livre 
convencimento do juiz, julgue os itens. 
Tendo formado sua convicção pela livre apreciação da prova produzida 
em contraditório judicial, o juiz poderá proferir decisão baseada 
 
 
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exclusivamente nas provas não repetíveis, mas não poderá fazê-lo em 
caso de provas antecipadas ou cautelares. 
 
Comentários: 
Pessoal, o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova 
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua 
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e 
antecipadas. 
Gabarito: E. 
 
20) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Acerca da aplicabilidade da lei processual penal no tempo e no 
espaço e dos princípiosque regem o inquérito policial, julgue o 
item a seguir. 
Em relação à aplicação da lei processual penal no espaço, vigora o 
princípio da territorialidade. 
 
 
Comentários: 
Em termos de eficácia da lei processual penal no espaço, adotou o art. 1.º 
do Código de Processo Penal o princípio da territorialidade como regra 
geral de solução de conflitos. Estabelece o dispositivo mencionado: 
 
 
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³$UW�� ��ž� 2� SURFHVVR� SHQDO� UHJHU-se-á, em todo o território 
brasileiro, por este Código, ressalvados: 
I ± os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II ± as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos 
ministros de Estado, nos crimes conexos com os do 
Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal 
Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, 
§ 2.º, e 100); 
III ± os processos da competência da Justiça Militar; 
IV ± os processos da competência do tribunal especial (Constituição, 
art. 122, n. 17); 
V ± os processos por crimes de imprensa. 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos 
referidos nos n. IV e V, quando as leis especiais que os 
UHJXODP�QmR�GLVSXVHUHP�GH�PRGR�GLYHUVR´� 
Gabarito: C. 
 
 
21) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Acerca da aplicabilidade da lei processual penal no tempo e no 
espaço e dos princípios que regem o inquérito policial, julgue o 
item a seguir. 
Nova lei processual que modifique determinado prazo do recurso em 
processo penal terá aplicação imediata, a contar da data de sua vigência, 
 
 
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aplicando-se inclusive a processo que esteja com prazo recursal em curso 
quando de sua edição. 
 
Comentários: 
O art. 2.º do CPP dispõe que a lei processual penal será aplicada desde 
logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei 
anterior. Incide, enfim, o princípio tempus regit actum, também chamado 
de princípio do efeito imediato ou da aplicação imediata da lei processual, 
significando que o tempo rege a forma como deve revestir-se o ato 
processual e os efeitos que dele podem decorrer. Logo, se no curso de um 
processo criminal sobrevier nova lei processual, os atos já realizados 
sob a égide da lei anterior manterão sua validade normal. Contudo, 
os atos posteriores serão praticados segundo os termos da nova 
normatização. 
Gabarito: E. 
 
 
22) (2015 - FUNIVERSA - SEAP-DF - Agente de Atividades) No que 
se refere ao direito processual penal, julgue o item, segundo o 
entendimento dos tribunais superiores e da doutrina dominante. 
Em regra, a Lei Processual Penal é aplicada tão logo entra em vigor, 
afetando, inclusive, atos já realizados sob a vigência de lei anterior. 
 
Comentários: 
 
 
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Pessoal, os atos já realizados sob a égide da lei anterior manterão sua 
validade normal. 
Gabarito: E. 
 
 
23) (2014 - MPE-SC - MPE-SC) Analise os enunciados das 
questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado. 
Segundo o Código de Processo Penal, a lei processual penal admitirá 
interpretação extensiva e aplicação analógica. 
 
Comentários: 
A analogia consiste no processo de integração, permitido pelo art. 3.º do 
CPP, por meio do qual, no silêncio da lei sobre determinada hipótese 
concreta, aplica-se outro preceito que regula caso semelhante. A 
analogia, como se vê, pressupõe a inexistência de lei disciplinando 
matéria específica, ou seja, a existência de lacuna involuntária da lei. 
Vejamos o art. 3º: "a lei processual penal admitirá interpretação 
extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios 
gerais de direito." 
Gabarito: C. 
 
 
24) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Acerca da aplicabilidade da lei processual penal no tempo e no 
espaço e dos princípios que regem o inquérito policial, julgue o 
item a seguir. 
 
 
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Por força de mandamento constitucional, o exercício do contraditório deve 
ser garantido ainda no curso do inquérito policial, não obstante a sua 
natureza administrativa e pré-processual. 
 
Comentários: 
O princípio do contraditório apresenta-se como um dos mais importantes 
postulados no sistema acusatório. Trata-se do direito assegurado às 
partes de serem cientificadas de todos os atos e fatos havidos no curso do 
processo, podendo manifestar-se e produzir as provas necessárias antes 
de ser proferida a decisão jurisdicional. Em regra, descabe o contraditório 
na fase do inquérito, pois se trata este de procedimento inquisitorial, 
destinado à produção de provas que sustentem o ajuizamento de ação 
criminal. 
Gabarito: E. 
 
 
25) (2013 - CESPE - SEGESP-AL) Acerca do processo penal 
brasileiro, julgue os itens subsecutivos. 
A lei processual penal tem aplicação imediata, sem retroagir, 
independentemente de seu conteúdo ser mais benéfico para o acusado. 
 
Comentários: 
O art. 2.º do CPP dispõe que a lei processual penal será aplicada desde 
logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei 
anterior. Incide o princípio tempus regit actum, também chamado de 
 
 
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princípio do efeito imediato, significando que o tempo rege a forma 
como deve revestir-se o ato processual e os efeitos que dele podem 
decorrer. Logo, se no curso de um processo criminal sobrevier nova lei 
processual, os atos já realizados sob a égide da lei anterior manterão sua 
validade normal. Contudo, os atos posteriores serão praticados segundo 
os termos da nova normatização. 
Gabarito: C. 
 
26) (2011 - CESPE - TJ-ES - Comissário da Infância e da 
Juventude) Julgue os itens subsequentes, relativos ao processo 
penal. 
O princípio da obrigatoriedade é mitigado em infrações de menor 
potencial ofensivo, uma vez que, nesses casos, há possibilidade de oferta 
de transação penal. 
 
Comentários: 
Em que pese a adoção do sistema da obrigatoriedade, verifica-se que, 
com a vigência da Lei n.º 9.099/95, houve uma mitigação do princípio, já 
que, nas infrações de menor potencial ofensivo (contravenções penais e 
crimes cuja pena privativa de liberdade não ultrapasse dois anos) o 
Ministério Público poderia celebrar transação penal com o autor da 
infração, propondo-lhe uma pena restritiva de direito ou multa, conforme 
artigo 61 da Lei n.º 9.099/95. A justificativa para essa possibilidade de 
 
 
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transação se dá pelo fato de que o Direito Penal é medida ultima ratio, 
não devendo se preocupar com condutas ínfimas, sob o aspecto criminal. 
Gabarito: C. 
 
 
27) (2011 - CESPE - TJ-ES - Comissário da Infância e da 
Juventude) Acerca da legislação processual penal brasileira, 
julgue os itens a seguir. Nesse sentido,

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