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Atendimento inicial: crise convulsiva CONVULSÕES Distúrbio que ocorre no cérebro, podendo ocasionar contrações involuntárias da musculatura, provocando movimentos desordenados e em geral, perda da consciência. As convulsões acontecem quando há uma excitação da camada externa do cérebro. A crise convulsiva é definida como uma desordem paroxística do sistema nervoso central (SNC) caracterizada por uma descarga elétrica neuronal anormal, com ou sem perda de consciência e com sintomas clínicos variados. Estima –se que a incidência de crises únicas, não provocadas, seja de 61/100.000 habitantes/ano. EPILEPSIA Convulsões recorrentes devido a um processo subjacente crônico. Incidência: 0,3 á 0,5% da população Prevalência em 5 a 10 pessoas por 1.0000/habitantes/ano. Importante As convulsões podem ocorrer como eventos isolados, como quando são induzidas por febre alta, abstinência de álcool ou drogas. CAUSAS – CONVUNÇÕES Acidentes com traumatismo de crânio Febre alta em crianças menores de 6 anos Epilepsia Alcoolismo Drogas Tumores cerebrais Choque elétrico CAUSAS SEGUNDO IDADE Neonatos: Hipóxia e isquemia perinatais Traumatismo craniano e hemorragia Infecção aguda do SNC Distúrbios metabólicos Abstinência de fármacos Distúrbios do desenvolvimento e genéticos Lactantes e crianças: Convulsões febris Distúrbios genéticos Infecção do SNC Distúrbios do desenvolvimento Traumatismo Idiopática Adolescentes: Traumatismo Distúrbios genéticos Infecção Tumor cerebral Drogas ilícitas Idiopáticas Adultos jovens: Traumatismo Abstinência de álcool Drogas ilícitas Tumor cerebral Idiopáticas Adultos de mais idade e idosos: Doença cerebrovascular Tumor cerebral Abstinência ao álcool Distúrbios metabólicos Doença de alzheimer e outras doenças degenerativas do SNC Idiopáticas SINTOMAS – CONVUNÇÕES Agitação psicomotora Espasmos musculares (contrações) ou não Salivação intensa Perda dos sentidos Relaxamento dos esfíncteres, podendo urinar e evacuar, durante a convulsão CLASSIFICAÇÃO – CONVULSÕES PARCIAIS Descarga elétrica focal. Com ou sem alteração de consciência. Áreas localizadas e isoladas do córtex cerebral. Precedida por “aura”: sensações precedem a convulsão como–medo, pontos luminosos, mãos adormecidas, entre outros. GENERALIZADAS Descarga elétrica difusa. Ambos os hemisférios: - Simetricamente - Simultaneamente. Iniciam com movimentos corporais bilaterais e/ou comprometimento da consciência. Se subdividem em: Crise de ausência Geralmente ocorrem em crianças. Subitamente perdem a consciência, ficam lívidas e paradas, com o olhar vago (desviado para cima), sem responder às solicitações e sem reagir aos estímulos. Pode ocorrer vários episódios repetidos de perda da consciência durante o dia, de curta duração (5 a 15seg). Clônicas Caracterizada por perda súbita da consciência e queda ao solo. Surge espasmo muscular generalizado com “trismo” da musculatura mastigatória provocando mordedura da língua (FaseTônica). Posteriormente há um relaxamento muscular surgindo os abalos clônicos generalizados, rítmicos e de grande amplitude, com duração em torno de 3 minutos podendo ocorrer liberação esfincteriana. Após cessar os abalos, há recuperação gradativa da consciência, geralmente associado a cefaléia, confusão mental, sonolência, vômitos e sensação de fadiga. Mioclônicas Caracterizam-se por breves abalos, musculares, abruptos, rápidos e repetitivos, simétricos nas extremidades (MMSS) deixando cair objetos das mãos. Geralmente ocorrem pela manhã ao despertar, sendo ativadas pela privação do sono, uso de álcool, tensão emocional e estímulos luminosos. Não há perda da consciência e o indivíduo descreve perfeitamente a crise como “surtos” ou “choques elétricos”. Tônicas Caracterizam-se por contrações musculares mantidas do corpo ou membros com duração de poucos segundos ou minutos. Atônicas Caracterizadas por perda do controle muscular, fazendo a pessoa desmaiar ou cair. Não apresenta “abalos” e “contrações musculares”. Breve perda da consciência. Risco de TCE. Tônico – clônicas (GRANDE MAL) Mais comuns Perda súbita da consciência Às vezes pode ocorrer o gemido característico Fase tônica (10-20seg). Aumento da FC e PA. Midríase Fase clônica. Períodos de relaxamento e contração muscular Fase pós-ictal Irresponsividade e flacidez muscular; Sialorréia; Confusão Mental; Recuperação gradual da consciência; Cefaleia, fadiga e mialgia. PRIMEIROS SOCORROS À VÍTIMAS DE CONVULSÃO O QUE NÃO FAZER Imobilizar MMSS e MMII. Não tentar puxar a língua nem introduzir objetos na boca do paciente. Não dê nenhum tipo de liquido ou sólido até que a pessoa recupere TOTALMENTE a consciência. Não jogue água do rosto. IMPORTANTE: As convulsões tendem a durar alguns minutos, portanto, não se desespere! DURANTE A CRISE Afastar objetos do chão que possam causar lesões ou fraturas. Afastar os curiosos, dar espaço para a vítima. Proteger a cabeça da vítima com a mão, roupa ou travesseiro. APÓS A CRISE Observar se a respiração está adequada, senão há obstrução das vias aéreas. Colocar a vítima em Posição Lateral de Segurança (PLS), evitando com isso que venha a aspirar saliva. Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração. Após passar a convulsão, se a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro. Não medique a vítima, mesmo que ela tenha os medicamentos: os reflexos não estão totalmente recuperados, e ela pode se afogar ao engolir o comprimido e a água Se a convulsão for provocada por febre alta (geralmente em crianças), atenda da mesma maneira como descrito no atendimento e dê-lhe um banho com água morna de chuveiro, vista-a com roupas leves e providencie atendimento médico/emergência. ATENÇÃO Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não a retire do local, atenda-a e aguarde a chegada do atendimento do resgaste/ SAMU. ESTADO PÓS - CONVULSIVO É o que ocorre após a convulsão. A vítima pode apresentar algum destes sintomas: 1) Sono 2) Dificuldade para falar 3) Palavras sem nexo 4) Sair caminhando sem direção ATENÇÃO Não deixe a vítima sozinha nesta fase, pois ela pode sofrer acidentes tipo quedas, traumas. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA – nível de consciência CONSCIÊNCIA É o conhecimento de si mesmo, do momento e do ambiente. Capacidade de reagir ao perigo e satisfazer necessidades biológicas e psicossociais. Pode ser dividido em dois componentes: O despertar Conteúdo da consciência. Consciência →Estados intermediários →Coma Consciente: acordado, alerta, responde ao estímulo verbal, orientado no tempo, espaço e pessoa. Coma/inconsciente: sono profundo, com os olhos fechados ou não, não emite som verbal, não interage consigo ou com o ambiente. NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Estados intermediários SONOLÊNCIA Atenção comprometida Pensamento mais lento e menos claro Responde aos estímulos externos (questões e comandos), mas tende a adormecer. TORPOR Diminuição marcada da atividade mental e física Necessita de estímulos vigorosos para respostas (gemidos ou movimentos incoordenados) Apresenta atividade reflexa preservada. ESCALA DE COMA DE GLASGOW (ECG) Ferramenta (escala) desenvolvida em 1974 com o objetivo de padronizar o exame do estado de consciência do paciente em coma. Permite avaliar objetivamente o estado de consciência de uma pessoa, sendo amplamente utilizada como parte da avaliação dos pacientes com traumatismo crânio encefálico (TCE), podendo ser aplicada na cena do trauma, na sala de emergência, enfermarias e UTI. ATENÇÃO:limita-se a avaliar o rebaixamento o global do nível de consciência, não podendo ser utilizada para identificar a causa do coma ECG é uma escala de 15 pontos baseada em 3 indicadores: ABERTURA OCULAR, RESPOSTA VERBAL, RESPOSTA MOTORA. Por exemplo: Um paciente profundamente inconsciente receberia uma pontuação “3”, enquanto outro indivíduo adulto e consciente receberia uma pontuação “15”. Vitima<= 8 pontos: estado de coma. Vitima > 8 pontos: não está coma.
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