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SARAMPO - Doença altamente contagiosa, causada por um paramixovírus com RNA de cadeia simples com um tipo antigênico. - Hospedeiro natural: seres humanos - O vírus infecta o trato respiratório superior e linfonodos regionais, disseminando par o corpo todo em um breve período de viremia primaria com baixa titulação. Obtendo uma viremia secundária em torno de 5 a 7 dias (os monócitos infectados pelo vírus se disseminam para os pulmões, fígado, baço, linfonodos, timo, pele, mucosa e conjuntiva). - O vírus está presente na urina, sangue e secreções respiratórias dos afetados. - Transmissão: via gotículas e/ou vias aéreas. Períodos de transmissão: 1 a 2 dias do início dos sintomas; aproximadamente 5 dias antes das erupções até 4 dias após; pacientes imunocomprometidos possuem podem apresentar excreção viral prolongada. Fisiopatologia: O vírus coloniza as vias aéreas superiores, levando a replicação intensa no epitélio da mucosa, ocorrendo a agressão e destruição de células suscetíveis. A lesão celular característica do sarampo encontrada no tecido reticuloendotelial são chamadas de células de Warthin-Finkeldey. - A resposta celular (linfócitos TH1) são de importância na evolução da infecção para eliminação dos vírus e das células infectadas. Essa resposta celular específica é a responsável pelo surgimento das lesões maculopapulares. Manifestações clínicas - são divididas em 4 fases: - Incubação: 8 a 12 dias, exposição até o início dos sintomas, vacinado entre 7 a 21 com média de 14 dias entre a exposição e início do exantema. - Pródromo: 3 dias de tosse, coriza, conjuntivite e as manchas de Koplik (pontos branco-acizentados do tamanho de um grão de areia na mucosa oral oposta aos molares inferiores) com duração de 12-24 horas, N a conjuntiva pode ter uma linha transversa característica da inflamação ao longo da margem das pálpebras (linhas de Stimson). - Exantematosa: ocorrem os sintomas clássicos: tosse, coriza e conjuntivite – viremia secundaria, geralmente acompanhada de febre alta 40 a 40.5 C). A máculas geralmente se inicam na cabeça (acima da testa), disseminando para a maior parte do corpo – cefalocaudal em 24h. O exantema desaparace no mesmo padrão. A gravidade é relacionada a extensão do exantema. Associado ao exantema pode ocorrer: linfadenite cervical e/ou mesentérica com dor abdominal, esplenomegalia. Em bebês é mais comum a ocorrência de OMA, pneumonia e diarreia. - Recuperação/período de convalescença: as manchas ficam escurecidas e ocorre a descamação fina da pele (aspecto de farinha - descamação furfurácea). Não há mais febre, contudo tosse e anorexia podem persistir por 6 a 10 dias. Exames - Achados laboratoriais são inespecíficos, sem auxílio diagnóstico. Leucopenia é característica da fase exantemática, já no início, é frequente o achado de leucocitose moderada com desvio à esquerda, própria dos processos agudos. - Caso de encefalite aguda, o LCR revela aumento de proteínas, pleocitose Linfocítica e glicose normal. - IgM confirma: o qual esta positivo 1 a 2 dias após a infecção e persiste por 1 a 2 meses pós infecção. Diagnóstico: a tríade febre, exantema e conjuntivite diagnostica sarampo. As manchas de Koplik são patognomônicas, mas nem sempre estão presentes no momento em que o exantema é mais pronunciado. Confirma Sarampo pelo aumento nos níveis séricos de anticorpos nas fases aguda e convalescença Diagnóstico diferencial: rubéola, roséola, infecção por adenovírus ou enterovírus, mononucleose infecciosa, escarlatina, meningococcemia, Kawasaki, doença do soro, erupções cutâneas por medicamentos. Tratamento: SINTOMÁTICOS - Hidratação adequada, antitérmicos e antitussígenos. - Suplementar vitamina A por dois dias em todas as criançás com sarampo agudo – melhorou desfechos em bebês em países em desenvolvimento. Principal complicação: OMA é a mais comum. Pode ocorrer penumomina, encefalite... Prevenção: Vacinação - confere sólida imunidade, mesmo que produza títulos de anticorpos mais baixos do que os obtidos pela infecção natural. Esquemas de doses: A SBIm considera protegido todo indivíduo que tomou duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade. Em situação de risco para o sarampo – surtos ou exposição domiciliar, por exemplo – a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. Essa dose, porém, não conta para o esquema de rotina: continuam a ser necessárias duas doses a partir dos 12 meses, com intervalo mínimo de 1 mês. Como rotina para crianças, as SBP e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas a vacina SCR ou a combinada SCR-V (tetraviral). Referências: Nelson – pediatria https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-triplice-viral-sarampo-caxumba-e-rubeola-scr
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