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Aula 1 - Gestão Escolar

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Aula 1 - Gestão Escolar – Teoria e Prática
Estado do conhecimento em supervisão, administração e orientação educacional: breve histórico
Objetivos:
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Entender a especificidade do trabalho do Gestor, Supervisor e Orientador Educacional.
2. Reconhecer a importância do trabalho coletivo entre o Gestor, Supervisor e o Orientador Educacional no cotidiano escolar.
3. Compreender a posição do Gestor na liderança do trabalho conjunto da equipe pedagógica.
Introdução
Na nossa trajetória escolar, já ouvimos falar de “Diretor”, Supervisor e Orientador Educacional. Mas afinal, qual o papel de cada um especificamente no cotidiano escolar? Qual a importância do trabalho coletivo desses profissionais para se efetivar uma educação de qualidade na escola?
Nesta aula, vamos refletir e discutir estas questões!
Pedagogos em busca de uma identidade coletiva
Repensar os novos rumos da escola significa refletir as exigências atuais dos profissionais que dela fazem parte. Para entendermos a educação contemporânea e as atribuições dos que fazem parte deste cenário, é preciso que façamos uma retrospectiva histórica.
Se começarmos pela origem da palavra pedagogia, veremos que ela deriva dos termos, paidós (criança) e agogé (condução), que teve seu início na antiga Grécia. Estamos falando em pedagogia, pois é a ciência do ensino, e a Supervisão, a Administração e a Orientação Educacional são nos dias atuais especializações dos profissionais de pedagogia.
Agora que ficamos sabendo da essência da palavra pedagogia lá nos primórdios da Grécia e que o seu objeto de estudo é a educação, vamos para o Brasil dos anos 70, com a formação dos pedagogos, ou seja, os “especialistas em educação”, promulgada pela Lei 5.692, de 11 de agosto de 1971, que fixava as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus.
Com a seguinte redação:
Art. 33 A formação de administradores, planejadores, orientadores, inspetores, supervisores e demais especialistas de educação será feita em curso superior de graduação, com duração plena ou curta, ou de pós-graduação.
Neste momento, a grande polêmica do trabalho desses profissionais pedagogos era a compartimentação do trabalho, uma vez que o termo “especialistas” dividiu o trabalho na escola, pois as contribuições das especializações deveriam acrescentar no trabalho do cotidiano escolar, como veremos mais adiante, no decorrer de nossa conversa.
Com o advento da promulgação da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Brasil Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, percebemos sinalização de mudanças no contexto educacional, de modo a ajustar as necessidades sociais presentes e futuras e a redação em relação à formação dos profissionais da Pedagogia, ficando da seguinte forma:
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida nesta formação a base comum nacional.
Neste contexto, promulga-se que o Pedagogo é uma das funções de magistério, como ficou estabelecido por meio do artigo 67 da referida lei, em seu parágrafo 2º, como veremos a seguir:
§ 2o  Para os efeitos do disposto no § 5o do art. 40 e no § 8o do art. 201 da Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico.
Em consequência do que sinalizou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9.394/96, a Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006, que Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura, aponta não só mais para o trabalho do Pedagogo no Curso de Graduação em Pedagogia, mas também para a docência no conjunto das suas habilitações e extingue as habilitações nos Cursos de Graduação em Pedagogia, a partir deste momento conferindo as “especializações” aos Cursos de Pós-Graduação Lato-Sensu.
Estas questões foram contempladas na Resolução das seguintes formas, nos artigos que se seguem:
Art. 4º
O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.
Art. 10
As habilitações em cursos de Pedagogia atualmente existentes entrarão em regime de extinção, a partir do período letivo seguinte à publicação desta Resolução.
A mudança dos paradigmas da formação veio junto às mudanças de concepções filosóficas da atuação profissional do Pedagogo no ambiente escolar, após o seu Curso de Graduação, como podemos ver no artigo da Resolução CNE/CP nº 1, que abordamos anteriormente, conforme a transcrição, a seguir:
Art. 3º O estudante de Pedagogia trabalhará com um repertório de informações e habilidades, composto por pluralidade de conhecimentos teóricos e práticos, cuja consolidação será proporcionada no exercício da profissão, fundamentando-se em princípios de interdisciplinaridade, contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética e sensibilidade afetiva e estética.
Parágrafo único. Para a formação do licenciado em Pedagogia, é central:
I - o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover a educação para e na cidadania;
II - a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse da área educacional;
III - a participação na gestão de processos educativos e na organização e funcionamento de sistemas e instituições de ensino.
Os Pedagogos já formados começam a repensar suas atribuições dentro da realidade social vigente, inicialmente cada um dentro da sua especificidade, para depois repensar as ações conjuntas, sendo os olhares diferenciados, próprios de cada um, o elemento multiplicador das ações, na busca de uma educação de qualidade. 
Podemos perceber esta abordagem, pelo seguinte questionamento que envolve a Gestão, a Supervisão e a Orientação Educacional:
(...) não é mais possível compreender um administrador como gestor das atividades-meio, que mais tem parecido um gestor de condomínio à cata de recursos financeiros para dar conta das necessidades mínimas da escola e de formas de baratear os custos da educação;
Tampouco imaginar um supervisor especializado em currículo, que não esteja profundamente sintonizado com as mudanças no mundo de trabalho e com a gestão do trabalho pedagógico, ou um orientador especializado em dificuldades de aprendizagem, identidades, trabalho, sem que tudo isto esteja organicamente referido à totalidade do trabalho pedagógico, expresso no projeto da escola, o qual, mais do que documento, expressa síntese possível de relações sociais contraditórias, atravessada por diferentes concepções, motivações, formações e finalidades, com base nas relações de poder que se estabelecem na escola e em suas relações com a comunidade. (KUENZER, 2002, p.65)
Neste momento, vamos expressar as angústias de cada um separadamente, para depois tratarmos da proposta de trabalho em equipe.
SUPERVISOR PEDAGÓGICO
Então, comecemos pela Supervisão, com a seguinte inquietação:
A tradicional concepção de formação do supervisor também foi superada em decorrência das mudanças no mundo do trabalho e da ampliação da concepção de currículo e de projeto político-pedagógico, que passou a incorporar os conceitos de poder, de multiculturalismo, de saberes populares, baseados em novas formas de compreensão das relações entre trabalho, cultura e conhecimento que originaram novas formas de compreensão da teoria e das práticas pedagógicas, cujo impacto já começa ase deslocar dos cursos de pedagogia para os cursos de formação de professores nas diferentes áreas do conhecimento. (KUENZER, 2002, p.65)
ORIENTADOR EDUCACIONAL
Continuando a nossa conversa, iremos constatar uma das questões referentes à Orientação Educacional, na atualidade.
A Orientação, hoje, caracteriza-se por um trabalho muito mais abrangente, no sentido de sua dimensão pedagógica. Possui caráter mediador junto aos demais educadores, atuando com todos os protagonistas da escola no resgate de uma ação mais efetiva e de educação de qualidade nas escolas. O orientador está comprometido com a formação da cidadania dos alunos, considerando, em especial, o caráter da formação da subjetividade. Da ênfase anterior à orientação individual, reforça-se, hoje, o enfoque coletivo (a construção coletiva da escola e da própria sociedade), sem, entretanto, perder de vista que esse coletivo é composto por pessoas, que devem pensar e agir com base em questões contextuais, envolvendo tanto contradições e conflitos, como realizações bem-sucedidas. (GRINSPUN, p.31, 2006)
GESTOR
Assim como se refletiu a atuação dos Supervisores e Orientadores Educacionais, também se fez necessário, repensar o papel do Gestor no contexto escolar contemporâneo. Esta é uma das formas dessa reflexão, entre outras indagações da Gestão:
(...) não é mais possível compreender um administrador como gestor das atividades-meio, que mais tem parecido um gestor de condomínio à cata de recursos financeiros para dar conta das necessidades mínimas da escola e de formas de baratear os custos da educação; tampouco imaginar um supervisor especializado em currículo que não esteja profundamente sintonizado com as mudanças no mundo de trabalho e com a gestão do trabalho pedagógico, ou um orientador especializado em dificuldades de aprendizagem, identidades, trabalho, sem que tudo isto esteja organicamente referido à totalidade do trabalho pedagógico, expresso no projeto da escola, o qual, mais do que documento, expressa síntese possível de relações sociais contraditórias, atravessada por diferentes concepções, motivações, formações e finalidades, a partir das relações de poder que se estabelecem na escola e em suas relações com a comunidade. (KUENZER, 2002, p.65)
Nesta aula, você:
· Entendeu a especificidade do trabalho do Gestor, Supervisor e Orientador Educacional.
· Reconheceu a importância do trabalho coletivo entre o Gestor, Supervisor e o Orientador Educacional no cotidiano escolar.
· Compreendeu a posição do Gestor na liderança do trabalho conjunto da equipe pedagógica.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, apontam não só para a formação de diferentes atores para o trabalho na escola, mas também para a docência no conjunto das suas habilitações, o que significa dizer que o curso de Pedagogia também forma, marque a resposta certa:
R.: Para a docência da Educação infantil, do Ensino Fundamental e do curso Normal.
2. A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação sinalizou para grandes mudanças no contexto educacional. Em 2006 tivemos a promulgação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia e elas apontaram na direção da formação de diferentes atores para o trabalho na escola, dentre eles o Supervisor pedagógico. Com base nas Diretrizes Curriculares podemos dizer que o trabalho da Supervisão na escola deve ter como norte. Marque a resposta certa:
R.: A formação continuada docente.
3. Para a formação do licenciado em Pedagogia, é central:
I - o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover a educação para e na cidadania;
II - a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse da área educacional;
III - a participação na gestão de processos educativos e na organização e funcionamento de sistemas e instituições de ensino.
Em relação a essas afirmativas, assinale a opção verdadeira:
R.: Todas estão corretas.
4. Leia as afirmativas abaixo sobre o processo de organização educacional. Em seguida, assinale a alternativa correta.
O processo de organização educacional dispõe de elementos constitutivos que são, na verdade, instrumentos de ação mobilizados para atingir os objetivos escolares. Tais elementos ou instrumentos de ação são:
 I - Planejamento - processo de explicitação de objetivos e antecipação de decisões para orientar a instituição, prevendo-se o que se deve fazer para atingi-los.
 II - Organização é a atividade através da qual se dá a racionalização dos recursos, criando e viabilizando as condições e modos para se realizar o que foi planejado.
 III - Direção/Coordenação é a atividade de coordenação do esforço coletivo do pessoal da escola.
IV-Formação continuada é a comprovação e avaliação do funcionamento da escola.
V-Avaliação são ações de capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais da escola para que realizem com competência suas tarefas e se desenvolvam pessoal e profissionalmente
R.: Somente as afirmativas I, II, e III estão corretas.
5. A tradicional concepção de formação do supervisor também foi superada em decorrência das mudanças no mundo do trabalho e da ampliação da concepção de currículo e de projeto político-pedagógico, que passou a incorporar novos conceitos de educação voltados para a necessidade de: MARQUE A INCORRETA:
R.: dicotomizar teoria e prática.
6. A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação sinalizou para grandes mudanças no contexto educacional. Em 2006 tivemos a promulgação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia e elas apontaram na direção da formação de diferentes atores para o trabalho na escola, dentre eles o Gestor escolar. Com base nas Diretrizes Curriculares podemos dizer que o trabalho do Gestor na escola deve ter como norte. marque a resposta certa:
R.: O planejamento e execução do trabalho pedagógico expresso no projeto da escola, definindo e redefinindo as relações de poder, sempre envolvendo toda a comunidade escolar.
7. A orientação educacional, hoje, se caracteriza por um trabalho muito mais abrangente no sentido de sua dimensão pedagógica, cuja preocupação atual se volta para: MARQUE A INCORRETA:
R.: a burocracia da gestão escolar.
8. Para a formação do licenciado em Pedagogia, é central: Leia as afirmativas e marque a resposta correta
I - o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover a educação para e na cidadania;
II - a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse da área educacional;
III - a participação na gestão de processos educativos e na organização e funcionamento de sistemas e instituições de ensino.
IV - que o pedagogo seja formado apenas segundo a dimensão técnica.
R.: Apenas a I, II e III estão corretas.

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