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Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal 
Teoria e Questões Comentadas do CESPE 
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 05 
 
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AULA 5: Despesa Pública 
 
 SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação do tema 1 
Estrutura da Programação Orçamentária da Despesa 4 
Classificação por Esfera Orçamentária 5 
Classificação Institucional 6 
Classificação Funcional 8 
Estrutura Programática 11 
Classificação por Natureza da Despesa 15 
Classificação por Identificador de Uso – IDUSO 22 
Classificação por Identificador de Doação e de Operação 
De Crédito – IDOC 22 
Classificação por Identificador de Resultado Primário 23 
Outras Classificações 23 
Estrutura Completa da Programação Orçamentária 26 
Classificações na Lei 4320/1964 27 
Mais Questões de Concursos Anteriores 30 
Memento (resumo) 40 
Lista das questões comentadas nesta aula 44 
Gabarito 50 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Em uma das passagens do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, 
Alice está perdida e trava uma conversa com o gato. Ela pergunta qual 
caminho deve seguir, o gato retruca perguntando aonde ela quer ir e ela diz 
que não sabe. Assim o gato responde: "Se você não sabe para onde quer ir, 
então qualquer caminho serve...". 
 
Um estudante interessado em passar em um concurso deve criar um projeto 
pessoal de vida e seguir algumas premissas: é necessário sentir que precisa 
mudar; que é vantajoso mudar; que é possível mudar; e que chegou a hora de 
mudar. 
 
Os fatores que determinam o sucesso são entusiasmo, fazer por prazer, 
dedicação, empenho, persistência, atitude positiva, otimismo, bom humor, 
inovação, autenticidade, simplicidade, decisão ágil, ação efetiva, comunicação 
eficaz e, principalmente, ter clareza para onde se quer ir e como chegar, além 
de desenvolver os meios para atingir o compromisso consigo. Os fatores que 
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impedem o sucesso são negativismo, pessimismo, abatimento, baixa auto-
estima, insegurança, inibição, medo de correr riscos e de errar, mentiras, 
trapaças, tramóias e mau humor. 
 
Buscando o sucesso depois de compreendidas as classificações da receita 
pública, estudadas na aula anterior, trataremos agora da despesa pública. 
 
A despesa assume fundamental importância na Administração Pública por estar 
envolvida em situações singulares, como o estabelecimento de limites legais 
impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda, possibilita a realização de 
estudos e análises acerca da qualidade do gasto público e do equilíbrio fiscal 
das contas públicas. 
 
O conhecimento dos aspectos relacionados com a Despesa no âmbito do setor 
público, principalmente em face da LRF, contribui para a transparência das 
contas públicas e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos 
diversos usuários, bem como permite estudos comportamentais no tempo e no 
espaço. 
 
O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou 
privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em 
determinado período. Dessa forma, despesa orçamentária é fluxo que deriva 
da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não 
diminuir a situação líquida patrimonial. 
 
Segundo Aliomar Baleeiro (1997), despesa pública é a aplicação de certa 
quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, 
dentro de uma autorização legislativa, para execução de fim a cargo do 
governo. 
 
Consoante o Glossário do Tesouro Nacional, a despesa pública é a aplicação 
(em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública 
ou para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. É o 
compromisso de gasto dos recursos públicos, autorizados pelo Poder 
competente, com o fim de atender a uma necessidade da coletividade prevista 
no orçamento. 
 
De acordo com Core, “no tocante à despesa, as classificações, basicamente, 
respondem as principais indagações que habitualmente surgem quando o 
assunto é gasto orçamentário. A cada uma dessas indagações, corresponde um 
tipo de classificação. Ou seja: quando a pergunta é ‘para que’ serão gastos os 
recursos alocados, a resposta será encontrada na classificação programática 
ou, mais adequadamente, de acordo com a portaria n.° 42/99, na estrutura 
programática; ‘em que’ serão gastos os recursos, a resposta consta da 
classificação funcional; ‘o que’ será adquirido ou ‘o que’ será pago, na 
classificação por elemento de despesa; ‘quem’ é o responsável pela 
programação a ser realizada, a resposta é encontrada na classificação 
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institucional (órgão e unidade orçamentária); ‘qual o efeito econômico da 
realização da despesa’, na classificação por categoria econômica; e ‘qual a 
origem dos recursos’, na classificação por fonte de recursos”. 
 
Outra visão é a que divide a classificação dos gastos públicos em três: segundo 
sua finalidade, sua natureza e quanto a seu agente encarregado da execução 
do gasto. No entanto quer dizer a mesma coisa: a finalidade é observada na 
estrutura programática assim determinada pela Portaria 42/1999, a natureza 
na classificação por natureza da despesa e o agente encarregado do gasto 
pode ser observado na classificação institucional. Dessa forma, são as 
características básicas de sistemas orçamentários modernos: estrutura 
programática, econômica e organizacional para alocação de recursos, 
denominadas de classificações orçamentárias da despesa. 
 
A legislação orienta que a classificação da despesa no orçamento público deve 
ser desdobrada de acordo com os seguintes critérios: institucional (órgão e 
unidade orçamentária), funcional (função e subfunção), por programas 
(programa, projeto, atividade e operações especiais) e segundo a natureza 
(categorias econômicas, grupos, modalidades de aplicação e elementos). 
 
 
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1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA 
 
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e 
organização, as quais são implementadas por meio de um sistema de 
classificação estruturado com o propósito de atender às exigências de 
informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças 
públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e os 
cidadãos em geral. 
 
A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em: 
 
Programação qualitativa: o Programa de Trabalho define 
qualitativamente a programação orçamentária e deve responder, de maneira 
clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, 
sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de 
informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação 
Funcional e Estrutura Programática. 
 
Programação quantitativa: compreende a programação física e 
financeira. A programação física define quanto se pretende desenvolver do 
produto por meio da meta física, que corresponde à quantidade de produto a 
ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado 
período e instituída para cada ano. Já a programação financeira define o que 
adquirir e com quais recursos,por meio da natureza da despesa, identificador 
de uso, fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador 
de resultado primário, dotação e justificativa. 
 
Código-exemplo da estrutura completa da programação: 
 
 
 Fonte: MTO 
* Código visualizado no SIAFI 
**Código provisório até a conclusão da fase qualitativa 
 
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De acordo com Cunha, citado por Core, “com base nas classificações utilizadas 
em um determinado processo orçamentário, é possível identificar o estágio da 
técnica adotada. Assim, um orçamento que se estrutura apenas com a 
informação de elemento de despesa ou objeto de gasto (o que será gasto ou 
adquirido), além, naturalmente, do aspecto institucional, caracteriza um 
orçamento tradicional ou clássico. Por apresentar somente uma dimensão, isto 
é, o objeto de gasto, também é conhecido como um orçamento 
unidimensional; já o orçamento em que, além do objeto de gasto, encontra-se 
presente a explicitação do programa de trabalho, representado pelas ações 
desenvolvidas (em que serão gastos os recursos), corresponderia a um 
orçamento bidimensional, também conhecido como orçamento de desempenho 
ou funcional; e o orçamento tridimensional seria aquele que agregaria ao tipo 
anterior uma outra dimensão, que seria o objetivo da ação governamental 
(para que serão gastos os recursos), o que tipifica um orçamento-programa”. 
 
2. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA 
 
A primeira classificação da programação qualitativa é a classificação por 
esfera orçamentária. A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o 
orçamento é fiscal, da seguridade social ou de investimento das empresas 
estatais, conforme disposto no § 5.º do art. 165 da CF/1988: 
• Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos 
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
• Orçamento de Investimento: orçamento das empresas em que a 
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto; e 
• Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como 
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
A classificação por esfera aponta “em qual orçamento” será alocada a despesa. 
Na base do SIOP, o campo destinado à esfera orçamentária é composto de 
dois dígitos e será associado à ação orçamentária, com os seguintes códigos: 
 
CÓDIGO ESFERA ORÇAMENTÁRIA 
10 Orçamento Fiscal 
20 Orçamento da Seguridade Social 
30 Orçamento de Investimentos 
 
 
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1) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) Quando se 
divide a despesa pública nas parcelas que serão utilizadas pela União, 
pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, realiza-se a 
classificação da despesa por esfera orçamentária. 
 
A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o orçamento é fiscal, 
da seguridade social ou de investimento das empresas estatais. 
Resposta: Errada 
 
3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL (OU DEPARTAMENTAL) 
 
A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a 
elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos 
fiscal e da seguridade social. 
 
Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos 
na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas 
instâncias da Administração Federal e dos demais Poderes da União. 
 
Esses órgãos e entidades constam dos orçamentos da União e são identificados 
na classificação institucional, que relaciona os órgãos orçamentários e suas 
respectivas unidades orçamentárias. São eles os componentes naturais do 
Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. 
 
A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos 
créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão 
orçamentário e unidade orçamentária. 
 
Segundo o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o 
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que 
serão consignadas dotações próprias. As dotações orçamentárias, especificadas 
por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às 
unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis 
pelas dotações e pela realização das ações. Órgão orçamentário é o 
agrupamento de unidades orçamentárias. 
 
A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. Ela permite 
comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade 
orçamentária, pois identifica o agente responsável pelas dotações autorizadas 
pelo Legislativo, para dado programa. Assim, o agente encarregado do 
gasto pode ser identificado na classificação institucional. 
 
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a 
uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos 
especiais e com os “órgãos” “Transferências a Estados, Distrito Federal e 
Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, 
“Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de 
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Contingência”. No entanto, são um conjunto de dotações administradas por 
órgãos do governo que também têm suas próprias dotações. 
 
No SIOP, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, 
sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à 
unidade orçamentária: 
 
1º 2º 3º 4º 5º 
Órgão orçamentário Unidade orçamentária 
 
Exemplos: O Órgão 26.000 – Ministério da Educação tem diversas Unidades 
Orçamentárias, como 26.105 – Instituto Benjamin Constant; 26.237 – 
Universidade Federal de Juiz de Fora; 26.290 – INEP. Todas essas UOs 
correspondem a uma estrutura administrativa, com pessoal, espaço físico etc. 
 
Mas também tem outras Unidades Orçamentárias sob sua supervisão, como 
74.902 – Recursos sob Supervisão do Fundo de Financiamento ao Estudante 
do Ensino Superior/FIEES – Min. da Educação (Órgão Operações Oficiais de 
Crédito) e 73.107 – Recursos sob Supervisão do Ministério da Educação (Órgão 
Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios). 
São Unidades Orçamentárias, mas não correspondem a uma estrutura 
administrativa, são somente fundos que geram recursos. 
 
 
Classificação Institucional: 
“quem faz” a despesa 
Os componentes naturais do Sistema de 
Planejamento e de Orçamento Federal são os 
órgãos orçamentários e suas respectivas 
unidades orçamentárias. 
 
Um órgão ou uma unidade orçamentária não 
corresponde necessariamente a uma estrutura 
administrativa. 
 
 
2) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Na classificação 
institucional, os dois primeiros dígitos representam o órgão, e os três 
últimos, a unidade orçamentária. 
 
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os 
dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade 
orçamentária. 
Resposta: Certa 
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4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
 
A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder 
basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa 
será realizada. 
 
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril 
de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta por um rol 
de funções e subfunções prefixadas, que serve como agregador dos gastos 
públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. A 
Portaria 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata 
a Lei 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, 
projeto, atividade, operações especiais; e dá outras providências. 
Trata-se de uma classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos 
Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a 
consolidação nacional dos gastos do setor público. 
 
Essa Portaria dispõe em seu art. 4.o que: 
Art. 4.º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em 
termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e 
operações especiais. 
 
 Art. 4º da Portaria 42/1999 
Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de 
funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. 
 
No SIOP, a classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois 
primeiros referem-se à função, enquanto os três últimos representam a 
subfunção, e podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de 
atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. 
 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 
Função Subfunção 
 
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas 
áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional 
do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação 
com os respectivos Ministérios. 
 
No entanto, tem-se a função “Encargos Especiais”, a qual engloba as 
despesas em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser 
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gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, 
indenizações, cumprimento de sentenças judiciais e outras afins, 
representando, portanto, uma agregação neutra. 
Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo “Operações 
Especiais”. 
 
A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à 
função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio 
da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da 
natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As 
subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais 
estão relacionadas na Portaria 42/1999. 
 
As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua 
área específica. Existe a possibilidade de matricialidade na conexão entre 
função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer 
subfunção, mas não na relação entre ação e subfunção. 
 
Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, 
a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função, 
ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada 
ação. 
A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e 
suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. 
 
Exemplos: 
FUNÇÃO SUBFUNÇÃO 
121 – Planejamento e Orçamento 
122 – Administração Geral 
123 – Administração Financeira 
124 – Controle Interno 
125 – Normatização e Fiscalização 
126 – Tecnologia da Informação 
127 – Ordenamento Territorial 
128 – Formação de Recursos Humanos 
129 – Administração de Receitas 
130 – Administração de Concessões 
04 – Administração 
131 – Comunicação Social 
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301 – Atenção Básica 
302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial 
303 – Suporte Profilático e Terapêutico 
304 – Vigilância Sanitária 
305 – Vigilância Epidemiológica 
10 – Saúde 
306 – Alimentação e Nutrição 
 
Podemos combinar a subfunção com a função vinculada, como 10.301 – Saúde 
e Atenção Básica. No entanto, pela regra da matricialidade, também podemos 
combinar as subfunções com funções diferentes daquelas vinculadas, como: 
10.128 – Saúde e Formação de Recursos Humanos, usada na classificação da 
capacitação de recursos humanos dos profissionais do Ministério da Saúde. 
Assim, utilizaremos a função que é ligada ao Órgão – Função Saúde e a 
subfunção Formação de Recursos Humanos, que é ligada à ação, ao que vai 
ser efetivamente realizado. 
 
A classificação funcional pode ser usada, na prática, em diversas situações. Por 
exemplo, se tivermos que fazer um estudo sobre as despesas da União com 
Ensino Superior, devemos consultar a respectiva subfunção. Da mesma forma 
ocorreria se tivéssemos que avaliar as despesas com atenção básica a saúde, 
com controle externo, com defesa terrestre, etc. 
 
 
A função pode ser traduzida como o maior 
nível de agregação das diversas áreas de 
atuação do setor público. 
 
As subfunções poderão ser combinadas com 
funções diferentes daquelas às quais estejam 
vinculadas (matricialidade entre função e 
subfunção). 
 
Classificação Funcional 
“em que” área 
 
 
3) (CESPE - Analista Judiciário - STJ - 2008) A função representa o 
maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que 
competem ao setor público. A subfunção identifica a natureza básica 
dos projetos que se aglutinam em torno da unidade orçamentária e 
não pode ser combinada com funções diferentes daquelas a que 
estejam vinculadas. 
 
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A função representa o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa 
que competem ao setor público. Já a subfunção representa um nível de 
agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da 
atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado 
subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se 
aglutinam em torno das funções e pode ser combinada com funções diferentes 
daquelas a que estejam vinculadas. 
Resposta: Errada 
 
5. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA 
 
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a 
realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano 
Plurianual – PPA, que é de quatro anos. 
 
A estrutura programática também tem previsão na Portaria 42/1999. A 
finalidade essencial da classificação programática é demonstrar as realizações 
do Governo e a efetividade de seu trabalho em prol da população. É a mais 
moderna das classificações orçamentárias da despesa, tendo surgido visando 
permitir a representação do programa de trabalho. 
 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e 
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, 
bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. 
 
O programa é o instrumento de organização da ação governamental visando à 
concretização dos objetivos pretendidos, sendomensurado por indicadores 
estabelecidos no plano plurianual. 
 
A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, 
projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas 
e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada 
projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado 
por sua unidade de medida, dará origem à meta. A finalidade do gasto pode 
ser observada na estrutura programática. 
 
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que 
contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também 
no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros 
entes da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, 
subvenções, auxílios, contribuições, financiamentos, etc. 
 
As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como 
atividades, projetos ou operações especiais, segundo a Portaria 42/1999: 
• Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o 
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se 
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realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um 
produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. 
Exemplos: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e 
Seguros Privados de Assistência à Saúde”, “Manutenção de Sistema de 
Transmissão de Energia Elétrica”; “Vigilância Sanitária em Serviços de 
Saúde”. 
• Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o 
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, 
limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a 
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplos: 
“Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”, 
“Implantação de Poços Públicos”, “Construção da Interligação das 
Rodovias 
BR 040/262/381 no Estado de Minas Gerais”. 
• Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, 
expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não 
resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de 
bens ou serviços. Exemplos: Amortização, juros, encargos e rolagem da 
dívida contratual e mobiliária; Pagamento de aposentadorias e pensões; 
Transferências constitucionais ou legais por repartição de receita (FPM, 
FPE, Salário-Educação, Compensação de Tributos ou Participações aos 
Estados, Distrito Federal e Municípios, Transferências ao DF); Pagamento 
de indenizações, ressarcimentos, abonos, seguros, auxílios, benefícios 
previdenciários, benefícios de assistência social; Reserva de 
contingência, inclusive as decorrentes de receitas próprias ou vinculadas; 
Cumprimento de sentenças judiciais (precatórios, sentenças de pequeno 
valor, sentenças contra empresas, débitos vincendos, etc.). 
 
Nos exemplos acima foram citados os títulos da ação. O título é a forma pela 
qual a ação será identificada pela sociedade e será apresentada nas LDOs e 
nas LOAs. Expressa, em linguagem clara, o objeto da ação. 
 
Ação padronizada: de acordo com o MTO, a ação é considerada padronizada 
quando, em decorrência da organização institucional da União, sua 
implementação é realizada em mais de um órgão orçamentário e/ou UO. Nessa 
situação, diferentes órgãos/UOs executam ações que têm em comum a 
subfunção à qual está associada; a finalidade (o objetivo a ser alcançado); a 
descrição (o que será feito no âmbito da ação); o produto (bens e serviços) 
entregue à sociedade, bem como sua unidade de medida; e o tipo de ação. 
A padronização se faz necessária para organizar a atuação governamental e 
facilitar seu acompanhamento. Ademais, a existência da padronização vem 
permitindo o cumprimento de previsão constante da LDO, segundo a qual: “As 
atividades que possuem a mesma finalidade devem ser classificadas sob um 
único código, independentemente da unidade executora”. 
 
Ainda consoante o MTO, considerando as especificidades das ações de governo 
existentes, a padronização pode ser de três tipos: 
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Setorial: ações que, em virtude da organização do Ministério, para facilitar 
sua execução, são implementadas por mais de uma UO do mesmo órgão. 
Exemplos: Funcionamento dos Hospitais de Ensino; Promoção da Assistência 
Técnica e Extensão Rural – ATER; Administração das Hidrovias; 
Multissetorial: ações que, dada a organização da atuação governamental, são 
executadas por mais de um órgão ou por UOs de órgãos diferentes, 
considerando a temática desenvolvida pelo setor à qual está vinculada. 
Exemplos: Desenvolvimento de Produtos e Processos no Centro de 
Biotecnologia da Amazônia – CBA (implementada no MCT, SUFRAMA e MMA); 
Fomento para a Organização e o Desenvolvimento de Cooperativas Atuantes 
com Resíduos Sólidos (executada no MEC, MDS, MMA e MTE); e Elevação da 
Escolaridade e Qualificação Profissional – ProJovem Urbano e Campo (realizada 
no MEC, MTE e Presidência); e 
União: ações que perpassam diversos órgãos e/ou UOs sem contemplar as 
especificidades do setor ao qual estão vinculadas. Caracterizam-se por 
apresentar base legal, finalidade, descrição e produto padrão, aplicável a 
qualquer órgão e, ainda, pela gestão orçamentária realizada de forma 
centralizada pela SOF. Exemplos: Pagamento de Aposentadorias e Pensões; 
Contribuição da União, de suas Autarquias e Fundações para o Custeio do 
Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais; e Auxílio-Alimentação 
aos Servidores e Empregados. 
 
Ação Específica para o Pagamento de Pessoal Civil: a principal alteração 
introduzida na estrutura das ações que compõem o rol das padronizadas da 
União, diz respeito à criação de ação específica para o pagamento de pessoal 
ativo civil da União, dissociando essas despesas das ações voltadas para a 
manutenção administrativa ou similares, como até então se vinha fazendo. 
Além disso, as ações relativas ao pagamento de aposentadorias e pensões 
civis, também passaram a ser identificadas em uma única ação. Com essas 
alterações, foi possível conceber ações que agregam tão somente despesas de 
caráter obrigatório, voltadas exclusivamente para o pagamento de pessoal e 
encargos sociais, facilitando, assim, o seu reconhecimento e a transparência 
alocativa dos recursos orçamentários. 
 
SUBTÍTULOS (localizador do gasto): a Portaria 42/1999 não estabelece 
critérios para a indicação da localização física das ações, mas a adequada 
localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a 
implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, 
os custos e os impactos da ação governamental. 
Segundo o MTO, as atividades, projetos e operações especiais serão 
detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a 
localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da 
finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. 
 
A finalidade expressa o objetivo a ser alcançado pela ação, ou seja, o porquê 
do desenvolvimento dessa ação. O produto é o bem ou serviço que resulta da 
ação, destinado ao público-alvo, ou o investimento para a produção deste bem 
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ou serviço. Cada ação deve ter um único produto, como “servidor treinado”e 
“estrada construída”. A unidade de medida é o padrão selecionado para 
mensurar a produção do bem ou serviço. 
 
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por 
Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, 
por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que na 
especificação do subtítulo haja referência a mais de uma localidade, área 
geográfica ou beneficiário, se determinados. 
 
Exemplos de Subtítulos: 
Localizações Padronizadas (uso SOF): 
0001 Nacional NA 
0002 No Exterior EX 
 
Regiões Geográficas (baseada no padrão IBGE): 
0010 Na Região Norte NO 
0020 Na Região Nordeste NE 
0030 Na Região Sudeste SD 
0040 Na Região Sul SL 
0050 Na Região Centro-Oeste CO 
 
Estados da Federação (baseada no padrão IBGE): 
0011 No Estado de Rondônia RO 
0012 No Estado do Acre AC 
0013 No Estado do Amazonas AM 
0014 No Estado de Roraima RR 
0015 No Estado do Pará PA 
0016 No Estado do Amapá AP 
Etc. 
 
Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e 
será detalhado por esfera orçamentária, grupo de natureza de despesa, 
modalidade de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de 
uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos 
da ação orçamentária. 
 
Na base do SIOP, o campo que identifica o Programa contém quatro dígitos. 
1.º 2.º 3.º 4.º 
Programa 
 
Já a Ação é identificada por um código alfanumérico de oito dígitos: 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 
Ação Subtítulo 
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Ao observar o 1.º dígito do código pode-se identificar o tipo de ação: 
1º Dígito Tipo de Ação 
1, 3, 5 ou 7 Projeto 
2, 4, 6 ou 8 Atividade 
0 Operação Especial 
 
Repare que os números ímpares são projetos (exceto o nove) e os pares são 
atividades (exceto o zero). 
 
 
Estrutura Programática: 
Finalidade da despesa 
A partir do programa são identificadas as ações sob a 
forma de: 
Atividade: modo contínuo e permanente 
Projeto: limitado no tempo 
Operações especiais: não resulta um produto e não 
gera contraprestação direta 
 
 
4) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Na classificação por 
programas, as despesas públicas executadas por meio de projetos, 
atividades e operações especiais geram produtos disponibilizados à 
sociedade na forma de bens ou serviços. 
 
As despesas públicas executadas por meio de projetos e atividades geram 
produtos disponibilizados à sociedade na forma de bens ou serviços. No 
entanto, as operações especiais são despesas que não contribuem para a 
manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais 
não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de 
bens ou serviços. 
Resposta: Errada 
 
6. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA DESPESA 
 
A Lei 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e 
elementos nos arts. 12 e 13. Assim como no caso da receita, o art. 8.º 
estabelece que os itens da discriminação da despesa mencionados no art. 13 
serão identificados por números de código decimal, na forma de anexos dessa 
Lei. No entanto, atualmente, devemos seguir o que está consubstanciado no 
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Anexo II da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001. 
 
O conjunto de informações que formam o código é conhecido como 
classificação por natureza de despesa e informa a categoria econômica, o 
grupo a que pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. Temos ainda o 
desdobramento facultativo do elemento da despesa (subelemento). 
 
 
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 
Categoria 
Econômica 
Grupo de 
natureza 
Modalidade 
de Aplicação 
Elemento 
de 
despesa 
Desdobramento 
facultativo do 
elemento 
 
 
 
Na LOA, a discriminação da despesa, quanto 
à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por 
categoria econômica, grupo de natureza 
de despesa e modalidade de aplicação. 
 
Art. 6.º da Portaria 
Interministerial SOF/STN 
163/2001 
 
Exemplo de classificação: 
 
 Fonte: MTO 
1.º nível - Categoria econômica da despesa 
 
Assim como a receita, este nível da classificação por natureza obedece ao 
critério econômico. Permite analisar o impacto dos gastos públicos na 
economia do país. A despesa é classificada em duas categorias econômicas, 
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com os seguintes códigos: 
 
3 - Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria 
todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou 
aquisição de um bem de capital; 
4 - Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria 
aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição 
de um bem de capital. 
 
2.º nível - Grupo de Natureza da Despesa (GND) 
 
É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características 
quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: 
 
 
 GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA 
1 – Pessoal e Encargos Sociais 
2 – Juros e Encargos da Dívida 
3 – Outras Despesas Correntes 
4 – Investimentos 
5 – Inversões financeiras 
6 – Amortização da Dívida 
9 – Reserva de Contingência e Reserva do RPPS 
 
GND das despesas correntes 
 
Pessoal e Encargos Sociais: despesas de natureza remuneratória 
decorrente do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de confiança no 
setor público, do pagamento dos proventos de aposentadorias, reformas e 
pensões, das obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, 
incidentes sobre a folha de salários, contribuição a entidades fechadas de 
previdência, outros benefícios assistenciais classificáveis neste grupo de 
despesa, bem como soldo, gratificações, adicionais e outros direitos 
remuneratórios, pertinentes a este grupo de despesa, previstos na estrutura 
remuneratória dos militares, e, ainda, despesas com o ressarcimento de 
pessoal requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a 
necessidade de excepcional interesse público e despesas com contratos de 
terceirização de mão de obra que se refiram à substituição de servidores e 
empregados públicos, em atendimento ao disposto no art. 18, § 1.º, da LRF. 
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Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de juros, 
comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas 
contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 
 
Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de 
consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-
alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria 
econômica “Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos de 
natureza de despesa. 
 
GND das despesas de capital 
 
Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o 
planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis 
considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de 
instalações, equipamentos e material permanente. 
 
Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisiçãode imóveis 
ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do 
capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando 
a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento 
do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo. 
 
Amortização da Dívida: despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do 
principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e 
externa, contratual ou mobiliária. 
 
 
 
Juros e Encargos da Dívida 
 
Consoante a natureza da despesa, o grupo 
“amortização da dívida” deverá ser classificado 
na categoria econômica de despesas de capital. 
No entanto, o grupo “juros e encargos da 
dívida” deverá ser classificado na categoria 
econômica de despesas correntes. 
 
 
 
 
Mais uma! 
Cuidado com as 
amortizações! 
 
O grupo “amortização da dívida” deverá ser 
classificado na categoria econômica de despesas 
de capital. 
Não se confunde com “amortização de 
empréstimos”, que é uma das origens das 
receitas de capital. 
 
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Reservas 
 
Com relação à natureza da despesa orçamentária, as reservas não são 
classificadas como despesas correntes nem como despesas de capital. Para 
efeito de classificação, as Reservas do RPPS e de Contingência serão 
identificadas como grupo “9”, todavia não são passíveis de execução, servindo 
de fonte para abertura de créditos adicionais, mediante os quais se darão 
efetivamente a despesa que será classificada nos respectivos grupos. 
 
Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor - RPPS: 
consoante o MCASP, os ingressos previstos que ultrapassarem as despesas 
orçamentárias fixadas num determinado exercício constituem o superávit 
orçamentário inicial, destinado a garantir desembolsos futuros do RPPS, do 
ente respectivo. Assim sendo, esse superávit orçamentário representará a 
fração de ingressos que serão recebidos sem a expectativa de execução de 
despesa orçamentária no exercício e constituirá a reserva orçamentária para 
suportar déficits futuros, em que as receitas orçamentárias previstas serão 
menores que as despesas orçamentárias. 
 
Reserva de Contingência: é definida na LDO com base na Receita Corrente 
Líquida. Compreende o volume de recursos destinados ao atendimento de 
passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos. 
Os Passivos Contingentes são representados por demandas judiciais, dívidas 
em processo de reconhecimento e operações de aval e garantias dadas pelo 
Poder Público. Os outros riscos a que se refere o § 3.º do art. 4.º da LRF são 
classificados em duas categorias: Riscos Fiscais Orçamentários e Riscos Fiscais 
de Dívida. 
 
Atenção: diferenças entre investimentos e inversões financeiras nas 
aplicações em imóveis relacionadas ao PIB: o Produto Interno Bruto (PIB) 
se refere ao valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos 
dentro do território econômico do país, independentemente da nacionalidade 
dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços. 
 
Podemos concluir dos conceitos de investimentos e inversões financeiras que 
as despesas do grupo investimento contribuem para a formação do Produto 
Interno Bruto. A inversão financeira é a despesa de capital que, ao contrário de 
investimentos, não gera serviços e incremento ao PIB. Por exemplo, a 
aquisição de um prédio já pronto para a instalação de um serviço público é 
inversão financeira, pois se mudou a estrutura de propriedade do bem, mas 
não a composição do PIB. Já investimentos são as despesas de capital que 
geram serviços e, em consequência, acréscimos ao PIB. Por exemplo, a 
construção de um novo edifício é um investimento, pois além de gerar serviços 
provoca incremento no PIB. 
 
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5) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As despesas com o 
pagamento dos juros da dívida pública são despesas correntes, e a 
amortização do principal da dívida constitui despesa de capital. 
 
O grupo “amortização da dívida” deverá ser classificado na categoria 
econômica de despesas de capital. No entanto, o grupo “juros e encargos 
da dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas 
correntes. 
Resposta: Certa 
 
6) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Com base na Lei nº 4.320/1964 e nos 
conceitos e aplicações dela decorrentes, julgue o item: 
A lei em questão distinguiu as aplicações em imóveis ora como 
investimentos ora como inversões financeiras. Daí a diferença entre a 
construção e a simples aquisição para uso de imóveis já concluídos e 
em utilização. No primeiro caso, gera-se um incremento no PIB; no 
segundo, mera transferência da propriedade de bens já produzidos. 
 
A inversão financeira é a despesa de capital que, ao contrário de 
investimentos, não gera serviços e incremento ao PIB. Assim, para que haja 
contribuição do setor público para a formação do Produto Interno Bruto, deve-
se optar pela construção (investimento), em vez de, simplesmente, adquirir 
um imóvel já concluído e em utilização (inversão financeira). 
Resposta: Certa 
 
3.º nível - Modalidade de aplicação 
 
A modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão aplicados 
mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização 
orçamentária para outras esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, ou 
diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; 
ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por 
outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. Também 
indica se tais recursos são aplicados mediante transferência para entidades 
privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior. 
 
A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva, 
principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou 
descentralizados. 
 
Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos arts. 16 e 21 da Lei 
4.320/1964, compreende as subvenções, os auxílios e as contribuições que 
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atualmente são identificados em nível de elementos na classificação da 
natureza da despesa. Não se confundem com as transferências de recursos 
financeiros, representadas pelas modalidades de aplicação, e que são 
registradas de acordo com a seguinte codificação atual: 
 
 Modalidades de aplicação 
20 Transferências à União. 
22 Execução orçamentária delegada à União. 
30 Transferências a estados e ao Distrito Federal. 
31 Transferências a estados e ao Distrito Federal – Fundo a Fundo. 
32 Execução orçamentária delegada a estados e ao Distrito Federal 
40 Transferências a municípios. 
41 Transferências a municípios Fundo a Fundo. 
42 Execução orçamentária delegada a municípios. 
50 Transferências a instituições privadas sem fins lucrativos. 
60 Transferências a instituições privadas com fins lucrativos. 
70 Transferências a instituições multigovernamentais. 
71 Transferências a consórcios públicos. 
72 Execução orçamentária delegada a consórcios públicos. 
80 Transferências ao exterior. 
90 Aplicações diretas. 
91 Aplicação direta decorrente de operação entre órgãos, fundos e 
entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social. 
99 A definir.4.º nível - Elemento de despesa 
 
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e 
vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros 
prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, 
equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a 
administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Os códigos dos 
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elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial 
163, de 2001. Exemplos: 11 - Vencimentos e Vantagens fixas − Pessoal Civil; 
39 - Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica (exemplo: energia 
elétrica); 61 – aquisição de imóveis; 91 – Sentenças Judiciais; etc. 
 
Vedações em elementos 
de despesa 
É vedada a utilização em projetos e atividades dos 
elementos de despesa 41-Contribuições, 42-Auxílios e 
43-Subvenções Sociais, o que pode ocorrer apenas em 
operações especiais. 
 
É também vedada a utilização de elementos de 
despesa denominados típicos de gastos (ex.: 30, 35, 
36, 39, 51, 52, etc.) em operações especiais. 
 
Isso ocorre porque os projetos e as atividades devem resultar em um produto 
ou em contraprestação de bens ou serviços, como acontece com os elementos 
típicos de gastos; já as operações especiais não podem gerar produto, por isso 
são usados os elementos correspondentes a contribuições, auxílios e 
subvenções sociais. 
 
5.º nível - Desdobramento facultativo do elemento da despesa 
 
Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução 
orçamentária, fica facultado por parte de cada ente o desdobramento dos 
elementos de despesa. 
 
7. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO 
 
Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos 
e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de 
empréstimos, doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei 
orçamentária e de seus créditos adicionais. 
 
Identificador de Uso – IDUSO 
0 Recursos não destinados à contrapartida 
1 Contrapartida – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento-BIRD 
2 Contrapartida – Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID 
3 Contrapartida de empréstimos com enfoque setorial amplo 
4 Contrapartida de outros empréstimos 
5 Contrapartida de doações 
 
8. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO 
DE CRÉDITO – IDOC 
 
O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de 
crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem 
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contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de 
empréstimos serão programados com o Identificador de Uso – IDUSO – igual a 
1, 2, 3 ou 4 e o IDOC com o número da respectiva operação de crédito, 
enquanto que para as contrapartidas de doações serão utilizados o IDUSO 5 e 
o respectivo IDOC. 
 
O número do IDOC também pode ser usado nas ações de pagamento de 
amortização, juros e encargos para identificar a operação de crédito a que se 
referem os pagamentos. 
 
Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se referirem a 
doações internacionais ou operações de crédito, o IDOC será 9999. Neste 
sentido, para as doações de pessoas, de entidades privadas nacionais e as 
destinas ao combate à fome, deverá ser utilizado o IDOC 9999. 
 
9. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO 
 
O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como 
finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto na Lei de 
Diretrizes Orçamentárias, devendo constar no Projeto de Lei Orçamentária 
Anual – PLOA e na respectiva Lei em todos os grupos de natureza da despesa. 
 
Conforme estabelecido no § 5.º do art. 7.º do PLDO-2012, nenhuma ação 
poderá conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e 
primárias, ressalvada a reserva de contingência. 
 
Identificador de Resultado Primário 
0 Financeira 
1 Primária obrigatória, ou seja, aquelas que constituem obrigações constitucionais 
ou legais da União e constem do Anexo IV do PLDO – 2012. 
2 Primária discricionária, assim consideradas aquelas não incluídas no anexo 
específico citado no item anterior e não abrangida pelo PAC. 
3 Primária discricionária abrangida pelo PAC. 
4 Despesas constantes do orçamento de investimento das empresas estatais que 
não impactam o resultado primário. 
 
10. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES 
 
Segundo a doutrina, a despesa pública pode ainda ser classificada nos 
seguintes aspectos: quanto a sua forma de ingresso ou natureza, competência 
institucional, entidades executoras do orçamento, afetação patrimonial e 
regularidade: 
 
Forma de ingresso ou natureza: 
• Orçamentária: são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas 
de créditos adicionais, instituídas em bases legais. Obedecem aos 
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estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento. 
Exemplos: construção de prédios públicos, manutenção de rodovias, 
pagamento de servidores, etc. 
• Extraorçamentária: são as despesas não consignadas no orçamento ou 
nas leis de créditos adicionais. Correspondem à devolução de recursos 
transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou 
seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos, como as 
restituições de cauções, pagamentos de restos a pagar, resgate de 
operações por antecipação de receita orçamentária, etc. 
Vários autores utilizam o termo “natureza” nesta classificação. Atente para não 
confundir com a classificação por natureza da despesa. Entendo que o termo 
“forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso. 
 
Competência institucional: classifica as despesas de acordo com o ente 
político competente a sua instituição ou realização, quais sejam: Governo 
Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. 
 
Entidades executoras do orçamento: 
• Despesa Orçamentária Pública: aquela executada por entidade 
pública e que depende de autorização legislativa para sua realização, por 
meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais, pertencendo 
ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho. 
• Despesa Orçamentária Privada: aquela executada por entidade 
privada e que depende de autorização orçamentária aprovada por ato de 
conselho superior ou outros procedimentos internos para sua 
consecução. 
 
Afetação patrimonial: 
• Despesa Orçamentária Efetiva: aquela que, no momento da sua 
realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Exemplos: 
despesas correntes, exceto aquisição de materiais para estoque e a 
despesa com adiantamento, que representam fatos permutativos e, 
assim, são não efetivas. 
• Despesa Orçamentária Não Efetiva: aquela que, no momento da sua 
realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e 
constitui fato contábil permutativo. Exemplo: despesas de capital, 
exceto as transferências de capital que causam decréscimo 
patrimonial e, assim, são efetivas. 
 
Regularidade ou periodicidade: 
• Ordinárias: compostas por despesas perenes e que possuem 
característica de continuidade, pois se repetem em todos os exercícios, 
como as despesas com pessoal, encargos, serviços de terceiros, etc. 
• Extraordinárias: não integram sempre o orçamento,pois são despesas 
de caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as 
despesas decorrentes de calamidade pública, guerras, comoção interna, 
etc. 
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7) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) O princípio da 
legalidade em matéria de despesa pública significa que se exige a 
inclusão da despesa em lei orçamentária para que ela possa ser 
realizada, com exceção dos casos de restituição de valores ou 
pagamento de importância recebida a título de caução, depósitos, 
fiança, consignações, ou seja, advindos de receitas extraorçamentárias 
que, apesar de não estarem fixados na lei orçamentária, sejam objeto 
de cumprimento de outras normas jurídicas. 
 
Para que uma despesa possa ser realizada, é necessária sua inclusão na lei 
orçamentária. A exceção ocorre com as despesas extraorçamentárias, as quais 
correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como 
receitas extraorçamentárias. Tais despesas, apesar de não estarem fixadas na 
lei orçamentária, são objetos de cumprimento de outras normas jurídicas, 
como a Lei de Licitações e Contratos, que trata da exigência ao licitante do 
depósito em caução em determinados casos. 
Resposta: Certa 
 
8) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) As despesas 
orçamentárias podem ser classificadas em despesas efetivas e 
despesas não efetivas; as despesas orçamentárias não efetivas, assim 
como os dispêndios extraorçamentários, são oriundas de fatos 
permutativos. 
 
Quanto à afetação patrimonial, a despesa orçamentária pode ser efetiva ou 
não efetiva. A despesa não efetiva é aquela que, no momento da sua 
realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato 
contábil permutativo, como ocorre também com a despesa extraorçamentária. 
Resposta: Certa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. ESTRUTURA COMPLETA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA 
 
Esta é a estrutura completa da programação orçamentária: 
 
 
 Fonte: MTO 
 
Exemplo: 
 
 Fonte: MTO 
 
 
 
 
 
 
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12. CLASSIFICAÇÕES NA LEI 4320/1964 
 
Vamos dar uma atenção especial a alguns artigos da Lei 4320/1964 
relacionados ao tema. Repare que há diferenças entre os conceitos estudados 
na classificação da despesa por natureza. Segundo o art. 12, a despesa será 
classificada nas seguintes categorias econômicas: 
 
DESPESAS CORRENTES: 
• Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços 
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de 
conservação e adaptação de bens imóveis. 
• Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não 
corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para 
contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de 
outras entidades de direito público ou privado. 
 
DESPESAS DE CAPITAL: 
• Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de 
obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados 
necessários à realização destas últimas, bem como para os programas 
especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material 
permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não 
sejam de caráter comercial ou financeiro. 
• Inversões Financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, 
ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos 
representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer 
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do 
capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas 
que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações 
bancárias ou de seguros. 
• Transferências de Capital: as dotações para investimentos ou 
inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado 
devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens 
ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, 
segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei 
especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da 
dívida pública. 
 
Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam 
cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa 
poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de 
Capital. Trata-se de uma exceção ao princípio da discriminação. 
 
Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei 4.320/1964, as 
transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades 
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beneficiadas, distinguindo-se como subvenções sociais e econômicas. 
 
Subvenções sociais: as que se destinem a instituições públicas ou privadas 
de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. 
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de 
subvenções sociais visará à prestação de serviços essenciais de assistência 
social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de 
origem privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica. O valor 
das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades 
de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados 
obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados. 
Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas 
satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções. 
 
Subvenções econômicas: as que se destinem a empresas públicas ou 
privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 
A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza 
autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente 
incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, dos estados, dos 
municípios ou do Distrito Federal. 
Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: as dotações 
destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de 
revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; e as 
dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de 
determinados gêneros ou materiais. 
 
A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a 
empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja 
concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial. 
 
A subvenção econômica e a contribuição são os instrumentos de 
cooperação financeira da União com entidades ou empresas do setor 
privado que dependem de autorização expressa em lei especial. Segundo o 
Decreto 93.872/1986: 
“Art. 61. A subvenção econômica será concedida a empresas públicas ou 
privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, mediante 
expressa autorização em lei especial. 
(...) 
Art. 63, § 2º A contribuição será concedida em virtude de lei especial, e se 
destinaa atender ao ônus ou encargo assumido pela União.” 
 
 
 
 
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9) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com a Lei 
n.° 4.320/1964, consideram-se despesas de capital os juros da dívida 
pública, a amortização da dívida pública e a aquisição de imóveis. 
 
A amortização da dívida pública e a aquisição de imóveis se enquadram no 
conceito de despesa de capital. No entanto, os juros da dívida são despesas 
correntes. 
Resposta: Errada 
 
10) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) Subvenções sociais 
são as transferências que se destinam a instituições públicas ou 
privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; 
subvenções econômicas destinam-se a empresas públicas ou privadas 
de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 
 
Segundo o art. 12 da Lei 4320/64, subvenções sociais são as que se destinem 
a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem 
finalidade lucrativa; já as econômicas são as que se destinem a empresas 
públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 
Resposta: Certa 
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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE 
 
11) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Na classificação por 
programas, uma atividade representa um instrumento de programação 
para alcançar os objetivos de um programa e compreende um conjunto 
de operações necessárias à manutenção da ação do governo, 
realizando-se de modo contínuo e permanente. 
 
Na estrutura programática, a atividade é um instrumento de programação 
utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto 
de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais 
resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. 
Resposta: Certa 
 
12) (CESPE – Economista – Ministério da Saúde - 2010) Se um estado 
da Federação criar um banco de investimentos para fomentar o 
desenvolvimento econômico em sua região, então a despesa realizada 
com a constituição do capital do banco será classificada como 
investimento. 
 
De acordo com a Lei 4320/1964, são inversões financeiras as dotações 
destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; 
aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de 
qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do 
capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas 
que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações 
bancárias ou de seguros. 
Logo, se um estado da Federação criar um banco de investimentos para 
fomentar o desenvolvimento econômico em sua região, então a despesa 
realizada com a constituição do capital do banco será classificada como 
inversão financeira. 
Resposta: Errada 
 
13) (CESPE - Analista Judiciário - TRT - 17ª Região - 2009) No SIAFI, 
os conceitos de órgão e unidade orçamentária podem ser considerados 
sinônimos. 
 
Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao 
mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. Órgão 
orçamentário é o agrupamento de unidades orçamentárias. Logo, os conceitos 
de órgão e unidade orçamentária não são considerados sinônimos. 
Resposta: Errada 
 
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14) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Na classificação 
orçamentária, o programa constitui o maior nível de agregação das 
diversas áreas do setor público. 
 
Na classificação orçamentária, mais especificamente na classificação funcional 
da despesa, a função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das 
diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão 
institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que 
guarda relação com os respectivos Ministérios. 
Resposta: Errada 
 
15) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Planej Estrat. - ABIN – 
2010) Atividade consiste em ação destinada a fornecer produtos, como 
bens e serviços, por prazo determinado, com base na análise custo-
benefício. 
 
A atividade é um instrumento de programação utilizado para alcançar o 
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se 
realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou 
serviço necessário à manutenção da ação de Governo. 
Resposta: Errada 
 
16) (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) No Sistema 
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), as 
inversões financeiras podem ser classificadas como despesas 
correntes. 
 
As inversões financeiras são sempre classificadas como despesas de capital. 
Resposta: Errada 
 
17) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Na 
classificação institucional da despesa, cada unidade orçamentária é 
subdividida em diversos órgãos. 
 
Na classificação institucional da despesa, cada órgão orçamentário é 
subdividido em diversas unidades. 
Resposta: Errada 
 
18) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Na 
classificação institucional há órgãos setoriais e unidades 
orçamentárias que não correspondem aos órgãos e entidades que 
compõem a administração pública. Essas unidades orçamentárias, 
todavia, são um conjunto de dotações que são administradas por 
órgãos do governo que também têm suas próprias dotações. 
 
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a 
uma estrutura administrativa. No entanto, são um conjunto de dotações 
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administradas por órgãos do governo que também têm suas próprias dotações. 
Resposta: Certa 
 
19) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) A classificação por esfera 
aponta em qual orçamento será alocada a despesa, ao passo que a 
classificação institucional aponta em que área da despesa a ação 
governamental será realizada. 
 
A classificação por esfera aponta “em qual orçamento” será alocada a despesa. 
No entanto, a classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. A 
classificação funcional é a que aponta “em que” área da despesa a ação 
governamental será realizada. 
Resposta: Errada 
 
20) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) As despesas com 
aquisições de imóveis não são classificadas na categoria econômica 
despesas de capital. 
 
As despesas com a aquisição de imóveis são sempre consideradas 
despesas de capital. Podem pertencer ao GND Investimentos, caso o 
imóvel não esteja em utilização; ou ao GND Inversão Financeira, caso o bem 
já esteja em utilização. 
Resposta: Errada 
 
21) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) As despesas com 
pagamento de pessoal militar não podem ser incluídas entre as 
despesas de custeio. 
 
As despesas com pagamento de pessoal são despesas de custeio 
Resposta: Errada 
 
22) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) A reserva de 
contingência deve ser destinada ao pagamento de restos a pagar que 
excederem as disponibilidades de caixa ao final do exercício. 
 
A reserva de contingência compreende o volume de recursos destinados ao 
atendimentode passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos 
fiscais imprevistos. Os Passivos Contingentes são representados por demandas 
judiciais, dívidas em processo de reconhecimento e operações de aval e 
garantias dadas pelo Poder Público. Não há previsão de destinação para restos 
a pagar. 
Resposta: Errada 
 
23) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) As despesas 
com obras públicas e as subvenções sociais são classificadas como 
despesas correntes. 
 
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As despesas com subvenções sociais são classificadas como despesas 
correntes. No entanto, as despesas com obras públicas são classificadas como 
despesas de capital. 
Resposta: Errada 
 
24) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 
2008) A função encargos especiais, que engloba despesas em relação 
às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no 
processo produtivo corrente, deve estar associada aos programas do 
tipo operações especiais e não pode integrar o PPA. 
 
A função “Encargos Especiais”, a qual engloba as despesas em relação às 
quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo 
produtivo corrente, representa, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, 
as ações estarão associadas aos programas do tipo “Operações Especiais”, que 
constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA. 
Resposta: Certa 
 
25) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN - 
2010) Uma unidade orçamentária pode fazer parte do orçamento ainda 
que não corresponda a órgão específico da administração direta, 
indireta ou fundacional. 
 
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a 
uma estrutura administrativa. 
Resposta: Certa 
 
26) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) O pagamento de 
juros e encargos da dívida são despesas públicas classificadas como 
despesas correntes. 
 
O GND “juros e encargos da dívida” deverá ser classificado na categoria 
econômica de despesas correntes. 
Resposta: Certa 
 
27) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) A ação 
orçamentária articula um conjunto de programas que concorrem para 
a concretização de um objetivo comum. 
 
O programa articula um conjunto de ações orçamentárias que concorrem 
para a concretização de um objetivo comum. 
Resposta: Errada 
 
28) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Contabilidade - ABIN – 
2010) Caso o governo federal, durante crise financeira, destine parte 
de uma dotação orçamentária para o aumento de capital de instituição 
financeira, essa despesa será considerada inversão financeira. 
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A constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a 
objetivos comerciais ou financeiros são inversões financeiras. 
Resposta: Certa 
 
29) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) As despesas que 
não resultam em produto específico e não geram contraprestação 
direta em bens ou serviços são denominadas operações especiais. 
 
As operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção, 
expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta 
um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou 
serviços. 
Resposta: Certa 
 
30) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) Os programas, 
conforme suas características, podem ser classificados em atividades, 
projetos e operações especiais. 
 
A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, 
projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas 
e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. 
Logo, as ações (e não os programas), conforme suas características, podem 
ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais. 
Resposta: Errada 
 
31) (CESPE – Analista - INMETRO – 2009) Cada ação orçamentária do 
INMETRO, entendida como a atividade, o projeto ou a operação 
especial, deve identificar a função e a subfunção às quais se vincula. 
Nesse sentido, a operação especial refere-se às despesas do órgão 
diretamente relacionadas ao aperfeiçoamento das ações do governo 
federal. 
 
A Operação Especial refere-se às despesas que não contribuem para a 
manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais 
não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de 
bens ou serviços. 
O projeto é que se refere às despesas do órgão diretamente relacionadas ao 
aperfeiçoamento das ações do governo federal 
Resposta: Errada 
 
(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Acerca da 
padronização dos procedimentos orçamentários e contábeis nos três 
níveis de governo, julgue o item abaixo. 
32) Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua 
natureza, será feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de 
natureza de despesa e modalidade de aplicação. 
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O art. 6.º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001 dispõe que, na lei 
orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no 
mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade 
de aplicação. 
Resposta: Certa 
 
33) (CESPE - Analista - INMETRO - 2009) A despesa orçamentária é 
classificada pelas categorias econômicas função e subfunção. 
 
A despesa orçamentária é classificada pelas categorias econômicas Correntes 
e de Capital. As funções e subfunções compõem a classificação funcional. 
Resposta: Errada 
 
34) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Segundo a natureza da 
despesa, amortização, juros e encargos da dívida deverão ser 
classificados na categoria econômica de despesas de capital. 
 
Consoante a natureza da despesa, o grupo “amortização da dívida” deverá 
ser classificado na categoria econômica de despesas de capital. No entanto, o 
grupo “juros e encargos da dívida” deverá ser classificado na categoria 
econômica de despesas correntes. 
Resposta: Errada 
 
35) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A classificação 
funcional-programática manteve-se nos mesmos parâmetros desde a 
entrada em vigor da Lei n.º 4.320/1964 até o exercício de 2010. 
 
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria 42, de 14 de abril de 
1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta por um rol de 
funções e subfunções prefixadas, que serve como agregador dos gastos 
públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. A 
Portaria 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata 
a Lei 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, 
projeto, atividade, operações especiais; e dá outras providências. 
Resposta: Errada 
 
36) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) As inversões 
financeiras são uma espécie de despesa de capital em que ocorre 
acréscimo no capital do governo. 
 
Podemos concluir dos conceitos de investimentos e inversões financeiras que 
as despesas do grupo investimento contribuem para a formação do Produto 
Interno Bruto. A inversão financeira é a despesa de capital que, ao contrário de 
investimentos, não gera serviços e incremento ao PIB. 
Resposta: Errada 
 
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