Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Terapia pulpar Por que é importante manter o dente decíduo (fazer canal ao invés de extrair)? A causa mais comum é a perda de espaço para o sucessor permanente (principalmente em dentes posteriores). Diminuição da capacidade mastigatória. Desenvolvimento de hábitos parafuncionais- morder bochecha, colocar a língua naquele espaço Alterações ósseas- os dentes de leite estão intimamente ligados ao crescimento da mandíbula e da maxila, é necessário a presença desse dente de leite para o desenvolvimento desses maxilares e quando ocorre a perda desse dente muito precocemente terá alteração no desenvolvimento ósseo. Perda de dimensão vertical. E comprometimento estético que pode acarretar em prejuízos psicológicos. O dente de leite funciona como guia de erupção para os dentes permanentes. Características anatômicas do dente decíduo Dentina constitui a maior parte da estrutura. Esmalte têm menor espessura e é menos calcificado Volume pulpar maior Região de furca 1,4mm de dentina. A cárie evolui mais rapidamente em dente decíduo. O que precisamos saber sobre dentina e região de furca? Quanto mais fina a dentina, mais chance tem de perfurar o dente. A furca e o assoalho pulpar são muito finos e tem que tomar muito cuidado, devendo usar a broca suavemente. Como diagnosticar Começar pelo exame clínico. O diagnóstico é mais complicado. Teste de frio e calor não se usa e o teste de percussão é usado dificilmente, pois para a criança é difícil de distinguir o que de fato é dor e o teste térmico pode causar dor atrapalhando o condicionamento da criança. Nem toda vez que alterar a cor nós iremos tratar o canal. O dente pode estar escurecido por causa de um trauma e não ter infecção nenhuma, tirar radiografia e observar se está tendo reabsorção, se não tem lesão periapical, devemos apenas acompanhar esse dente. Olhar a relação com a polpa e observar se pode fazer capeamento. Lesão periapical normalmente é indicativo de necrose. Mesmo com lesão de furca há a tentativa de manter o dente utilizando a pasta ctz que consegue manter a vida útil do dente mesmo estando com lesão de furca. Mas tendo a lesão o prognóstico não é bom. Vai depender, se for uma lesão muito grande com comprometimento extenso o dente deverá ser extraído, pois se não, aumentará a chance de edema e de um abscesso na criança. Mas não tendo grande comprometimento, podemos tentar manter o dente e explicar aos pais que a chance de precisar extrair aquele dente depois é muito grande. Relação rizólise/rizogênese Observar o quanto de desgaste já tem da raíz do dente decíduo(rizólise) e o quanto já tem da raiz do dente permanente (rizogênese). Esse dente não pode ser extraído. Nesse caso tem a cripta óssea do dente permanente bem nítida, ainda está finalizando o processo de coroa, cárie extensa, proximidade com a polpa, mal começou a formação do dente permanente. Então esse dente iremos tratar. Nesse caso há uma lesão periapical nos dois incisivos centrais com dente permanente em formação inicial, quase terminando a formação da coroa. Então é necessário manter os dentes. Só pode extrair um dente de leite sem causar prejuízo ao dente permanente em questão de espaço e guia de erupção quando o dente permanente ter mais de ⅔ de sua raiz formada (estágio 8 de Nolla). Quando começa a sentir desconforto com calor (café, leite, chá e etc). É por se tratar de um quadro de uma pulpite mais avançada na maioria das vezes. Resposta ao agente químico (ex: restauração). Há uma cárie e não julgamos como muito profunda e colocamos uma resina que contrai e tem a aplicação de ácido e logo depois a criança começa a sentir muita dor e aparece uma fístula. Acontece muito, principalmente em cárie classe II. Então houve uma resposta pulpar devido ao agente químico colocado no dente. Mas em alguns casos essa resina vai fazer que o dente necrose, na verdade o dente já iria necrosar, ou seja, já teve um envolvimento pulpar e a gente faz com que esse processo de necrose só se complete. Vai anestesiar se a criança se queixar de dor, mas a princípio não anestesiamos. Lavar a cavidade com soro ou clorexidina 0,12% É muito difícil encontrar capeamento pulpar indireto em dente decíduo. Normalmente quando há uma microexposição geralmente já faz ao menos uma pulpotomia para não correr o risco de ter uma recidiva. Deve-se evitar o máximo o risco de recidiva em procedimento odontopediátrico por causa do condicionamento da criança. Deve ter eliminado todo o tecido cariado e está bem isolado para impedir a contaminação salivar. Com o intuito de evitar o risco de necrose pulpar. Mesmo quando está na tentativa de fazer um capeamento indireto, quando se observar que chegou em uma dentina muito profunda (mais rosadinha),a criança vai sentir dor. A anestesia já é feita antes de ocorrer microexposição para evitar que a criança sinta dor. Usa-se o ctz no tratamento de microexposição pulpar. Na ausência de CTZ, depois de remover todo o tecido cariado e isolar. Deve-se descontaminar a cavidade com clorexidina ou soro fisiológico, seca, e com o pó de hidróxido de cálcio P.A(somente o pó mesmo, sem misturar com nada) e coloca na região da microexposição e vem com o cimento de CaOH2 e coloca em cima e restaura com CIV. Restauração definitiva após 45 a 60 dias. Situações que indicam comprometimento pulpar irreversível ➔Lesão periapical ➔Presença de fístula ➔Edema ➔Mobilidade Fármacos: Para a pulpotomia dos dentes de leite o formocresol não é o ideal. Em vários estudos houve uma associação do uso de formocresol com a presença de necrose e inflamação crônica no tecido pulpar. Toda vez que se usa formocresol é uma chance muito grande do dente necrosar. Quando não ocorre o sangramento é indício que a polpa está em processo de necrose não sendo indicado fazer pulpotomia. Também não é o mais usado( não vamos usar na nossa clínica). Apresenta chance de insucesso muito grande, mas causa menos injúria que o formocresol. Nas literaturas quando comparado com o formocresol, a maior parte dos dentistas preferem utilizar o formocresol. Pois apesar de causar mais injúria ao tecido e maior possibilidade de necrose. O glutaraldeído tem uma absorção sistêmica maior. de CaOH2 Hidróxido de cálcio é horrível para pulpotomia Custo mais elevado É feita uma pastinha com MTA com água destilada A taxa de sucesso usando essa pasta é muito grande Pela dificuldade de mandar manipular o Rifocort e por ter outros materiais no mercado que são mais fáceis e possuem boa propriedade a pasta de Guedes Pinto não é muito utilizada CTZ é o melhor material para odontopediatria. A chance de recidiva é muito pequena. É manipulado, tem que ter a receita. Desvantagem estética por apresentar tetraciclina que mancha os dentes. Remover das paredes circundantes. Desvantagem é o alto custo Não é só quando o tecido está necrosado, o dente pode estar vital. Mas está entrando no processo de necrose. Dente anterior: Limas de 1ª e 2ª série. Dente Posterior: Normalmente limas de 1ª série somente. Quando se deixa a odontometria 2mm aquém do ápice, também evitamos que a instrumentação atinja o dente permanente. Sempre optar primeiro por usar hipoclorito, mas caso não tenha hipoclorito, ou a criança tenha mau condicionamento e mexa muito ou não aceite o isolamento é melhor optar por usar clorexidina. Quando tem certeza que é necro- Abscesso, edema ou fístula não anestesia. Medicação de espera: Quando o dente está necrosado com abscesso ou fístula. Normalmente não se faria o canal na mesma sessão- abriria e colocaria hidróxido de cálcio, medicamento de espera ou o formocresol para a fístula regredir. Mas com o ctz, reduzimos essa sessão intermediária com a medicação de espera, podendo colocar o ctz direto que fará com que a lesão regrida. Só irá ser feita a sessão com medicação de espera quando o abscesso estiver muito grande. Só iremos prescrever antibiótico quando houver comprometimento sistêmico. O CTZ acelera o processo de reabsorção Não usar CTZ com ionômero pois a adesão é muitoruim. Usar CTZ sempre com OZE. Quando for fazer a restauração definitiva rebaixar o oze pode colocar uma camada de civ foto e depois a resina. Pasta iodoformada biocompatível Frequência de recidiva e insucesso muito baixo Custo elevado As ponteiras permitem inserir diretamente no canal
Compartilhar