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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM PERIODONTIA INTRODUÇÃO PERIODONTIA A A doença periodontal possui alta prevalência e incidência, por isso é considerada um problema de saúde pública. Essa patogenia possui caráter infeccioso polimicrobiano, iniciada por microorganismos presentes no biofilme dental. As bactérias orais, e periodontopatógenos, se organizam na forma de biofilmes ao longo de superfícies rígidas como a superfície dental, começando pela colonização supragengival e evoluindo ao longo da raiz, caso não seja desorganizado e removido através da escovação diária, uso do fio dental e o acompanhamento profissional. A Raspagem e o alisamento radicular são procedimentos conhecidos como tratamentos efetivos das diversas formas de periodontite. Porém, nem sempre a terapia mecânica é capaz de eliminar a presença de todos os patógenos. Diversos estudos foram realizados com o objetivo de avaliar o uso de antibióticos, locais ou sistêmicos, em associação à terapia mecânica da periodontite. . Porém, deve ser evidenciado que os componentes antimicrobianos não são capazes de remover o cálculos, o que nos remete a uma discussão quanto ao uso racional desses fármacos. TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA A A periodontia é o ramo da odontologia que estuda, previne e trata os tecidos que rodeiam o dente: gengiva, ligamento periodontal e ossos. O conjunto de reações inflamatórias, são causados por bactérias, afeta primeiramente a gengiva, quando é denominada gengivite. Os principais sintomas da gengivite, além do sangramento espontâneo, são o inchaço, a vermelhidão e dores na região. É possível também observar a presença de mau-hálito e, em alguns casos mais avançados, retrações gengivais, onde observa-se um maior distanciamento entre o dente e a gengiva. A periodontite pode levar à mobilidade do dente, retração da gengiva, retenção de restos alimentares, destruição óssea e até a perda do elemento dental. A doença tem um desenvolvimento mais acelerado em pacientes imunossuprimidos, diabéticos e fumantes. a periodontite se manifesta de forma mais agressiva, deixando a região da gengiva ainda mais vermelha e a sensibilidade dentária é mais perceptível. O uso sistêmico de antibióticos pode aumentar os efeitos da terapia mecânica periodontal, por meio da raspagem e do alisamento radicular em conjunto com medidas que melhorem substancialmente as condições de higiene bucal. Uma mínima percentagem de pacientes com periodontite não responde adequadamente à terapia mecânica, sendo responsáveis por isso fatores como estresse, tabagismo, imunodeficiência e doenças sistêmicas. Sendo necessário o uso de terapia medicamentoso para o tratamento. PROTOCOLOS MEDICAMENTOSOS A Medicação pré-operatória: quando houver indicação precisa do uso de antibióticos, realizar a profilaxia cirúrgica; Amoxicilina 500mg, 2 cápsulas, dose única, 1 hora antes do procedimento Alérgicos: Azitromicina 500mg, 1 comprimido, dose única 1 horas antes do procedimento Clindamicina 300mg, 2 cápsulas, dose única 1 horas antes do procedimento Redução de ansiedade: deve-se considerar a sedação por meio do uso oral de Midazolam 15 mg, 1 comprimido - dose única, 30 min antes do procedimento ou Alprazolam 0,5 mg, 01 comprimido – dose única 30-45 minutos antes do procedimento. Na antissepsia intrabucal: fazer o paciente bochechar vigorosamente 15 mL de uma solução aquosa de digluconato de clorexidina 0,12%, por 1 min. Medicação pós-operatória: Amoxicilina 500 mg a cada 8 h por 5-7 dias. Para os alérgicos; Azitromicina 500mg, 1 comprimido a cada 24 horas por 3-5 dias ou Clindamicina 300mg, 1 cápsula a cada 8 horas por 5-7 dias A associação de amoxicilina com metronidazol é um regime eficaz para combater o Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa) e o Porphyromonas gingivalis, bactérias associadas às infecções periodontais. Em caso de infecções anaeróbias predominantes é necessário a associação de; Amoxicilina 500mg, 1 cápsula a cada 8 horas por 5-7 dias. Metronidazol 400mg, 1 comprimidos a cada 8 horas por 5-7 dias A gengivite ulcerativa necrosante aguda está associada a bacilos anaeróbicos gram-negativos e treponemas, formando complexos fusoespiroquetais patogênicos. Atualmente, o regime de escolha para o tratamento é o metronidazol 400mg, 1 comprimido a cada 8 horas por 5-7 dias . Em relação à periodontite crônica, é importante ressaltar o fato de que para pacientes saudáveis responsivos ao tratamento convencional a terapia antibiótica adjunta não se faz necessária. Nos casos em que o desbridamento mecânico, isoladamente, não se mostra resolutivo, a exemplo de pacientes fumantes, nos quais o fumo se mostra como um fator de risco para o início e progressão da doença periodontal , como também em pacientes com alguma deficiência imunológica, o uso de antibiótico sistêmico passa a ser necessário. Nos pacientes que apresentam periodontite agressiva generalizada, o desbridamento mecânico convencional e a higiene oral não são suficientes para controlar a doença. Usa-se o metronidazol 400mg, 1 comprimidos a cada 8 horas por 5-7 dias, devido ao fato do metronidazol atuar na degradação e inibição da síntese do DNA bacteriano, ele tem indicação, principalmente, para o tratamento da periodontite agressiva. CONCLUSÃO A Conclui-se portanto, a importância de tratamento medicamentoso em casos mais agravados das doenças periodontais. É de suma importância seguirmos com a padronização dos protocolos e uma boa anamnese para uma maior abrangência de segurança no momento da prescrição do medicamento. REFERÊNCIAS A USO DE ANTIBIÓTICOS SISTÊMICOS NA TERAPIA PERIODONTAL. Revisão de Literatura, Piracicaba Sao Paulo, ano 2013, p. 11/32, 2 ago. 2013. ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. São Paulo: Artes Médicas. 2002. 188p. PERIODONTIA: PROBLEMAS COM GENGIVITE OU PERIODONTITE? ENTENDA MAIS SOBRE A ÁREA QUE CUIDA DA SAÚDE DAS GENGIVAS. Periodontia, Sorrisologia, 2020. Disponível em: https://www.sorrisologia.com.br/noticia/periodontia-problemas-com- gengivite-ou-periodontite-entenda-mais-sobre-a-area-que-cuida-da-saude- das-gengivas_a9904/1. Acesso em: 3 nov. 2020. AMARAL, Fabricia Caetano. O uso de antibióticos no tratamento da doença periodontal. Revista Digital, [S. l.], ano 2015, p. 1/1, 2 dez. 2015. Equipe: Andressa Belo da Silva, Bruna Desiderio Gonçalves, Ana Karine Cordeiro, Francisca Letícia Alves dos Santos, José Arimatea Rodrigues de Brito, José Ítalo Balbino de Freitas, Paulina Marques de Alencar e Vitória Rodrigues Pereira Leite.
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