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Responsável pelo Conteúdo: Profª. Ms. Reinaldo Zychan Revisão Textual: Profª. Esp. Vera Lídia de Sa Cicaroni 5 Estamos na segunda unidade da disciplina de Direito Internacional Público e nela estudaremos a Personalidade Internacional, englobando o estudo sobre o Estado, as Organizações Internacionais e as Coletividades não estatais, como os protagonistas do sistema internacional. Procure associar os elementos apresentados nesta aula com diversas situações internacionais que sempre figuram na imprensa. Assim, você será capaz de entender alguns dos grandes problemas que afetam as relações entre os diversos Estados nacionais. Fique atento aos prazos das Atividades (Sistematização e Aprofundamento). Coletividades Não Estatais Organizações Internacionais Estado Introdução Caro aluno, nesta unidade, iremos realizar o estudo da Personalidade Internacional, englobando os Estados, as Organizações Internacionais e as Coletividades Não Estatais. 6 O que é um Estado? Como um Estado é criado? Uma discussão sempre muito recorrente é a legitimidade de um povo em pleitear o reconhecimento de um novo Estado que o represente. Isso ocorre com palestinos, israelenses, curdos, armênios, bascos etc. Esse é um dos assuntos que iremos discutir em nossa aula. 7 Como o Direito Internacional Público trata da interação jurídica entre os Estados e de outras pessoas internacionais, é importante conhecer cada um dos participantes dessas relações. O Estado é o sujeito de direito por excelência no Direito Internacional, podendo ser definido como “um agrupamento humano, estabelecido permanentemente num território e sob um governo independente” (SILVA, ACCIOLY, 2002, p. 83). 2.1 Elementos Constitutivos Da análise dessa definição, constatamos que são quatro os elementos constitutivos do Estado: População; Território; Governo; Soberania (reconhecimento internacional). 2.1.1 População É o elemento humano do Estado. População é o conjunto de habitantes que mantém uma ligação estável com um determinado Estado, por meio de um vínculo jurídico, o vínculo da nacionalidade (VARELLA, 2012, p. 172). Esse conceito abrange os nacionais (natos e naturalizados) residentes dentro ou fora do território nacional e exclui os estrangeiros, mesmo quando residentes no território do Estado. 8 Deve ser observado que esse conceito utilizado no Direito Internacional Público não se confunde com o de população utilizado pela geografia1. O conceito de população não se confunde com os conceitos de: Nação: que, para o Direito Internacional, é considerado como uma ideologia e não como um conceito jurídico. Considerando esses elementos, Nação traduz a ideia de identidade cultural, histórica ou linguística. Povo: que não possui um conceito jurídico, mas sociológico, sendo ora utilizado como conjunto de indivíduos de uma nação, ora como população de um determinado território (VARELLA, 2012, pp. 172-175). 2.1.2 Território É o espaço onde o Estado exerce sua soberania, ou seja, espaço em cujos limites ocorre o exercício do poder estatal. 2.1.3 Governo Trata da direção do Estado, de sua estrutura interna de poder e da escolha de seus representantes, inclusive no que se refere à comunidade internacional. 2.1.4 Soberania Refere-se à capacidade do Estado de tomar decisões sobre a sua gestão interna e suas relações internacionais, livre da interferência de outros atores. A Corte Internacional de Justiça, na decisão de Max Hubber, assim definiu: A soberania nas Relações Internacionais entre os Estados significa independência. A independência em relação a uma parte do globo é o direito de exercer as funções estatais nessa região, excluindo todos os demais Estado. (Apud VARELLA, 2012, p. 263). 1 Para a geografia ou demografia, população corresponde à totalidade de habitantes de um determinado Estado, incluindo os nacionais e os estrangeiros que nele residem. Nessa acepção, esse conceito exclui os nacionais que residem no território de outros Estados. 9 2.1.4.1 Reconhecimento de Estado O reconhecimento de um Estado é uma manifestação de Direito Internacional, diretamente relacionada à sua soberania. O reconhecimento do Estado é a manifestação unilateral e discricionária de outros Estados ou Organizações Internacionais no sentido de aceitar a criação de um novo sujeito de direito internacional, portanto, com direitos e obrigações (VARELLA, 2012, p. 246). Dessa forma, formado um Estado, surge a necessidade do seu reconhecimento internacional. Trata-se de ato discricionário, unilateral, irrevogável e incondicional, por meio do qual o surgimento de um novo sujeito de Direito Internacional é atestado pelos demais Estados. Esse reconhecimento deve ser provocado pelo novo Estado, por meio de notificação, podendo ser expresso ou tácito. Há três teorias sobre a natureza jurídica do ato de reconhecimento: constitutiva, declarativa e mista. O reconhecimento é importante para que o novo Estado se relacione com seus pares na comunidade internacional. Para que haja o reconhecimento, é preciso que o governo seja independente e controle de forma efetiva o seu território e a sua população, cumprindo as obrigações internacionais. 2.1.4.2 Reconhecimento de Governo O reconhecimento de governo não se confunde com o reconhecimento do Estado. O reconhecimento de um novo governo dá-se quando a comunidade internacional vislumbra, em um Estado anteriormente já reconhecido, a alteração de sua direção. Em geral, quando não há uma ruptura da linha política interna, esse reconhecimento se dá sem maiores problemas. Contudo a instalação de um novo governo em um Estado a partir da desconsideração do ordenamento jurídico vigente, tal como em casos de golpes de Estado e revoluções, acarreta a necessidade de que essa nova direção do Estado seja reconhecida. Teoria constitutiva: entende que o reconhecimento dá origem à personalidade estatal (Jellinek, Triepel, Anzilotti). Teoria declarativa: afirma que a existência do Estado tem início a partir da conjugação dos seus elementos constitutivo, sendo apenas constatada pela comunidade internacional no ato do reconhecimento. Essa é a teoria mais aceita. Teoria mista: considera que o reconhecimento constata um fato, mas que ele constitui, entre o Estado que reconhece e o reconhecido, direitos e deveres. 10 O governo a ser reconhecido deve preencher algumas formalidades: efetividade (controle da máquina do Estado e obediência civil), cumprimento das obrigações internacionais do Estado; ter sua constituição, respeitados os termos impostos pelo Direito Internacional; e ser democrático. 2.2 Extinção ou Sucessão de Estado O desaparecimento de qualquer dos elementos constitutivos do Estado ocasiona a sua extinção (ou sucessão) total ou parcial. Será total, quando decorrente da fusão, anexação total, desaparecimento do território etc., e parcial, quando ocorrer o desaparecimento da soberania ou sua restrição. A Convenção de Viena sobre Sucessão de Estados a respeito de tratados (1978) dispõe que a “sucessão de Estados significa a substituição de um Estado por outro no tocante à responsabilidade pelas relações internacionais do território”, ou seja, há uma transferência de direitos e obrigações do Estado extinto para outro Estado - anteriormenteexistente ou formado nesse ato. As principais modalidades de sucessão de Estados são: Emancipação: é a aquisição da independência de uma colônia em relação ao estado controlador. Ex.: Brasil, em relação a Portugal; Fusão: é a união de dois ou mais Estados para formar um terceiro, com nova personalidade jurídica internacional. Ex.: Unificações alemã e italiana. Anexação total: ocorre quando um Estado é absorvido (anexado) plenamente por outro, extinguindo-se a personalidade internacional do primeiro. Ex.: Etiópia, quando anexada à Itália de Mussolini. Anexação parcial: ocorre quando um Estado perde parcela de seu território em favor de outro. Ex.: transferências de territórios, depois das guerras mundiais. As primeiras organizações internacionais surgiram com a finalidade de criar condições para a cooperação e solução de problemas bastante específicos, tais como garantir a liberdade de navegação em determinados rios. Na verdade, o escopo da organização é conjugar forças, recursos e interesses em torno de objetivos transnacionais comuns. A primeira grande experiência foi a Liga das Nações. 11 As organizações internacionais (ou intergovernamentais) são pessoas jurídicas de direito internacional que se caracterizam por possuir ordens jurídicas próprias que não se confundem com as dos Estados que as integram. Como elas resultam da manifestação de vontade de sujeitos de direito internacional público, ou seja, de Estados ou de outras organizações internacionais, não são aceitos, em suas composições, sujeitos de direito interno, tais como indivíduos, empresas e organizações não governamentais (VARELLA, 2012, p. 285). Podemos dizer que organização internacional é uma associação voluntária de sujeitos de direito internacional (Estados e outras organizações internacionais), constituída mediante ato internacional (geralmente um tratado), de caráter relativamente permanente, dotada de regulamento e órgãos de direção próprios, cuja finalidade é atingir os objetivos comuns determinados por seus membros constituintes. As organizações internacionais, uma vez constituídas, adquirem personalidade internacional independente da de seus membros constituintes, podendo, portanto, adquirir direitos e contrair obrigações em seu nome e por sua conta, inclusive por intermédio da celebração de tratados com outras organizações internacionais e com Estados, nos termos do seu ato constitutivo. A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados entre Estados e Organizações Internacionais ou entre Organizações Internacionais, de 1986, buscou disciplinar as normas de direito internacional aplicáveis ao poder convencional das organizações internacionais. Atualmente, as organizações internacionais têm os seguintes pontos caracterizadores: Associação voluntária de sujeitos de Direito Internacional Público; Ato institutivo internacional; Personalidade Internacional; Ordenamento jurídico interno; Existência de órgãos próprios; Exercício de poderes próprios. Considerando a grande diversidade de organizações internacionais atualmente existentes, pode-se dividi-las entre os seguintes grupos: Quanto ao âmbito territorial, podem ser: Universais: aquelas que se destinam a acolher o maior número possível de Estados, sem restrição; Regionais: aquelas destinadas a valer entre os Estados de uma determinada região; Quanto à finalidade, podem ser de vocação política: as que se consagram a objetivos gerais, mas precipuamente à preservação da paz e da segurança; de vocação técnica específica: aquelas voltadas a um fim econômico, financeiro, cultural, ou estritamente técnico. 12 Dentre as diversas organizações internacionais, podem ser destacadas as seguintes: ONU - Organização das Nações Unidas; OIT - Organização Internacional do Trabalho; OMC - Organização Mundial do Comércio; BIRD - Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento; OEA - Organização dos Estados Americanos; Mercosul - Mercado Comum do Sul; UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura; OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte; CEE - Comunidade Econômica Europeia; OMS - Organização Mundial da Saúde. A seguir analisaremos algumas dessas organizações. 3.1 Organização das Nações Unidas – ONU É, seguramente, a organização internacional mais conhecida. Foi fundada oficialmente a 24 de Outubro de 1945, em So Francisco, Estados Unidos, por 51 países, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. A primeira Assembleia Geral celebrou-se a 10 de Janeiro de 1946 em Westminster Central Hall, localizada em Londres. A sua sede atual está na cidade de Nova Iorque. A ONU teve inspiração na Sociedade de Nações (também conhecida como "Liga das Nações"), organização concebida em circunstâncias similares durante a Primeira Guerra Mundial e estabelecida em 1919, em conformidade com o Tratado de Versalhes, "para promover a cooperação internacional e conseguir a paz e a segurança". O art. 2º da Carta da ONU2 elenca seus princípios norteadores: 1. A Organização é baseada no princípio da igualdade de todos os seus Membros. 2. Todos os Membros, a fim de assegurarem para todos em geral os direitos e vantagens resultantes de sua qualidade de Membros, deverão cumprir de boa fé as obrigações por eles assumidas de acordo com a presente Carta. 2 Disponível em < http://unicrio.org.br/img/CartadaONU_VersoInternet.pdf>. Acesso em 10 jan. 2013. http://unicrio.org.br/img/CartadaONU_VersoInternet.pdf 13 3. Todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais. 4. Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado ou qualquer outra ação incompatível com os Propósitos das Nações Unidas. 5. Todos os Membros darão às Nações toda assistência em qualquer ação a que elas recorrerem de acordo com a presente Carta e se absterão de dar auxílio a qual Estado contra o qual as Nações Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo. 6. A Organização fará com que os Estados que não são Membros das Nações Unidas ajam de acordo com esses Princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da paz e da segurança internacionais. 7. Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as Nações Unidas a intervirem em assuntos que dependam essencialmente da jurisdição de qualquer Estado ou obrigará os Membros a submeterem tais assuntos a uma solução, nos termos da presente Carta; este princípio, porém, não prejudicará a aplicação das medidas coercitivas constantes do Capítulo VII. No final de 2012, a ONU era composta por 193 Estados-membros, ou seja, cada um dos países soberanos internacionalmente reconhecidos, exceto a Santa Sé e a Palestina, que têm qualidade de observadores, e países sem reconhecimento pleno (como Taiwan, que é território reclamado pela China, mas de reconhecimento soberano por outros países). Muito embora a Carta da ONU incentive a resolução amistosa de conflitos, admite a aplicação de sanções, com o intuito de fazer valer as suas deliberações. O artigo 7º da Carta da ONU define seus órgãos principais. Carta da ONU Artigo 7 1. Ficam estabelecidos como órgãos principais das Nações Unidas: uma Assembleia Geral, um Conselho de Segurança, um Conselho Econômico e Social, um conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça e um Secretariado. 2. Serão estabelecidos, de acordo com a presente Carta, os órgãos subsidiários considerados de necessidade. 14 Desses órgãos, os principais são a Assembleia Geral e o Conselho deSegurança, razão pela qual precisamos conhecê-los com mais detalhes. 3.1.1 Conselho de Segurança O Conselho de Segurança (CS) é órgão permanente da ONU, vale dizer, permanece em funcionamento ao longo do ano. Não obstante se reunir ordinariamente na sede da ONU, em Nova Iorque, nada impede que o Conselho realize encontros em outras localidades. É formado por quinze membros, sendo: Cinco Membros Permanentes: China; Estados Unidos; Rússia; França e Reino Unido. Dez Membros Não Permanentes: que são escolhidos pela Assembleia Geral (AG) para um mandato de dois anos. Os Cinco Membros Permanentes ou "Cinco Grandes" são os cinco "Grandes Vitoriosos" da Segunda Guerra Mundial, que, na qualidade de protagonistas e patrocinadores da fundação da ONU, angariaram privilégios e poderes diferenciados dos demais países. Vale ressaltar que os membros permanentes possuem o poder de veto. Na eleição dos Dez Membros Não Permanentes devem ser considerados os seguintes elementos descritos no artigo 23.1 da Carta da ONU: a contribuição dos Membros das Nações Unidas para a manutenção da paz e da segurança internacionais e para os outros propósitos da Organização; a distribuição geográfica equitativa. Dentre as funções do Conselho de Segurança, devem ser destacadas as mencionadas nos artigos 24 a 26 da Carta da ONU: 15 Carta da ONU Artigo 24 1. A fim de assegurar pronta e eficaz ação por parte das Nações Unidas, seus Membros conferem ao Conselho de Segurança a principal responsabilidade na manutenção da paz e da segurança internacionais e concordam em que, no cumprimento dos deveres impostos por essa responsabilidade, o Conselho de Segurança aja em nome deles. 2. No cumprimento desses deveres, o Conselho de Segurança agirá de acordo com os Propósitos e Princípios das Nações Unidas. As atribuições específicas do Conselho de Segurança para o cumprimento desses deveres estão enumeradas nos Capítulos VI, VII, VIII e XII. 3. O Conselho de Segurança submeterá relatórios anuais e, quando necessário, especiais à Assembleia Geral para sua consideração. Artigo 25 Os Membros das Nações Unidas concordam em aceitar e executar as decisões do Conselho de Segurança, de acordo com a presente Carta. Artigo 26 A fim de promover o estabelecimento e a manutenção da paz e da segurança internacionais, desviando para armamentos o menos possível dos recursos humanos e econômicos do mundo, o Conselho de Segurança terá o encargo de formular, com a assistência da Comissão de Estado-Maior, a que se refere o Artigo 47, os planos a serem submetidos aos Membros das Nações Unidas, para o estabelecimento de um sistema de regulamentação dos armamentos. O Conselho de Segurança poderá também realizar investigações sobre qualquer controvérsia ou situação suscetível de provocar conflitos entre as Nações ou ameaça à manutenção da paz e da segurança internacionais. Ao fazer suas recomendações, o Conselho de Segurança deve levar em consideração que as controvérsias de caráter jurídico devem, em regra geral, ser submetidas pelas partes à Corte Internacional de Justiça. Ao lado disso, o Conselho de Segurança ostenta atribuições outras, como a participação na escolha dos membros da Corte Internacional de Justiça. Pautando-se pelos princípios orientadores da ONU, o Conselho de Segurança deve buscar, precipuamente, uma solução pacífica para conflitos. Em casos extremos, ele pode impor as seguintes sanções: 16 A interrupção completa ou parcial das relações econômicas, dos meios de comunicação ferroviários, marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra qualquer espécie e o rompimento das relações diplomáticas (art. 41). Se infrutíferas as sanções do art. 41, poderá levar a efeito, por meio de forças aéreas, navais ou terrestres, a ação que julgar necessária para manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais. Tal ação poderá compreender demonstrações, bloqueios e outras operações, por parte das forças aéreas, navais ou terrestres dos Membros das Nações Unidas (art. 42). O art. 27 da Carta da ONU exige o voto afirmativo de todos os cinco membros permanentes da ONU. Isso significa que, se um deles se opuser (vetar), não estará aprovada a proposta de deliberação que a esse órgão foi apresentada; assim, os principais atos somente são formados se houver consenso. 3.1.2 Assembleia Geral Órgão não permanente, constituído por todos os membros das Nações Unidas que se reúnem uma vez ao ano (sessões anuais regulares), normalmente na sede da ONU, em Nova Iorque. Nela, cada membro tem um voto e não existe, tal como ocorre no Conselho de Segurança, o direito a veto. Além das sessões anuais regulares, podem ocorrer sessões especiais, as quais podem ser convocadas, nos termos do artigo 20 da Carta da ONU, pelo Secretário-Geral, a pedido: do Conselho de Segurança; da maioria dos Membros das Nações Unidas. As questões processuais debatidas são decididas por maioria simples, ao passo que “questões importantes” dependem da aprovação de 2/3 dos membros. Essas “questões importantes” compreendem: recomendações relativas à manutenção da paz e da segurança internacionais; eleição dos Membros não permanentes do Conselho de Segurança; eleição dos Membros do Conselho Econômico e Social; eleição dos Membros do Conselho de Tutela; admissão de novos Membros das Nações Unidas; suspensão dos direitos e privilégios de Membros; expulsão dos Membros; questões referentes ao funcionamento do sistema de tutela; questões orçamentárias. 17 No que concerne às suas funções, a Assembleia deve discutir e fazer recomendações sobre temas relacionados às competências da ONU; discutir e fazer recomendações sobre desarmamento e regulamentação de armamentos; “considerar os princípios gerais de cooperação na manutenção da paz e da segurança internacionais” e fazer “recomendações relativas a tais princípios” (artigo 11); fazer estudos e recomendações sobre cooperação internacional, nos diferentes domínios econômicos, culturais e sociais, codificação e desenvolvimento do Direito Internacional; e fazer recomendações para a solução pacífica de qualquer situação internacional. Tem como funções exclusivas: a) eleger membros não permanentes do Conselho de Segurança e os membros dos Conselhos de Tutela Econômico e Social; b) votar o orçamento da ONU; c) aprovar os acordos de tutela; d) autorizar os organismos especializados a solicitarem pareceres à Corte Internacional de Justiça; e) coordenar as atividades desses organismos. 3.1.3 Secretariado Órgão permanente responsável pela administração da ONU. Composto de um Secretário-Geral e do pessoal exigido pela Organização e chefiado pelo Secretário-Geral da ONU, eleito pela Assembleia-Geral (mediante recomendação do Conselho de Segurança) para mandato de cinco anos. O Secretário-Geral poderá chamar a atenção do Conselho de Segurança para qualquer assunto que, em sua opinião, possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais. Suas funções são: a) responder pelas questões administrativas da ONU; b) exercer atribuições conferidas pela Assembleia-Geral, Conselho de Segurança, de Tutela e Econômico e Social; c) fazer relatórios à Assembleia Geral sobre os trabalhos da ONU; d) provocar manifestação do Conselho de Segurança sobre assunto que reputar relevante; e) indicar seus auxiliares; f) atuar na fase inicial de ameaças à paz. 18 3.2 Corte Internacional de Justiça A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é um órgão permanente da ONU, dotado de dupla função jurisdicional: Consultiva; Contenciosa – em matéria não penal. Esse órgão jurisdicional, cuja sede está em Haia, na Holanda, surgiu depois da Segunda GuerraMundial, por intermédio da Convenção de São Francisco (a mesma que criou a Organização das Nações Unidas), tendo herdado o acervo histórico e jurídico da Corte Permanente de Justiça Internacional (CPJI). Essa Corte tem como principal instrumento normativo o seu Estatuto, que foi publicado como anexo da Carta da ONU3 Na função contenciosa, o Estatuto da CIJ só admite a jurisdição de Estados, isto é, os demais sujeitos de Direito Internacional Público, como as organizações internacionais não têm legitimidade para demandar lides na CIJ. Essa delimitação é estabelecida no artigo 34. 1. de seu Estatuto, cuja redação é a seguinte: Estatuto da Corte Internacional de Justiça Artigo 34 1. Só os Estados poderão ser partes em questões perante a Corte. Todos os membros da ONU podem apresentar questões a serem submetidas à CIJ, contudo, excepcionalmente, esse órgão também estará aberto a questões que envolvem Estados que não fazem parte das Nações Unidas. Estatuto da Corte Internacional de Justiça Artigo 35. 1. A Corte estará aberta aos Estados que são parte no presente Estatuto. 2. As condições pelas quais a Corte estará aberta a outros Estados serão determinadas pelo Conselho de Segurança, ressalvadas as disposições especiais dos tratados vigentes; em nenhum caso, porém, tais condições colocarão as partes em posição de desigualdade perante a Corte. 3 Em nosso país, o Estatuto da Corte Internacional de Justiça foi promulgado, como anexo da Carta da ONU, pelo Decreto n.º 19.841, de 22 de outubro de 1945. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D19841.htm> Acesso em 12 jan. 2013. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D19841.htm 19 3. Quando um Estado que não é Membro das Nações Unidas for parte numa questão, a Corte fixará a importância com que ele deverá contribuir para as despesas da Corte. Esta disposição não será aplicada, se tal Estado já contribuir para as referidas despesas. Diferentemente da arbitragem, as partes litigantes não precisam firmar qualquer compromisso prévio de reconhecimento da jurisdição da CIJ, e também não é necessário que haja a concordância do outro Estado em litígio para que a questão seja apresentada a esse órgão. Os juízes têm mandatos de nove anos, sendo franqueada uma recondução. São escolhidos independentemente de nacionalidade (não deve haver mais de um representante nacional de cada Estado), dentre juristas com reconhecida competência e idoneidade. O processo de escolha é feito por eleição pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança, através de lista elaborada pelos grupos nacionais da Corte Permanente de Arbitragem. Estatuto da Corte Internacional de Justiça Artigo 8. A Assembleia Geral e o Conselho de Segurança procederão, independentemente um do outro, à eleição dos membros da Corte. [...] Artigo 10. 1. 0s candidatos que obtiverem maioria absoluta de votos na Assembleia Geral e no Conselho de Segurança serão considerados eleitos. 2. Nas votações do Conselho de Segurança, quer para a eleição dos juizes quer para a nomeação dos membros da comissão prevista no artigo 12, não haverá qualquer distinção entre membros permanentes e não permanentes do Conselho de Segurança. Sobre a nacionalidade de juízes, em casos concretos, vale a pena transcrever o art. 31 do Estatuto da CIJ: Artigo 31 1. Os juízes da mesma nacionalidade de qualquer das partes conservam o direito de funcionar numa questão julgada pela Corte. 2. Se a Corte incluir entre os seus membros um juiz de nacionalidade de uma das partes, qualquer outra parte poderá escolher uma pessoa para funcionar como juiz. Essa pessoa deverá, de preferência, ser escolhida dentre os que figuram entre os candidatos a que se referem os Artigos 4 e 5. 20 3. Se a Corte não incluir entre os seus membros nenhum juiz de nacionalidade das partes, cada uma destas poderá proceder à escolha de um juiz, de conformidade com o parágrafo 2 deste Artigo. 4. As disposições deste Artigo serão aplicadas aos casos previstos nos Artigos 26 e 29. Em tais casos, o Presidente solicitará a um ou, se necessário, a dois dos membros da Corte integrantes da Câmara que cedam seu lugar aos membros da Corte de nacionalidade das partes interessadas e, na falta ou impedimento destes, aos juízes especialmente escolhidos pelas partes. 5. No caso de haver diversas partes interessadas na mesma questão, elas serão, para os fins das disposições precedentes, consideradas como uma só parte. Qualquer dúvida sobre este ponto será resolvida por decisão da Corte. 6. Os juízes escolhidos de conformidade com os parágrafos 2, 3 e 4 deste Artigo deverão preencher as condições exigidas pelos Artigos 2 e 17 (parágrafo 2), 20 e 24 do presente Estatuto e tomarão parte nas decisões em condições de completa igualdade com seus colegas. Como dispõe o dispositivo acima, podem ser convocados juízes ad hoc (não permanentes) para atuarem em casos pontuais, em razões de questões de nacionalidade. A competência da CIJ está definida no artigo 36 de seu Estatuto4 e podemos destacar as seguintes: qualquer ponto de direito internacional; a existência de qualquer fato que, se verificado, constituiria violação de um compromisso internacional; a natureza ou extensão da reparação devida pela ruptura de um compromisso internacional. 4 Artigo 36 1. A competência da Corte abrange todas as questões que as partes lhe submetam, bem como todos os assuntos especialmente previstos na Carta das Nações Unidas ou em tratados e convenções em vigor. 2. Os Estados, partes do presente Estatuto, poderão, em qualquer momento, declarar que reconhecem como obrigatória, ipso facto e sem acordos especiais, em relação a qualquer outro Estado que aceite a mesma obrigação, a jurisdição da Corte em todas as controvérsias de ordem jurídica que tenham por objeto: a) a interpretação de um tratado; b) qualquer ponto de direito internacional; c) a existência de qualquer fato que, se verificado, constituiria violação de um compromisso internacional; d) a natureza ou extensão da reparação devida pela ruptura de um compromisso internacional. 3. As declarações acima mencionadas poderão ser feitas pura e simplesmente ou sob condição de reciprocidade da parte de vários ou de certos Estados, ou por prazo determinado. 4. Tais declarações serão depositadas junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas que as transmitirá, por cópia, às partes contratantes do presente Estatuto e ao Escrivão da Corte. 5. Nas relações entre as partes contratantes do presente Estatuto, as declarações feitas de acordo com o Artigo 36 do Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional e que ainda estejam em vigor serão consideradas como importando na aceitação da jurisdição obrigatória da Corte Internacional de Justiça, pelo período em que ainda devem vigorar e de conformidade com os seus termos. 6. Qualquer controvérsia sobre a jurisdição da Corte será resolvida por decisão da própria Corte. 21 Por fim, devem ser destacados os seguintes dispositivos do Estatuto da CIJ: Estatuto da Corte Internacional de Justiça Artigo 59 - A decisão da Corte só será obrigatória para as partes litigantes e a respeito do caso em questão. Artigo 60 - A Sentença é definitiva e inapelável. Em caso de controvérsia quanto ao sentido e ao alcance da sentença, caberá à Corte interpretá-la a pedido de qualquer das partes. Artigo 65 1. A Corte poderá dar parecer consultivo sobre qualquer questão jurídica a pedido do órgão que, de acordo com a Carta nas Nações Unidas ou por ela autorizado, estiver em condições de fazer tal pedido. 3.3 Mercado Comum do Sul – Mercosul O Mercosul foi formatado a partir dos seguintes tratados: Tratadode Assunção – 26/03/91 – Carta Constitutiva do Mercosul; Protocolo de Brasília – 17/12/91 – Regulamentou a resolução de controvérsias no âmbito do Mercosul e instaurou procedimentos de negociação, conciliação e arbitragem; Protocolo de Ouro Preto – 16/12/94 - Conferiu ao bloco personalidade jurídica internacional, elegeu fontes e estruturou os órgãos; Protocolo de Olivos – 18/02/02 – Criou o Tribunal Arbitral Permanente de Revisão do Mercosul. Objetivou solucionar e minimizar conflitos entre os países-membros. O Mercosul foi concebido com vistas a criar um mercado comum, a partir de 1995, entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai (membros originários). Seu principal marco regulatório é o Tratado de Assunção, concluído na cidade de Assunção, no Paraguai, em 26 de março de 1991. A bandeira do Mercosul é formada pelo Cruzeiro do Sul e o horizonte do qual emerge. O Cruzeiro do Sul foi escolhido, porque representa o principal elemento de orientação do Hemisfério Sul e, para o Mercosul, simboliza o rumo otimista de integração regional que se pretende dar aos países partes. Os idiomas oficiais são português e espanhol. Bandeira do Mercosul Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/mercosul.htm 22 O Mercosul tem personalidade jurídica internacional e funciona como uma união aduaneira. Ainda como propósitos do Mercosul podemos apontar: a adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros Estados; a coordenação de políticas setoriais e macroeconômicas e a harmonização legislativa. Outra função atribuída ao Mercosul cinge-se à mediação de conflitos entre seus membros, razão pela qual essa organização internacional possui instrumentos para dirimir controvérsia afeta a suas competências. Em 2012 a Venezuela passou a integrar o Mercosul como membro efetivo e a Bolívia iniciou seu processo de adesão. Ao lado dos membros originários, figuram como membros associados ao Mercosul: Bolívia5, Chile, Colômbia, Equador e Peru. O Mercosul, Bolívia e Chile estabeleceram que todo esse território constitui uma área de livre residência com direito ao trabalho para todos seus cidadãos, sem exigência de outro requisito além da própria nacionalidade. A Área de Livre Residência foi estabelecida na reunião de cúpula de Presidentes em Brasília, mediante o "Acordo sobre Residência para Nacionais dos Estados Partes do Mercosul, Bolívia e Chile", assinado em 6 de dezembro de 20026. 3.4 Organização Mundial do Comércio A Organização Mundial do Comércio – OMC - é um órgão internacional que define as regras para o comércio multilateral e plurilateral entre os países. Sua sede é em Genebra, Suíça. A OMC está em funcionamento desde 1995 e substituiu o GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio). A OMC é uma instituição com personalidade jurídica que surgiu com o objetivo de proporcionar e regulamentar o livre comércio entre as nações participantes. Seu escopo precípuo é a supressão gradual das tarifas e barreiras alfandegárias que dificultam as relações comerciais internacionais, servindo de foro para negociações de novas regras ou temas relativos ao comércio internacional. Como não poderia deixar de ser, a OMC conta com sistema de resolução de conflitos, que possui extrema relevância para as relações econômicas dos diversos Estados que participam dessa organização. 5 Em 07 de dezembro de 2012, a Bolívia iniciou seu processo de adesão como membro do Mercosul. 6 Promulgado internamente no Brasil pelo Decreto n.º 6.975, de 7 de outubro de 2009. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6975.htm>. Acesso em 12 jan. 2013. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6975.htm 23 A OMC surgiu com as atribuições de gerenciar os acordos multilaterais e plurilaterais de comércio sobre serviços, bens e direitos de propriedade intelectual comercial, além de servir de fórum para a resolução das diferenças comerciais e para as negociações sobre novas questões. Ficou estabelecido, também, que a OMC supervisionaria as políticas comerciais dos países e trabalharia junto ao Banco Mundial e ao FMI (Fundo Monetário Internacional) na adoção de políticas econômicas em nível mundial. A OMC é regida por cinco princípios que devem ser seguidos pelos seus membros: Princípio da Não Discriminação: garante tratamento igual a todos os membros no que se refere aos privilégios comerciais e aos produtos, razão pela qual os nacionais não podem ter privilégios em detrimento dos importados; Princípio da Previsibilidade de Normas e do Acesso aos Mercados: através da consolidação dos compromissos tarifários para bens e das listas de ofertas em serviços; Princípio da Concorrência Leal: que visa coibir práticas desleais de comércio (exemplo, dumping e antidumping); Princípio da Proibição de Restrições Quantitativas: como proibições e quotas, permitindo apenas as quotas tarifárias desde que previstas nas listas de compromissos dos países; Princípio do Tratamento Especial e Diferenciado para Países em Desenvolvimento. Dessa forma, a OMC garante o acesso equitativo entre os países através de quatro mecanismos: o processo de adesão, os princípios, as rodadas de negociações comerciais e as soluções de controvérsias. Como a própria denominação sugere, as coletividades não estatais não se confundem com os Estados, porém algumas delas ostentam a condição de sujeito de Direito Internacional Público. As três principais são: a Santa Sé, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a Palestina. 4.1 Santa Sé Não obstante ter sempre atuado no plano internacional como pessoa de Direito Internacional Público, foi a partir dos acordos de Latrão, de 11 de fevereiro de 1929, que a Santa Sé viu sua personalidade jurídica chancelada. 24 Frise-se que quem detém a personalidade jurídica de Direito Internacional Público é a Santa Sé e não o Vaticano. Este último cinge-se à capital da Santa Sé. O território da Santa Sé compreende a cidade do Vaticano, esta última desprovida de personalidade jurídica. O Vaticano possui 44 hectares e cerca de 1.500 habitantes, entre clérigos e leigos. A Santa Sé é composta pela Cúria Romana e o Papa. A Cúria Romana é, por sua vez, o órgão que reúne: a) o Poder Judiciário do Vaticano; b) as diversas congregações que auxiliam o Papa; e c) as diversas secretarias, que executam o trabalho administrativo. Os tratados internacionais firmados pela Santa Sé, de caráter religioso, denominam-se concordatas. 4.2 Cruz Vermelha Internacional A Cruz Vermelha Internacional tem como principal fundador e idealizador o comerciante de Genebra Henri Dunant. Surgiu da percepção de que os feridos de guerra não contavam com a assistência mínima. A personalidade jurídica da Cruz Vermelha é centralizada no seu Comitê Internacional da Cruz Vermelha, com sede em Genebra. O Comitê Internacional tem assento de observador na Assembleia Geral da ONU. O orçamento da entidade advém de doações, principalmente do governo suíço. O sinal distintivo da Cruz Vermelha é a cruz vermelha cravada em fundo branco. Trata- se de uma homenagem ao Estado suíço. Por motivos religiosos e culturais, a Cruz Vermelha ganhou novos símbolos, como o crescente vermelho (Turquia e países islâmicos), o leão vermelho (usado pelo Irã antes da revolução islâmica) e o sol vermelho (países islâmicos). A Convenção de Genebra de 1949 disciplinou a atuação da Cruz Vermelha no âmbito de conflitos bélicos. A Cruz Vermelha desempenha papel relevante no patrocínio dos direitos humanitários. 25 4.3 Palestina A existência do Estado Palestino é, nas últimas décadas, uma das questões internacionais que mais tem gerado conflitos. Essa situação agravou-seapós a Segunda Guerra Mundial e a criação do Estado de Israel e nunca foi adequadamente resolvida pelas partes em conflito. Atualmente, a Palestina é reconhecida pelas Nações Unidas como Estado Observador Não Membro. Essa mudança ocorreu em razão de deliberação da Assembleia Geral da ONU, em 29 de novembro de 2012. 26 Para nós brasileiros, duas das mais importantes organizações internacionais são a Organização das Nações Unidas e o Mercosul. Conheça mais sobre elas visitando o sítio delas na rede mundial de computador, para isso clique nos seguintes links: Site das Nações Unidas no Brasil: http://www.onu-brasil.org.br/ Site do Mercosul: http://www.mercosul.gov.br/ http://www.onu-brasil.org.br/ http://www.mercosul.gov.br/ 27 _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 28 CAHALI, Y. S. (1983). Estatuto do Estrangeiro. São Paulo: Saraiva. CARVALHO, D. (1976). A situação Jurídica do Estrangeiro no Brasil. São Paulo: Sugestões Literárias. DOLINGER, J. (2012). Direito Internacional Privado: parte geral. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense. MAZUOLI, V. d. (2008). Curso de Direito Internacional Público. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais. MELLO, C. d. (2001). Curso de Direito Internacional Público. v. 2. 13. ed. Rio de Janeiro: Renovar. NEVES, G. B. (2009). Direito internacional público e direito internacional privado. 3. ed. São Paulo: Atlas. REZEK, F. (1998). Direito internacional público: curso elementar. 7. ed. São Paulo: Saraiva. SILVA, G., & ACCIOLY, H. (2002). Direito internacional público. 15. ed. São Paulo: Saraiva. VARELLA, M. D. (2012). Direito Internacional Público. 4. ed. São Paulo: Saraiva.
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