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Abordagem Observacional (todas as aulas)

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Abordagem Observacional 
 
Matéria: Metodologia de Pesquisa em Psicologia 
Resumo das aulas da Prof. Andreia sobre métodos observacionais. 
 
 
Abordagem Observacional – Parte 1 
 
 
Introdução 
→ O que é observação? 
Estamos o tempo todo fazendo observações, mas quando falamos de observação em pesquisa, isso passa a ter um 
sentido especial. 
A observação serve para fazer descrições sobre os eventos e correlacionar os eventos a maneira que possamos 
aprender – tentarmos entender como o comportamento se organiza diante de contextos físicos ou sociais. A 
observação tem como função descrever a realidade, colhendo impressões e registros para um determinado fenômeno 
(no caso de Psicologia, fenômenos psicológicos comportamentais). 
No caso de observação, é possível registrar o fenômeno: tendo contato com ele e registrando ou fazendo uso de 
instrumentos (exemplo: câmera e gravações) 
 
→ Objetivo 
Toda pesquisa começa com um problema, e ele precisa ser respondido com um método (exemplo: método 
observacional, experimental etc.) Observação – responder perguntas de pesquisa. 
A observação científica é feita sob condições precisamente definidas, de maneira sistemática e objetiva, e com 
registros cuidadosos. O principal objetivo dos métodos observacionais é descrever o comportamento. 
O objetivo é compreender a relação entre o comportamento e as variáveis contextuais que estão o cercando e 
concorrendo para que o comportamento ocorra. 
 
A observação precisa ser sistemática: 
→ Observar todos os aspectos e a maior quantidade possível de variáveis que concorre para que o fenômeno 
aconteça. 
→ Precisa ter condições exatamente definidas: quem, onde, quando e como (definidas com o problema de 
pesquisa) 
→ As impressões pessoais não podem ter influência na observação. É muito difícil nós conseguirmos fugir das 
nossas inferências em uma observação, porém, quando a observação não é feita de uma forma objetiva ou é 
feita de uma forma em que o observador se coloque numa posição envolvida, é muito comum que vieses do 
próprio observador entre em jogo na descrição da situação. 
 
Amostragens do comportamento 
 
→ Uma Primeira Questão: Como vamos registrar e qual método irá mostrar essa observação de uma forma que 
tenha uma amostragem representativa do comportamento (que tenha validade externa – generalização para 
diferentes tipos de população, cenário e condições). 
→ Amostragem Representativa do Comportamento: tem como característica o fato de serem “como” a população 
mais ampla de onde são tiradas. 
 
AMOSTRAGEM TEMPORAL 
→ Os pesquisadores procuram amostras representativas escolhendo diversos períodos para suas observações – 
(escolha de períodos (sistemática (definir horários e datas) ou aleatória (sorteio, aleatório)) 
→ Esse tipo de abordagem é possível quando o comportamento que eu quero observar é frequente e ocorre em 
todos os períodos do dia. 
AMOSTRAGEM DE EVENTOS 
→ O observador procura realizar a observação nos momentos em que um evento de interesse ocorre (pergunta 
de pesquisa) 
AMOSTRAGEM SITUACIONAL 
→ Envolve estudar o comportamento em diferentes locais sob diferentes circunstâncias e condições. 
→ Necessita de diferentes situações para cumprir um quadro mais geral. 
→ O aumento do número e da variedade de situações em que o comportamento é observado aumenta a 
generalidade externa dos meus resultados, isto é, me torna mais capaz de descrever as várias formas de um 
comportamento, como por exemplo a maneira que adultos interagem com bebês em diferentes situações. 
Muitas pesquisas adotam combinações de amostragem temporal e abordagem situacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagem Observacional – Parte 2 
 
Métodos Observacionais 
→ Observação direta (obstrutivo) e indireta (não obstrutivo) – observação direta: observação do comportamento 
à medida em que ele ocorre 
→ Observação indireta: analisa as evidências do comportamento (traços físicos ou registros arquivísticos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observações Diretas 
→ Sempre irá implicar uma intervenção na observação. 
→ O observador tem que definir até quanto ele irá interferir na pesquisa 
→ A observação direta poderá variar dentro de um continuum: nenhuma intervenção – experimento natural 
 
Observação naturalística: 
→ Observação do comportamento em uma situação natural (ocorrência normal) 
→ Questões éticas 
→ O observador não pode fazer intervenções diretas nesse caso 
 
Observação com intervenção: 
Observação Participante 
→ O observador é, ao mesmo tempo, observador e participante. 
→ Explícita: quando os observados sabem que o observador está presente e o seu papel 
→ Oculta: quando os demais participantes não sabem dos objetivos da pesquisa ou que fazem parte de 
uma pesquisa – engodo. 
OBSERVAÇÃO 
DIRETA 
OBSERVAÇÃO SEM INTERVENÇÃO EXPLÍCITA 
(OBSERVAÇÃO NATURALÍSTICA)
OBSERVAÇÃO COM INTERVENÇÃO (PODE SER 
MENOS OBSTRUTIVA OU MAIS)
Observação Participante (observação com a 
intervenção menos explícita)
Observação Estruturada
Experimento de Campo 
OBSERVAÇÃO 
INDIRETA
TRAÇOS FÍSICOS
REGISTROS ARQUIVÍSTICOS 
→ questões éticas e reatividade. 
 
Observação Estruturada 
→ Os observadores irão ter um nível de controle sobre a situação que está sendo observada (porém 
menos que em um experimento de campo) 
→ Exemplos: organização do setting de observação ou introdução de um elemento estranho em uma 
situação natural (de forma intencional) 
 
Experimento de Campo 
→ Ocorrem quando o pesquisador manipula uma ou mais variáveis em uma situação natural para 
determinar seus efeitos sobre o comportamento. 
→ A medida central é determinada de forma observacional. 
→ Variável dependente (comportamento das pessoas) 
→ Variável independente (manipulações feita pelo pesquisador) 
→ Situação de estruturação máxima, uma vez que você controla fortemente as variáveis situacionais 
presentes na observação 
 
Observações Indiretas – medidas não obstrutivas 
→ O pesquisador não intervém na situação de observação e os indivíduos não estão cientes de que estão sendo 
observados 
→ Não há problemas com reatividade (nenhum sujeito reage a observação) 
→ Dificuldades em se conseguir traçar correlações claras entre variáveis (nível de inferências maior do que o 
desejado) 
 
Análise de Traços Físicos 
→ Obtém dados a partir de remanescentes ou produtos de comportamento passado: 
Traços de Uso: análise de evidencias físicas decorrentes do uso de um objeto. 
Produtos: análise de criações, construções ou outros artefatos do comportamento. 
 
Registros arquivísticos 
→ Dados obtidos a partir de documentos públicos e privados que descrevem as atividades de indivíduos, 
grupos ou instituições. 
→ São medidas não obstrutivas e que podem complementar outros tipos de dados, observacionais ou não. 
→ Problemas: deposito seletivo e sobrevivência seletiva dos registros. 
 
 
 
 
 
Abordagem Observacional – Parte 3 
 
 
Tipos de Registro de Comportamento – Parte 1 
 
O que é um registro? 
→ Forma de organizar os dados obtidos a partir da observação. 
→ Transformar a observação em resultados, que nos permitam estabelecer correlações entre comportamentos 
e/ou eventos e que nos permitam fazer inferências. 
→ Podem ser mais ou menos abrangentes. 
 
REGISTROS ABRANGENTES DO COMPORTAMENTO 
Descrever situações como um todo (o comportamento total, incluir nos registros condições ambientais, e algumas 
variáveis externas a própria situação observada) 
 
Registros Narrativos: tentam fazer reprodução mais ou menos fiel do comportamento observado. Podem ser 
feitos a partir de gravações em vídeo (mais fiéis), ou durante a ocorrência do comportamento (mais difícil). 
Registros narrativos procuram ser fiéis ao que foi observado. A fidelidade pode ser estrita (detalhada) ou mais geral 
(diários de campo da observação participante, durante a pesquisa) 
Registro Cursivo: são registros narrativos fiéis. Nele, absolutamente tudo o que ocorre na observaçãoé descrito de forma OBJETIVA (sem inferência) 
Características do registro cursivo: 
→ Inicia informando a localização e postura do sujeito observado (onde e como ele se encontra 
→ Sempre indica a pessoa que emite a ação 
→ Verbos sempre no presente 
→ Cada ação é descrita em uma nova linha 
→ Descreve-se a direção das ações 
→ Evita-se inferências sobre a intenção das ações 
 
Vantagens e desvantagens do registro cursivo: 
→ Vantagens: utilizado como um passo inicial em pesquisas que querem trabalhar com registros categorizados, 
mas que não tem muita ideia do que acontece no ambiente observado. 
→ Desvantagens: muito trabalhoso, é necessário utilizar filmagens, a transcrição das filmagens é muito 
demorada. 
 
Diários De Campo De Pesquisa: são registros narrativos mais amplos que utilizam observação 
participante, nas quais as percepções do observador são descritas. (se enxerga como parte do fenômeno 
observado, reflexões e impressões que causa no observador) 
Características: 
→ Registra a experiência do pesquisador no campo. 
→ Relaciona eventos observados, discursos e posturas dos grupos. 
→ Revela as relações estabelecidas pelo observador para fazer sua investigação. 
→ Tem caráter descritivo-analítico e pode sintetizar reflexões, ainda que provisórias. 
 
Vantagens e desvantagens de um diário de campo: 
→ Vantagens: ele não precisa de uma descrição muito restrita. Não precisa ficar presa diretamente a 
situação pensando no que irá registrar na sequência. Observar o contexto, observar o que isso me causou, 
reflexões etc. 
→ Desvantagens: Se não faz de forma organizada, você terá dificuldade de codificar as informações. É 
necessárias muita disciplina e muita organização para aproveitar o material. 
 
 
REGISTROS SELECIONADOS DO COMPORTAMENTO/REGISTRO CATEGORIZADO. 
→ Servem para obtenção de medidas quantitativas do comportamento, como a frequência ou a duração da sua 
ocorrência. 
→ São empregados para avaliar ou investigar a ocorrência de comportamentos específicos. 
→ Há necessidade, inicialmente, de se definir claramente esses comportamentos. 
→ Importante definir como esses comportamentos serão medidos. 
→ As decisões dependem SEMPRE do problema de pesquisa que irá ser investigado. 
 
ESCALAS DE MEDIÇÃO 
Nominal: Envolve definição de categorias de comportamento que irão ser observados e é trabalhada com 
análise de frequência. A análise desses dados envolve, em geral, medir a porcentagem ou proporção de ocorrência de 
cada categoria. Exemplo: brincadeira social e brincadeira com objetos. 
Ordinal: Envolve ordenar ou classificar os eventos a serem analisados. Por exemplo, pode-se descrever a 
ocorrência de um comportamento em valores escalares. 
 
ESCALAS INTERVALARES 
São aquelas em que, na ordenação dos eventos, a distância entre os valores é rigorosamente iguais e não existe 
um zero absoluto. É bastante improvável que observadores humanos possam fazer avaliações subjetivas de traços 
como carinho, prazer, agressividade ou ansiedade de um modo que produza distâncias intervalares entre avaliações. 
 
ESCALAS DE RAZÃO: 
Estabelece comparações entre determinadas dimensões do comportamento e as expressa em forma de razão. 
Pode ser utilizado quando se mede a frequência de determinadas categorias de comportamento. 
 
 
Tipos de Registro de Comportamento – Parte 2 
 
CATEGORIAS COMPORTAMENTAIS 
Uma categoria é formada a partir de características comuns partilhadas por vários elementos do conjunto. Podem ser 
físicas, morfológicas, funcionais ou mistas (vários critérios), e isso depende do critério do observador. 
→ A definição das categorias deve ser objetiva, clara e precisa, fidedigna e relevante 
→ Interesses do pesquisador vs. Fenômeno estudado 
→ Objetividade: até que ponto? 
O pesquisador precisa ter senso crítico e reconhecer os seus vieses que podem interferir. 
→ Fidedignidade: concordância entre observadores – mudanças a partir do registro em vídeo dos eventos. 
→ O perigo de quando expectativas e crenças do pesquisador sobre a realidade estudada obscurecem o estudo do 
fenômeno. 
 
DELIMITAÇÃO DE UNIDADES E DEFINIÇÕES DE CATEGORIAS DE COMPORTAMENTO. 
Definições morfológicas: aquelas que focalizam a topografia das respostas, ou seja, a forma como o comportamento é 
realizado. Influência direta da etologia. Etologia: estudar e descrever padrões comportamentais de humanos e não 
humanos para entender como eles ocorrem. 
Definições funcionais: aquelas que focalizam o efeito do comportamento sobre o ambiente físico e/ou social. 
 
COMO OBTER ESSES DADOS? 
TIPOS DE REGISTRO CATEGORIZADO 
Registro de eventos 
→ No registro de eventos o observador vai registrar a frequência (o número de vezes) de ocorrência de certas 
categorias de comportamento. 
→ Normalmente é usado para comportamentos discretos (duração não muito longa, início e fim bem explícitos) 
→ Cuidados no registro de eventos: é importante que sejam descritas claramente quais são as unidades de 
análise do comportamento alvo. 
→ Registro de eventos são uteis para estudar comportamentos discretos. 
 
Registros de duração 
→ No registro de duração o observador vai registrar o tempo de ocorrência de certas categorias de 
comportamento pré-definidas. O uso de instrumentos de medida de tempo (cronômetros) é indispensável. 
→ Registro particularmente útil para categorias comportamentais contínuas. 
→ Exemplo: comportamento: falar /duração: 2min) 
 
TIPOS DE REGISTRO CATEGORIZADO EM AMOSTRAS DE TEMPO 
Registro de intervalo 
→ Nesse tipo de registro, registra-se apenas a ocorrência ou não do comportamento nos intervalos de tempo pré-
definidos. 
→ Só anota se o comportamento ocorreu ou não. 
CONCORDÂNCIA ENTRE OBSERVADORES 
→ Índice de fidedignidade: é calculada na comparação dos dados de dois observadores sobre um ou mais 
comportamentos, ou para se comparar os dados de um observador sobre os demais. 
→ Medidas de concordância dão o grau de confiabilidade que se pode ter nos dados em análise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagem Observacional – Parte 4 
 
 
Abordagem Observacional – análise de dados 
 
ANÁLISE QUALITATIVA 
É adequada para dados obtidos a partir de registros narrativos, especialmente os abrangentes. (Mais comum em 
observação participante) 
1° passo: reduzir os dados: sintetizar os dados comportamentais verbalmente, identificar temas, categorizar 
informações (agrupando-as) e registrar suas próprias observações sobre os registros narrativos. Reduzir tudo em 
DADOS COMPORTAMENTAIS. 
2° passo: codificação – identificar as unidades de comportamento ou determinados fatos segundo critérios que estão 
relacionados com os objetivos do estudo. 
Identificar tipos de relações que interessa o pesquisador. Exemplo: relações afetuosas, relações conflituosas... etc. 
A partir disso, o pesquisador pode desenvolver uma teoria que explique o comportamento observado. 
 
ANÁLISE QUALITATIVA – REGISTROS DE ARQUIVO 
A depender da fonte e do tipo de informação colhida, podem ser necessários diferentes procedimentos, que vão da 
simples redução de dados até a análise de conteúdo. 
Análise de conteúdo 
→ Qualquer técnica objetiva de codificação que permita que os pesquisadores façam inferências baseadas em 
características específicas dos registros. 
→ A análise de conteúdo, envolve a construção de categorias e é mais comum na análise de entrevistas ou de 
material escrito. 
3 PASSOS: 
• Identificar uma fonte relevante (que permite que a pergunta de pesquisa seja respondida) 
• Amostrar seleções da fonte (obter uma amostra representativa – validade externa) 
• Codificar unidades de análise (definir categorias descritivas relevantes e unidades de medida adequadas) 
 
ANÁLISE QUANTITATIVA 
→ Proporciona uma síntese numérica das observações 
→ Envolve estatística descritiva para sintetizar os dados obtidos (depende da escala de medição utilizada) 
→ Pode envolver análise de frequência de categorias (absoluta ou relativa),no caso de categorias nominais. 
→ Pode envolver análise de médias e de variabilidade (DP) com dados de escala intervalar ou de medição. 
→ Importante: o cálculo de fidedignidade é uma medida importante antes de se proceder a análise quantitativa 
dos dados obtidos a partir da observação. 
 
ANÁLISE CRÍTICA 
A pesquisa observacional pode ter problemas que interferem na qualidade dos dados obtidos: 
Reatividade: Mudança de comportamento do indivíduo observado pela presença de um observador ou de uma câmera. 
O indivíduo tende a se comportar da maneira que imagina que o observador espera ou que seja mais aceito socialmente 
(características de demanda: o observado tende a ter atitudes que acham que é a demanda do observador). Como 
resolver? 
→ Limitar o conhecimento do participante sobre o objetivo do estudo (ENGODO) 
→ Não permitir que o participante saiba que está sendo observado. 
→ Permitir um tempo de habituação 
Questões éticas: o engodo precisa ser sempre muito bem justificado. Os benefícios obtidos com os resultados precisam 
compensar o evento maleficio causado no participante. 
Viés do observador: 
→ Erros sistemáticos que resultam das expetativas do observador sobre o que encontrará na situação observada 
(erro de interpretação de dados) 
→ Ao formular hipóteses, o pesquisador cria expectativas sobre o que deve ocorrer na situação da pesquisa; isso 
pode levá-lo a interpretar certos dados a partir dessas expectativas – erro sistemático. 
→ Exemplo: pesquisas de Rosenthal na década de 1960 sobre o efeito Pigmaleão. 
→ As escolhas dos observadores sobre onde e quem observar também podem ser vieses. 
 
Como controlar o viés do observador? 
→ O observador precisa ter ciência de que o viés é possível e pode estar presente. 
→ Limitar o conhecimento das pessoas que realizarão a codificação dos dados ou o seu registro sobre o problema 
de pesquisa ou a hipótese. (procedimento cego: onde o pesquisador é cego a condição de grupo que o observado 
está ou em relação a hipótese que está sendo testada)

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