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OFICINA LITERARIA AULA DE REVISÃO AV2

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OFICINA LITERÁRIA 
AULA DE REVISÃO – AV2
CURSO DE LETRAS - PROF. Me. CLÁUDIA SOARES
Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2012
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O QUE É O ROMANCE?
É possível contar histórias em prosa que compreendam personagens, utilizando outras formas que não sejam o romance. A distinção às vezes é sutil. Gide, por exemplo, preferia chamar de “narrativas ou relatos (récits) algumas de suas obras (O imoralista, A porta estreita, Isabelle) porque nelas a história é como que purificada, as personagens são numerosas, a temática é concentrada. (...). Sem contar essas discriminações particulares, a tradição reconhece ALGUMAS OUTRAS FORMAS DE NARRATIVAS além do romance, das quais é possível extrair leis estéticas.
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O CONTO
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É possível contar histórias em prosa que compreendam personagens, utilizando outras formas que não sejam o romance. A distinção às vezes é sutil:
 NOVELA
 CONTO
 CRÔNICA
OUTRAS FORMAS DE NARRATIVAS:
FÁBULA
EPOPÉIA
ENSAIO
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Muita gente define o conto como sendo uma narrativa pequena. Mas a definição precisa não é esta. A chave para se entender o conto, enquanto gênero, está na concentração de sua trama. Não é possível falar de vários assuntos ou apresentar várias situações dentro de um conto. Ele trata, geralmente, de uma situação, a qual se desenrola sem pausas e sem recuos.
O seu foco é levar o leitor ao desfecho, que é, também, o clímax da história. É o momento com o máximo de tensão. Neste momento final, quase não há descrições.
No conto, deve existir um cuidado na seleção de tudo aquilo que será apresentado ao leitor. Tudo deve ser muito simples, sem grandes complicações psicológicas e sem grandes peripécias. 
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Características do conto: 
A unidade do Conto
O espaço do conto
O tempo do conto
O tempo do conto
A linguagem do conto
A estrutura do conto
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Já da época das grandes navegações, que diz respeito ao Brasil, a carta de Pero Vaz de Caminha ao rei D. Manuel é tida como a primeira crônica nacional. O relato da descoberta de nosso país era uma crônica no sentido atribuído ao vocábulo, ou seja, narrativa em ordem cronológica do que acontecia no Novo Mundo. Indiscutível também foi seu valor literário, “pois ele recria com engenho a arte tudo o que ele registra no contato direto com os índios e seus costumes naquele instante de confronto entre a cultura européia e a cultura primitiva”. (Jorge de Sá). 
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 O primeiro aspecto que percebemos é o bom humor do texto.
O autor não utilizou grandes recursos de linguagem nem criou situações complexas.
O texto é leve e fácil de ser compreendido.
O texto é imaginado, é criado a partir de um fato, de uma cena corriqueira, do dia a dia.
Reading Paintings - Seymour Joseph Guy (1824-1910)
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As características da crônica:
· Ligada à vida cotidiana;
· Narrativa informal, familiar, intimista;
· Uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial;
· Sensibilidade no contato com a realidade;
· Síntese; Brevidade;
· Uso do fato como meio ou pretexto para o artista exercer seu estilo e criatividade;
· Dose de lirismo;
· Natureza ensaística;
· Leveza;
· Diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada;
· Uso do humor;
· É um fato moderno: está sujeita à rápida transformação e à fugacidade da vida moderna.
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A ênfase, no caso da crônica, incide sobre uma visão pessoal dos acontecimentos. Há uma forte carga de subjetividade. O que é levado em consideração é a visão que o cronista tem dos fatos, os quais ele classifica como importantes para ele e para o leitor. A veracidade é emotiva. Devido à subjetividade, há um diálogo natural com o leitor. Tudo acontece como se o cronista estivesse conversando com ele. No entanto, O leitor não pode expor suas considerações diante daquilo que está sendo contado.
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Na crônica, "Tudo é vida, tudo é motivo de experiência e reflexão, ou simplesmente de divertimento, de esquecimento momentâneo de nós mesmos a troco do sonho ou da piada que nos transporta ao mundo da imaginação. Para voltarmos mais maduros à vida...“
The Reading Lesson - Emile Munier 
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Onde termina a crônica e começa o conto?
Personagens
Narrador
O Assunto
"A crônica não é um ‘gênero maior’ [...] ‘Graças a Deus’, - seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica perto de nós. E para muitos pode servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto, mas para a literatura (...)." (CANDIDO, Antonio. Prefácio Para Gostar de Ler. São Paulo: Ática, 1980.) 
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O Dramático e suas Formas
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Dramático vem do verbo grego “drao”, e quer dizer: fazer, agir. A principal característica do gênero dramático é a ação. Este gênero ultrapassa a literatura propriamente dita, valorizando o texto dramático que pode ser em verso ou em prosa.
 O gênero dramático só se complementa com a atuação de atores no espetáculo teatral. 
A palavra drama significa, etimologicamente, ação. Por isso, em obras dramáticas, a história e as emoções não são imitadas através do discurso do narrador, mas são expressas através de personagens em ação. 
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 O gênero dramático caracteriza-se pela ausência de um narrador, o destaque dado à fala da personagem e a concentração dramática. A ação dramática encontra sua realização num espaço restrito e num tempo restrito. O espaço, geralmente, é um palco. O tempo é aquele necessário para representar uma história, estabelecendo uma comunicação entre obra e público. Trata-se de um tempo que passa num ritmo próprio, um ritmo que tem por objetivo o desfecho da história. Esse ritmo é desencadeado a partir do momento em que o espectador tem sua atenção voltada para a tensão. 
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Principais manifestações dramáticas
TRAGÉDIA - forma dramática de origem grega, usa uma linguagem rebuscada e apresenta personagens da aristocracia que, vitimados pelo destino caem em desgraça. Procura inspirar pelo horror e piedade, provocando a reflexão sobre o sentido da existência humana. 
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COMÉDIA - também de origem grega, apresentava originalmente personagens de caráter vicioso e vulgar, que protagonizavam atitudes ridículas. A comédia é uma sátira de comportamentos individuais e coletivos. Atualmente a comédia representa aspectos da vida cotidiana como tema, provocando o riso. 
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A AÇÃO: 
PARTES DA HISTÓRIA - Apresentação; Complicação; Clímax; Desfecho ou desenlace 
PERSONAGENS – Protagonista; Antagonista; Personagens secundários, adjuvantes ou coadjuvantes 
ESPAÇO
TENSÃO
Aspectos do gênero dramático
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O Lírico e suas formas
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EU X MUNDO
EQUILIBRIO
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Mundo e realidade
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O que é o lírico?
A palavra lírica deriva do grego lyrikós, que significa algo referente à lira ou som da lira. Este é um instrumento primitivo de quatro cordas que, por sua musicalidade, tem vínculo com o surgimento da poesia lírica, pois o texto lírico tem, na sua estrutura, musicalidade.
Ainda quanto à origem, a poesia lírica tem seus pés fincados em hinos religiosos e na tradição popular.
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O Eu lírico é um termo usado dentro da literatura para demonstrar o pensamento geral daquele que está narrando o texto; A junção de todos os sentimentos, expressões, opiniões e críticas feitas pela pessoa superior ao texto, que no caso seria o narrador e/ou a pessoa central ao qual o texto está se referindo. O Eu-lírico é o "eu" que fala na poesia. É geralmente muito usado em textos de gênero lírico, que são caracterizados por expressar, mas não necessariamente, os sentimentos do autor.
O EU representa o mundo ao redor a partir de sua subjetividade. O sujeito, na literatura, surge com o lírico. É, no lírico, que esse sujeito deixa aflorar os seus sentimentos mais recônditos.
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Diante do universo da representação vai se constituir progressivamente um universo em expansão. À restituição do mundo em sua forma narrada (o relato, a narrativa) ou dialogada (o teatro), responderá uma relação pessoal das impressões suscitadas pelo mundo, uma exploração íntima dos sentimentos, expressa através de uma voz julgada espontânea, (...). Tomando-se ele próprio como assunto, o poeta
abandona o domínio da imitação da realidade em troca daquele da introspecção individual.
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Essa tendência literária que negligencia a atitude de tomar o mundo como modelo, que ignora as expectativas do auditório, que parece traduzir, de maneira incontrolada, a interioridade do criador e reproduzir uma fala que ele parece dirigir a si mesmo, corresponde àquilo que será chamado de lirismo.
(STALLONI, 2003, p.135)
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A lírica está ligada à livre imaginação, onde a emoção supera o pensamento.
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