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1 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P PROTOZOÁRIOS ✓ São seres unicelulares, eucariontes, heterótrofos e possuem basicamente membrana plasmática, citoplasma e núcleo. ✓ Pertencem ao reino Protista e possuem locomoção própria. ✓ FORMAS EVOLUTIVAS: cistos (forma de resistência ou inativa) e trofozoítos (forma ativa). Giardia duodenalis/Giardia lamblia Parasitose: Giardíase. CISTOS • Medem 8-20 µm de comprimento por 7-10 µm de largura. • São ovais ou elipsóides, e às vezes, esféricos, com membrana fina. • Possuem dois ou quatro núcleos situados próximos aos pólos, axonemas, um número variável de fibrilas e corpos escuros em forma de meia-lua. • Quando corados, podem apresentar uma nítida retração do citoplasma (a membrana fica destacada do citoplasma). • Quando corados pela solução de lugol, podem apresentar citoplasma com coloração esverdeada, pardo-esverdeada, castanho–amarelado e raramente azulado. TROFOZOÍTOS • Medem 0-20 µm de comprimento por 5-15 µm de largura. • Têm forma de pêra, com a extremidade anterior dilatada e a posterior afilada. • Dois núcleos redondos ou ovóides, um de cada lado da linha mediana, com cariossoma grande, redondo e central. • Na superfície ventral encontra-se de cada lado o disco suctorial. • Dividindo o parasito ao meio são visíveis duas formações lineares chamadas de axonemas; cruzando os axonemas, observam-se duas estruturas paralelas, em forma de vírgula, conhecidas como corpos parabasais. • Possui oito flagelos, os quais não são vistos nas preparações coradas. 2 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Entamoeba histolytica/E.dispar Parasitose: Amebíase. CISTOS • Os cistos são esféricos e raramente ovais, medindo de 10 a 20 µm de diâmetro (média de 12 µm). • Apresentam 1 a 4 núcleos com cariossoma pequeno e central, ocasionalmente excêntrico. • A membrana nuclear é revestida de grânulos cromáticos distribuídos de forma regular. • Inicialmente, apresentam um núcleo grande, situando-se perto da margem do cisto, deslocado por um vacúolo de glicogênio. • Os corpos cromatóides podem estar presentes no citoplasma em forma de bastonetes com as extremidades arredondadas. OBS: a E. histolytica é a ameba patogênica. As demais são comensais. TROFOZOÍTOS • Medem de 10 a 60 µm de tamanho, com média de 15 a 30µm. • Apresentam um núcleo com cariossoma pequeno e central e cromatina periférica distribuída uniformemente na membrana nuclear. • O citoplasma é diferenciado em ectoplasma hialino e endoplasma finamente granuloso. 3 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Entamoeba coli CISTOS • Medem de 10 a 35 µm; • São esféricos, raramente ovais; • Apresentam 1 a 8 núcleos com cariossoma grande e excêntrico; • A parede cística é espessa; • Os corpos cromatóides, quando presentes, são filamentosos, com extremidades afiladas, aparecendo como feixes de agulhas; • Corado pela solução de lugol, o citoplasma tem tonalidade amarelo-ouro. TROFOZOÍTOS • Medem de 15-50 µm; • O núcleo apresenta cariossoma grande e excêntrico, com cromatina periférica grosseira e irregular no tamanho e distribuição na membrana nuclear. • O citoplasma não é diferenciado em ecto e endoplasma, apresenta granulação grosseira e tem vacúolos que podem conter bactérias, de cor escura. 4 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Endolimax nana CISTOS • Medem de 5 a 12 µm. • Quando corados pela solução de lugol, são ovais ou esféricos, com citoplasma apresentando coloração verde- clara. • Contêm 4 núcleos pouco visíveis, em virtude de seu pequeno tamanho. • Nas preparações coradas (hematoxilina férrica, tricrômico), o cariossoma é grande e irregular, membrana nuclear fina e ausência de cromatina periférica na membrana nuclear. • No citoplasma às vezes podem ser vistos corpos cromatóides pequenos e ovóides. TROFOZOÍTOS • Medem de 6 a 12 µm de tamanho. • O núcleo apresenta cariossoma grande e irregular, central ou excêntrico, membrana nuclear fina e ausência de cromatina periférica na membrana nuclear. • O citoplasma é grosseiro, com vacúolos podendo conter bactérias fagocitadas. 5 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P MORFOLOGIA DOS CISTOS DE AMEBAS Iodamoeba bütschlii CISTOS • Medem de 5 a 2 0µm; • Podem ser esféricos, ovais ou com forma irregular; • Possuem 1 núcleo com cariossoma grande e central, membrana espessa e sem cromatina periférica. • Possuem um grande vacúolo com limites nítidos e corados em castanho-avermelhado pela coloração de lugol. 6 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Ascaris lumbricoides Parasitose: Ascaridíase. OVOS FÉRTEIS • Medem 55-75 x 35-50 µm; • Ligeiramente ovais ou quase redondos e de cor castanha; • Com dupla membrana, sendo a membrana externa albuminosa e mamilonada (ovo corticado); • Internamente, contém uma célula germinativa, não segmentada. • Algumas vezes, os ovos férteis estão descorticados - membrana externa lisa, cor castanho claro ao amarelado. 1. Taenia spp 2. Hymenolepis nana 3. Enterobiuus bermiculares 4. Trichuris trichiura 5. Ascaris lumbricoides (fértil) 6. Necator americanos 7. Diphylobothrium latum 8. Hymenolepis diminuta 9. Ascaris lumbricoides (infértil) 10. Schistosoma mansoni HELMINTOS ✓ São seres pluricelulares, eucariontes e heterotróficos; ✓ Pertencem ao reino Animalia e podem viver em várias partes do corpo humano; ✓ Podem ser nematódeos, ou Vermes cilíndricos; cestóides, ou Vermes chatos; e trematódeos, providos de ventosas. ✓ FORMAS EVOLUTIVAS: ovo, larva, verme adulto. https://biomania.com.br/artigo/verme https://biomania.com.br/artigo/verme 7 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P OVOS INFÉRTEIS • Medem 85-95 µm x 43-47 µm; • São alongados e de cor castanha; • A membrana mamilonada é mais delgada; • O citoplasma é granuloso e de aspecto grosseiro. LARVAS Larva saindo do ovo VERMES ADULTOS • São longos e cilíndricos, sendo que a fêmea mede cerca de 30 a 40 cm de tamanho e o macho cerca de 15 a 30 cm; • Possuem extremidades afiladas; • Nos parasitismos intensos, o tamanho dos vermes é menor, podendo ser de 15 cm; • A fêmea possui a parte posterior retilínea; • O macho é facilmente reconhecível pelo enrolamento ventral de sua extremidade caudal; 8 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Enterobius vermicularis Parasitose: Enterobíase. OVOS • Medem 50-60 µm x 20-30 µm; • Possuem membrana dupla e lisa, são transparentes, com embrião ou uma larva no seu interior; • Apresentam o aspecto de um “D”, pois um dos lados é sensivelmente achatado e o outro é convexo. VERMES ADULTOS • Notar as expansões vesiculosas denominadas asas cefálicas, que é característica deste verme e observada em ambos os sexos. • Macho: 5,0 x 0,2 mm, cauda recurvada, presença de espículo; • Fêmea: 1,0 x 0,4 cm, cauda pontiaguda. 9 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Strongyloides stercoralis Parasitose: Estrongiloidíase. OVOS OBS: Muito raramente encontrados nas fezes. LARVAS Larva rabditoide (frequente nas fezes) • Mede de 180-380 µm x 14-20 µm; • Possui o vestíbulo bucal curto (2-3 µm) e primórdio genital, de forma ovóide, grande e bem nítido. • O esôfago é tipicamente rabditóide (com dilatação nas extremidades e constrição na porção mediana). • A cauda é afilada. Larva filarioide • Mede de 500-600 µm x 16 µm e apresenta a cauda bifurcada (com entalhe); • O esôfago é tipicamente filarioide (cilíndrico e retilíneo), ocupando aproximadamente ½ do comprimentodo corpo. 10 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P VERMES ADULTOS Macho de vida livre • Mede 0,7 mm de comprimento • Possui a cauda recurvada ventralmente e dois espículos pequenos. Fêmea de vida livre • Mede de 1 a 1,5 mm de comprimento; • Tem o corpo fusiforme e cauda afilada. 11 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Ancilostomídeos Parasitose: Ancilostomíase. OVOS • São ovais, a casca é fina, transparente e hialina. • No interior, conforme a evolução do ovo, podem-se observar dois, quatro, oito ou mais blastômeros, terminando pela formação da larva. • Os ovos de Ancylostoma duodenale medem 55-65 µm x 36- 40 µm; • Enquanto que os de Necator americanus medem 60-75µm x 36-40 µm. OBS: Os ovos de A.duodenale e de N. americanus morfologicamente são muito semelhantes, e, portanto, na rotina parasitológica não é necessário mencionar a espécie, diagnosticando apenas a presença de ovos de ancilostomídeos. LARVAS • Rabtitoide: semelhante à de Strongyloides com diferença no primórdio genital que é apenas um vestígio. • Filarioide: semelhante à larva filarioide de Strongyloides com a diferença na extremidade posterior que é pontiaguda. VERMES ADULTOS • Macho e fêmea: corpo cilíndrico, extremidade anterior curvadda dorsalmennte, cápsula bucal grande com dois pares de dentes ventrais interna à boca (A. duodenale) e com duas lâminas cortantes subdorsais e um dente longo no fundo da cápsula bucal (N.americanus). • Fêmea com extremidade posterior afilada abertura genital no terço posterior e maior que o macho que apresenta bolsa copuladora desenvolvida na extremidade posterior. A.duodenale N.americanus 12 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Trichuris trichiura Parasitose: Tricuríase. OVOS • Medem 50-55 µm x 20-23 µm; • Apresentam aspecto típico de bandeja ou de um pequeno barril, com saliências mucóides e transparentes nas duas extremidades; • Possuem dupla membrana que envolve a massa de células germinativas. VERMES ADULTOS • O macho mede de 3 a 4,5 cm de comprimento, apresentando a cauda fortemente recurvada no sentido ventral (cauda enrolada), com um espículo protegido por bainha. • A fêmea mede de 3,5 a 5 cm de comprimento com a extremidade posterior romba (cauda reta); • A porção anterior do corpo dos espécimes adultos é longa, filiforme e afilada. • A porção posterior é mais dilatada. • Os vermes possuem cor esbranquiçada ou rósea. 13 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Taenia spp Parasitose: Teníase. OVOS • Medem 31-43 µm; • Possuem uma casca espessa, marrom e com estrias radiais. • No interior dos ovos encontra-se a oncosfera (embrião hexacanto) com três pares de acúleos ou ganchos. • Às vezes, os ovos podem estar envoltos por uma membrana fina e hialina. • Ao microscópio os ovos das duas tênias são morfologicamente idênticos, portanto, o encontro deles é diagnosticado como ovos de Taenia spp. VERMES ADULTOS A. Lumbricóides Taenia spp 14 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Hymenolepis nana (tênia anã) Parasitose: Himenolepíase. OVOS • Medem 40-50 µm; • São quase esféricos, claros e transparentes; • Possuem membrana externa delgada e membrana interna envolvendo a oncosfera com três pares de acúleos; • Entre as duas membranas há um espaço claro e largo, ocupado parcialmente por material granuloso; • A membrana interna apresenta duas saliências polares (mamelões), de cada uma das quais saem 4-8 filamentos longos. OBS: A H.nana habita o intestino delgado do homem e causa a Himenolepíase. Hymenolepis diminuta Parasitose: Himenolepíase. OVOS • São esféricos, de cor castanho-amarelada, com dupla membrana, sendo a membrana externa mais espessa; • Membrana interna sem mamilos e envolvendo o embrião ou oncosfera com três pares de acúleos; • Ausência de filamentos polares entre as membranas. OBS: A H.diminuta habita o intestino delgado de ratos, mas pode infestar o homem. É de pouca ocorrência. 15 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P Schistosoma mansoni Parasitose: Esquistossomose. OVOS • Medem 114-175 µm x 45-70 µm; • Têm um formato oval, sem opérculo, apresentando na parte mais larga um espículo lateral; • O ovo maduro, forma usualmente encontrada nas fezes, apresenta um miracídio formado no seu interior, visível pela transparência da casca. VERMES ADULTOS • Macho: 0,6 a 1,3 cm, branco; • Fêmea: 1-2cm, escura (hemozoína); • Duas ventosas, oral e ventral (acetábulo); • Apenas um orifício (boca). 16 Raquel Diniz | Farmácia – 8º P
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