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APENDICITE - epidemiologia, fisiopatologia, clínica, diagnóstico e tratamento

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Victoria Chagas 
1 
 
APENDICITE 
 APENDICITE 
 
 
 
EPIDEMIO 
 
 Homens são mais afetados 
 Ocorre mais em jovens adultos (2ª e 3ª década de vida) 
 Causa mais comum de abdome agudo 
 Em pessoas mais novas o mais comum é a obstrução por hiperplasia linfática 
e nos idosos a formação de fecalito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ANATOMIA DO APÊNDICE: 
- Protuberância do ceco 
- Cerca de 9 cm – varia entre 2 a 20 cm 
- Pode estar em várias posições, mas a 
principal é a retrocecal (64%) 
- Vascularização → artéria apendicular 
e veia ileocólica 
- Grande quantidade de tecido 
linfoide 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obstrução do lúmen (por hiperplasia linfoide, fecalito, corpo estranho ou 
helmintos) → aumente da secreção de muco → eleva pressão do lúmen → 
distensão do apêndice → aumento nos estímulos de fibras aferentes da dor 
→ isquemia do apêndice por oclusão de pequenas veias → necrose e 
perfuração 
 
 No início tem a dor difusa e mal localizada causada pela distensão do 
apêndice (dor visceral). Após aproximadamente 12 horas, ocorre o processo 
inflamatório que causa a dor na fossa ilíaca direita (dor somática) 
 
 
 CLASSIFICAÇÃO 
- Apendicite aguda catarral → edema e hiperemia de parede 
- Apendicite aguda supurativa → distensão que causa peritonite (dor na 
fossa ilíaca direita), exsudato fibrinoso e neutrófilos em abundância 
- Apendicite aguda gangrenosa → áreas de necrose, apêndice com 
aumento de volume, acinzentado e com pus 
- Apendicite aguda perfurativa → ocorre a perfuração devido hipóxia 
levando a necrose da parede) evoluindo pra formação de abcesso ou 
infecção generalizada 
 
 
 Victoria Chagas 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
 INICIAL → sinais inespecíficos como febre, anorexia, náusea, vômito 
- Dor em região inespecífica podendo ser em epigástrio ou mesogástrio de 
média intensidade. 
- Variações na localização da dor ocorrem na dependência da posição 
anatômica da ponta do apêndice: quando retrocecal (dor no flanco ou 
região lombar), pélvico junto à bexiga (dor em região suprapúbica ou ao 
toque retal ou exame ginecológico) 
 
 TARDIO → dor em fossa ilíaca direita (após 4-12 hrs) 
 
 SINTOMAS ASSOCIADOS: 
- Febre baixa típica → inferior a 38ºC 
- Febre alta indica perfuração ou diagnóstico diferencial 
- Dor piora com movimentação ou tosse → paciente fica parado 
 
 Quando ocorre a perfuração do apêndice, podemos encontrar dois quadros 
clínicos diferentes: 
- Perfuração bloqueada com formação de abscesso periapendicular: o 
paciente pode se encontrar oligossintomático, queixando-se de algum 
desconforto em fossa ilíaca direita. Pode haver massa palpável 
- Perfuração com peritonite generalizada: a dor abdominal é de grande 
intensidade e difusa, com presença de abdome em tábua, temperatura 
elevada e evolução para sepse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Diagnóstico principalmente clínico 
 
 EXAME FÍSICO: 
- Sinal de Blumberg: dor a descompressão brusca 
do ponto de McBurney → o teste não é específico 
pois dor é devida a peritonite (a dor acontece 
devido ao movimento do peritônio) 
 
- Sinal do Psoas ou Lapinsky: dor à compressão do 
ceco contra a parede posterior do abdome, 
enquanto o doente eleva o membro inferior direito estendido. 
 
- Sinal do Obturador: rotação externa da coxa fletida de tal maneira que ponha 
em ação as fibras do músculo obturador interno irritado, que provoca dor nos 
casos em que este músculo está comprometido por um apêndice perfurado. 
 
- Sinal de Rovsing: dor na fossa ilíaca direita à compressão retrógrada dos gases 
na fossa ilíaca esquerda e flanco esquerdo. 
 
 ESCORE DE ALVARADO: usado no 
diagnóstico da apendicite aguda. 
Um valor no escore 5-6 ou seis 
pontos é compatível com 
apendicite e o paciente deve 
permanecer em observação. 
Quando o valor é 7-8 indica maior 
probabilidade de apendicite e 
valor de 9-10 é compatível com 
alta probabilidade da doença. 
 
 Victoria Chagas 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES: 
- Hemograma: presença de leucocitose moderada (10.000 a 15.000) com 
aumento de neutrófilos (neutrofilia) e desvio para esquerda discreto ou 
moderado, que pode estar ausente em alguns casos, principalmente em idosos. 
- Proteína C reativa 
- Ultrassonografia abdominal: tem limitações se houver grande distensão, ou o 
paciente for obeso. Evidencia espessamento de parede, aumento do diâmetro 
do apêndice e a presença de líquido livre, 
- Tomografia computadorizada e Ressonância Magnética: revelam maior 
sensibilidade e especificidade. 
- Laparoscopia diagnóstica: como último recurso, persistindo a dúvida 
diagnóstica, esta pode ser realizada como investigação e concomitantemente 
tratamento terapêutico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 95% dos casos são cirúrgicos (APENDICECTOMIA), e deve ser o mais precoce 
possível → Pode se por cirurgia aberta ou por laparoscopia 
 Uso de antibioticoterapia pré e pós operatório → amplo espectro 
 
 NÃO COMPLICADA 
- 1ª escolha: apendicectomia + antibioticoterapia intravenosa 
- Antibiótico por 24 horas 
 
 COMPLICADA/PERFURATIVA 
- 1ª escolha: apendicectomia + antibioticoterapia intravenosa 
- Antibiótico por 5-10 dias

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