Buscar

DIP (DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA) - epidemiologia, fisiopatologia, clínica, diagnóstico e tratamento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Victoria Chagas 
1 
 
DIP – DOENÇA 
INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
 DIP – DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
 
 
 
 
 
 
 
EPIDEMIO 
 
 Mais de 85% dos casos são causados por IST’s 
 Os outros 15% são associados a germes entéricos, patógenos respiratórios ou 
outros colonizadores de trato inferior. 
 
 FATORES DE RISCO: 
- Atividade sexual desprotegida 
- Adolescentes e mulheres jovens – 15 a 24 anos 
- IST’s prévias 
- Baixo nível socioeconômico 
- Múltiplos parceiros sexuais 
- Menstruação retrógada → ascensão bacteriana → sangue menstrual, ao 
invés de ser eliminado pela vagina, segue para trompas e cavidade pélvica 
- Uso de DIU → podem levar a bactéria na inserção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATO 
 
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é a infecção 
polimicrobiana do trato genital feminino superior, 
causada pela ascensão de microrganismo do 
trato genital inferior, que acomete principalmente 
as trompas uterinas, mas pode comprometer 
endométrio, ovários e anexos. 
 
 A ascensão pode ser facilitada no período menstrual 
 Ao atingir as tubas uterinas, os microrganismos promovem lesão direta e 
indireta do epitélio ciliar, levando a intensa reação inflamatória; 
 
 Quadros: endometrite, miometrite, salpingite, ooforite, abcesso tuibo-
ovariano e peritonite pélvica 
 
 Principais 
bactérias 
- Neisseria 
gonorrhoeae 
- Chlamydia 
trachomatis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Victoria Chagas 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
 Alguns pacientes tem sintomas sutis ou não específicos ou até mesmo são 
assintomáticas. 
 
 SINTOMAS MAIS FREQUENTES: 
- Dor pélvica → aguda ou insidiosa, na maior parte das vezes bilateral, de 
início durante ou logo após a menstruação. 
- Corrimento purulento com ou sem odor fétido 
- Dispareunia de profundidade → dor no ato sexual 
- Disuria → dor ao urinar 
- Náuseas e vômitos → acometimento peritoneal 
- Metrorragia → sangramento uterino fora do período menstrual 
- Febre e calafrios 
- Astenia 
 
 COMPLICAÇÕES: 
- Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis: corresponde a uma perihepatite que causa 
dor no hipocôndrio direito e pode resultar de salpingite agudas pelo 
gonococo ou clamídia. 
- Abcesso tubo-ovariano: é uma coleção de pus nos anexos que se 
desenvolve a partir de uma tentativa do organismo de conter salpingite. 
- Cicatrizes e adesões tubárias 
- Hidrossalpinge 
- Pode levar a infertilidade, gestação ectópica e dor pélvica crônica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 Critérios clínicos 
 
 EXAME FÍSICO: 
- Dor a mobilização uterina e palpação de anexos 
- Tensão abdominal nos quadrantes inferiores do abdome, distensão 
abdominal e ausência ou diminuição dos ruídos hidroaéreos. 
 
 O diagnóstico é realizado a partir da presença de três critérios maiores mais 
um critério menor ou apenas um critério elaborado isoladamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 Victoria Chagas 
3 
 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES: 
- Hemograma completo 
- β-hCG → afastar gravidez 
- USG → transvaginal e pélvica → principal achado ultrassonográfico na DIP 
é a presença de uma fina camada líquida preenchendo a trompa dilatada, 
com ou sem a presença de líquido livre na pelve. 
- Exame para vaginose bacteriana 
- Pesquisa de gonococo e clamídia 
- VHS e proteína C reativa → marcadores inflamatórios 
- Urina e urocultura → afastar ITU 
- Pesquisar outras IST’s → HIV, hepatite, sífilis... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 Deve ser imediato visando evitar complicações tardias 
 Deve-se tratar também os parceiros nos últimos 60 dias 
 Fazer exame de HIV 
 
 O TRATAMENTO AMBULATORIAL é realizado em mulheres com quadro leve, 
sem sinais de pelviperitonite nos exames abdominais e ginecológicos. 
 
 O TRATAMENTO HOSPITALAR é em mulheres com abcesso tubo-ovariano, 
gravidez, ausência de resposta clínica após 72 horas de tratamento com ATB, 
intolerância a antibióticos orais ou dificuldade para seguimento 
ambulatorial, estado geral grave (náuseas, vômitos e febre) e dificuldade na 
exclusão de emergência cirúrgica (apendicite e gravidez ectópica). 
 
 O TRATAMENTO CIRÚRGICO é opção quando: 
- Abcesso pélvico sem melhora com ATB 
- Suspeita de rotura do abcesso 
- Presença de massa pélvico (abcesso) que ↑ apesar do tratamento clínico. 
- A drenagem pode ser por laparoscopia ou laparostomia

Outros materiais