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VARIZES PÉLVICAS - epidemiologia, fisiopatologia, clínica, diagnóstico e tratamento

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Victoria Chagas 
1 
 
VARIZES PÉLVICAS 
DOR PÉLVICA CRÔNICA – SÍNDROME DA CONGESTÃO VENOSA PÉLVICA (SCVP) 
 
 
EPIDEMIO 
 
 Responsável por 16-31% dos casos de DPC 
 Mulheres em idade fértil → 20-45 
 Multíparas → São mais comuns após a gravidez, pois o corpo precisa dilatar 
as veias nessa região para transportar o sangue necessário para a gestação. 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATO 
 
 
 
 
 
Síndrome da Congestão Venosa Pélvica (SCVP) é caracterizada por 
varizes pélvicas, acarretando dilatação e estase venosa dos órgãos desta 
cavidade e, consequentemente, dor crônica. 
 
 É um processo multifatorial, no qual o aumento da pressão abdominal e ação 
de hormônios parecem ser centrais → Aumento do útero causa a compressão 
das veias e o estrogênio atua como dilatador venoso. 
 
Dilatação mecânica e disfunção hormonal ovariana → aumenta tensão 
venosa → incompetência valvar das veias ovarianas → fluxo retrógrado → 
congestão e tortuosidade → estase → liberação de mediadores → dor 
 
 CLASSIFICAÇÃO: 
• Primária → causas não obstrutivas 
- Ex.: defeito congênito → má qualidade das valvas e etc. 
• Secundária → causas obstrutivas 
- Ex.: Síndrome de Cockett/May-thurner (compressão da veia ilíaca comum 
esquerda) ou Nutcracker (compressão da veia renal esquerda >> dilatação 
da veia gonadal) 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
 
 
 
 
 É assintomática em grande parte dos casos 
 
 Quando sintomática, pode apresentar: 
- Dor pélvica com sensação de pressão 
- Peso pélvico e nas pernas 
- Desconforto durante e após ato sexual → Dispareunia 
- Cólicas menstruais intensas 
- Urgência miccional ou incontinência urinária 
- Outros → fadiga, oscilações de humor, cefaleia e distensão abdominal 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
 
 Critérios clínicos e varicosidades ovarianas detectadas em imagens 
 O diagnóstico da síndrome de congestão pélvica requer que a dor esteja 
presente por > 6 meses 
 
 EXAME FÍSICO: Pode mostrar varizes vulvares, perineais ou nas nádegas e 
ovários sensíveis e dor ao movimentar colo de útero 
 
 PADRÃO OURO é a venografia/flebografia (exame invasivo com uso de 
contraste – pouco usado na realidade) 
 
 
 Victoria Chagas 
2 
 
 
 Inicia-se a investigação preferencialmente com o eco Doppler venoso (fácil 
acesso e análise dinâmica do fluxo – visualização de refluxo e estase venosa) 
 Ultrassonografia transvaginal ou abdominal 
 Pode-se fazer também RNM ou angiotomografia (usa contraste) ou 
angioressonância (não usa contraste) caso últimos não sejam suficientes 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 CLÍNICO: 
- AINES → dor 
- Progesterona ou agonista de GnRH → funciona como vasoconstritor 
- Medicamentos para aumento do tônus venoso: flebotômicos 
 
 ENDOVASCULAR → dores persistentes 
- Embolização de veias gonadais (oclusão venosa) 
- Escleroterapia: destruição da veia com espuma/substância específica

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