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acustica 3

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ACÚSTICA 
ARQUITETÔNICA
Silvana Laiz Remorin
Materiais para 
tratamento acústico
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Classificar os tipos de materiais convencionais e os não convencionas.
  Reconhecer as funcionalidades dos materiais isolantes, refletores, 
difusores e absorventes para o tratamento acústico.
  Calcular o coeficiente de absorção das superfícies edificadas.
Introdução
Neste capítulo, você vai conhecer melhor a classificação dos materiais 
convencionais e não convencionais, além de estudar sobre cada um e 
entender que também foram desenvolvidos materiais específicos para 
a acústica. Vai reconhecer a funcionalidade de alguns materiais e as 
suas funções e também compreender sobre o cálculo do coeficiente 
de absorção, variando para cada superfície. Esses conhecimentos são 
importantes para que o projeto dos ambientes seja conveniente para 
cada um, utilizando e adaptando o melhor de cada espaço.
Materiais convencionas e não convencionais
Quando uma onda sonora atinge um obstáculo, parte dessa onda é refl etida e 
outra parte é absorvida pelo obstáculo e, dependendo do caso, a onda se pro-
paga pelo obstáculo e a última parte sofre refração, atravessando o obstáculo, 
conforme mencionam Sato e Ramos (2015).
Para obter um conforto acústico, deve-se conhecer a finalidade do local e 
adequar os diferentes materiais e formatos de teto e paredes divisórias para 
adequar ao resultado. Essa escolha correta permite que o ambiente seja ade-
quado e que os materiais aproveitem ao máximo as ondas ou então minimize 
o desconforto acústico.
Para Catai, Penteado e Dalbello (2006), um ambiente só é considerado con-
fortável quando existir um mínimo de esforço fisiológico em relação ao som, 
para qualquer tarefa do dia a dia, e variáveis do conforto acústico, que são o 
entorno (tráfego), a arquitetura, o clima (ventilação) e os mobiliário do espaço. 
Ressaltam ainda que tudo na natureza tem a capacidade de absorção, porém 
varia de acordo com cada material, e a localização de cada elemento, dentro do 
ambiente, determina se o intuito do espaço é corrigir, reduzir ou eliminar o ruído.
A absorção acústica em uma sala de aula pode impedir que um aluno escute um 
professor, isso porque o som não seria bem distribuído no espaço, chegando a todos 
os alunos de forma não uniforme (CATAI; PENTEADO; DALBELLO, 2006).
A escolha de um material de forro ou de revestimento deve considerar a 
taxa de ocupação do ambiente, da manutenção, da durabilidade, da estabilidade 
e da resistência ao fogo. Catai, Penteado e Dalbello (2006) ainda ressaltam 
que alguns são os tipos de materiais para o isolamento acústico, os materiais 
convencionais e os não convencionais.
Materiais convencionais são materiais de uso comum na construção civil 
e têm vantagens, como o isolamento acústico de uso comum, considerado 
relativamente bom. Como exemplo, temos os blocos cerâmicos, de concreto, 
silíco-calcário, madeira e vidro.
Como materiais não convencionais, os mesmos autores referem que são 
materiais feitos especialmente para o isolamento acústico, além de apresen-
tarem vantagens térmicas. São eles a lã de vidro, a lã de rocha, a vermiculita, 
a espuma elastomérica e a fibra de coco.
Para esses materiais, existem algumas especificações a serem observadas, 
de acordo com Catai, Penteado e Dalbello (2006).
Lã de vidro, que é conhecida também como um isolante térmico, é formado 
por sílica e sódio, aglomerada por resina sintética em alto forno. Suas vantagens 
são: leveza, fácil manipulação, não propagação de chama, não deterioração, não 
proliferação de fungos e bactérias, não deterioração quando exposto à maresia e não 
é atacada por roedores. No mercado, podemos encontrar como mantas ensacadas 
com polietileno, manta aluminizada, manta revestida com feltro para construção 
metálica e manta de fibra cerâmica para tubulação com temperatura elevada.
Materiais para tratamento acústico2
Lã de rocha é composta por fibras de basalto aglomerado com resina 
sintética. Suas características são: isolamento acústico e térmico, pH neutro, 
antiparasita, não corrosivo, não é nocivo à saúde quando manipulado de 
forma adequada com luvas e vestuário adequado, não é poluente e tem um 
ótimo custo-benefício. Esse material pode ser aplicado em forros, divisórias, 
dutos de ar-condicionado e tubulação com baixa, média e alta temperatura, 
variando de 50 a 759°C. No mercado brasileiro, podemos encontrar em forma 
de painéis e mantas, revestidas ou não, com plástico autoextinguível e mantas 
com tela metálica para proporcionar maior resistência mecânica ao material.
Vermiculita é um mineral da família das micas, constituído pela superpo-
sição de finas lamínulas e que, ao se submetida a altas temperaturas (cerca de 
1000°C), se expande até 20 vezes o seu volume original, deixando um espaço 
vazio em seu interior. É um material de baixa densidade, baixa condutibilidade, 
incomburente, insolúvel em água, não tóxico, não abrasivo, inodoro, não 
se decompõe, não apodrece e não se deteriora. Dentro da construção civil, 
pode ser aplicado no preenchimento de piso, isolamento termoacústico em 
divisórias, forros, lajes e paredes, corta-fogo, câmaras à prova de fogo e som, 
rebocos isolantes, entre outros. No mercado, se encontra em forma de placas, 
de blocos ou de concreto leve expandido. É recomendado para contrapiso, 
reboco acústico ou enchimento, com boa qualidade.
Espuma elastomérica é uma espuma de poliuretano poliéster, autoex-
tinguível, que tem como propriedades a sua proteção contra mofos, fungos e 
bactérias e, quando tratada, é retardante de chama. Essa espuma é indicada 
para uso em escritórios, auditórios, salas de treinamento e salas de som e 
podemos encontrá-la no mercado em forma de placas com várias espessuras 
e dimensões.
Fibra de coco, quando misturada com aglomerado de cortiça expandido, 
tem uma ótima capacidade de absorção de ondas de baixa frequência, que 
poucos materiais conseguem atingir. A fibra de coco é resistente e durável e 
tem uma matéria-prima natural e renovável, além de ser indicada como um 
material térmico e acústico.
Uma das técnicas muito utilizadas e que vem se difundindo no Brasil é o 
uso do drywall ou o gesso cartonado. São placas fixadas em uma leve estrutura 
metálica e as vantagens são a elevada produtividade, a pequena espessura e 
o pouco peso, que permite precisão, além de permitir embutir as instalações 
elétricas. As desvantagens são a baixa resistência mecânica a cargas superiores 
a 35 kg e a baixa resistência a umidade. Quando utilizado como parede dupla, 
com montante de 48 ou 70 mm com um material acústico entre elas, a lã de 
vidro é muito utilizada nesse caso.
3Materiais para tratamento acústico
Funcionalidades dos materiais isolantes, 
refletores, difusores e absorventes para o 
tratamento acústico
Em um escritório, o uso de aletas no teto ou um teto pré-moldado com saliências 
impedem que as ondas sonoras realizem inúmeras refl exões e difrações, 
permitindo um espaço tranquilo, com produtividade e concentração.
A Figura 1 nos mostra um ambiente com o teto reflexivo em que o som 
se propaga por toda a sala, causando um desconforto durante a atividade de 
trabalho.
Figura 1. Som que se propaga por toda a sala.
Fonte: Sato e Ramos (2015, p. 116).
Em comparação, a Figura 2 mostra que as saliências no teto ajudam a 
restringir a propagação do som, além do uso de materiais absorventes. Um 
ambiente assim contribui com a produtividade, garantindo melhor saúde.
Figura 2. Ambiente com pouca propagação do som.
Fonte: Sato e Ramos (2015, p. 117).
Placas de
absorção de ruídos
Aletas de reflexão para prevenir a propagação
do som para outras células de trabalho
Materiais para tratamento acústico4
Os materiais do acabamento interno afetam significativamente os níveis 
de ruído, a qualidade de audição e os níveis de privacidade acústica dentro de 
um espaço. Em ambientes com muito ruído, superfíciesque sejam absorventes 
podem reduzir a intensidade do ruído a níveis toleráveis. Em salas de estudos, 
de reunião ou para concertos, superfícies com absorção e reflexão devem ser 
colocadas de forma a proporcionar boas condições de audibilidade. Se em uma 
construção as divisórias não estiverem completamente vedadas, sua condição 
de estanqueidade é comprometida. Salas que exigem privacidade acústica, as 
divisórias são uma boa solução (ALLEN; IANO, 2014).
Nakamura (2006) ressalta, ainda, que é a partir da combinação de diver-
sos materiais em forros, pisos, paredes e divisórias que é possível obter um 
resultado satisfatório, reduzindo sons indesejados. Ressalta ainda que tudo na 
natureza tem propriedade acústica, logo, todo material tem alguma capacidade 
de absorver, refletir e transmitir ruídos.
  Isolantes: impedem a passagem de ruído de um ambiente para o outro. 
Exemplos: tijolo maciço, pedra lisa, gesso, madeira e vidro com espes-
sura de no mínimo 6 mm.
  Refletores: podem ser isolantes e aumentam a reverberação interna do 
som. Exemplos: azulejos, cerâmica, massa corrida e madeira papel de 
parede (de uma forma geral, materiais lisos).
  Absorventes: não permitem que o som passe de um ambiente para o 
outro, evitando o eco. Exemplos: materiais porosos como lã, fibra de 
vidro revestido de manta de poliuretano, forrações com cortiça, carpete 
grossos e cortinas pesadas.
  Difusores: refletem o som de forma difusa, sem ressonância. Exemplos: 
em geral, são materiais refletores sobre superfícies irregulares (pedras 
ou lambris de madeira).
Para Nakamura (2006), quando o material pode dissipar a energia sonora 
que incide sobre ele, transformando a energia mecânica vibratória em energia 
térmica, é considerado um material absorvente. Forros e paredes com recheio 
absorvente, como lã mineral, podem corrigir o tempo de reverberação, que é 
agravado em ambientes com grandes áreas, pés-direitos altos ou superfícies 
metálicas aparentes. Porém, eliminar a reverberação pode prejudicar e impedir 
a compreensão de uma simples conversa. Ao utilizar muitos materiais refletores 
(lisos e duros), também podem deixar o som de uma conversa inteligível, isso 
porque os sons vão ecoar pelo recinto.
5Materiais para tratamento acústico
Placas de fibras minerais como lã de rocha e de vidro, quando utilizadas 
em paredes sanduíche, com faces em placas metálicas ou de gesso, apresen-
tam um bom resultado acústico. Lembrando que os índices de isolamento 
são levados em consideração, primeiro, pelo material utilizado no recheio e, 
depois, pela espessura e natureza das placas da parede. O mesmo autor ainda 
cita que é preciso considerar as interações dos materiais, isso porque que de 
nada adianta o material ser bom, se o isolamento de paredes, janelas e demais 
elementos permitir a passagem de ruídos. Souza, Almeida e Bragança (2012) 
comentam também que a diminuição da reflexão no teto pode ser feita por 
meio de painéis absorventes penduradas ou de placas acústicas.
Os mesmos autores afirmam que os elementos mais prejudiciais para o 
isolamento acústico são as aberturas, portas e janelas, pois toda superfície que 
apresenta uma abertura reduz a capacidade de isolamento. Pequenas frestas 
ou aberturas de fechaduras permitem a passagem de som. Isso nos mostra 
que pequenas aberturas provocam redução do isolamento de um elemento 
construtivo. Como exemplo, os autores citam que uma abertura de 0,1% da 
área de parede leva uma redução de 30 dB do isolamento global da parede.
Coeficiente de absorção das superfícies 
edificadas
Buxton (2017) aponta que há defi nições de parâmetros de desempenho ade-
quado, assim como critérios para níveis de ruído permitido dentro de uma 
edifi cação, e que o projetista é o responsável por essa análise. Esses níveis 
exigidos dependem da necessidade do cliente, do uso do prédio e do recinto 
que compõe a edifi cação.
Souza, Almeida e Bragança (2017) acrescentam que, identificadas as fontes 
de ruído e propagação, pode-se tomar medidas para garantia da qualidade 
acústica, seguindo alguns critérios. Os autores acrescentam que todo material 
apresenta uma capacidade de absorção do som e que esta é indicada pelo 
coeficiente de absorção e também apresenta variação em função da frequência 
do som incidente.
Um material isolante, quando aplicado em uma superfície, promove a 
redução do nível sonoro transmitido a outro ambiente, em comparação a um 
material absorvente que regule a absorção do som dentro do próprio ambiente. 
Isso porque o coeficiente de absorção de um material é a quantidade de energia 
absorvida pelo material.
Materiais para tratamento acústico6
Para que um ambiente seja considerado confortável em relação à acústica, 
o coeficiente de absorção, que é a intensidade sonora absorvida e incidente, 
deve ser o apresentado pela equação:
Onde:
Ia = valor da intensidade sonora absorvida.
Ii = valor da intensidade sonora incidente.
Sato e Ramos (2015) afirmam que essa relação varia entre os valores 0 e 1, 
ou seja 0 < α < 1. Lembrando que materiais porosos e fibrosos possibilitam uma 
intensidade de absorção muito boa, isso porque o som, ao incidir um poro ou 
entre as fibras, sofre reflexões internas e a energia, em boa parte, é absorvida.
Simões (2011) menciona que uma fonte sonora emite ondas de som, que re-
fletem as diversas superfícies internas do ambiente. A direção dessas reflexões 
é indicada de acordo com a geometria do local e a intensidade de cada raio 
sonoro refletido é determinada pela capacidade de absorção dos materiais da 
construção, denominado coeficiente de absorção alfa (α); ela varia de acordo 
com as características físicas como porosidade, rigidez, forma de instalação 
e também com a frequência do som (grave, médio ou agudo). O coeficiente 
alfa é um valor estabelecido entre 0 e 1:
  Se α = 0,01, significa uma absorção de 1% da energia do raio sonoro 
e a devolução de 99% para o ambiente. Um exemplo seria o uso do 
concreto liso.
  Se α = 1 mostra que será de 100% a absorção da energia e a devolução 
ao ambiente será de 0%. Um exemplo é a janela aberta.
Simões (2011) ainda ressalta que as divulgações dos coeficientes de absorção 
para cada uma das frequências são fundamentais para o ajuste do balanço 
energético sonoro do ambiente. Veja a seguir o Quadro 1.
7Materiais para tratamento acústico
Materiais Frequência (Hertz)
125 250 500 1.000 2.000 4.000
Materiais de 
construção usuais
Reboco áspero, cal 0,03 0,03 0,03 0,03 0,04 0,07
Reboco liso 0,02 0,02 0,02 0,02 0,03 0,06
Teto pesado suspenso 
(de gesso)
0,02 0,03- 0,05
Estuque 0,03 0,04 0,07
Superfície de concreto 0,02 0,03 0,03 0,03 0,04 0,07
Revestimento de 
pedras sintéticas
0,02 0,05 0,07
Chapa de mármore 0,01 0,01 0,01 0,02
Vidraça de janela 0,04 0,03 0,02
Assoalhos
Tapetes de borracha 0,04 0,04 0,08 0,12 0,03 0,10
Taco colado 0,04 0,04 0,06 0,12 0,10 0,17
Linóleo 0,02 0,03 0,04
Passadeira fina porosa 0,03 0,17 0,40
Tapete de boucle duro 0,03 0,03 0,04 0,10 0,19 0,35
Tapete de 5 mm 
de espessura
0,04 0,04 0,15 0,29 0,52 0,59
Tapete de boucle macio 0,08 0,20 0,52
Tapete de veludo 0,02 0,06 0,10 0,24 0,42 0,60
Tapete de 5 mm sobre 
base de feltro de 5 mm
0,07 0,21 0,57 0,66 0,81 0,72
Móveis, tecidos 
e pessoas
Uma pessoa com cadeira 0,33 0,44 0,40
 Quadro 1. Coeficiente de absorção sonora 
(Continua)
Materiais para tratamento acústico8
Materiais Frequência Hertz
Poltrona estofada vazia 
coberta de tecido
0,28 0,26 0,28 0,26 0,34 0,34
Cadeira estofada, chara, 
com tecido, vazia
0,13 0,20 0,25
Cadeira idem, com 
couro sintético
0,13 0,15 0,07
Cadeira de assento 
dobradiço, de 
madeira vazia
0,05 0,05 0,05 0,05 0,08 0,05
Tecido de algodão 
esticado liso
0,04 0,13 0,32
Idem 50/150 mm na 
frente de parede lisa
0,20 0,38 0,45
Feltro de fibra natural 
de 5 mm de espessura
0,09 0,12 0,18 0,30 0,55 0,59
Cortina de porta 
comum, opaca
0,15 0,20 0,40
Tela cinematográfica 0,10 0,20 0,50
Público em ambientes 
muito grandes 
(parapessoa)
0,13 0,31 0,45 0,51 0,51 0,43
Portas, janelas 
e aberturas
Janela aberta 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Portas de madeira, 
fechadas
0,14 0,06 0,10
Palco sem cortina 0,30 0,25 0,40
Recessos com cortinas 0,25 0,30 0,35
Abertura embaixo 
de balcão
0,25 0,80
 Quadro 1. Coeficiente de absorção sonora 
(Continua)
(Continuação)
9Materiais para tratamento acústico
Como o coeficiente de absorção varia com a frequência, é o motivo pelos 
fabricantes indicarem coeficientes de absorção mínima possível. Por isso, 
vemos que para o uso de materiais em uma sala, por exemplo, é necessário 
conhecer o seu coeficiente de absorção.
Oliveira (2009) aponta que a correção acústica de um ambiente é feita com 
a alteração da sua absorção sonora, que é uma propriedade que permite dissipar 
a energia incidente, e que a relação entre a quantidade de energia dissipada (ou 
absorvida) e a energia incidente designa-se ao coeficiente de absorção sonora.
Souza, Almeida e Bragança (2012) mencionam que para uma parede dupla 
oferecer isolamento ela precisa estar isolada entre si. Amarração entre paredes 
diminuem a eficiência. Se o material foi inflexível ou rígido, menor é a atenuação 
do ruído. O Quadro 2 traz soluções construtivas e isolamentos sonoros.
 Fonte: Adaptado de Alcântara (2010). 
Materiais Frequência Hertz
Grade de ventilador a 
cada 50% de seção livre
0,30 0,50 0,50
Covibradores (chapas 
densas e folhas)
Madeira compensada 
de 3 mm, a 50 mm de 
parede, espaço vazio
0,25 0,34 0,18 0,10 0,10 0,05
Madeira compensada 
de 3 mm, a 50 mm 
da parede, espaço 
vazio, amortecimento 
nas bordas
0,46 0,47 0,23 0,12 0,10 0,08
Madeira compensada 
de 3 mm, a 50 
mm da parede, 
espaço preenchido 
de lã mineral
0,51 0,65 0,24 0,12 0,10 0,05
Madeira compensada 
de 2,5 mm, na frente 
de feltro mineral de 50 
mm a cada 40 kg/m2
0,21 0,37 0,24 0,12 0,02 0,08
 Quadro 1. Coeficiente de absorção sonora 
(Continuação)
Materiais para tratamento acústico10
Desempenho Isolamento Soluções de 
montagem
Baixo 35 Chapa de gesso 
cartonado de cada lado, 
espaçadas 12,5 mm 
por suporte de metal 
(largura total de 75 mm). 
Bloco de 75 mm (baixa 
densidade 52 kg/m2), 
com aplicação de 12 
mm de argamassa 
em uma face.
40 Chapa de gesso 
cartonado em suporte 
de metal com 48 mm, 
com fibra mineral ou de 
lã de rocha na cavidade 
(largura total de 75 mm).
Duas chapas de gesso 
cartonado de cada lado, 
espaçadas 70 mm por 
suporte de metal (largura 
total de 122 mm).
Médio 45 Tijolo maciço de 112 
mm sem argamassa. 
Bloco de 100 mm 
(densidade média de 140 
kg/m2), com aplicação 
de argamassa de 12 mm 
em ambas as faces.
Duas chapas de gesso 
com 12,5 mm, espaçadas 
150 mm por suporte 
de metal, com fibra 
de vidro na cavidade 
(largura total 198 mm). 
 Quadro 2. Relação entre desempenho acústico e as soluções de montagem 
(Continua)
11Materiais para tratamento acústico
Souza, Almeida e Bragança (2012) ainda mencionam que as exigências 
acústicas, com os tipos de portas, são necessárias em alguns casos e podem 
auxiliar em pequenos detalhes do dia a dia. No Quadro 3, a seguir, vamos 
conhecer como as frestas de uma abertura comprometem o isolamento. 
 Fonte: Adaptado de Souza, Almeida e Bragança (2012). 
Desempenho Isolamento Soluções de 
montagem
Alto 50 Tijolo maciço de 224 
mm sem argamassa.
Blocos de 150 mm 
(alta densidade), 
com argamassa em 
ambas as faces.
Especial 55 Duas chapas de gesso 
cartonado com 12,5 
mm, espaçadas 60 mm 
com fibras de vidro 
na cavidade (largura 
total 178 mm).
Tijolo maciço de 336 
mm sem argamassa.
 Quadro 2. Relação entre desempenho acústico e as soluções de montagem 
(Continuação)
Materiais para tratamento acústico12
 Fonte: Adaptado de Souza, Almeida e Bragança (2012). 
Divisória Isolamento sonoro de 
diferentes soluções (dB)
Parede sem porta 25 30 35 40 45 50
Qualquer porta com frestas 
bem aparentes no contorno
23 25 27 27 27 27
Porta leve com vedante 
de frestas de contorno
24 28 30 32 32 32
Porta pesada com vedante 
de frestas de contorno
25 29 33 35 37 37
Porta dupla com tratamento 
acústico do espaço entre portas
25 30 35 40 44 49
 Quadro 3. Isolamento em diferentes soluções 
O vidro pode ser utilizado como um bom isolante acústico em razão das 
suas características, sendo uma boa solução acústica para ruídos externos. 
Porém, não é apenas o vidro que auxilia na vedação, mas também a qualidade 
do caixilho (janelas, portas e sacadas) e as vedações. Para o isolamento em 
janelas, o Quadro 4 mostra a montagem do vidro e o isolamento por ele. 
Vimos, então, que diferentes materiais em diferentes situações podem 
apresentar uma grande variação no isolamento acústico. Isso reforça que 
o conhecimento e o estudo dos materiais para cada projeto devem ser bem 
elaborados, uma vez que pequenos detalhes podem fazer uma grande diferença 
no resultado final do projeto. 
13Materiais para tratamento acústico
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Leitura recomendada
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao 
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