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1 Maria Elionara II @fenixdamedicina II MED15 Domínio- Eukaryota Reino -Protozoa Filo -Sarcomastigophora Sub-Filo sarcodina- pseudópodes e sem forma definida, sendo ameboide. Classe -Zoomastigophora Ordem -Pelobiontida, Família -Entamoebidae Gêneros Entamoeba E. histolytica; única que causa patogênia de forma direta E.dispar’- em camundongos causou uma reação inflamatória E. coli; E. hartimanni. Endolimax Endolimax nana’ Dientamoeba Dientamoeba fragilis’ Iodamoeba Iodamoeba butschlii Gêneros – parasitam o intestino humano? não agride diretamente o tecido, mas está desarmando a microbiota, causando competição por espaço, competindo com as bactérias boas. Entamoeba coli Não é patogênica para o paciente, mas as condições de higiene não são das melhores por isso causa, parecido com os sintomas da giardíase, e pode ter tido contato com outros parasitas. Podendo ter entamoeba histolytica também. Vai diferenciar pelo número de núcleos ( identificado pelos cistos 5 á 8 núcleos, os demais até 4 núcleos) e o aspecto da cromatina Pode ter 12,14 ou até mais dependendo da capacidade de produção desse núcleo, depois que sai do corpo eles não tem mais a capacidade de divisão, podendo frizar que a partir de 5. Mesmo processo, no final do intestino o cisto começa a replicar o seu material genético e criar sua parede de resistência para ir para o meio ambiente Cistos Geralmente tem o aspecto arredondado ou ovóide Forma de resistência e não se reproduz Trofozoítos Quando ingere o cisto HCL começa a agir e acontece a quebra da camada externa, e começa a divisão com o desensistamento, cada núcleo dá origem a um trofozoíto, e são difíceis de serem identificados porque não tem forma definida e só possuem um núcleo e possuem divisão binaria, ou seja, duplicam o núcleo e se reproduzem. Só tem um núcleo Difíceis de serem identificados porque não existe forma certa, ou seja, são amebóides Depois que eles saem do corpo (meio ambiente) não tem a capacidade de se reproduzir 2 Maria Elionara II @fenixdamedicina II MED15 Entamoeba hartmani Corpo cromatóide Cisto Corpo cromatoide Núcleo mais espalhado, puntiforme e fora do centro Trofozoíto Iria procurar o cisto para dá o diagnostico diferencial. Endolimax nana Cisto Cistos- 1 á 4 núcleos próximos Trofozoítos Cromatina mais espalhada, tipo uma bola que ocupa parte do núcleo do trofozoíto Dientamoeba fragilis Cromatina granulada Normalmente tem dois núcleos, mas pode ser de dois até quatro Iodamoema butschilii Não possui forma cística, segundo neves, porque ele possui um núcleo, com a cromatina que ocupa todo o núcleo, e o seu vacúolo tem glicogênio e tem um tropismo pelo iodo, por isso seu nome Cistos 3 Maria Elionara II @fenixdamedicina II MED15 Trofozoítos Entamoeba histolytica / díspar Morfologia- totalmente idêntica, só vai se diferenciar por testes imunológicos ou por testes biomoleculares, a não ser que Trofozoítos fagocitando células sanguíneas Trofozoítos de entamoeba histolytica, porque quem tem a capacidade de hematofagia, são apenas eles. Se encontrasse ele nessa forma Diria que seria histolytica/ díspar Hematofagia em cultura Forma irregular, 20-40mm, Núcleo com cromatina organizada lembrando “roda de carroça”, ectoplasma hialino e endoplasma rico em inclusões. Cistos – nessa fase não consegue fazer a diferenciação de histolytica para díspar Contorno definido (membrana cística) , puntiforme central Mede de 8-20mm, Contém de 1 a 4 núcleos, Pode conter corpos cromatóides em formato de charuto (extremidades arredondadas) Forma de resistência Forma infectante Não se reproduz Não se alimenta Ciclo biológico – monóxeno 4 Maria Elionara II @fenixdamedicina II MED15 Monoxênico e monogenéico Hospedeiro: Homem Reprodução assexuada: divisão binária Forma de Contágio: ingestão de cisto contaminando água e alimentos mãos e objetos levados à boca Vetores relevantes: Mecânicos (mosca, barata) homem contaminado=== fecal/oral; oral/anal) Fômites (objetos contaminados levados à boca) Ciclo não patogênico No caso dos pacientes que tiverem diarreias o peristaltismo será acelerado e não será concluído a formação dos 4 núcleos, por isso essa variação. A camada externa será de muco proteínas Mecanismo fisiopatogênico Amebaporos (grânulos patogênicos) penetram no ambiente hidrofóbico da MP (enterócitos e leucócitos) -> lise osmótica Lectinas amebianas ativam cascata de sinalização celular -> citólise Cisteínoproteinases digerem a membrana basal -> lesão no epitélio Invasão da ameba -> úlcera Fisiopatologia da e.histolyca Ameba invade a mucosa do intestino grosso e leva à formação de úlceras http://lh3.ggpht.com/_6xbKVlINNZk/SrUI_CZRpFI/AAAAAAAAAHM/oCdrFfM6cPI/s1600-h/ciclo de entamoeba[23].jpg 5 Maria Elionara II @fenixdamedicina II MED15 As ulceras só são identificadas pelo a colonoscopia, quando vê é recomendado fazer a histologia Resultando : Úlceras em “botão de camisa” ou “gargalo de garrafa” Se o sistema imunológico conseguir conter ela na luz do intestino- Colite invasiva Se não conseguir conter ela vai seguir para outros órgãos. Manifestações clinicas Amebíase Intestinal invasiva ou não invasiva (luz do intestino ou invadindo tecido) Amebíase extra-intestinal ou invasiva: Trofozoítos mais agressivos e hematófagos Amebíase hepática Amebíase pulmonar Amebíase cutânea -Amebíase em outros órgãos Sintomas Amebíase intestinal crônica? Evacuações diarreicas ou não (pode ter começado o processo de ulceração) Flatulências Desconforto abdominal Dor branda (dor leve) Febre Ulcerações no intestino (inicio) Amebíase intestinal invasiva aguda Colite amebiana aguda Disenteria amebiana Dor abdominal Muco e sangue nas fezes Emagrecimento e fraqueza Ulcera obrigatoriamente existente (colonoscopia) Colite amebiana fulminante Geralmente em indivíduos imunodeprimidos Muitas úlceras na luz do colón Febre Cólicas intensas Fezes disentéricas (muco + sangue) Pode ser FATAL (pode matar o paciente) Normalmente em pacientes imunodeprimidos Amebíase extra-intestinal Abcessos ricos em macrófagos e amebas Todas as idades (20-60 anos) Sintomas: dor/cólica biliar, febre irregular e intermitente, hepatomegalia, icterícia, náuseas e vômitos, fraqueza e perda de peso. 6 Maria Elionara II @fenixdamedicina II MED15 Amebíase hepática – pele Fístula hepatopericardial amebiana Amebíase pulmonar – pele Tinha um abcesso pulmonar, tentaram fazer uma punção e ela migrou até a pele. Imagem ao Raio X de abscesso pulmonar amebiano Pode derivar de abscesso hepático ou disseminação hematogênica da ameba Acompanha tosse seca e dor no peito, quando produtiva, a tosse acompanha muco com sangue. Radiografia mostra infiltrado pneumônico e hemograma apresenta leucocitose com eosinofilia bem acentuada Abscesso Pulmonar devido a ruptura de lesão amebiana hepatica Fígado (fístula broncopleurohepática) Ruptura -> repentina e profusa expectoração de material pútrido purulento Abscesso pulmonar é mais frequente no lobo direito (2% a 4%) (Figura) Histologia do abscesso pulmonar Amebíase pulmonar experimental Necrose pulmonar, mas principalmente por o abcesso causado na área. Amebíase cerebral 7 Maria Elionara II @fenixdamedicina II MED15 Extremamente raro, normalmente em pacientes imunodeprimidos (o caso das figuras) , ultrapassa a barreira hematocefalica chegando pelo cérebro (normalmente meningites fatais) Amebíase cutânea Única forma em que o trofozoítoé infectante, tem que ter porta de entrada. Diagnóstico laboratorial do complexo E. histolytica/E. díspar PARASITOLÓGICO DE FEZES (intestinal) Demonstração microscópica de cistos e/ou trofozoítos no sedimento fecal (EPF) Cistos- fezes formadas Trofozoítos- fezes diarreicas ou disentéricas SOROLÓGICO Pesquisa de Ag amebianos (Lectinas) Pesquisa de coproantígenos (amebaporos isoformas A, B e C; lectinas; E cisteíno proteases Pesquisa de Acs BIOMOL Pesquisa de DNA amebiano em amostras biológicas (fecais, biópsias) – PCR Profilaxia Higiene individual entre evacuações e refeições (lavar bem as mãos antes da alimentação, manter unhas bem cortadas e limpas, etc.) Cuidado na manipulação e higienização de alimentos ingeridos crus (frutas e verduras) Saneamento básico (fossa, latrina, esgoto, tratamento de água e esgoto humano) Educação sanitária Vacina (?!) – TRATAMENTO Amebíase Metronidazol – 750mg, 3x/dia durante 7 a 10 dias – 90% eficácia (FORMA INTESTINAL- MAIS UTILIZADO) Secnidazol – 1,5 a 2g/dia (VO) Tinidazol – 2g/dia Teclosan (crianças): 100mg, 3x/dia durante 5 dias ( + Metronidazol) – PROPRIO ANITTA Nitazoxanida - 7,5 mg por kg 2x/dia por 3 dias Colite Amebiana: Metronidazol –500-700mg, 3x/dia, 5-10 dias VO/VV – 95% eficácia (ASSOCIADO A UM ANTIBIOTICO) Tinidazol – 2g/dia, VO por 3dias Secnidazol – 1,5 a 2g/dia (VO) Emetina – 1mg/kg/dia (máximo de 60 mg/dia) (MUITO UTILIZADO NOS CASOS TECIDUAIS) (MAIS UTILIZADA, INTRAMUSCULAR) POTENCIALIZA A AÇÃO, E TEM PORTA DE ENTRADA E SE TORNA PREVENÇÃO/ TRATAMENTO. Abscesso Hepático Metronidazol – 750mg, 3x ao dia ( + Tetraciclina) (ANTIBIÓTICO) Tinidazol – 2g/dia Ornidazol: 2g/dia Emetina – 1mg/kg/dia, durante 5d por via intramuscular Amebas de vida livre – naturalmente não infectam o homem, mas dois gêneros ultimamente tem causado algumas lesões 8 Maria Elionara II @fenixdamedicina II MED15 ACANTAMOEBA - Naegleria Seus ambientes normalmente são represas com agua doce normalmente, aqui no Brasil não são muito comuns Ciclo biológico e patogenia Geralmente atinge indivíduos debilitados, hospitalizados se entubados Penetra geralmente pela mucosa das vias respiratórias e chega até às meninges Lesão que pode ocasionar cegueira, tornando-se irreversível (queratinose no olho- figura) Pele – destruição Cérebro- meningite por ancatamoeba Acantamoeba Naegleria Pode infectar indivíduos saudáveis que coloquem a mucosa nasal em contato com as formas flageladas ou amebóides que vivem em coleções d’água como lagos e represas Daí chegam até às meninges Meningocefalite – extremamente agressivo e fatal, os casos que conseguiram sobreviver ficaram com sequelas. 9 Maria Elionara II @fenixdamedicina II MED15 DIAGNÓSTICO Parasitológico do LCR TRATAMENTO Anfotericina B e miconazol (i.v. e i.r.) Associado à Rifampicina (v.o.) Infecção ocular: isothicionato propamidine tópico clotrimazol, miconazol e primaricin 10 Maria Elionara II @fenixdamedicina II MED15
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