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CASO 1 4P TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 21, CICLO MENSTRUAL

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BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
CASO 1: TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 21 
Objetivos 
1) Conhecer os principais métodos contraceptivos (hormonais e não 
hormonais) e suas aplicações clínicas. 
2) Descrever o ciclo menstrual normal. 
3) Compreender a farmacologia da progesterona e estrogênio. 4) Compreender a farmacologia dos antipsicóticos e seus efeitos colaterais. 
5) Explicar as alterações cromossômicas na Trissomia do cromossomo 21 
 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS E NÃO 
HORMONAIS 
Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de 
Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em 
Planejamento Familiar: Manual Técnico/Secretaria de Políticas 
de Saúde, Área Técnica de Saúde da Mulher – 4a edição – 
Brasília: Ministério da Saúde, 2002 
De acordo com MINISTÉRIO DA SAÚDE, na decisão a respeito 
do método anticoncepcional que será utilizado, alguns 
aspectos devem ser levados em consideração; entre eles: 
- A escolha da mulher, do homem ou do casal; 
- As características dos métodos: eficácia, efeitos secundários, 
aceitabilidade, disponibilidade, facilidade de uso, 
reversibilidade e proteção à DST e infecção pelo HIV 
- E os fatores individuais e situacionais relacionados aos 
usuários do método. 
Os principais métodos contraceptivos incluem os 
comportamentais, os de barreira, o DIU (dispositivo 
intrauterino) , os hormonais (ORAIS, INJETÁVEIS E 
IMPLANTES) E OS DEFINITIVOS OU CIRÚRGICOS. 
São consideradas, seguindo critérios de elegibilidade clínica 
propostos pela OMS, 4 categorias que estabelecem a 
conveniência ou a restrição de um método 
Categoria 1: O método pode ser usado sem restrição. 
Categoria 2: O método pode ser usado com restrições. As 
condições listadas na categoria 2 significam que o método em 
questão pode ser utilizado com alguma precaução. São 
situações nas quais as vantagens de usar o método geralmente 
superam os riscos. As condições da categoria 2 fazem com que 
o método não seja a primeira escolha e, se usado, deve ser 
acompanhado mais de perto. 
Categoria 3: Os riscos decorrentes do seu uso, em geral 
superam os benefícios do uso do método. Quando há uma 
condição da categoria 3 para um método, este deve ser o 
método de última escolha e, caso seja escolhido, é necessário 
um acompanhamento rigoroso da/o usuária/o. 
Categoria 4: O método não deve ser usado, pois apresenta um 
risco inaceitável. 
-Nas situações em que a usuária apresenta mais do que uma 
condição da categoria 3, o método não deve ser usado. 
- Quando a/o usuária/o apresenta, para o método escolhido, 
mais de uma condição da categoria 2, em geral o método deve 
ser considerado de última escolha, de uso excepcional e sob 
controle rigoroso 
1) MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
 
Os métodos comportamentais de planejamento 
familiar são técnicas para obter ou evitar a gravidez 
mediante a auto-observação de sinais e sintomas que 
ocorrem no organismo feminino ao longo do ciclo 
menstrual. Baseando-se na identificação do período 
fértil da mulher, o casal pode concentrar as relações 
sexuais nesta fase, caso deseje obter uma gravidez, 
ou abster-se de ter relações sexuais, caso deseje 
espaçar ou evitar a gravidez. 
Para utilizá-lo, médico e paciente devem ter pleno 
conhecimento do ciclo menstrual e a sua eficácia está 
intimamente relacionada a esse aspecto. 
De modo geral, apresenta baixa eficácia já que caso 
ocorra variação do ciclo menstrual ou o 
acompanhamento não ocorra de forma correta, a 
paciente possa vir a engravidar; além disso, esses 
métodos não oferecem proteção em relação à 
transmissão de doenças não transmissíveis, 
A) MÉTODO OGINO- KNAUS (RITMO, 
CALENDÁRIO, TABELINHA) 
Este método baseia-se no fato de que a duração 
da segunda fase do ciclo menstrual (pós-
ovulatório) é relativamente constante, com a 
ovulação ocorrendo entre 11 a 16 dias antes do 
início da próxima menstruação. 
O cálculo do período fértil da mulher é feito 
mediante a análise de seu padrão menstrual 
prévio, durante 6 (seis) a 12 (doze) meses. A 
 mulher que quiser usar este método deve ser 
orientada para registrar, durante pelo menos 6 
meses, o primeiro dia de cada menstruação. 
Deve: 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
a) Verificar a duração (número de dias) de cada ciclo, 
contando desde o primeiro dia da menstruação 
(primeiro dia do ciclo) até o dia que antecede a 
menstruação seguinte (último dia do ciclo). 
b) Verificar o ciclo mais curto e o mais longo (no 
exemplo, 25 e 34 dias, respectivamente). 
c) Calcular a diferença entre eles (neste exemplo, 9 
dias). Se a diferença entre o ciclo mais longo e o mais 
curto for de 10 dias ou mais, a mulher não deve usar 
este método. 
d) Determinar a duração do período fértil da seguinte 
maneira: Subtraindo-se 18 (dezoito) do ciclo mais 
curto, obtém-se o dia do início do período fértil. 
¾Subtraindo-se 11 (onze) do ciclo mais longo, obtém-
se o dia do fim do período fértil. 
e) Para evitar a gravidez orientar a mulher e/ou casal 
para abster-se de relações sexuais com contato 
genital durante o período fértil 
Benefícios: ausência de efeitos sistêmicos, conhecimento 
da fisiologia reprodutiva; 
B) MÉTODO DA TEMPERATURA BASAL CORPORAL 
Este método fundamenta-se nas alterações da 
temperatura basal que ocorrem na mulher ao longo 
do ciclo menstrual. A temperatura basal corporal é a 
temperatura do corpo em repouso. Antes da 
ovulação, a temperatura basal corporal permanece 
num determinado nível baixo; após a ovulação, ela se 
eleva ligeiramente (alguns décimos de grau 
centígrado), permanecendo nesse novo nível até a 
próxima menstruação. Este aumento de temperatura 
é resultado da elevação dos níveis de progesterona, 
que tem um efeito termogênico. O método permite, 
portanto, por meio da mensuração diária da 
temperatura basal, a determinação da fase infértil 
pós-ovulatória. 
Para evitar a gravidez o casal deve abster-se das 
relações sexuais com contato genital durante toda a 
primeira fase do ciclo (pré-ovultatório) e até a manhã 
do dia em que se verificar a quarta temperatura alta 
acima da linha base, principalmente durante os 
primeiros meses de uso do método. 
Os benefícios são os mesmos (ausência de efeitos 
sistêmicos e conhecimento da fisiologia reprodutiva) 
c) MÉTODO DO MUCO CERVICAL OU BILLINGS: 
Este método baseia-se na identificação do período 
fértil por meio da auto-observação das características 
do muco cervical e da sensação por ele provocada na 
vulva. O muco cervical é uma secreção produzida no 
colo do útero pelo epitélio glandular das criptas 
cervicais, que por ação hormonal apresenta 
transformações características ao longo do ciclo 
menstrual, possibilitando dessa maneira a 
identificação do processo ovulatório. 
O muco cervical, no início do ciclo, é espesso, 
grumoso, dificultando a ascensão dos 
espermatozóides pelo canal cervical. O muco cervical, 
sob ação estrogênica, produz, na vulva, uma sensação 
de umidade e lubrificação, indicando o tempo da 
fertilidade, momento em que os espermatozóides 
têm maior facilidade de penetração no colo uterino. 
Nessa fase, o muco é transparente, elástico, 
escorregadio e fluido, semelhante à clara de ovo. 
Fase pré- ovulatória- Ao término da menstruação, 
pode começar uma fase seca ou com secreção igual e 
contínua na aparência e na sensação que dura, em 
geral, dois, três, ou mais dias. O casal pode ter 
relações sexuais nos dias da fase seca, em noites 
alternadas (para que o sêmen não prejudique a 
observação do muco cervical). 
Fase pós ovulatória- O muco que inicialmente é 
esbranquiçado, turvo e pegajoso, vai se tornando a 
cada dia mais elástico e lubrificante, semelhante à 
clara de ovo, podendo-se puxá-lo em fio – este é o 
período favorável para a penetração dos 
espermatozóides no canal cervical. Havendo fluxo 
mucoso, e/ou sensação de lubrificação, o casal deve 
abster-se de relações sexuais, quando não deseja agravidez. O último dia de sensação vulvar de umidade 
lubrificante chama-se Ápice. O dia ápice indica que a 
ovulação já ocorre, está ocorrendo ou vai ocorrer até 
aproximadamente em 48h. 
Fase pós ovulatória- Na 4ª noite após o dia Ápice a 
mulher entra no período de infertilidade, que dura 
mais ou menos duas semanas. Nesse período, o casal 
pode ter relações sexuais pois os indicadores do 
período fértil (muco e ovulação) já ocorreram. 
OBS: É NECESSÁRIO prender a distinguir o muco 
cervical das leucorréias e do fluido seminal (a 
principal característica do fluxo mucoso é a 
lubrificação 
D- MÉTODO SINTO-TÉRMICO- Este método baseia-se 
na combinação de múltiplos indicadores da ovulação, 
com a finalidade de determinar o período fértil com 
maior precisão e confiabilidade. Fundamentalmente, 
ele combina a observação dos sinais e sintomas 
relacionados à temperatura basal corporal e ao 
muco-cervical, associada ainda a parâmetros 
subjetivos (físicos e ou psicológicos) indicadores de 
possível ovulação. Os parâmetros subjetivos 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
relacionados com a ovulação podem ser, entre 
outros: : Dor abdominal, sensação de peso nas 
mamas, mamas inchadas ou doloridas. Variações de 
humor e/ou da libido. Outros sintomas e sinais 
(enxaqueca, náuseas, acne, aumento de apetite, 
ganho de peso, sensação de distensão abdominal, 
sangramento inter-menstrual entre outros). 
E- MÉTODO DO COLAR- Utiliza-se um colar de contas para 
identificar os dias férteis e inférteis de cada ciclo. O colar 
começa com uma conta de cor vermelha, que sinaliza o 
primeiro dia da menstruação. Segue-se por 7 contas de cor 
marrom, que indicam o período infértil do inicio do ciclo. As 
contas de 9 a 19 são de cor branca, para sinalizar o período 
fértil. A partir da 20ª até a 30ª, as contas são novamente de 
cor marrom, indicando o período infértil da segunda metade 
do ciclo menstrual. Após a 30ª conta chega-se novamente à 
conta vermelha, que indica o primeiro dia da menstruação 
OUTROS MÉTODOS COMPORTAMENTAIS- Práticas sexuais 
que podem ser consideradas como métodos 
comportamentais, já que reduzem o risco de uma gravide 
indesejada; são eles: relação sexual sem penetração e 
interrompida antes da ejaculação (coito interrompido; podem 
ser usadas em situação de emergência, mas não são 
recomendadas como método único; no caso do coito 
interrompido é necessário um autocontrole do homem e isso 
traz alta possibilidade de falha, portanto deve ser o último 
recurso. 
De modo geral, não existem condições clínicas que restrinjam 
o uso dos métodos comportamentais. Entretanto, existem 
condições ou obstáculos que podem afetar a função ovariana 
ou a regularidade dos ciclos menstruais e/ou alterar os sinais 
e sintomas de fertilidade, que dificultam a aprendizagem ou o 
uso desses métodos. 
2. MÉTODOS DE BARREIRA 
São métodos que colocam obstáculos mecânicos ou químicos 
à penetração dos espermatozóides no canal cervical. Os 
métodos de barreira disponíveis em nosso meio são: 
preservativos (condons ou camisinhas), masculinos e 
femininos; diafragma; e os espermaticidas químicos. 
A) PRESERVATIVO MASCULINO- Consiste em um 
envoltório de látex que recobre o pênis durante o ato 
sexual e retém o esperma por ocasião da ejaculação 
impedindo o contato com a vagina, assim como 
impede que os microorganismos da vagina entrem 
em contato com o pênis ou vice-versa. É um método 
que, além de evitar a gravidez, reduz o risco de 
transmissão do HIV e de outros agentes sexualmente 
transmissíveis. A taxa de falha deste método, no 
primeiro ano de uso, varia de 3%, quando usados, 
corretamente em todas as relações sexuais, a 14%, 
quando avaliado o uso habitual. Sua segurança 
depende de armazenamento adequado, da técnica 
de uso e da utilização em todas as relações sexuais. 
- O uso regular do preservativo pode levar ao 
aperfeiçoamento na técnica de utilização, reduzindo 
a freqüência de ruptura e escape e, 
conseqüentemente, aumentando sua eficácia. 
- Efeitos secundários: alergia ao látex, irritação 
vaginal devido à fricção 
- Benefícios não contraceptivos: Ausência de efeitos 
sistêmicos. Redução do risco de transmissão do HIV e 
de outros agentes sexualmente transmissíveis (DST). 
Redução da incidência das complicações causadas 
pelas DSTs. Possivelmente auxiliar na prevenção do 
câncer de colo uterino. 
 
B) PRESERVATIVO FEMININO- O preservativo feminino é 
um tubo de poliuretano com uma extremidade 
fechada e a outra aberta, acoplado a dois anéis 
flexíveis também de poliuretano. Forma uma barreira 
física entre o pênis e a vagina, servindo de 
receptáculo ao esperma, impedindo seu contato com 
a vagina, assim como impede que os 
microorganismos da vagina entrem em contato com 
o pênis ou vice-versa. 
• EFEITOS SECUNDÁRIOS- Alergia ao poliuretano ou ao 
lubrificante (efeito muito raro). 
• BENEFÍCIO NÃO-CONTRACEPTIVO- Ausência de 
efeitos sistêmicos. Redução do risco de transmissão 
do HIV e de outros agentes sexualmente 
transmissíveis. Possivelmente auxiliar na prevenção 
do câncer de colo uterino. 
c) DIAFRAGMA- É um método anticoncepcional de uso 
feminino que consiste num anel flexível, coberto no centro 
com uma delgada membrana de látex ou silicone em forma de 
cúpula que se coloca na vagina cobrindo completamente o 
colo uterino e a parte superior da vagina, impedindo a 
penetração dos espermatozóides no útero e trompas. Para 
maior eficácia do método, antes da introdução, colocar, na 
parte côncava, creme espermaticida. Entretanto, essa 
associação limita-se às mulheres com baixo risco para o HIV e 
outras DST. 
OBSERVAÇÃO: O uso freqüente de espermaticida causa 
irritação, fissuras e microfissuras na mucosa vaginal e cervical 
(efeito dose-tempo dependente), aumentando o risco de 
infecção pelo HIV e outras DST. A detecção de DST é motivo 
para suspender o uso do método. O retorno ao uso, ficará 
condicionado a cura da infecção e reavaliação de risco de nova 
DST e infecção pelo HIV. 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
Efeitos secundários- irritação da vagina ou pênis, reação 
alérgica à borracha ou espermicida, aumento da frequência de 
ITU. 
Benefícios não contraceptivos: ausência de efeitos sistêmicos, 
prevenir algumas DSTs e complicações, possivelmente auxiliar 
na prevenção de câncer de colo uterino. 
. 
D- GELEIA ESPERMICIDA- São substâncias químicas que 
recobrem a vagina e o colo do útero, impedindo a penetração 
dos espermatozóides no canal cervical e, bioquimicamente, 
imobilizando ou destruindo os espermatozóides. O produto 
espermaticida a base de nonoxinol-9 (N-9) a 2% é o mais 
amplamente utilizado no Brasil e no mundo. Entretanto, o uso 
de alguns métodos contraceptivos contendo N-9 podem 
aumentar o risco de transmissão sexual do HIV e outras DST. A 
Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta, então, que as 
mulheres que estejam sob risco acrescido para a infecção pelo 
HIV/DST, especialmente as que tem muitas relações sexuais 
diárias; não devem usar métodos contraceptivos que 
contenham o N-9. Entre mulheres com baixo risco de infecção 
pelo HIV, o uso de produtos à base de N-9 permanece sendo 
indicado como um dos métodos contraceptivos 
EFEITOS SECUNDÁRIOS- lrritação ou alergia na vagina ou 
pênis. Fissuras e microfissuras na mucosa vaginal ou retal 
(efeito dose-tempo dependente) 
 
3- ANTICONCEPÇÃO HORMONAL ORAL 
Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de 
pílulas anticoncepcionais são esteróides utilizados 
isoladamente ou em associação com a finalidade básica de 
impedir a concepção. 
As pílulas se classificam em combinadas (estrogênio associado 
a progestogênio) e apenas com progestogênio ou minipílulas; 
As combinadas dividem-se ainda em monofásicas, bifásicas e 
trifásicas. 
Nas monofásicas, a dose dos esteróides é constante nos 21 ou 
22 comprimidos da cartela. 
As bifásicas contêm dois contêm três tipos decomprimidos 
com os mesmos hormônios em proporções diferentes. 
 
a) ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS 
COMBINADOS- São componentes que contêm dois 
hormônios sintéticos, o estrogênio e o 
progestogênio, semelhantes aos produzidos pelo 
ovário da mulher. As pílulas combinadas atuam 
basicamente por meio da inibição da ovulação, além 
de provocar alterações nas características físico-
químicas do endométrio e do muco cervical. São 
métodos muito eficazes quando usados correta e 
consistentemente. 
OBS: No primeiro mês de uso, ingerir o 1° comprimido no 1° 
dia do ciclo menstrual ou, no máximo, até o 5° dia. b) A seguir, 
a usuária deve ingerir um comprimido por dia até o término da 
cartela, preferencialmente no mesmo horário. É importante 
orientar a usuária para verificar a cartela todas as manhãs no 
sentido de certificar-se do seu uso no dia anterior. 65 c) Ao 
final da cartela (21 dias), fazer pausa de 7 dias e iniciar nova 
cartela, independentemente, do dia de início do fluxo 
menstrual. Se a cartela tem 22 pílulas, descansar só 6 dias. 
Alguns tipos já possuem 7 dias de placebo, quando deve 
ocorrer o sangramento, não sendo necessário haver 
interrupção. d) Caso não ocorra a menstruação no intervalo 
entre as cartelas, a usuária deve iniciar uma nova cartela e 
procurar o serviço de saúde para descartar a hipótese de 
gravidez. e) Em caso de esquecimento de uso da pílula, a 
usuária deve ser orientada da seguinte forma: ¾No caso de 
esquecimento de uso de uma pílula, a mesma deve ser 
ingerida imediatamente e a pílula regular no horário habitual 
ou ainda a ingestão das duas pílulas no mesmo horário. 
Interações medicamentosas: Os antiretrovirais (ARV) Efavirenz 
e Nevirapina (não-nucleosídeos) e os Nelfinavir e Ritonavir 
(inibidores da protease), disponíveis para o controle da 
infecção pelo HIV, interagem diminuindo os níveis séricos dos 
hormônios estrogênicos e, portanto, sua eficácia 
contraceptiva. O uso adicional do preservativo masculino ou 
feminino deve ser considerado (dupla proteção). Algumas 
interações podem ocorrer no sentido inverso, isto é, os 
esteróides alteram a eficácia de outros medicamentos 
(anticonvulsivantes, ANTIBIÓTICOS como Rifampicina e 
fungicidas como griseofulvina) 
Efeitos secundários: alterações de humor, náuseas, vômitos, 
mal estar gástrico, cefaleia, tomteira, mastalgia, sangramento 
intermenstrual, cloasma 
Complicações: AVE, infarto do miocárdio, trombose venosa 
profunda, maior frequência de complicações em fumantes de 
qualquer idade. 
Benefícios não contraceptivos: Redução da doença 
inflamatória pélvica (DIP). Redução da freqüência de cistos 
funcionais de ovário. Redução da incidência do 
adenocarcinoma de ovário. Redução da freqüência do 
adenocarcinoma de endométrio. Redução da doença benigna 
da mama. ¾Redução da dismenorréia e dos ciclos 
hipermenorrágicos. Redução da anemia. 
- Câncer de ovário ou de endométrio – O uso da pílula reduz o 
risco para câncer de ovário ou de endométrio. Enquanto 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
aguarda tratamento, a mulher com alguma dessas condições 
pode continuar usando a pílula. 
 
B- ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORFAIS APENAS DE 
PROGESTOGÊNIO- São comprimidos que contêm uma dose 
muito baixa de progestogênio, que promove o espessamento 
do muco cervical, dificultando a penetração dos 
espermatozóides, e inibe a ovulação em aproximadamente 
metade dos ciclos menstruais. 
Interação medicamentosa: Pode haver infecção com 
rifampicina, griseofulvina e antinconvulsivante (fenitoína, 
carbamazepina, barbituratos, primidona), que são 
medicamentos indutores de enzimas hepáticas e reduzem a 
eficácia da minipílula. Não há interação clínica significativa 
demonstrada até o momento com os antiretrovirais (ARV) 
disponíveis para o controle de infecção pelo HIV. 
Efeitos secundários- alterações no fluxo menstrual, cefaleia, 
sensibilidade mamária 
Benefício não contraceptivo- Prevenção das doenças benignas 
de mama; câncer de endométrio ou de ovário; e doença 
inflamatória pélvica 
4- ANTICONCEPÇÃO HORMONAL INJETÁVEL- São 
anticoncepcionais hormonais que contêm progestogênio ou 
associação de estrogênios e progestogênios, para 
administração parenteral (I.M), com doses hormonais de longa 
duração. 
Tipos 
Com progestogênio isolado- Consiste na administração de 
progestogênio isolado, via parenteral (I.M), com obtenção de 
efeito anticonceptivo por períodos de 3 meses 
Combinado- Os anticoncepcionais injetáveis combinados 
contêm uma associação de estrogênio e progestogênio, para 
uso parenteral (I.M), mensal. 
A- Com progestogênio isolado- O anticoncepcional 
hormonal injetável, aprovado para uso no Brasil, é um 
derivado da 17 alfahidroxiprogesterona, preparado 
em suspensão microcristalina, para administração 
intramuscular profunda. Além de inibirem a ovulação, 
aumentam a viscosidade do muco cervical 
dificultando a passagem dos espermatozóides 
A droga é apresentada sob forma de ampola com 150 mg de 
acetato de medroxiprogesterona em 1 ml. Deve ser aplicada 
nos primeiros cinco a sete dias do ciclo menstrual, na região 
glútea ou no braço (profundamente), para permitir a formação 
do depósito. Não se deve massagear o local após a injeção. 
Deve-se repetir a injeção a cada intervalo definido, podendo 
ser feita até, no máximo, quinze dias após a data estipulada, 
para não aumentar o risco de falha. 
Efeitos secundários: amenorreia, sangramento irregular, 
aumento de peso, cefaleia, alterações de humor, nervosismo 
Pode reduzir o risco para: DIP, câncer de endométrio, anemia 
falciforme, câncer de ovário, cisto de ovário 
B- COMBINADOS- As diferentes formulações dos 
anticoncepcionais hormonais injetáveis combinados 
contêm um éster de estrogênio natural, o estradiol, e 
um progestogênio sintético. Inibem a ovulação e 
tornam o muco cervical espesso, impedindo a 
passagem dos espermatozóides.. Não há demora 
para recuperação da fertilidade. 
Obs: A primeira opção deve recair sobre os injetáveis 
mensais que contenham 5 mg de estrogênio. b) A primeira 
injeção deve ser feita até o 5º dia do início da 
menstruação. As aplicações subseqüentes devem ocorrer 
a cada 30 dias, mais ou menos 3 dias, independentemente 
da menstruação. Deve-se aplicar por via intramuscular 
profunda, abstendo-se de massagem ou calor local para 
evitar difusão do material injetado. 
Efeitos secundários: Alterações menstruais. Cefaléia. 
Náuseas e/ou vômitos. Mastalgia. Aumento de peso. 
Interação medicamentosa: Os antiretrovirais (ARV) não-
nucleosídeos (Efavirenz e Nevirapina) e os inibidores de 
protease (Nelfinavir e Ritonavir), disponíveis para o controle 
da infecção pelo HIV, interagem diminuindo os níveis séricos 
dos hormônios estrogênicos, reduzindo sua eficácia 
contraceptiva. O uso adicional do preservativo masculino ou 
feminino deve ser considerado (dupla proteção). 
 
5- DIU 
Os dispositivos intra-uterinos são artefatos de polietileno aos 
quais podem ser adicionados cobre ou hormônios que, 
inseridos na cavidade uterina, exercem sua função 
contraceptiva. 
Atuam impedindo a fecundação porque tornam mais difícil a 
passagem do espermatozóide pelo trato reprodutivo 
feminino, reduzindo a possibilidade de fertilização do óvulo. 
Para a Organização Mundial da Saúde, o DIU interfere nas 
diferentes etapas do processo reprodutivo que ocorrem 
previamente à fertilização. 
O DIU com levonorgestrel causa supressão dos receptores de 
estradiol no endométrio, atrofia endometrial e inibição da 
passagem do espermatozóide através da cavidade uterina. 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
O índice de gestações, expulsão e remoção por motivos 
médicos diminui a cada ano de uso. As concentrações de cobre 
e de levonorgestrel no trato genital superior caem 
rapidamente após a remoção do DIU e a recuperação da 
fertilidade é imediata 
TIPOS E MODELOS 
x DIU com Cobre: é feito de polietileno e revestidocom 
filamentos e/ou anéis de cobre. Atualmente os modelos TCu-
380 A e MLCu-375 são os mais usados. 
x DIU que libera hormônio: é feito de polietileno e libera, 
continuamente, pequenas quantidades de levonorgestrel. 
DIU inerte ou não medicado: é feito de polietileno. A "alga de 
Lippes", por exemplo, é toda de plástico. Esse modelo de DIU 
não se usa na atualidade; entretanto, mulheres que já são 
usuárias podem continuar usando até 6 meses após a 
menopausa, quando deverá ser removido 
O DIU pode ser inserido a qualquer momento durante o ciclo 
menstrual, desde que haja certeza de que a mulher não esteja 
grávida, que ela não tenha mal formação uterina e não existam 
sinais de infecção. O DIU deve ser inserido, preferencialmente, 
durante a menstruação devido à: 
-Se o sangramento é menstrual, a possibilidade de gravidez 
fica descartada. – A inserção é mais fácil pela dilatação do 
canal cervical. Qualquer sangramento causado pela inserção 
não incomodará tanto a mulher. A inserção pode causar 
menos dor. 
Alterações no ciclo menstrual (comum nos primeiros três 
meses, geralmente diminuindo depois deste período). 
¾Sangramento menstrual prolongado e volumoso. 
Sangramento e manchas (spoting) no intervalo entre 
menstruações. 
Cólicas de maior intensidade ou dor durante a menstruação. 
Outros efeitos secundários (menos de 5%) são: Cólicas 
intensas ou dor até cinco dias após a inserção, dor e 
sangramento ou manchas podem ocorrer imediatamente após 
a inserção do DIU, mas usualmente desaparecem em um ou 
dois dias. Com relação ao DIU com levonorgestrel podem 
surgir os seguintes efeitos secundários: sangramento irregular 
ou spoting nos primeiros cinco meses. ¾Cefaléia, náuseas, 
depressão. Queixas menos comuns: acne, mastalgia, ganho de 
peso. Amenorréia. 
6- ESTERILIZAÇÃO- A esterilização é um método contraceptivo 
cirúrgico, definitivo, que pode ser realizado na mulher por 
meio da ligadura das trompas (laqueadura ou ligadura tubária) 
e no homem, através da ligadura dos canais deferentes 
(vasectomia). Consiste, no homem, em impedir a presença dos 
espermatozóides no ejaculado, por meio da obstrução dos 
canais deferentes. Na mulher, em evitar a fecundação 
mediante impedimento de encontro dos gametas, devido à 
obstrução das trompas. 
CICLO MENSTRUAL NORMAL 
Fonte: Princípios de anatomia e fisiologia, Tortora, 12 ed 
O termo geral ciclo reprodutivo feminino abrange os ciclos 
ovariano e uterino, as alterações hormonais que regulam esses 
ciclos e as alterações cíclicas relacionadas nas mamas e no colo 
do útero. 
• O hormônio de liberação da gonadotropina (GnRH), 
secretado pelo hipotálamo, controla os processos do 
ciclo reprodutivo feminino. 
• GnRH estimula a liberação de hormônio 
foliculoestimulante (FSH) e hormônio luteinizante 
(LH) pela adeno-hipófise. 
• Por sua vez, o FSH inicia o crescimento folicular e a 
secreção de estro- gênios pelo folículo ovariano em 
crescimento. 
• O LH estimula o desenvolvimento complementar dos 
folículos e a secreção plena de estrogênios por eles. 
• No meio do ciclo, o LH estimula a ovulação e, depois, 
promove a formação do corpo lúteo (daí o nome 
hormônio luteinizante). 
• Estimulado pelo LH, o corpo lúteo produz e secreta 
estrogênios, progesterona, relaxina e inibina. 
A duração típica do ciclo reprodutivo feminino é de 24 a 35 
dias; em geral adota-se 28 d. 
Podemos dividir o ciclo em 4 fases: menstrual, pré ovulatória, 
ovulação e fase pós ovulatória 
FASE MENSTRUAL| MENSTRUAÇÃO- dura aproximadamente 
os 5 primeiros dias do ciclo e o primeiro dia de sangramento 
vaginal é o considerado o primeiro dia do ciclo menstrual e 
possui eventos nos ovários e no útero. 
EVENTOS NOS OVÁRIOS 
• Sob a influência do FSH, vários folículos primordiais 
transformam-se em folículos primários e, depois, em 
folículos secundários 
• O líquido folicular, secretado pelas células granulares 
e filtrado do sangue nos capilares da teca folicular, 
acumula-se no antro em expansão (espaço que se 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
forma no folículo) enquanto o oócito permanece 
próximo da margem do folículo 
EVENTOS NO ÚTERO 
O fluxo menstrual uterino é constituído por 50 a 150 mí de 
sangue, líquido tecidual, muco e células epiteliais 
desprendidas do endométrio. Essa secreção ocorre porque a 
queda do nível de progesterona e estrogênios ovarianos 
estimula a liberação de prostaglandinas que causa a constrição 
das arteríolas espirais uterinas. Desse modo, há privação de 
oxigênio nas células irrigadas por elas, que começam a morrer. 
Por fim, há desprendimento de toda a camada funcional. 
Nesse período, o endométrio fica muito fino, cerca de 2 a 5 
mm, porque só resta a camada basal. O fluxo menstrual passa 
da cavidade do útero, através do colo do útero e da vagina, 
para o exterior. 
FASE PRÉ OVULATÓRIA 
A fase pré-ovulatória é o período entre o fim da menstruação 
e a ovulação. Essa fase tem duração mais variável que asoutras 
e é responsável pela maioria das diferenças quando os ciclos 
são mais curtos ou mais longos que 28 dias. Dura do 6Q ao 13a 
dia em um ciclo de 28 dias. 
 
Eventos nos ovários 
Alguns dos folículos secundários nos ovários começam a se- 
cretar estrogênios e inibina. Por volta do sexto dia, um folículo 
secundário em um dos ovários amadurece antes dos outros e 
torna-se o folículo dominante. Os estrogênios e a inibina 
secretados pelo folículo dominante reduzem a secreção de 
FSH, o que causa a interrupção do crescimento e a atresia dos 
outros folículos menos desenvolvidos. Os gêmeos ou 
trigêmeos fraternos (não idênticos) são gerados quando há 
codominância de dois ou três folículos secundários, com 
posterior ovulação e fertilização quase simultâneas. 
Normalmente, o folículo secundário dominante torna-se o 
folículo maduro (de Graaf), que continua a aumentar até 
alcançar mais de 20 mm de diâmetro e estar pronto para a 
ovulação (figura 26.13a). Esse folículo produz uma saliência 
vesicular, em razão do aumento do volume do antro, na 
superfície do ovário. Durante o processo final de maturação, a 
produção de estrogênios pelo folículo primário continua a 
aumentar. Em relação ao ciclo ovariano, as fases menstrual e 
pré-ovulatória são chamadas de fase folicular porque há 
crescimento e desenvolvimento dos folículos ovaria- nos 
Eventos no Útero 
Os estrogênios liberados no sangue pelos folículos ovaria- nos 
em crescimento estimulam o reparo do endométrio; as células 
da camada basal dividem-se por mitose e produzem uma nova 
camada funcional. 
 A medida que ocorre espessamento do endométrio, 
desenvolvem-se glândulas endometriais curtas e retas, e as 
arteríolas espiralam-se e alongam-se ao penetrarem na 
camada funcional. A espessura do endométrio quase duplica, 
alcançando cerca de 4 a 10 mm. A fase pré-ovulatória também 
é denominada fase proliferativa do ciclo uterino porque há 
proliferação do endométrio. 
OVULAÇÃO 
A ovulação, a ruptura do folículo maduro (de Graaf) junto com 
o epitélio germinativo sobrejacente do ovário e a liberação do 
oócito secundário na cavidade peritoneal, geralmente ocorre 
no 14Q dia em um ciclo de 28 dias. Durante a ovulação, o 
oócito secundário continua circundado pela zona pelúcida e 
coroa radiada. A transformação de um folículo secundário em 
um folículo totalmente maduro costuma levar cerca de 20 dias 
(abrangendo os últimos 6 dias do ciclo anterior e os primeiros 
14 dias do ciclo em curso). Durante esse período, o oócito 
primário completa a meiose I e se torna um oócito secundário; 
o oócito secundário inicia a meiose II, que é interrompida na 
metáfase até a fertilização. De tempos em tempos, há perda 
de um oócito na cavidade pélvica, onde ele se desintegra. A 
pequena quantidade de sangue liberada pela ruptura do 
folículo, que às vezes cai na cavidade peritoneal, pode causar 
dor, conhecida como mittelschmerz, no período da ovulação.FASE PÓS OVULATÓRIA 
A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo feminino é o 
período entre a ovulação e o início da próxima menstruação. E 
a parte com duração mais constante do ciclo reprodutivo 
feminino. Dura 14 dias em um ciclo de 28 dias, do 15Q ao 28e 
dia. 
Muitos fatores perturbam o ciclo reprodutivo feminino, entre 
eles emagrecimento, baixo peso corporal, transtornos 
alimentares e atividade física extenuante. A observação de 
que três distúrbios - transtorno alimentar, amenorreia e 
osteoporose - costumam ocorrer juntos em mulheres atletas 
levou os pesquisadores a cunhar o termo tríade da mulher 
atleta. 
EVENTOS NOS OVÁRIOS 
Depois da ovulação, há colapso do folículo maduro e ruptura 
da membrana basal entre as células granulares e a teca 
interna. Após o surgimento de um coágulo sanguíneo a partir 
do pequeno sangramento do folículo que se rompeu, o folículo 
transforma-se no corpo hemorrágico. As células da teca 
interna misturam-se com as células granulares e todas são 
transformadas em células do corpo lúteo sob a influência do 
LH. Estimulado pelo LH, o corpo lúteo secreta progesterona, 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
estrogênios, relaxina e inibina. As células lúteas também 
absorvem o coágulo sanguíneo. Em vista dessa atividade, a 
fase pós-ovulatória também é denominada fase lútea do ciclo 
ovariano. 
Os acontecimentos posteriores em um ovário que liberou um 
oócito dependem da fertilização do oócito. Se não houver 
fertilização, o corpo lúteo dura apenas 2 semanas. Ao fim 
desse período, há diminuição da atividade secretora e 
degeneração em corpo albicante. 
A medida que caem os níveis de progesterona, estrogênios e 
inibina, aumenta a liberação de GnRH, FSH e LH em razão da 
supressão do feedback negativo pelos hormônios ovaria- nos. 
O crescimento folicular recomeça e inicia-se um novo ciclo 
ovariano. 
Se o oócito secundário for fertilizado e começar a se dividir, o 
corpo lúteo persiste além do período normal de 2 semanas. 
Ele é “resgatado” da degeneração pela gonadotrofina 
coriônica humana (hCG). O córion do embrião começa a 
produzir esse hormônio a partir de cerca de 8 dias após a 
fertilização. Como o LH, a hCG estimula a atividade secretora 
do corpo lúteo. A presença de hCG no sangue ou na urina 
materna é um indicador de gravidez, e esse é o hormônio 
detectado pelos testes de gravidez de uso domiciliar. 
Eventos no Útero 
A progesterona e os estrogênios produzidos pelo corpo lúteo 
promovem o crescimento e o espiralamento das glândulas 
endometriais, a vascularização do endométrio superficial e o 
espessamento do endométrio até 12 a 18 mm. Em vista da 
atividade secretora das glândulas endometriais, que começam 
a secretar glicogênio, esse período é denominado fase 
secretora do ciclo uterino. Essas alterações alcançam o auge 
cerca de 1 semana depois da ovulação, no momento em que 
um óvulo fertilizado poderia chegar ao útero. Se não houver 
fertilização, os níveis de progesterona e es- trogênio caem em 
razão da degeneração do corpo lúteo. A diminuição dos níveis 
de progesterona e estrogênios causa a menstruação; 
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Variações hormonais (Tratado de Ginecologia) 
1. Ao começo de cada ciclo menstrual mensal, os níveis de esteroides gonadais são baixos e vêm diminuindo desde o final da fase 
lútea do ciclo anterior 
2. Com a involução do corpo lúteo, os níveis de FSH começam a se elevar, e uma coorte folicular em crescimento é recrutada. Cada 
um desses folículos secreta níveis crescentes de estrogênio enquanto se desenvolve na fase folicular. O aumento de estrogênio, por 
sua vez, é o estímulo para a proliferação endometrial 
3. A elevação dos níveis de estrogênio provém de uma retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH hipofisário, que começa a 
declinar próximo à metade da fase folicular. Além disso, os folículos em crescimento produzem inibina-B, que suprime a secreção de 
FSH pela hipófise. De maneira oposta, o LH inicialmente diminui em resposta a níveis de estradiol elevados, mas, em um momento 
mais tardio na fase folicular, o nível de LH é dramaticamente aumentado (resposta bifásica) 
4. Ao final da fase folicular (pouco antes da ovulação), receptores de LH/FSH-induzidos estão presentes na superfície de células da 
granulosa e, com a estimulação do LH, modulam a secreção de progesterona 
5. Após um grau suficiente de estimulação estrogênica, o aumento repentino de LH hipofisário é disparado, o que desencadeará a 
ovulação, que ocorre de 24 a 36 h mais tarde. A ovulação anuncia a transição para a fase lútea – secretora 
6. O nível de estrogênio é reduzido durante a fase lútea inicial, pouco antes da ovulação até o meio da fase lútea, quando começa a 
se elevar outra vez como resultado da secreção do corpo lúteo. De modo semelhante, a inibina-A é secretada pelo corpo lúteo 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
7. Os níveis de progesterona se elevam após a ovulação e podem ser usados como um sinal presumido de que a ovulação ocorreu 
8. A progesterona, o estrogênio e a inibina-A agem centralmente para suprimir a secreção de gonadotrofina e um novo crescimento 
folicular. Esses hormônios permanecem elevados durante o tempo de vida do corpo lúteo e, então, diminuem com a sua involução, 
preparando o caminho, portanto, para o próximo ciclo. 
 
RESUMO DA REGULAÇÃO DO CICLO 
1. O GnRH é produzido no núcleo arqueado do hipotálamo e 
secretado de modo pulsátil para dentro da circulação porta, 
por onde viaja para a hipófise anterior 
2. O desenvolvimento folicular ovariano passa de um período 
de independência para uma fase de dependência de FSH 
3. Enquanto o corpo lúteo do ciclo anterior definha, diminui a 
produção lútea de progesterona e inibina-A, possibilitando, 
assim, a elevação dos níveis de FSH 
4. Em resposta ao estímulo de FSH, o folículo cresce, 
diferencia-se e secreta quantidades aumentadas de 
estrogênio e inibina-B 
5. O estrogênio estimula o crescimento e a diferenciação da 
camada funcional do endométrio, que se prepara para a 
implantação. O estrogênio trabalha concomitante com o FSH 
ao estimular o desenvolvimento folicular 
6. A teoria da dupla célula, determina que, com a estimulação 
de LH, as células ovarianas da camada da teca produzam 
androgênios que serão convertidos em estrogênios pelas 
células da camada granulosa sob o estímulo de FSH 
7. A elevação dos níveis de estrogênio e inibina retroalimenta 
negativamente a hipófise e o hipotálamo, além de reduzir a 
secreção de FSH 
8. O único folículo destinado a ovular a cada ciclo é chamado 
folículo dominante. Possui relativamente mais receptores de 
FSH e produz uma concentração maior de estrogênios que os 
folículos que sofrerão atresia. É capaz de continuar a crescer 
apesar dos níveis diminuídos deFSH 
9. Altos e sustentados níveis de estrogênio causam o aumento 
repentino da secreção de LH hipofisária, que desencadeia a 
ovulação, a produção de progesterona e a evolução para a fase 
secretora ou lútea 
10. A função lútea o depende da presença de LH. O corpo lúteo 
secreta estrogênio, progesterona e inibina-A, que servem para 
manter a supressão das gonadotrofinas. Sem a secreção 
continuada de LH, o corpo lúteo regredirá após um período de 
12 a 16 dias. A diminuição resultante de secreção de 
progesterona resulta na menstruação 
11. Se a gravidez ocorre, o embrião secreta hCG, que mimetiza 
a ação de LH ao sustentar o corpo lúteo. Este, por sua vez, 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
continua a secretar progesterona e sustenta o endométrio 
secretor, possibilitando que a gravidez continue a se 
desenvolver. 
 
FARMACOLOGIA DA PROGESTERONA E DO 
ESTROGENO 
Farmacologia ilustrada, 6 ed 
Os hormônios sexuais produzidos pelas gônadas são 
necessários para a concepção, a maturação embrionária e o 
desenvolvimento das características sexuais secundárias na 
puberdade. Os hormônios gonadais são usados 
terapeuticamente nos tratamentos de reposição, para 
contracepção e controle dos sintomas da menopausa; 
ESTROGÊNIO 
O estradiol, também conhecido por 17 β-estradiol, é o 
estrogênio mais potente produzido e secretado pelo ovário. 
Ele é o principal estrogênio na mulher antes da menopausa. 
Estrona é um metabólito do estradiol que tem 
aproximadamente um terço da potência estrogênica do 
estradiol. A estrona é o estrogênio circulante primário depois 
da menopausa e é formado principalmente pela conversão de 
androstenediona nos tecidos periféricos. O estriol é outro 
metabólito do estradiol e é significativamente menos potente. 
Ele está presente em quantidade significativa durante a 
gestação, porque é o principal estrogênio produzido pela 
placenta. Uma preparação de estrogênios conjugados 
contendo ésteres de sulfato de estrona e equilina (obtidos da 
urina de éguas prenhas) é usada por via oral para os 
tratamentos de reposição hormonal. Estrogênios conjugados 
de origem vegetal também estão disponíveis. Estrogênios 
sintéticos, como o etinilestradiol, sofrem menos 
biotransformação de primeira passagem do que os esteroides 
naturais e, assim, são eficazes quando administrados por via 
oral em doses menores. 
MSRES- compostos não esteroidais que se ligam ao receptor 
de estrogênio e exercem um efeito estrogênico ou 
antiestrogênico nos tecidos-alvo são denominados 
moduladores seletivos do receptor de estrogênio (MSREs). 
Incluem-se o tamoxifeno e o raloxifeno, entre outros; 
• Os estrogênios são mais frequentemente usados para 
contracepção e tratamento hormonal (TH) pós-
menopausa. Os estrogênios já foram amplamente 
usados para prevenção da osteoporose, mas as 
normas atuais recomendam o uso de outros 
tratamentos, como o alendronato 
• A associação de estrogênio com progesterona 
oferece uma contracepção eficaz por via oral, 
transdérmica ou vaginal. 
• Náuseas e sensibilidade nas mamas são os efeitos 
adversos mais comuns do tratamento estrogênico. 
Além disso, o tratamento estrogênico aumenta o 
risco de eventos tromboembólicos, endometrial, 
infarto do miocárdio e câncer de mama. (Nota: o 
aumento do risco de câncer endometrial pode ser 
neutralizado incluindo um progestogênio no 
tratamento.) 
• Os MSREs são uma classe de compostos relacionados 
com estrogênio que têm agonismo ou antagonismo 
seletivo nos receptores estrogênicos, dependendo do 
tipo de tecido. Esta categoria inclui tamoxifeno, 
toremifeno, raloxifeno, 
• clomifeno e ospemifeno. 
• Mecanismo de ação- Tamoxifeno, toremifeno e 
raloxifeno competem com o estrogênio pela ligação 
ao receptor de estrogênio no tecido mamário; 
 
PROGESTOGÊNIOS 
A progesterona, o progestogênio natural, é produzida em 
resposta ao hormônioluteinizante (LH) tanto em mulheres 
(secretado pelo corpo lúteo, primariamente durante a 
segunda metade do ciclo menstrual, e pela placenta) 
como em homens (secretado pelos testículos). Ela 
também é sintetizada pela suprarrenal nos dois sexos. 
.Mecanismo de ação- Os progestogênios exercem seu 
mecanismo de ação de forma análoga à de outros 
hormônios esteroides. Nas mulheres, a progesterona 
promove o desenvolvimento de um endométrio secretor 
que pode acomodar a implantação do embrião em 
formação. Os elevados níveis de progesterona que são 
liberados durante a segunda metade do ciclo menstrual (a 
fase lútea) inibem a produção de gonadotropinas e, assim, 
evitam ovulações adicionais. Se ocorrer concepção, a 
progesterona continua sendo secretada, mantendo o 
endométrio em estado favorável para a continuação da 
gestação e reduzindo as contrações uterinas. Se a 
concepção não acontece, a progesterona liberada pelo 
corpo lúteo cessa abruptamente. Essa queda estimula o 
início da menstruação. 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
 
Os principais efeitos adversos associados ao uso das progestinas são cefaleia, depressão, aumento de massa corporal e 
alterações na libido. 
MECANISMO DE AÇÃO 
➔ O estrogênio executa a retroalimentação negativa na liberação do LH e do hormônio folículo-estimulante (FSH) pela hipófise, 
evitando, assim, a ovulação. A progestina espessa o muco cervical, dificultando o deslocamento dos espermatozoides. A 
retirada do progestogênio estimula o sangramento menstrual durante a semana com placebo. 
➔ Os efeitos adversos mais comuns dos estrogênios são ingurgitamento das mamas, retenção de líquidos, cefaleia e náuseas. 
Pode ocorrer aumento da pressão arterial. As progestinas estão associadas com depressão com os contraceptivos orais 
tromboembolismo, tromboflebite, infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico (AVE). Esses efeitos adversos graves 
são mais comuns em mulheres acima de 35 anos e fumantes. 
➔ A incidência de câncer pode aumentar com os anticoncepcionais porque as mulheres provavelmente diminuem o uso de 
métodos contraceptivos adicionais que diminuem a exposição ao vírus do papiloma humano (o principal fator de risco do 
câncer cervical). (Nota: os contraceptivos orais diminuem o risco de câncer cervical e ovariano.) Os contraceptivos orais são 
contraindicados na presença de doença tromboembólica e cerebrovascular, neoplasias estrogênio-dependentes, doença 
hepática e gestação. Os contraceptivos associados orais não devem ser usados m pacientes com mais de 35 anos de idade e 
que são fumantes. 
FARMACOLOGIA DOS ANTIPSICÓTICOS E EFEITOS COLATERAIS 
 
 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
Fonte: Farmacologia Básica e Clinica Katzung, Lange, 13 ed 
 
Fonte: Farmacologia ilustrada, 6 ed: 
• Os fármacos antipsicóticos (também denominados 
fármacos neurolépticos ou tranquilizantes maiores) 
são usados principalmente para tratar esquizofrenia, 
mas também são eficazes em outros estados 
psicóticos e estados de 
mania. 
 
• Os antipsicóticos são divididos em primeira e segunda 
gerações. A primeira geração é subdividida em 
potência baixa e potência alta. Essa classificação não 
indica a eficácia clínica dos fármacos, mas especifica 
a afinidade pelo receptor da dopamina D2 que, por 
sua vez, pode influenciar o perfil de efeitos adversos 
do fármaco. 
• Antipsicóticos de primeira geração (TÍPICOS) 
- São inibidores competitivos em vários receptores, 
mas seus efeitos antipsicóticos refletem o bloqueio 
competitivo dos receptores D2 da dopamina. Eles 
causam mais sintomas extrapiramidais, 
especialmente os fármacos que se ligam fortemente 
aos neurorreceptores de dopaimina, como o 
HALOPERIDOL (utilizado no caso) 
• Antipsicóticos de 2ª geração (ATÍPICOS) 
- Têm menor incidência de SEP, mas são associados a 
maior risco de efeitos adversos metabólicos como 
DM, hipercolesterolemia e aumento da massa 
corporal. Tem atividade singular ao bloqueio de 
receptores de serotonina e dopamina, assim 
conseguem melhor efeito nos sintomas negativos;De modo geral, temos dois mecanismos de ação 
prevalentes: 
1. Antagonismo da dopamina: Todos os antipsicóticos 
de primeira e a maioria dos de segunda geração 
bloqueiam os receptores D2 da dopamina no cérebro 
e na periferia. 
2. Atividade bloqueadora do receptor de serotonina: 
A maioria dos fármacos de segunda geração parece 
exercer parte da sua ação singular pela inibição de 
receptores de serotonina, em particular 5-HT2A. 
- A clozapina tem alta afinidade pelos receptores D1, 
D4, 5-HT2, muscarínicos e adrenérgicos α, mas 
também é um antagonista fraco no receptor D2. 
- A risperidona bloqueia os receptores 5-HT2A mais 
intensamente do que o receptor D2, assim como a 
olanzapina. O antipsicótico de segunda geração 
aripiprazol é um agonista parcial nos receptores D2 e 
5-HT1A, bem como é antagonista dos receptores 5-
HT2A. 
- A quetiapina bloqueia receptores D2 com mais 
potência do que os receptores 5-HT2A, mas é 
relativamente fraca no bloqueio de ambos. Seu baixo 
risco para SEP pode estar relacionado com a ligação 
relativamente breve ao receptor D2. 
 
AÇÕES 
Efeitos antipsicóticos: Todos os antipsicóticos podem 
diminuir as alucinações e ilusões associadas à 
esquizofrenia (conhecidas como sintomas 
“positivos”), bloqueando os receptores D2 no sistema 
mesolímbico do cérebro. Os sintomas “negativos”, 
como falta de afeto, apatia e falta da atenção, bem 
como déficit cognitivo, não respondem 
particularmente ao tratamento com os antipsicóticos 
de primeira geração. Vários fármacos de segunda 
geração, como a clozapina, aliviam os sintomas 
negativos em alguma extensão; 
Efeitos extrapiramidais: Distonias (contrações 
sustentadas dos músculos levantando posturas 
distorcidas) músculos levando a posturas 
distorcidas), sintomas tipo Parkinson, acatisia 
(intranquilidade motora) e discinesia tardia 
(movimentos involuntários geralmente de língua, 
lábios, pescoço, tronco e membros) podem ocorrer 
com o tratamento agudo e crônico. O bloqueio dos 
receptores de dopamina na via nigroestriatal 
provavelmente causa esses movimentos indesejados. 
Os antipsicóticos de segunda geração exibem menor 
incidência de SEP. 
Efeito antiemético: Com a exceção do aripiprazol, a 
maioria dos antipsicóticos tem efeito antiemético 
mediado pelo bloqueio dos receptores D2 da zona 
quimiorreceptora disparadora bulbar 
Efeitos anticolinérgicos: Alguns dos antipsicóticos, 
particularmente tioridazina, clorpromazina, 
clozapina e olanzapina, produzem efeitos 
anticolinérgicos, que incluem visão turva, boca seca 
(com exceção da clozapina, que aumenta a salivação), 
confusão e inibição dos músculos lisos dos tratos 
gastrintestinal (GI) e urinário, causando constipação 
e retenção de urina. Tais efeitos anticolinérgicos 
podem reduzir o risco de SEP desses fármacos. 
 Outros efeitos: O bloqueio dos receptores 
adrenérgicos α causa hipotensão ortostática e 
cefaleia leve. Os antipsicóticos também alteram os 
mecanismos de regulação da temperatura e podem 
produzir poiquilotermia (condição na qual a 
temperatura corporal varia com o ambiente). Na 
hipófise, os antipsicóticos bloqueiam os receptores 
D2, levando ao aumento da liberação de prolactina. 
Ocorre sedação com neurolépticos, que são potentes 
bloqueadores dosreceptores de histamina H1, 
incluindo clorpromazina, olanzapina, quetiapina e 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
clozapina. Também pode ocorrer disfunção sexual 
com os neurolépticos devido a suas características de 
ligação com vários receptores. 
 
Efeitos colaterais: 
Efeitos extrapiramidais: No estriado, os efeitos 
inibitórios dos neurônios dopaminérgicos 
normalmente são equilibrados pelas ações 
excitatórias dos neurônios colinérgicos. O bloqueio 
dos receptores de dopamina altera esse equilíbrio, 
causando um excesso relativo da influência 
colinérgica, que resulta em efeitos motores 
extrapiramidais. O aparecimento de distúrbios do 
movimento em geral depende do tempo e da 
dosagem, com as distonias ocorrendo dentro de 
poucas horas até dias do tratamento, seguidas de 
acatisias que ocorrem dentro de dias a semanas. Os 
sintomas tipo 
Parkinson de bradicinesia, rigidez e tremores 
costumam ocorrer dentro de semanas a meses do 
início do tratamento. A discinesia tardia, que pode ser 
irreversível, pode ocorrer após meses ou anos de 
tratamento. Se a atividade colinérgica também é 
bloqueada, estabelece-se um novo equilíbrio mais 
próximo do normal, e os efeitos extrapiramidais são 
minimizados. Isso pode ser obtido com a 
administração de um anticolinérgico, como a 
benzotropina. O dilema terapêutico é uma menor 
incidência de SEP em troca de efeitos adversos do 
bloqueio do receptor muscarínico. Os antipsicóticos 
que apresentam forte atividade anticolinérgica, como 
a tioridazina, mostram menos distúrbios 
extrapiramidais, pois a atividade colinérgica é 
fortemente deprimida. Isso contrasta com o 
haloperidol e a flufenazina, que têm pouca atividade 
anticolinérgica e produzem efeitos extrapiramidais 
mais frequentemente, devido ao bloqueio 
preferencial da transmissão dopaminérgica. 
 
Discinesia tardia: Os tratamentos de longa duração 
com os antipsicóticos podem causar essa disfunção 
motora. Os pacientes exibem movimentos 
involuntários, incluindo movimentos faciais e 
bilaterais da mandíbula e movimentos de “caça à 
mosca” com a língua. 
Síndrome do antipsicótico maligno: Essa reação 
potencialmente fatal aos antipsicóticos é 
caracterizada por rigidez muscular, febre, alteração 
do estado mental e estupor, pressão arterial instável 
e mioglobinemia. O tratamento consiste em 
interrupção do antipsicótico e medidas de apoio. A 
administração de dantroleno ou bromocriptina pode 
ser útil. 
 Outros efeitos: Ocorre sonolência devido à 
depressão do SNC e aos efeitos anti-histamínicos, em 
geral durante as primeiras semanas de tratamento. 
Às vezes, observa-se confusão. Os antipsicóticos com 
atividade antimuscarínica potente, com frequência, 
produzem xerostomia, retenção urinária, constipação 
e perda de acomodação. Outros podem bloquear os 
receptores adrenérgicos α, resultando em redução da 
pressão arterial e hipotensão ortostática. Os 
antipsicóticos deprimem o hipotálamo, afetando a 
termorregulação e causando amenorreia, 
galactorreia, ginecomastia, infertilidade e disfunção 
erétil. Aumento significativo da massa corporal com 
frequência é motivo para a não adesão ao 
tratamento. Deve-se controlar a glicemia e a 
lipidemia dos pacientes que tomam antipsicóticos de 
segunda geração, pois eles têm potencial de 
aumentar essas variáveis laboratoriais e podem 
agravar o diabetes melito ou a hiperlipidemia 
preexistente 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
 
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS – TRISSOMIA DO 
CROMOSSOMO 21 
Fonte: Genética Médica, Jordey 
ANEUPLOIDIA AUTOSSÔMICA 
As células que não contem um múltiplo de 23 cromossomos 
são denominadas aneuplóides. Essas células possuem 
cromossomos ausentes ou adicionais; 
As aneuploidias dos autossomos estão entre as mais 
importantes e consistem em monossomias (presença de uma 
cópia de um cromossomo em uma célula que deveria ser 
diploide) e trissomia (três cópias de um cromossomo) 
normalmente durante a meiose. 
A causa mais comum de ANEUPLOIDIA é a não disjunção, a 
falha de um par de cromossomos em se separar 
normalmente durante a meiose. 
A não disjunção pode ocorrer durante a meiose I ou a meiose 
II. 
O gameta resultante tem ausência do cromossomo ou possui 
2 cópias dele, produzindo um zigoto monossômico ou 
trissômico, respectivamente. 
TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 21 
• É a condição aneuploide mais comum compatível 
com a sobrevivência a termo 
• Produz a síndrome de Down 
• É CAUSADA PELA PRESENÇA DE UMA CÓPIA EXTRA 
DO CROMOSSO 21 
• Existe uma variação considerável na aparência dos 
indivíduos com essa síndrome, mas eles apresentam 
uma constelação de característicasque ajudam o 
médico a fazer o diagnóstico 
• Os traços faciais incluem: ponte nasal baixa, fissuras 
palpebrais obliquas para cima, orelhas pequenas e 
algumas vezes com dobrado peculiar e uma região 
malar e maxilar achatada, dando à face uma 
aparência característica 
• As bochechas são arredondadas e os cantos da boca 
voltados para baixo, o pescoço é curto com pele 
frouxa na nuca, especialmente em recém nascidos. 
• O occipúcio é achatado e as mãos e pés tendem a 
ser mais largos e curtos. 
• Cerca de 50% possuem prega simiesca- prega 
transversal profunda nas palmas em flexão 
• O tônus muscular diminuído (hipotonia) é uma 
característica consistente, que ajuda a fazer o 
diagnóstico 
• Vários problemas médicos significativos ocorrem 
com frequência aumentada em crianças com 
síndrome de Down, como obstrução do duodeno ou 
BCE CASO 01-UNIFTC 4P 
atresia (fechamento ou ausência) do esôfago, 
duodeno ou ânus 
• . Infecções respiratórias também são comuns, mas o 
problema médico mais frequente e significativo tem 
relação com defeitos estruturais no coração. O mais 
comum é um canal atrioventricular, defeito no qual 
os septos interatrial e interventricular não se 
fundem normalmente durante o desenvolvimento 
fetal. O resultado é o fluxo de sangue do lado 
esquerdo para o lado direito do coração e então 
para a vasculatura pulmonar, produzindo 
hipertensão pulmonar. Também são comuns 
defeitos no septo ventricular. 
• Retardo mental moderado é severo é visto na 
maioria dos indivíduos com a síndrome. 
• Perda de audição condutiva e algumas vezes neural, 
hipotiroidismo e várias anomalias nos olhos são as 
mais importantes e frequentes. 
• Defeitos cardíacos congênitos são a causa mais 
importante de diminuição de sobrevida. 
• Homens com síndrome de Down são quase sempre 
estéreis (foram relatados dois casos de reprodução); 
mas muitas mulheres com essa condição podem ter 
filhos, embora 40% NÃO OVULEM. 
• Uma mulher com síndrome de Down possui risco de 
50% de produzir um gameta com duas cópias do 
cromossomo 21 (que então iria produzir um zigoto 
trissômico), mas aproximadamente 75% das 
concepções são abortadas espontaneamente. 
• Cerca de 95% dos casos são causadas por não 
disjunção, com a maioria dos casos sendo causadas 
por TRANSLOCAÇÕES CROMOSSÔMICAS. 
• Segundo novos estudos, em cerca de 90 a 95% dos 
casos de trissomia do 21, o cromossomo extra é de 
origem materna. 
• A maior parte dessas não disjunções maternas 
ocorrem durante a meiose I; e uma parte pode 
ocorrer na meiose II. 
• O mosaicismo é visto em aproximadamente 2 a 4% 
dos indivíduos com a trissomia; esses indivíduos 
possuem algumas células somáticas normais e 
algumas com trissomia do 21; a causa mais comum é 
uma concepção trissômica seguida pela perda do 
cromossomo extra por algumas células durante a 
mitose no embrião. O mosaicismo frequentemente 
resulta em uma expressão clínica mais branda de 
uma anomalia cromossômica.

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