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BCE CASO 01-UNIFTC 4P CASO 1: TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 21 Objetivos 1) Conhecer os principais métodos contraceptivos (hormonais e não hormonais) e suas aplicações clínicas. 2) Descrever o ciclo menstrual normal. 3) Compreender a farmacologia da progesterona e estrogênio. 4) Compreender a farmacologia dos antipsicóticos e seus efeitos colaterais. 5) Explicar as alterações cromossômicas na Trissomia do cromossomo 21 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS E NÃO HORMONAIS Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico/Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica de Saúde da Mulher – 4a edição – Brasília: Ministério da Saúde, 2002 De acordo com MINISTÉRIO DA SAÚDE, na decisão a respeito do método anticoncepcional que será utilizado, alguns aspectos devem ser levados em consideração; entre eles: - A escolha da mulher, do homem ou do casal; - As características dos métodos: eficácia, efeitos secundários, aceitabilidade, disponibilidade, facilidade de uso, reversibilidade e proteção à DST e infecção pelo HIV - E os fatores individuais e situacionais relacionados aos usuários do método. Os principais métodos contraceptivos incluem os comportamentais, os de barreira, o DIU (dispositivo intrauterino) , os hormonais (ORAIS, INJETÁVEIS E IMPLANTES) E OS DEFINITIVOS OU CIRÚRGICOS. São consideradas, seguindo critérios de elegibilidade clínica propostos pela OMS, 4 categorias que estabelecem a conveniência ou a restrição de um método Categoria 1: O método pode ser usado sem restrição. Categoria 2: O método pode ser usado com restrições. As condições listadas na categoria 2 significam que o método em questão pode ser utilizado com alguma precaução. São situações nas quais as vantagens de usar o método geralmente superam os riscos. As condições da categoria 2 fazem com que o método não seja a primeira escolha e, se usado, deve ser acompanhado mais de perto. Categoria 3: Os riscos decorrentes do seu uso, em geral superam os benefícios do uso do método. Quando há uma condição da categoria 3 para um método, este deve ser o método de última escolha e, caso seja escolhido, é necessário um acompanhamento rigoroso da/o usuária/o. Categoria 4: O método não deve ser usado, pois apresenta um risco inaceitável. -Nas situações em que a usuária apresenta mais do que uma condição da categoria 3, o método não deve ser usado. - Quando a/o usuária/o apresenta, para o método escolhido, mais de uma condição da categoria 2, em geral o método deve ser considerado de última escolha, de uso excepcional e sob controle rigoroso 1) MÉTODOS COMPORTAMENTAIS Os métodos comportamentais de planejamento familiar são técnicas para obter ou evitar a gravidez mediante a auto-observação de sinais e sintomas que ocorrem no organismo feminino ao longo do ciclo menstrual. Baseando-se na identificação do período fértil da mulher, o casal pode concentrar as relações sexuais nesta fase, caso deseje obter uma gravidez, ou abster-se de ter relações sexuais, caso deseje espaçar ou evitar a gravidez. Para utilizá-lo, médico e paciente devem ter pleno conhecimento do ciclo menstrual e a sua eficácia está intimamente relacionada a esse aspecto. De modo geral, apresenta baixa eficácia já que caso ocorra variação do ciclo menstrual ou o acompanhamento não ocorra de forma correta, a paciente possa vir a engravidar; além disso, esses métodos não oferecem proteção em relação à transmissão de doenças não transmissíveis, A) MÉTODO OGINO- KNAUS (RITMO, CALENDÁRIO, TABELINHA) Este método baseia-se no fato de que a duração da segunda fase do ciclo menstrual (pós- ovulatório) é relativamente constante, com a ovulação ocorrendo entre 11 a 16 dias antes do início da próxima menstruação. O cálculo do período fértil da mulher é feito mediante a análise de seu padrão menstrual prévio, durante 6 (seis) a 12 (doze) meses. A mulher que quiser usar este método deve ser orientada para registrar, durante pelo menos 6 meses, o primeiro dia de cada menstruação. Deve: BCE CASO 01-UNIFTC 4P a) Verificar a duração (número de dias) de cada ciclo, contando desde o primeiro dia da menstruação (primeiro dia do ciclo) até o dia que antecede a menstruação seguinte (último dia do ciclo). b) Verificar o ciclo mais curto e o mais longo (no exemplo, 25 e 34 dias, respectivamente). c) Calcular a diferença entre eles (neste exemplo, 9 dias). Se a diferença entre o ciclo mais longo e o mais curto for de 10 dias ou mais, a mulher não deve usar este método. d) Determinar a duração do período fértil da seguinte maneira: Subtraindo-se 18 (dezoito) do ciclo mais curto, obtém-se o dia do início do período fértil. ¾Subtraindo-se 11 (onze) do ciclo mais longo, obtém- se o dia do fim do período fértil. e) Para evitar a gravidez orientar a mulher e/ou casal para abster-se de relações sexuais com contato genital durante o período fértil Benefícios: ausência de efeitos sistêmicos, conhecimento da fisiologia reprodutiva; B) MÉTODO DA TEMPERATURA BASAL CORPORAL Este método fundamenta-se nas alterações da temperatura basal que ocorrem na mulher ao longo do ciclo menstrual. A temperatura basal corporal é a temperatura do corpo em repouso. Antes da ovulação, a temperatura basal corporal permanece num determinado nível baixo; após a ovulação, ela se eleva ligeiramente (alguns décimos de grau centígrado), permanecendo nesse novo nível até a próxima menstruação. Este aumento de temperatura é resultado da elevação dos níveis de progesterona, que tem um efeito termogênico. O método permite, portanto, por meio da mensuração diária da temperatura basal, a determinação da fase infértil pós-ovulatória. Para evitar a gravidez o casal deve abster-se das relações sexuais com contato genital durante toda a primeira fase do ciclo (pré-ovultatório) e até a manhã do dia em que se verificar a quarta temperatura alta acima da linha base, principalmente durante os primeiros meses de uso do método. Os benefícios são os mesmos (ausência de efeitos sistêmicos e conhecimento da fisiologia reprodutiva) c) MÉTODO DO MUCO CERVICAL OU BILLINGS: Este método baseia-se na identificação do período fértil por meio da auto-observação das características do muco cervical e da sensação por ele provocada na vulva. O muco cervical é uma secreção produzida no colo do útero pelo epitélio glandular das criptas cervicais, que por ação hormonal apresenta transformações características ao longo do ciclo menstrual, possibilitando dessa maneira a identificação do processo ovulatório. O muco cervical, no início do ciclo, é espesso, grumoso, dificultando a ascensão dos espermatozóides pelo canal cervical. O muco cervical, sob ação estrogênica, produz, na vulva, uma sensação de umidade e lubrificação, indicando o tempo da fertilidade, momento em que os espermatozóides têm maior facilidade de penetração no colo uterino. Nessa fase, o muco é transparente, elástico, escorregadio e fluido, semelhante à clara de ovo. Fase pré- ovulatória- Ao término da menstruação, pode começar uma fase seca ou com secreção igual e contínua na aparência e na sensação que dura, em geral, dois, três, ou mais dias. O casal pode ter relações sexuais nos dias da fase seca, em noites alternadas (para que o sêmen não prejudique a observação do muco cervical). Fase pós ovulatória- O muco que inicialmente é esbranquiçado, turvo e pegajoso, vai se tornando a cada dia mais elástico e lubrificante, semelhante à clara de ovo, podendo-se puxá-lo em fio – este é o período favorável para a penetração dos espermatozóides no canal cervical. Havendo fluxo mucoso, e/ou sensação de lubrificação, o casal deve abster-se de relações sexuais, quando não deseja agravidez. O último dia de sensação vulvar de umidade lubrificante chama-se Ápice. O dia ápice indica que a ovulação já ocorre, está ocorrendo ou vai ocorrer até aproximadamente em 48h. Fase pós ovulatória- Na 4ª noite após o dia Ápice a mulher entra no período de infertilidade, que dura mais ou menos duas semanas. Nesse período, o casal pode ter relações sexuais pois os indicadores do período fértil (muco e ovulação) já ocorreram. OBS: É NECESSÁRIO prender a distinguir o muco cervical das leucorréias e do fluido seminal (a principal característica do fluxo mucoso é a lubrificação D- MÉTODO SINTO-TÉRMICO- Este método baseia-se na combinação de múltiplos indicadores da ovulação, com a finalidade de determinar o período fértil com maior precisão e confiabilidade. Fundamentalmente, ele combina a observação dos sinais e sintomas relacionados à temperatura basal corporal e ao muco-cervical, associada ainda a parâmetros subjetivos (físicos e ou psicológicos) indicadores de possível ovulação. Os parâmetros subjetivos BCE CASO 01-UNIFTC 4P relacionados com a ovulação podem ser, entre outros: : Dor abdominal, sensação de peso nas mamas, mamas inchadas ou doloridas. Variações de humor e/ou da libido. Outros sintomas e sinais (enxaqueca, náuseas, acne, aumento de apetite, ganho de peso, sensação de distensão abdominal, sangramento inter-menstrual entre outros). E- MÉTODO DO COLAR- Utiliza-se um colar de contas para identificar os dias férteis e inférteis de cada ciclo. O colar começa com uma conta de cor vermelha, que sinaliza o primeiro dia da menstruação. Segue-se por 7 contas de cor marrom, que indicam o período infértil do inicio do ciclo. As contas de 9 a 19 são de cor branca, para sinalizar o período fértil. A partir da 20ª até a 30ª, as contas são novamente de cor marrom, indicando o período infértil da segunda metade do ciclo menstrual. Após a 30ª conta chega-se novamente à conta vermelha, que indica o primeiro dia da menstruação OUTROS MÉTODOS COMPORTAMENTAIS- Práticas sexuais que podem ser consideradas como métodos comportamentais, já que reduzem o risco de uma gravide indesejada; são eles: relação sexual sem penetração e interrompida antes da ejaculação (coito interrompido; podem ser usadas em situação de emergência, mas não são recomendadas como método único; no caso do coito interrompido é necessário um autocontrole do homem e isso traz alta possibilidade de falha, portanto deve ser o último recurso. De modo geral, não existem condições clínicas que restrinjam o uso dos métodos comportamentais. Entretanto, existem condições ou obstáculos que podem afetar a função ovariana ou a regularidade dos ciclos menstruais e/ou alterar os sinais e sintomas de fertilidade, que dificultam a aprendizagem ou o uso desses métodos. 2. MÉTODOS DE BARREIRA São métodos que colocam obstáculos mecânicos ou químicos à penetração dos espermatozóides no canal cervical. Os métodos de barreira disponíveis em nosso meio são: preservativos (condons ou camisinhas), masculinos e femininos; diafragma; e os espermaticidas químicos. A) PRESERVATIVO MASCULINO- Consiste em um envoltório de látex que recobre o pênis durante o ato sexual e retém o esperma por ocasião da ejaculação impedindo o contato com a vagina, assim como impede que os microorganismos da vagina entrem em contato com o pênis ou vice-versa. É um método que, além de evitar a gravidez, reduz o risco de transmissão do HIV e de outros agentes sexualmente transmissíveis. A taxa de falha deste método, no primeiro ano de uso, varia de 3%, quando usados, corretamente em todas as relações sexuais, a 14%, quando avaliado o uso habitual. Sua segurança depende de armazenamento adequado, da técnica de uso e da utilização em todas as relações sexuais. - O uso regular do preservativo pode levar ao aperfeiçoamento na técnica de utilização, reduzindo a freqüência de ruptura e escape e, conseqüentemente, aumentando sua eficácia. - Efeitos secundários: alergia ao látex, irritação vaginal devido à fricção - Benefícios não contraceptivos: Ausência de efeitos sistêmicos. Redução do risco de transmissão do HIV e de outros agentes sexualmente transmissíveis (DST). Redução da incidência das complicações causadas pelas DSTs. Possivelmente auxiliar na prevenção do câncer de colo uterino. B) PRESERVATIVO FEMININO- O preservativo feminino é um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta, acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano. Forma uma barreira física entre o pênis e a vagina, servindo de receptáculo ao esperma, impedindo seu contato com a vagina, assim como impede que os microorganismos da vagina entrem em contato com o pênis ou vice-versa. • EFEITOS SECUNDÁRIOS- Alergia ao poliuretano ou ao lubrificante (efeito muito raro). • BENEFÍCIO NÃO-CONTRACEPTIVO- Ausência de efeitos sistêmicos. Redução do risco de transmissão do HIV e de outros agentes sexualmente transmissíveis. Possivelmente auxiliar na prevenção do câncer de colo uterino. c) DIAFRAGMA- É um método anticoncepcional de uso feminino que consiste num anel flexível, coberto no centro com uma delgada membrana de látex ou silicone em forma de cúpula que se coloca na vagina cobrindo completamente o colo uterino e a parte superior da vagina, impedindo a penetração dos espermatozóides no útero e trompas. Para maior eficácia do método, antes da introdução, colocar, na parte côncava, creme espermaticida. Entretanto, essa associação limita-se às mulheres com baixo risco para o HIV e outras DST. OBSERVAÇÃO: O uso freqüente de espermaticida causa irritação, fissuras e microfissuras na mucosa vaginal e cervical (efeito dose-tempo dependente), aumentando o risco de infecção pelo HIV e outras DST. A detecção de DST é motivo para suspender o uso do método. O retorno ao uso, ficará condicionado a cura da infecção e reavaliação de risco de nova DST e infecção pelo HIV. BCE CASO 01-UNIFTC 4P Efeitos secundários- irritação da vagina ou pênis, reação alérgica à borracha ou espermicida, aumento da frequência de ITU. Benefícios não contraceptivos: ausência de efeitos sistêmicos, prevenir algumas DSTs e complicações, possivelmente auxiliar na prevenção de câncer de colo uterino. . D- GELEIA ESPERMICIDA- São substâncias químicas que recobrem a vagina e o colo do útero, impedindo a penetração dos espermatozóides no canal cervical e, bioquimicamente, imobilizando ou destruindo os espermatozóides. O produto espermaticida a base de nonoxinol-9 (N-9) a 2% é o mais amplamente utilizado no Brasil e no mundo. Entretanto, o uso de alguns métodos contraceptivos contendo N-9 podem aumentar o risco de transmissão sexual do HIV e outras DST. A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta, então, que as mulheres que estejam sob risco acrescido para a infecção pelo HIV/DST, especialmente as que tem muitas relações sexuais diárias; não devem usar métodos contraceptivos que contenham o N-9. Entre mulheres com baixo risco de infecção pelo HIV, o uso de produtos à base de N-9 permanece sendo indicado como um dos métodos contraceptivos EFEITOS SECUNDÁRIOS- lrritação ou alergia na vagina ou pênis. Fissuras e microfissuras na mucosa vaginal ou retal (efeito dose-tempo dependente) 3- ANTICONCEPÇÃO HORMONAL ORAL Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas anticoncepcionais são esteróides utilizados isoladamente ou em associação com a finalidade básica de impedir a concepção. As pílulas se classificam em combinadas (estrogênio associado a progestogênio) e apenas com progestogênio ou minipílulas; As combinadas dividem-se ainda em monofásicas, bifásicas e trifásicas. Nas monofásicas, a dose dos esteróides é constante nos 21 ou 22 comprimidos da cartela. As bifásicas contêm dois contêm três tipos decomprimidos com os mesmos hormônios em proporções diferentes. a) ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS COMBINADOS- São componentes que contêm dois hormônios sintéticos, o estrogênio e o progestogênio, semelhantes aos produzidos pelo ovário da mulher. As pílulas combinadas atuam basicamente por meio da inibição da ovulação, além de provocar alterações nas características físico- químicas do endométrio e do muco cervical. São métodos muito eficazes quando usados correta e consistentemente. OBS: No primeiro mês de uso, ingerir o 1° comprimido no 1° dia do ciclo menstrual ou, no máximo, até o 5° dia. b) A seguir, a usuária deve ingerir um comprimido por dia até o término da cartela, preferencialmente no mesmo horário. É importante orientar a usuária para verificar a cartela todas as manhãs no sentido de certificar-se do seu uso no dia anterior. 65 c) Ao final da cartela (21 dias), fazer pausa de 7 dias e iniciar nova cartela, independentemente, do dia de início do fluxo menstrual. Se a cartela tem 22 pílulas, descansar só 6 dias. Alguns tipos já possuem 7 dias de placebo, quando deve ocorrer o sangramento, não sendo necessário haver interrupção. d) Caso não ocorra a menstruação no intervalo entre as cartelas, a usuária deve iniciar uma nova cartela e procurar o serviço de saúde para descartar a hipótese de gravidez. e) Em caso de esquecimento de uso da pílula, a usuária deve ser orientada da seguinte forma: ¾No caso de esquecimento de uso de uma pílula, a mesma deve ser ingerida imediatamente e a pílula regular no horário habitual ou ainda a ingestão das duas pílulas no mesmo horário. Interações medicamentosas: Os antiretrovirais (ARV) Efavirenz e Nevirapina (não-nucleosídeos) e os Nelfinavir e Ritonavir (inibidores da protease), disponíveis para o controle da infecção pelo HIV, interagem diminuindo os níveis séricos dos hormônios estrogênicos e, portanto, sua eficácia contraceptiva. O uso adicional do preservativo masculino ou feminino deve ser considerado (dupla proteção). Algumas interações podem ocorrer no sentido inverso, isto é, os esteróides alteram a eficácia de outros medicamentos (anticonvulsivantes, ANTIBIÓTICOS como Rifampicina e fungicidas como griseofulvina) Efeitos secundários: alterações de humor, náuseas, vômitos, mal estar gástrico, cefaleia, tomteira, mastalgia, sangramento intermenstrual, cloasma Complicações: AVE, infarto do miocárdio, trombose venosa profunda, maior frequência de complicações em fumantes de qualquer idade. Benefícios não contraceptivos: Redução da doença inflamatória pélvica (DIP). Redução da freqüência de cistos funcionais de ovário. Redução da incidência do adenocarcinoma de ovário. Redução da freqüência do adenocarcinoma de endométrio. Redução da doença benigna da mama. ¾Redução da dismenorréia e dos ciclos hipermenorrágicos. Redução da anemia. - Câncer de ovário ou de endométrio – O uso da pílula reduz o risco para câncer de ovário ou de endométrio. Enquanto BCE CASO 01-UNIFTC 4P aguarda tratamento, a mulher com alguma dessas condições pode continuar usando a pílula. B- ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORFAIS APENAS DE PROGESTOGÊNIO- São comprimidos que contêm uma dose muito baixa de progestogênio, que promove o espessamento do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozóides, e inibe a ovulação em aproximadamente metade dos ciclos menstruais. Interação medicamentosa: Pode haver infecção com rifampicina, griseofulvina e antinconvulsivante (fenitoína, carbamazepina, barbituratos, primidona), que são medicamentos indutores de enzimas hepáticas e reduzem a eficácia da minipílula. Não há interação clínica significativa demonstrada até o momento com os antiretrovirais (ARV) disponíveis para o controle de infecção pelo HIV. Efeitos secundários- alterações no fluxo menstrual, cefaleia, sensibilidade mamária Benefício não contraceptivo- Prevenção das doenças benignas de mama; câncer de endométrio ou de ovário; e doença inflamatória pélvica 4- ANTICONCEPÇÃO HORMONAL INJETÁVEL- São anticoncepcionais hormonais que contêm progestogênio ou associação de estrogênios e progestogênios, para administração parenteral (I.M), com doses hormonais de longa duração. Tipos Com progestogênio isolado- Consiste na administração de progestogênio isolado, via parenteral (I.M), com obtenção de efeito anticonceptivo por períodos de 3 meses Combinado- Os anticoncepcionais injetáveis combinados contêm uma associação de estrogênio e progestogênio, para uso parenteral (I.M), mensal. A- Com progestogênio isolado- O anticoncepcional hormonal injetável, aprovado para uso no Brasil, é um derivado da 17 alfahidroxiprogesterona, preparado em suspensão microcristalina, para administração intramuscular profunda. Além de inibirem a ovulação, aumentam a viscosidade do muco cervical dificultando a passagem dos espermatozóides A droga é apresentada sob forma de ampola com 150 mg de acetato de medroxiprogesterona em 1 ml. Deve ser aplicada nos primeiros cinco a sete dias do ciclo menstrual, na região glútea ou no braço (profundamente), para permitir a formação do depósito. Não se deve massagear o local após a injeção. Deve-se repetir a injeção a cada intervalo definido, podendo ser feita até, no máximo, quinze dias após a data estipulada, para não aumentar o risco de falha. Efeitos secundários: amenorreia, sangramento irregular, aumento de peso, cefaleia, alterações de humor, nervosismo Pode reduzir o risco para: DIP, câncer de endométrio, anemia falciforme, câncer de ovário, cisto de ovário B- COMBINADOS- As diferentes formulações dos anticoncepcionais hormonais injetáveis combinados contêm um éster de estrogênio natural, o estradiol, e um progestogênio sintético. Inibem a ovulação e tornam o muco cervical espesso, impedindo a passagem dos espermatozóides.. Não há demora para recuperação da fertilidade. Obs: A primeira opção deve recair sobre os injetáveis mensais que contenham 5 mg de estrogênio. b) A primeira injeção deve ser feita até o 5º dia do início da menstruação. As aplicações subseqüentes devem ocorrer a cada 30 dias, mais ou menos 3 dias, independentemente da menstruação. Deve-se aplicar por via intramuscular profunda, abstendo-se de massagem ou calor local para evitar difusão do material injetado. Efeitos secundários: Alterações menstruais. Cefaléia. Náuseas e/ou vômitos. Mastalgia. Aumento de peso. Interação medicamentosa: Os antiretrovirais (ARV) não- nucleosídeos (Efavirenz e Nevirapina) e os inibidores de protease (Nelfinavir e Ritonavir), disponíveis para o controle da infecção pelo HIV, interagem diminuindo os níveis séricos dos hormônios estrogênicos, reduzindo sua eficácia contraceptiva. O uso adicional do preservativo masculino ou feminino deve ser considerado (dupla proteção). 5- DIU Os dispositivos intra-uterinos são artefatos de polietileno aos quais podem ser adicionados cobre ou hormônios que, inseridos na cavidade uterina, exercem sua função contraceptiva. Atuam impedindo a fecundação porque tornam mais difícil a passagem do espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino, reduzindo a possibilidade de fertilização do óvulo. Para a Organização Mundial da Saúde, o DIU interfere nas diferentes etapas do processo reprodutivo que ocorrem previamente à fertilização. O DIU com levonorgestrel causa supressão dos receptores de estradiol no endométrio, atrofia endometrial e inibição da passagem do espermatozóide através da cavidade uterina. BCE CASO 01-UNIFTC 4P O índice de gestações, expulsão e remoção por motivos médicos diminui a cada ano de uso. As concentrações de cobre e de levonorgestrel no trato genital superior caem rapidamente após a remoção do DIU e a recuperação da fertilidade é imediata TIPOS E MODELOS x DIU com Cobre: é feito de polietileno e revestidocom filamentos e/ou anéis de cobre. Atualmente os modelos TCu- 380 A e MLCu-375 são os mais usados. x DIU que libera hormônio: é feito de polietileno e libera, continuamente, pequenas quantidades de levonorgestrel. DIU inerte ou não medicado: é feito de polietileno. A "alga de Lippes", por exemplo, é toda de plástico. Esse modelo de DIU não se usa na atualidade; entretanto, mulheres que já são usuárias podem continuar usando até 6 meses após a menopausa, quando deverá ser removido O DIU pode ser inserido a qualquer momento durante o ciclo menstrual, desde que haja certeza de que a mulher não esteja grávida, que ela não tenha mal formação uterina e não existam sinais de infecção. O DIU deve ser inserido, preferencialmente, durante a menstruação devido à: -Se o sangramento é menstrual, a possibilidade de gravidez fica descartada. – A inserção é mais fácil pela dilatação do canal cervical. Qualquer sangramento causado pela inserção não incomodará tanto a mulher. A inserção pode causar menos dor. Alterações no ciclo menstrual (comum nos primeiros três meses, geralmente diminuindo depois deste período). ¾Sangramento menstrual prolongado e volumoso. Sangramento e manchas (spoting) no intervalo entre menstruações. Cólicas de maior intensidade ou dor durante a menstruação. Outros efeitos secundários (menos de 5%) são: Cólicas intensas ou dor até cinco dias após a inserção, dor e sangramento ou manchas podem ocorrer imediatamente após a inserção do DIU, mas usualmente desaparecem em um ou dois dias. Com relação ao DIU com levonorgestrel podem surgir os seguintes efeitos secundários: sangramento irregular ou spoting nos primeiros cinco meses. ¾Cefaléia, náuseas, depressão. Queixas menos comuns: acne, mastalgia, ganho de peso. Amenorréia. 6- ESTERILIZAÇÃO- A esterilização é um método contraceptivo cirúrgico, definitivo, que pode ser realizado na mulher por meio da ligadura das trompas (laqueadura ou ligadura tubária) e no homem, através da ligadura dos canais deferentes (vasectomia). Consiste, no homem, em impedir a presença dos espermatozóides no ejaculado, por meio da obstrução dos canais deferentes. Na mulher, em evitar a fecundação mediante impedimento de encontro dos gametas, devido à obstrução das trompas. CICLO MENSTRUAL NORMAL Fonte: Princípios de anatomia e fisiologia, Tortora, 12 ed O termo geral ciclo reprodutivo feminino abrange os ciclos ovariano e uterino, as alterações hormonais que regulam esses ciclos e as alterações cíclicas relacionadas nas mamas e no colo do útero. • O hormônio de liberação da gonadotropina (GnRH), secretado pelo hipotálamo, controla os processos do ciclo reprodutivo feminino. • GnRH estimula a liberação de hormônio foliculoestimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) pela adeno-hipófise. • Por sua vez, o FSH inicia o crescimento folicular e a secreção de estro- gênios pelo folículo ovariano em crescimento. • O LH estimula o desenvolvimento complementar dos folículos e a secreção plena de estrogênios por eles. • No meio do ciclo, o LH estimula a ovulação e, depois, promove a formação do corpo lúteo (daí o nome hormônio luteinizante). • Estimulado pelo LH, o corpo lúteo produz e secreta estrogênios, progesterona, relaxina e inibina. A duração típica do ciclo reprodutivo feminino é de 24 a 35 dias; em geral adota-se 28 d. Podemos dividir o ciclo em 4 fases: menstrual, pré ovulatória, ovulação e fase pós ovulatória FASE MENSTRUAL| MENSTRUAÇÃO- dura aproximadamente os 5 primeiros dias do ciclo e o primeiro dia de sangramento vaginal é o considerado o primeiro dia do ciclo menstrual e possui eventos nos ovários e no útero. EVENTOS NOS OVÁRIOS • Sob a influência do FSH, vários folículos primordiais transformam-se em folículos primários e, depois, em folículos secundários • O líquido folicular, secretado pelas células granulares e filtrado do sangue nos capilares da teca folicular, acumula-se no antro em expansão (espaço que se BCE CASO 01-UNIFTC 4P forma no folículo) enquanto o oócito permanece próximo da margem do folículo EVENTOS NO ÚTERO O fluxo menstrual uterino é constituído por 50 a 150 mí de sangue, líquido tecidual, muco e células epiteliais desprendidas do endométrio. Essa secreção ocorre porque a queda do nível de progesterona e estrogênios ovarianos estimula a liberação de prostaglandinas que causa a constrição das arteríolas espirais uterinas. Desse modo, há privação de oxigênio nas células irrigadas por elas, que começam a morrer. Por fim, há desprendimento de toda a camada funcional. Nesse período, o endométrio fica muito fino, cerca de 2 a 5 mm, porque só resta a camada basal. O fluxo menstrual passa da cavidade do útero, através do colo do útero e da vagina, para o exterior. FASE PRÉ OVULATÓRIA A fase pré-ovulatória é o período entre o fim da menstruação e a ovulação. Essa fase tem duração mais variável que asoutras e é responsável pela maioria das diferenças quando os ciclos são mais curtos ou mais longos que 28 dias. Dura do 6Q ao 13a dia em um ciclo de 28 dias. Eventos nos ovários Alguns dos folículos secundários nos ovários começam a se- cretar estrogênios e inibina. Por volta do sexto dia, um folículo secundário em um dos ovários amadurece antes dos outros e torna-se o folículo dominante. Os estrogênios e a inibina secretados pelo folículo dominante reduzem a secreção de FSH, o que causa a interrupção do crescimento e a atresia dos outros folículos menos desenvolvidos. Os gêmeos ou trigêmeos fraternos (não idênticos) são gerados quando há codominância de dois ou três folículos secundários, com posterior ovulação e fertilização quase simultâneas. Normalmente, o folículo secundário dominante torna-se o folículo maduro (de Graaf), que continua a aumentar até alcançar mais de 20 mm de diâmetro e estar pronto para a ovulação (figura 26.13a). Esse folículo produz uma saliência vesicular, em razão do aumento do volume do antro, na superfície do ovário. Durante o processo final de maturação, a produção de estrogênios pelo folículo primário continua a aumentar. Em relação ao ciclo ovariano, as fases menstrual e pré-ovulatória são chamadas de fase folicular porque há crescimento e desenvolvimento dos folículos ovaria- nos Eventos no Útero Os estrogênios liberados no sangue pelos folículos ovaria- nos em crescimento estimulam o reparo do endométrio; as células da camada basal dividem-se por mitose e produzem uma nova camada funcional. A medida que ocorre espessamento do endométrio, desenvolvem-se glândulas endometriais curtas e retas, e as arteríolas espiralam-se e alongam-se ao penetrarem na camada funcional. A espessura do endométrio quase duplica, alcançando cerca de 4 a 10 mm. A fase pré-ovulatória também é denominada fase proliferativa do ciclo uterino porque há proliferação do endométrio. OVULAÇÃO A ovulação, a ruptura do folículo maduro (de Graaf) junto com o epitélio germinativo sobrejacente do ovário e a liberação do oócito secundário na cavidade peritoneal, geralmente ocorre no 14Q dia em um ciclo de 28 dias. Durante a ovulação, o oócito secundário continua circundado pela zona pelúcida e coroa radiada. A transformação de um folículo secundário em um folículo totalmente maduro costuma levar cerca de 20 dias (abrangendo os últimos 6 dias do ciclo anterior e os primeiros 14 dias do ciclo em curso). Durante esse período, o oócito primário completa a meiose I e se torna um oócito secundário; o oócito secundário inicia a meiose II, que é interrompida na metáfase até a fertilização. De tempos em tempos, há perda de um oócito na cavidade pélvica, onde ele se desintegra. A pequena quantidade de sangue liberada pela ruptura do folículo, que às vezes cai na cavidade peritoneal, pode causar dor, conhecida como mittelschmerz, no período da ovulação.FASE PÓS OVULATÓRIA A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo feminino é o período entre a ovulação e o início da próxima menstruação. E a parte com duração mais constante do ciclo reprodutivo feminino. Dura 14 dias em um ciclo de 28 dias, do 15Q ao 28e dia. Muitos fatores perturbam o ciclo reprodutivo feminino, entre eles emagrecimento, baixo peso corporal, transtornos alimentares e atividade física extenuante. A observação de que três distúrbios - transtorno alimentar, amenorreia e osteoporose - costumam ocorrer juntos em mulheres atletas levou os pesquisadores a cunhar o termo tríade da mulher atleta. EVENTOS NOS OVÁRIOS Depois da ovulação, há colapso do folículo maduro e ruptura da membrana basal entre as células granulares e a teca interna. Após o surgimento de um coágulo sanguíneo a partir do pequeno sangramento do folículo que se rompeu, o folículo transforma-se no corpo hemorrágico. As células da teca interna misturam-se com as células granulares e todas são transformadas em células do corpo lúteo sob a influência do LH. Estimulado pelo LH, o corpo lúteo secreta progesterona, BCE CASO 01-UNIFTC 4P estrogênios, relaxina e inibina. As células lúteas também absorvem o coágulo sanguíneo. Em vista dessa atividade, a fase pós-ovulatória também é denominada fase lútea do ciclo ovariano. Os acontecimentos posteriores em um ovário que liberou um oócito dependem da fertilização do oócito. Se não houver fertilização, o corpo lúteo dura apenas 2 semanas. Ao fim desse período, há diminuição da atividade secretora e degeneração em corpo albicante. A medida que caem os níveis de progesterona, estrogênios e inibina, aumenta a liberação de GnRH, FSH e LH em razão da supressão do feedback negativo pelos hormônios ovaria- nos. O crescimento folicular recomeça e inicia-se um novo ciclo ovariano. Se o oócito secundário for fertilizado e começar a se dividir, o corpo lúteo persiste além do período normal de 2 semanas. Ele é “resgatado” da degeneração pela gonadotrofina coriônica humana (hCG). O córion do embrião começa a produzir esse hormônio a partir de cerca de 8 dias após a fertilização. Como o LH, a hCG estimula a atividade secretora do corpo lúteo. A presença de hCG no sangue ou na urina materna é um indicador de gravidez, e esse é o hormônio detectado pelos testes de gravidez de uso domiciliar. Eventos no Útero A progesterona e os estrogênios produzidos pelo corpo lúteo promovem o crescimento e o espiralamento das glândulas endometriais, a vascularização do endométrio superficial e o espessamento do endométrio até 12 a 18 mm. Em vista da atividade secretora das glândulas endometriais, que começam a secretar glicogênio, esse período é denominado fase secretora do ciclo uterino. Essas alterações alcançam o auge cerca de 1 semana depois da ovulação, no momento em que um óvulo fertilizado poderia chegar ao útero. Se não houver fertilização, os níveis de progesterona e es- trogênio caem em razão da degeneração do corpo lúteo. A diminuição dos níveis de progesterona e estrogênios causa a menstruação; ____________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________ Variações hormonais (Tratado de Ginecologia) 1. Ao começo de cada ciclo menstrual mensal, os níveis de esteroides gonadais são baixos e vêm diminuindo desde o final da fase lútea do ciclo anterior 2. Com a involução do corpo lúteo, os níveis de FSH começam a se elevar, e uma coorte folicular em crescimento é recrutada. Cada um desses folículos secreta níveis crescentes de estrogênio enquanto se desenvolve na fase folicular. O aumento de estrogênio, por sua vez, é o estímulo para a proliferação endometrial 3. A elevação dos níveis de estrogênio provém de uma retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH hipofisário, que começa a declinar próximo à metade da fase folicular. Além disso, os folículos em crescimento produzem inibina-B, que suprime a secreção de FSH pela hipófise. De maneira oposta, o LH inicialmente diminui em resposta a níveis de estradiol elevados, mas, em um momento mais tardio na fase folicular, o nível de LH é dramaticamente aumentado (resposta bifásica) 4. Ao final da fase folicular (pouco antes da ovulação), receptores de LH/FSH-induzidos estão presentes na superfície de células da granulosa e, com a estimulação do LH, modulam a secreção de progesterona 5. Após um grau suficiente de estimulação estrogênica, o aumento repentino de LH hipofisário é disparado, o que desencadeará a ovulação, que ocorre de 24 a 36 h mais tarde. A ovulação anuncia a transição para a fase lútea – secretora 6. O nível de estrogênio é reduzido durante a fase lútea inicial, pouco antes da ovulação até o meio da fase lútea, quando começa a se elevar outra vez como resultado da secreção do corpo lúteo. De modo semelhante, a inibina-A é secretada pelo corpo lúteo BCE CASO 01-UNIFTC 4P 7. Os níveis de progesterona se elevam após a ovulação e podem ser usados como um sinal presumido de que a ovulação ocorreu 8. A progesterona, o estrogênio e a inibina-A agem centralmente para suprimir a secreção de gonadotrofina e um novo crescimento folicular. Esses hormônios permanecem elevados durante o tempo de vida do corpo lúteo e, então, diminuem com a sua involução, preparando o caminho, portanto, para o próximo ciclo. RESUMO DA REGULAÇÃO DO CICLO 1. O GnRH é produzido no núcleo arqueado do hipotálamo e secretado de modo pulsátil para dentro da circulação porta, por onde viaja para a hipófise anterior 2. O desenvolvimento folicular ovariano passa de um período de independência para uma fase de dependência de FSH 3. Enquanto o corpo lúteo do ciclo anterior definha, diminui a produção lútea de progesterona e inibina-A, possibilitando, assim, a elevação dos níveis de FSH 4. Em resposta ao estímulo de FSH, o folículo cresce, diferencia-se e secreta quantidades aumentadas de estrogênio e inibina-B 5. O estrogênio estimula o crescimento e a diferenciação da camada funcional do endométrio, que se prepara para a implantação. O estrogênio trabalha concomitante com o FSH ao estimular o desenvolvimento folicular 6. A teoria da dupla célula, determina que, com a estimulação de LH, as células ovarianas da camada da teca produzam androgênios que serão convertidos em estrogênios pelas células da camada granulosa sob o estímulo de FSH 7. A elevação dos níveis de estrogênio e inibina retroalimenta negativamente a hipófise e o hipotálamo, além de reduzir a secreção de FSH 8. O único folículo destinado a ovular a cada ciclo é chamado folículo dominante. Possui relativamente mais receptores de FSH e produz uma concentração maior de estrogênios que os folículos que sofrerão atresia. É capaz de continuar a crescer apesar dos níveis diminuídos deFSH 9. Altos e sustentados níveis de estrogênio causam o aumento repentino da secreção de LH hipofisária, que desencadeia a ovulação, a produção de progesterona e a evolução para a fase secretora ou lútea 10. A função lútea o depende da presença de LH. O corpo lúteo secreta estrogênio, progesterona e inibina-A, que servem para manter a supressão das gonadotrofinas. Sem a secreção continuada de LH, o corpo lúteo regredirá após um período de 12 a 16 dias. A diminuição resultante de secreção de progesterona resulta na menstruação 11. Se a gravidez ocorre, o embrião secreta hCG, que mimetiza a ação de LH ao sustentar o corpo lúteo. Este, por sua vez, BCE CASO 01-UNIFTC 4P continua a secretar progesterona e sustenta o endométrio secretor, possibilitando que a gravidez continue a se desenvolver. FARMACOLOGIA DA PROGESTERONA E DO ESTROGENO Farmacologia ilustrada, 6 ed Os hormônios sexuais produzidos pelas gônadas são necessários para a concepção, a maturação embrionária e o desenvolvimento das características sexuais secundárias na puberdade. Os hormônios gonadais são usados terapeuticamente nos tratamentos de reposição, para contracepção e controle dos sintomas da menopausa; ESTROGÊNIO O estradiol, também conhecido por 17 β-estradiol, é o estrogênio mais potente produzido e secretado pelo ovário. Ele é o principal estrogênio na mulher antes da menopausa. Estrona é um metabólito do estradiol que tem aproximadamente um terço da potência estrogênica do estradiol. A estrona é o estrogênio circulante primário depois da menopausa e é formado principalmente pela conversão de androstenediona nos tecidos periféricos. O estriol é outro metabólito do estradiol e é significativamente menos potente. Ele está presente em quantidade significativa durante a gestação, porque é o principal estrogênio produzido pela placenta. Uma preparação de estrogênios conjugados contendo ésteres de sulfato de estrona e equilina (obtidos da urina de éguas prenhas) é usada por via oral para os tratamentos de reposição hormonal. Estrogênios conjugados de origem vegetal também estão disponíveis. Estrogênios sintéticos, como o etinilestradiol, sofrem menos biotransformação de primeira passagem do que os esteroides naturais e, assim, são eficazes quando administrados por via oral em doses menores. MSRES- compostos não esteroidais que se ligam ao receptor de estrogênio e exercem um efeito estrogênico ou antiestrogênico nos tecidos-alvo são denominados moduladores seletivos do receptor de estrogênio (MSREs). Incluem-se o tamoxifeno e o raloxifeno, entre outros; • Os estrogênios são mais frequentemente usados para contracepção e tratamento hormonal (TH) pós- menopausa. Os estrogênios já foram amplamente usados para prevenção da osteoporose, mas as normas atuais recomendam o uso de outros tratamentos, como o alendronato • A associação de estrogênio com progesterona oferece uma contracepção eficaz por via oral, transdérmica ou vaginal. • Náuseas e sensibilidade nas mamas são os efeitos adversos mais comuns do tratamento estrogênico. Além disso, o tratamento estrogênico aumenta o risco de eventos tromboembólicos, endometrial, infarto do miocárdio e câncer de mama. (Nota: o aumento do risco de câncer endometrial pode ser neutralizado incluindo um progestogênio no tratamento.) • Os MSREs são uma classe de compostos relacionados com estrogênio que têm agonismo ou antagonismo seletivo nos receptores estrogênicos, dependendo do tipo de tecido. Esta categoria inclui tamoxifeno, toremifeno, raloxifeno, • clomifeno e ospemifeno. • Mecanismo de ação- Tamoxifeno, toremifeno e raloxifeno competem com o estrogênio pela ligação ao receptor de estrogênio no tecido mamário; PROGESTOGÊNIOS A progesterona, o progestogênio natural, é produzida em resposta ao hormônioluteinizante (LH) tanto em mulheres (secretado pelo corpo lúteo, primariamente durante a segunda metade do ciclo menstrual, e pela placenta) como em homens (secretado pelos testículos). Ela também é sintetizada pela suprarrenal nos dois sexos. .Mecanismo de ação- Os progestogênios exercem seu mecanismo de ação de forma análoga à de outros hormônios esteroides. Nas mulheres, a progesterona promove o desenvolvimento de um endométrio secretor que pode acomodar a implantação do embrião em formação. Os elevados níveis de progesterona que são liberados durante a segunda metade do ciclo menstrual (a fase lútea) inibem a produção de gonadotropinas e, assim, evitam ovulações adicionais. Se ocorrer concepção, a progesterona continua sendo secretada, mantendo o endométrio em estado favorável para a continuação da gestação e reduzindo as contrações uterinas. Se a concepção não acontece, a progesterona liberada pelo corpo lúteo cessa abruptamente. Essa queda estimula o início da menstruação. BCE CASO 01-UNIFTC 4P Os principais efeitos adversos associados ao uso das progestinas são cefaleia, depressão, aumento de massa corporal e alterações na libido. MECANISMO DE AÇÃO ➔ O estrogênio executa a retroalimentação negativa na liberação do LH e do hormônio folículo-estimulante (FSH) pela hipófise, evitando, assim, a ovulação. A progestina espessa o muco cervical, dificultando o deslocamento dos espermatozoides. A retirada do progestogênio estimula o sangramento menstrual durante a semana com placebo. ➔ Os efeitos adversos mais comuns dos estrogênios são ingurgitamento das mamas, retenção de líquidos, cefaleia e náuseas. Pode ocorrer aumento da pressão arterial. As progestinas estão associadas com depressão com os contraceptivos orais tromboembolismo, tromboflebite, infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico (AVE). Esses efeitos adversos graves são mais comuns em mulheres acima de 35 anos e fumantes. ➔ A incidência de câncer pode aumentar com os anticoncepcionais porque as mulheres provavelmente diminuem o uso de métodos contraceptivos adicionais que diminuem a exposição ao vírus do papiloma humano (o principal fator de risco do câncer cervical). (Nota: os contraceptivos orais diminuem o risco de câncer cervical e ovariano.) Os contraceptivos orais são contraindicados na presença de doença tromboembólica e cerebrovascular, neoplasias estrogênio-dependentes, doença hepática e gestação. Os contraceptivos associados orais não devem ser usados m pacientes com mais de 35 anos de idade e que são fumantes. FARMACOLOGIA DOS ANTIPSICÓTICOS E EFEITOS COLATERAIS BCE CASO 01-UNIFTC 4P Fonte: Farmacologia Básica e Clinica Katzung, Lange, 13 ed Fonte: Farmacologia ilustrada, 6 ed: • Os fármacos antipsicóticos (também denominados fármacos neurolépticos ou tranquilizantes maiores) são usados principalmente para tratar esquizofrenia, mas também são eficazes em outros estados psicóticos e estados de mania. • Os antipsicóticos são divididos em primeira e segunda gerações. A primeira geração é subdividida em potência baixa e potência alta. Essa classificação não indica a eficácia clínica dos fármacos, mas especifica a afinidade pelo receptor da dopamina D2 que, por sua vez, pode influenciar o perfil de efeitos adversos do fármaco. • Antipsicóticos de primeira geração (TÍPICOS) - São inibidores competitivos em vários receptores, mas seus efeitos antipsicóticos refletem o bloqueio competitivo dos receptores D2 da dopamina. Eles causam mais sintomas extrapiramidais, especialmente os fármacos que se ligam fortemente aos neurorreceptores de dopaimina, como o HALOPERIDOL (utilizado no caso) • Antipsicóticos de 2ª geração (ATÍPICOS) - Têm menor incidência de SEP, mas são associados a maior risco de efeitos adversos metabólicos como DM, hipercolesterolemia e aumento da massa corporal. Tem atividade singular ao bloqueio de receptores de serotonina e dopamina, assim conseguem melhor efeito nos sintomas negativos;De modo geral, temos dois mecanismos de ação prevalentes: 1. Antagonismo da dopamina: Todos os antipsicóticos de primeira e a maioria dos de segunda geração bloqueiam os receptores D2 da dopamina no cérebro e na periferia. 2. Atividade bloqueadora do receptor de serotonina: A maioria dos fármacos de segunda geração parece exercer parte da sua ação singular pela inibição de receptores de serotonina, em particular 5-HT2A. - A clozapina tem alta afinidade pelos receptores D1, D4, 5-HT2, muscarínicos e adrenérgicos α, mas também é um antagonista fraco no receptor D2. - A risperidona bloqueia os receptores 5-HT2A mais intensamente do que o receptor D2, assim como a olanzapina. O antipsicótico de segunda geração aripiprazol é um agonista parcial nos receptores D2 e 5-HT1A, bem como é antagonista dos receptores 5- HT2A. - A quetiapina bloqueia receptores D2 com mais potência do que os receptores 5-HT2A, mas é relativamente fraca no bloqueio de ambos. Seu baixo risco para SEP pode estar relacionado com a ligação relativamente breve ao receptor D2. AÇÕES Efeitos antipsicóticos: Todos os antipsicóticos podem diminuir as alucinações e ilusões associadas à esquizofrenia (conhecidas como sintomas “positivos”), bloqueando os receptores D2 no sistema mesolímbico do cérebro. Os sintomas “negativos”, como falta de afeto, apatia e falta da atenção, bem como déficit cognitivo, não respondem particularmente ao tratamento com os antipsicóticos de primeira geração. Vários fármacos de segunda geração, como a clozapina, aliviam os sintomas negativos em alguma extensão; Efeitos extrapiramidais: Distonias (contrações sustentadas dos músculos levantando posturas distorcidas) músculos levando a posturas distorcidas), sintomas tipo Parkinson, acatisia (intranquilidade motora) e discinesia tardia (movimentos involuntários geralmente de língua, lábios, pescoço, tronco e membros) podem ocorrer com o tratamento agudo e crônico. O bloqueio dos receptores de dopamina na via nigroestriatal provavelmente causa esses movimentos indesejados. Os antipsicóticos de segunda geração exibem menor incidência de SEP. Efeito antiemético: Com a exceção do aripiprazol, a maioria dos antipsicóticos tem efeito antiemético mediado pelo bloqueio dos receptores D2 da zona quimiorreceptora disparadora bulbar Efeitos anticolinérgicos: Alguns dos antipsicóticos, particularmente tioridazina, clorpromazina, clozapina e olanzapina, produzem efeitos anticolinérgicos, que incluem visão turva, boca seca (com exceção da clozapina, que aumenta a salivação), confusão e inibição dos músculos lisos dos tratos gastrintestinal (GI) e urinário, causando constipação e retenção de urina. Tais efeitos anticolinérgicos podem reduzir o risco de SEP desses fármacos. Outros efeitos: O bloqueio dos receptores adrenérgicos α causa hipotensão ortostática e cefaleia leve. Os antipsicóticos também alteram os mecanismos de regulação da temperatura e podem produzir poiquilotermia (condição na qual a temperatura corporal varia com o ambiente). Na hipófise, os antipsicóticos bloqueiam os receptores D2, levando ao aumento da liberação de prolactina. Ocorre sedação com neurolépticos, que são potentes bloqueadores dosreceptores de histamina H1, incluindo clorpromazina, olanzapina, quetiapina e BCE CASO 01-UNIFTC 4P clozapina. Também pode ocorrer disfunção sexual com os neurolépticos devido a suas características de ligação com vários receptores. Efeitos colaterais: Efeitos extrapiramidais: No estriado, os efeitos inibitórios dos neurônios dopaminérgicos normalmente são equilibrados pelas ações excitatórias dos neurônios colinérgicos. O bloqueio dos receptores de dopamina altera esse equilíbrio, causando um excesso relativo da influência colinérgica, que resulta em efeitos motores extrapiramidais. O aparecimento de distúrbios do movimento em geral depende do tempo e da dosagem, com as distonias ocorrendo dentro de poucas horas até dias do tratamento, seguidas de acatisias que ocorrem dentro de dias a semanas. Os sintomas tipo Parkinson de bradicinesia, rigidez e tremores costumam ocorrer dentro de semanas a meses do início do tratamento. A discinesia tardia, que pode ser irreversível, pode ocorrer após meses ou anos de tratamento. Se a atividade colinérgica também é bloqueada, estabelece-se um novo equilíbrio mais próximo do normal, e os efeitos extrapiramidais são minimizados. Isso pode ser obtido com a administração de um anticolinérgico, como a benzotropina. O dilema terapêutico é uma menor incidência de SEP em troca de efeitos adversos do bloqueio do receptor muscarínico. Os antipsicóticos que apresentam forte atividade anticolinérgica, como a tioridazina, mostram menos distúrbios extrapiramidais, pois a atividade colinérgica é fortemente deprimida. Isso contrasta com o haloperidol e a flufenazina, que têm pouca atividade anticolinérgica e produzem efeitos extrapiramidais mais frequentemente, devido ao bloqueio preferencial da transmissão dopaminérgica. Discinesia tardia: Os tratamentos de longa duração com os antipsicóticos podem causar essa disfunção motora. Os pacientes exibem movimentos involuntários, incluindo movimentos faciais e bilaterais da mandíbula e movimentos de “caça à mosca” com a língua. Síndrome do antipsicótico maligno: Essa reação potencialmente fatal aos antipsicóticos é caracterizada por rigidez muscular, febre, alteração do estado mental e estupor, pressão arterial instável e mioglobinemia. O tratamento consiste em interrupção do antipsicótico e medidas de apoio. A administração de dantroleno ou bromocriptina pode ser útil. Outros efeitos: Ocorre sonolência devido à depressão do SNC e aos efeitos anti-histamínicos, em geral durante as primeiras semanas de tratamento. Às vezes, observa-se confusão. Os antipsicóticos com atividade antimuscarínica potente, com frequência, produzem xerostomia, retenção urinária, constipação e perda de acomodação. Outros podem bloquear os receptores adrenérgicos α, resultando em redução da pressão arterial e hipotensão ortostática. Os antipsicóticos deprimem o hipotálamo, afetando a termorregulação e causando amenorreia, galactorreia, ginecomastia, infertilidade e disfunção erétil. Aumento significativo da massa corporal com frequência é motivo para a não adesão ao tratamento. Deve-se controlar a glicemia e a lipidemia dos pacientes que tomam antipsicóticos de segunda geração, pois eles têm potencial de aumentar essas variáveis laboratoriais e podem agravar o diabetes melito ou a hiperlipidemia preexistente BCE CASO 01-UNIFTC 4P ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS – TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 21 Fonte: Genética Médica, Jordey ANEUPLOIDIA AUTOSSÔMICA As células que não contem um múltiplo de 23 cromossomos são denominadas aneuplóides. Essas células possuem cromossomos ausentes ou adicionais; As aneuploidias dos autossomos estão entre as mais importantes e consistem em monossomias (presença de uma cópia de um cromossomo em uma célula que deveria ser diploide) e trissomia (três cópias de um cromossomo) normalmente durante a meiose. A causa mais comum de ANEUPLOIDIA é a não disjunção, a falha de um par de cromossomos em se separar normalmente durante a meiose. A não disjunção pode ocorrer durante a meiose I ou a meiose II. O gameta resultante tem ausência do cromossomo ou possui 2 cópias dele, produzindo um zigoto monossômico ou trissômico, respectivamente. TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 21 • É a condição aneuploide mais comum compatível com a sobrevivência a termo • Produz a síndrome de Down • É CAUSADA PELA PRESENÇA DE UMA CÓPIA EXTRA DO CROMOSSO 21 • Existe uma variação considerável na aparência dos indivíduos com essa síndrome, mas eles apresentam uma constelação de característicasque ajudam o médico a fazer o diagnóstico • Os traços faciais incluem: ponte nasal baixa, fissuras palpebrais obliquas para cima, orelhas pequenas e algumas vezes com dobrado peculiar e uma região malar e maxilar achatada, dando à face uma aparência característica • As bochechas são arredondadas e os cantos da boca voltados para baixo, o pescoço é curto com pele frouxa na nuca, especialmente em recém nascidos. • O occipúcio é achatado e as mãos e pés tendem a ser mais largos e curtos. • Cerca de 50% possuem prega simiesca- prega transversal profunda nas palmas em flexão • O tônus muscular diminuído (hipotonia) é uma característica consistente, que ajuda a fazer o diagnóstico • Vários problemas médicos significativos ocorrem com frequência aumentada em crianças com síndrome de Down, como obstrução do duodeno ou BCE CASO 01-UNIFTC 4P atresia (fechamento ou ausência) do esôfago, duodeno ou ânus • . Infecções respiratórias também são comuns, mas o problema médico mais frequente e significativo tem relação com defeitos estruturais no coração. O mais comum é um canal atrioventricular, defeito no qual os septos interatrial e interventricular não se fundem normalmente durante o desenvolvimento fetal. O resultado é o fluxo de sangue do lado esquerdo para o lado direito do coração e então para a vasculatura pulmonar, produzindo hipertensão pulmonar. Também são comuns defeitos no septo ventricular. • Retardo mental moderado é severo é visto na maioria dos indivíduos com a síndrome. • Perda de audição condutiva e algumas vezes neural, hipotiroidismo e várias anomalias nos olhos são as mais importantes e frequentes. • Defeitos cardíacos congênitos são a causa mais importante de diminuição de sobrevida. • Homens com síndrome de Down são quase sempre estéreis (foram relatados dois casos de reprodução); mas muitas mulheres com essa condição podem ter filhos, embora 40% NÃO OVULEM. • Uma mulher com síndrome de Down possui risco de 50% de produzir um gameta com duas cópias do cromossomo 21 (que então iria produzir um zigoto trissômico), mas aproximadamente 75% das concepções são abortadas espontaneamente. • Cerca de 95% dos casos são causadas por não disjunção, com a maioria dos casos sendo causadas por TRANSLOCAÇÕES CROMOSSÔMICAS. • Segundo novos estudos, em cerca de 90 a 95% dos casos de trissomia do 21, o cromossomo extra é de origem materna. • A maior parte dessas não disjunções maternas ocorrem durante a meiose I; e uma parte pode ocorrer na meiose II. • O mosaicismo é visto em aproximadamente 2 a 4% dos indivíduos com a trissomia; esses indivíduos possuem algumas células somáticas normais e algumas com trissomia do 21; a causa mais comum é uma concepção trissômica seguida pela perda do cromossomo extra por algumas células durante a mitose no embrião. O mosaicismo frequentemente resulta em uma expressão clínica mais branda de uma anomalia cromossômica.
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