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Imunologia - AULA 19 - Asma

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 Asma
 Samia Marques
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Alergia – Palavra de origem grega que significa reatividade alterada.
Estado de maior reatividade do sistema imunológico às substâncias estranhas.
O termo alérgico é restrito às reações IgE mediadas.
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Uma das doenças crônicas mais comuns da infância.
Etiologia complexa e multifatorial, tem múltiplos agentes desencadeantes e apresentação clínica heterogênea.
Potencialmente fatal e sua prevalência e gravidade vêm aumentando em várias partes do mundo nos últimos anos.
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É uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento.
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>20%
10-20%
<10%
 Importante problema de saúde pública em todo o mundo.
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 OMS – 100 a 150 milhões de pessoas em todo o mundo (4 a 12% da população) sofrem de asma.
 40 a 50 mil mortes anuais e gastos da ordem de 10 a 20 bilhões de dólares a cada ano.
 Brasil – 10% da população brasileira comprometida – 400.000 internações hospitalares – 2.000 óbitos.
 1 milhão de mortes a cada década.
Global Initiative for Asthma (GINA) – WHO 
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 Apesar da heterogeneidade da doença, há consenso no que se refere ao seu caráter inflamatório crônico.
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Doença crônica das vias aéreas,caracterizada por:
1-Obstrução ao fluxo aéreo reversível(embora não completamente em alguns pacientes) espontaneamente ou após tratamento;
2-Inflamação na qual muitas células têm papel importante,em particular mastócitos e eosinófilos;
3-Aumento da reatividade das vias aéreas a uma variedade de estímulos-hiperresponsividade brônquica;
4-Episódios recorrentes de sibilância,dispnéia,aperto no peito e tosse,particularmente à noite e pela manhã ao acordar.
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Inflamação das vias aéreas X função pulmonar:
 Hiperresponsividade Brônquica - Resposta exagerada dos brônquios a uma variedade de estímulos; clinicamente manifesta como sibilância e dispnéia.
 Obstrução das vias aéreas - Broncoconstricção aguda, edema de vias aéreas, formação crônica de rolhas de muco, remodelamento de vias aéreas.
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Epidemiologia:
 Há evidências epidemiológicas de que a asma deve iniciar na infância.
34% das crianças abaixo de 3 anos de idade já apresentaram um episódio de sibilância .
80% dos casos começam antes dos 4 anos de idade.
Pode ser considerada como uma doença do desenvolvimento, ou seja, uma condição na qual a resposta imunológica e o grau de responsividade das vias aéreas são determinados precocemente e, provavelmente , persiste por toda a vida.
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Genética e Asma:
Há uma base científica sólida indicando que a asma tem um forte componente genético.
Metade da suscetibilidade para desenvolver asma é determinada por influências genéticas.
A asma é uma condição poligênica.
Vários genes em associação com diferentes exposições ao meio ambiente são responsáveis pela asma em diferentes idades.
Um dos fenótipos de asma está presente em aproximadamente 25% dos filhos que tenham ao menos um dos pais com asma.
5q, 6p, 11q, 12q, 13q.
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Interações Gene – Meio Ambiente:
O paradigma atual da patogenia da asma está diretamente ligado ao conceito de interação gene-meio ambiente. 
Pessoas que apresentam asma são geneticamente predispostas ao mesmo tempo que recebem um estímulo ambiental apropriado.
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Conceito:
A asma constitui-se em um processo heterogêneo, com considerável variabilidade em seus fenótipos.
É causada e controlada por numerosos fatores, genéticos e ambientais.
Isto sugere que seja reconhecida como uma síndrome e não propriamente uma doença.
Classicamente, inclui a presença de inflamação, hiperresponsividade e obstrução reversível das vias aéreas.
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Agentes ativadores:
Os agentes ativadores da asma podem ser divididos em indutores e provocadores.
Indutores são agentes que, além de aumentarem a gravidade da asma, tb influenciam no processo inflamatório. Podem ser representados por alérgenos, vírus respiratórios e agentes ocupacionais.
Os agentes provocadores influenciam a obstrução das vias aéreas de uma maneira aguda, levando ao broncoespasmo. Não necessariamente causam inflamação ou estimulam sua manutenção. Como exs o exercício, os irritantes, a aspirina em pacientes sensíveis e os fatores emocionais.
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Fisiopatologia:
As características histopatológicas da asma incluem lesão epitelial das vias aéreas, fibrose de membrana sub-nasal, infiltração multicelular e edema.
A inflamação que ocorre envolve múltiplas células, como mastócitos, neutrófilos, eosinófilos, macrófagos, basófilos, linfócitos e células epiteliais.
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REMODELAMENTO:
 Pode-se definir o processo de remodelamento como uma alteração estrutural conseqüente a um influxo de células inflamatórias e seus produtos, que inclui um ciclo de lesão e reparação das paredes das vias aéreas.
 A remodelação é resultante de ciclos repetidos de lesões agudas , seguidos por reparação.
 Envolve a maior parte dos componentes das paredes das vias aéreas e ocorre tanto em grandes como em pequenas vias aéreas.
 Não se sabe se o espessamento das vias aéreas é reversível ou não.
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Diagnóstico:
 O subdiagnóstico da asma mantém-se como o fator mais importante na morbidade da doença.
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Manifestações Clínicas
 Tosse, sibilos, roncos, dispnéia, sensação de opressão torácica, dor torácica.
 Podem haver grandes variações no quadro clínico,variações estas relacionadas à gravidade da doença ou das crises.
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Exame físico
Avaliação da alergia:
Teste cutâneo de leitura imediata - utilização de extratos de alérgenos – Puntura / Prick test - leitura em 15 minutos- resultado expresso pela medida da reação (eritema,pápula);
Hemograma – eosinofilia;
Dosagem de IgE total;
Dosagem de IgE específica - RAST -radioallergosorbent test: CAP
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Avaliação da função pulmonar:
Espirometria ou Prova de Função Pulmonar: 
 Distúrbio obstrutivo
 Redução da VEF1
 Redução da VEF1 / CVF
- Teste da broncoprovocação
- Exercício
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- Pico de fluxo expiratório seriado : Peak flow
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Tratamento: Objetivos
Prevenir riscos a longo prazo incluindo limitação persistente ao fluxo aéreo;
Tornar os sintomas ausentes ou mínimos;
Permitir atividades diárias normais de trabalho e lazer;
Tornar a prova de função pulmonar normal ou próxima do máximo individual;
Reduzir crises , idas a emergências ou internações e necessidade do uso de broncodilatadores;
Efeitos colaterais de medicações mínimos ou ausentes;
Permitir um crescimento normal em crianças;
Prevenir a morte.
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