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Biomecânica do ombro O ombro é uma articulação tipo esferóide, possuindo movimentos nos três planos: sagital, frontal e transverso. Fazem parte dessa articulação os ossos: úmero, escápula e clavícula, quatro articulações a esternoclavicular, acromioclavicular e glenoumeral e a escapulotorácica, os ligamentos que dão estabilidade e os dezesseis músculos envolvidos com o complexo do ombro. O complexo do ombro possui quatro grupos de movimento, no plano sagital: flexão, extensão e hiperextensão; no plano frontal: abdução e adução; e no plano transverso: rotação medial e rotação lateral; abdução horizontal e adução horizontal e circundação. Biomecânica da Cintura escapular A cintura escapular consiste numa unidade funcional complexa que é composta por 4 articulações diferentes. A sua estrutura é composta por uma ligação importante na entrada do tórax, juntamente com a parte inferior do pescoço até a porção proximal dos membros superiores, sendo incluídos em sua estrutura: ossos, músculos, ligamentos e fáscias da região. Na sua estrutura óssea, a cintura escapular é formada pelos seguintes componentes: Escápula; Úmero; Clavícula; Esterno, primeira costela e T1. Sua unidade funcional é composta de três articulações verdadeiras (esterno-clavicular, acrômio-clavicular e glenoumeral) e duas pseudoarticulações (escapulo-torácica e subacromial). Este complexo articular trabalhando sincronicamente, permite aos membros superiores grandes amplitudes de movimentos, sendo no corpo humano a articulação de maior mobilidade, mas em contrapartida pode se apresentar como um dos complexos articulares mais instáveis, devido exatamente a este grande grau de mobilidade existente. Por ser também uma área de transição entre dois componentes com características distintas (componente rígido e móvel), este local pode ser muito suscetível a incidência de lesões, por conta do estresse sofrido na região. Músculos (ombro e cintura escapular) Eles produzem forma característica do ombro e podem ser divididos em dois grupos: Intrínsecos – originam-se da escápula e / ou clavícula e fixam-se ao úmero. Extrínsecos – originam-se do tronco e fixam-se aos ossos do ombro (clavícula, escápula ou úmero). M. Deltóide O: 1/3 lateral da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula. I: Tuberosidade deltóidea – úmero. Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6). Ação: Parte clavicular (anterior): flete e roda medialmente o braço. Parte acromial (média): abduz o braço. Parte espinal (posterior): estende e roda lateralmente o braço. M. Supra- espinhal O: Fossa supra-espinal da escápula. I: Face superior do tubérculo maior do úmero. Inervação: N. supra-escapular (C4, C5 e C6). Ação: Inicia e ajuda o M. deltoide na abdução do braço e atua com os músculos do manguito rotador. M. Infra- espinhal O: Fossa infra-espinal da escápula. I: Face média do tubérculo maior do úmero. Inervação: N. supra-escapular (C5, C6). Ação: Roda lateralmente o braço e atua com os músculos do manguito rotador. M. Redondo menor O: Parte média da margem lateral da escápula. I: Face inferior do tubérculo maior do úmero. Inervação: N. axilar (C5, C6). Ação: Roda lateralmente o braço e atua com os músculos do manguito rotador. M. Redondo maior O: Face posterior do ângulo inferior da escápula. I: Lábio medial do sulco intertubercular do úmero. Inervação: N. subescapular inferior (C5, C6). Ação: Aduz e roda medialmente o braço. M. Subescapular O: Fossa subescapular. I: Tubérculo menor. Inervação: Nn. subescapulares superior e inferior (C5, C6, C7). Ação: Roda medialmente o braço. Como parte do manguito rotador, ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal. M. Trapézio O: Terço medial da linha nucal superior; protuberância occipital externa; ligamento nucal; processos espinhosos das vértebras C7 a T12. I: Terço lateral da clavícula; acrômio e espinha da escápula. Inervação: Nervo acessório (XI par de n. craniano – fibras motoras) e nervos espinais C3, C4 (fibras de dor e proprioceptivas). Ação: A parte descendente eleva; A parte ascendente deprime; (as partes descendente e ascendente atuam juntas para girar a cavidade glenoidal superiormente). E a parte transversa (ou todas as partes juntas) retrai a escápula. M. Latíssimo do dorso O: Processos espinhosos das 6 vértebras torácicas inferiores, fáscia toracolombar, crista ilíaca, e 3 ou 4 costelas inferiores. I: Assoalho do sulco intertubercular. Inervação: Nervo Toracodorsal (C6, C7 e C8). Ação: Estende, aduz e gira medialmente o úmero; eleva o corpo em direção aos braços durante a escalada. M. Levantador da escápula O: Tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras, C1 a C4. I: Margem medial da escápula superiormente à raiz da espinha da escápula. Inervação: Nn. dorsal da escápula (C4, C5) e cervical (C3, C4). Ação: Eleva a escápula e gira sua cavidade glenoidal inferiormente por meio de rotação da escápula M. Rombóide maior O: ligamento nucal, processos espinhosos das vértebras C7 e T1. I: área triangular uniforme na extremidade medial da espinha da escápula. Inervação: Nervo dorsal da escápula (C4 e C5). Ação: Retrai a escápula e gira a cavidade glenoidal inferiormente; fixa a escápula à parede torácica. M. Rombóide menor O: processos espinhosos das vértebras T 2 a T5. I: margem medial da escápula a partir do nível da espinha até o ângulo inferior. Inervação: Nervo dorsal da escápula (C4 e C5). Ação: Retrai a escápula e gira a cavidade glenoidal inferiormente; fixa a escápula à parede torácica. M. Subclávio O: Primeira costela. I: Superfície inferior da porção lateral da clavícula. Inervação: Nervo subclávio. Ação: Estabilização da clavícula (principal), e depressão da clavícula e elevação da primeira costela (secundária). M. Serrátil Anterior O: Primeira costela. I: Superfície inferior da porção lateral da clavícula. Inervação: Nervo subclávio. Ação: Estabilização da clavícula (principal), e depressão da clavícula e elevação da primeira costela (secundária). M. Peitoral Menor O: Superfície anterior das 3ª, 4ª e 5ª costelas e fáscia sobrejacente aos espaços intercostais. I: Apófise coracóide da omoplata. Ação: Protração da escápula (puxa o processo coracoide anterior e inferiormente); Músculo acessório na respiração Inervação: Nervo peitoral medial, Nervo peitoral lateral (parcialmente), veias axilares M. Peitoral Maior Origem: Parte clavicular: metade medial da clavícula Parte esternocostal: esterno, 2ª a 7ª cartilagens costais Parte abdominal: camada anterior da bainha do reto I: Tubérculo maior do úmero Inervação: Nervos peitorais laterais (ramos do plexo braquial) Ação: Adução e anteversão do ombro, rotação medial do braço, retroversão do braço
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