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Comunicação Terapêutica na Enfermagem

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Comunicação
Terapêutica
Na Enfermagem.
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Discentes:
Bernardo Coupêe;
Cristiana Silva;
Eliane Silva;
Sandra Honório;
Suzana Rufino.
Turma: Enfermagem Manhã Norte Shopping.
Professora: Denise.
Matéria: Relacionamento.
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comunicação terapêutica
A comunicação enfermeiro-paciente é denominada comunicação terapêutica, porque tem a finalidade de identificar e atender as necessidades de saúde do paciente e contribuir para melhorar a prática de enfermagem, ao criar oportunidades de aprendizagem e despertar nos pacientes sentimentos de confiança, permitindo que eles se sintam satisfeitos e seguros.
Um dos objetivos da assistência de enfermagem é levar o paciente a participar dos esquemas terapêuticos. Esta participação depende dos processos de comunicação, a partir dos quais se estabelecem as relações de confiança necessárias para o paciente diminuir o medo, a ansiedade e permitir, à pessoa fragilizada pela doença, lutar por seu restabelecimento com dignidade. Nesse sentido, os enfermeiros intensivistas, além da experiência no uso de tecnologias, e do suporte psicossocial, devem estar atentos ao processo de comunicação para que o paciente possa suportar os efeitos da hospitalização, manter a percepção de si próprio e da sua realidade.
Para os enfermeiros, a comunicação com o paciente é considerada fundamental, não apenas para a identificação de sinais, sintomas e problemas físicos, mas também para o desenvolvimento de uma interação terapêutica. Entender a comunicação humana como estratégia para a melhoria da qualidade da assistência torna-se fundamental para o acontecimento desse processo.
O relacionamento entre o enfermeiro e o paciente, é de um potencial terapêutico significativo, é uma experiência de aprendizado mútuo. 
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Os objetivos de um relacionamento terapêutico são direcionados no sentido do crescimento do cliente e incluem o seguinte:
Auto – realização, auto – aceitação, e auto – respeito aumentados. 
Senso claro de identidade pessoal e da integração pessoal melhorada. 
Capacidade de formar relacionamentos íntimos, interdependentes e interpessoais com capacidade de dar e receber amor. 
 O enfermeiro possui uma ferramenta singular que pode ter mais influência sobre o cliente do que qualquer medicamento ou terapia: ele mesmo. Para tanto, faz-se necessário uma auto-análise que constitui um aspecto essencial para ser capaz de fornecer os cuidados de enfermagem terapêuticos, como: 
Autoconsciência;
Esclarecimento dos valores;
Exploração dos sentimentos;
Senso de ética e responsabilidade.
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Relacionamento interpessoal:
	Técnica 
	Definição 
	Exemplo 
	Valor terapêutico 
	Ameaça não terapêutica 
	Ouvir 
	Processo ativo de receber as informações e examinar a sua própria reação às mensagens recebidas 
	Manter o contato visual e a comunicação não verbal receptiva. 
	Comunicam de modo não verbal, o interesse e aceitação do enfermeiro ao paciente. 
	Falha em ouvir. 
	Amplas aberturas 
	Estimular o paciente a escolher o tema da discussão 
	“O que você está pensando?” 
	Indica a aceitação pelo profissional e o valor da iniciativa do paciente 
	Rejeição das resposta, domínio do profissional. 
	Reafirmação 
	Repetir para o paciente o pensamento principal que ele expressou 
	“Você disse que sua mãe te abandonou quando você tinha 5 anos de idade.” 
	Indica que o profissional está escutando atentamente o paciente. 
	Falta de atenção e interpretação pelo profissional.
	Esclarecimento 
	Tentar pôr em palavras as idéias vagas do paciente. 
	“Não estou certa do que você quer dizer, poderia repetir?” 
	Ajuda a esclarecer os sentimentos, idéias e percepções. 
	Falha em sondar, compreensão presumida. 
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	Técnica 
	Definição 
	Exemplo 
	Valor terapêutico 
	Ameaça não terapêutica 
	Reflexão 
	Orientar idéias, sentimentos, dúvidas e satisfação de volta para o paciente 
	“Você está tenso e ansioso, e isso tem relação com a conversa que você teve com sua mãe ontem?” 
	Confirma que o profissional compreende o que o paciente está dizendo, e indica empatia interesse e respeito por ele. 
	Sentimentos e respostas impróprias à experiência cultural e ao nível de instrução do paciente. 
	Focalização 
	Questões ou afirmações que ajudem o paciente a ir alem do assunto de interesse.
 
	“Acho que deveríamos falar mais sobre você e seu pai.”
	Permite o paciente discutir os assuntos centrais. 
	Mudar de tema. 
	Identificar os temas 
	Ressaltar os temas ou problemas que surgem repetidamente.
	“Percebi que em todos os seus relacionamentos você foi ferido por um homem”. Você 
	Permite melhor exploração e compreensão dos problemas importantes 
	Fornecer aconselhamento, reafirmar, desaprovar.
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Entrevistas com enfermeiros em atuação.
Entrevistado 1
Idade: 37 anos.
Tempo de atuação: 5 anos.
Setor que atua: UMM 24hs de Mauá.
Como você trabalha a comunicação terapêutica na sua pratica profissional?
R:Tentando escutar as queixas com atenção, paciência e fazendo com que o paciente se sinta confortável, confiante e seguro para falar e fazer as medicações prescritas.
Qual a importância do relacionamento terapêutico de enfermagem em sua opinião?
R: Importante para estabelecer confiança entre ambos e o quadro clínico do paciente.
Que experiência de relacionamento terapêutico você teve durante sua pratica profissional?
R: Varias. Um deles foi acalmar o paciente durante um procedimento que estava sendo realizado. Mantendo a calma, quando foi preciso.
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 Entrevistado 2
Idade: 42 anos.
Tempo de atuação: 15 anos.
Setor que atua: Pediatria do Hospital de Piabetá.
Como você trabalha a comunicação terapêutica na sua pratica profissional?
R: Com calma e tranqüilidade tento passar pra o paciente segurança, fazendo assim consigo ter um bom relacionamento.
Qual a importância do relacionamento terapêutico de enfermagem em sua opinião?
R: É muito importante porque faz com que haja ajuda mutua tanto para o paciente quanto para o profissional. Faz com que o profissional ajude o paciente no seu restabelecimento através do carinho e da atenção. Pra mim faz com que eu cresça tanto profissional me tornando também uma pessoa melhor como ser humano.
Que experiência de relacionamento terapêutico você teve durante sua pratica profissional?
R: Tive varias, mais o que, mas me marcou foi um caso de estupro de uma criança de 6 anos. Tive que conquistar a confiança da mãe e da criança que havia sofrido o abuso sexual cometido pelo padrasto, foi muito difícil pra mim que na época tinha também uma menina da mesma idade.
 
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Entrevistado 3
 Idade: 42 anos.
Tempo de atuação: 8 anos.
Setor que atua: emergência SPA.
Como você trabalha a comunicação terapêutica na sua pratica profissional?
R: Como eu trabalho na emergência a primeira coisa a fazer e acalmar o paciente independente da gravidade da patologia é preciso que o paciente se sinta seguro e confortável claro na medida do possível isso além de facilitar os procedimentos e a rapidez no atendimento evitando que o caso se agrave.
Qual a importância do relacionamento terapêutico de enfermagem em sua opinião?
R: É importante que o paciente se sinta seguro e relate com veracidade o que aconteceu, o que esta sentindo físico e mentalmente, assim podemos relatar ao medico o que esta acontecendo e ele pode ser mais preciso no tratamento da patologia.
Que experiência de relacionamento terapêutico você teve durante sua pratica profissional?
R: Já tive varias experiências onde foi fundamental que o paciente se acalmasse e nos ajudasse a fazer os procedimentos necessários no mínimo de tempo o que deu a eles a chance de sobreviver e chegar a tempo em um hospital com recursos para serem operados e salvos.
 
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Entrevistado 4
Idade: 30 anos.
Tempo de atuação: 9 anos.
Setor que atua: clinica medica.
Como você trabalha a comunicação terapêutica na sua pratica profissional?
R: Com atenção as queixas e conflitos devido ao quadro clinico, ouvindo e dando apoio emocional, confortando-o
Qual a importância do relacionamento terapêutico de enfermagem em suaopinião?
R: É importante na recuperação e na saúde mental do paciente.
Que experiência de relacionamento terapêutico você teve durante sua pratica profissional?
R: Experiência como essa temos todos os dias o medo da morte, a falta do familiar, a dor, o medo da não recuperação, são fatos ocorridos no dia a dia do profissional por isso temos que estar atento a tudo isso, recuperação não é apenas medicação.
.
 
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Entrevistado 5
 Idade: 40 anos.
Tempo de atuação: 10 anos.
Setor que atua: SAMU.
Como você trabalha a comunicação terapêutica na sua pratica profissional?
R: Dando atenção, ouvindo as criticas e tentando estabelecer um bom dialogo.
Qual a importância do relacionamento terapêutico de enfermagem em sua opinião?
R: É importante na melhora do paciente com a conduta e a cautela do profissional.
Que experiência de relacionamento terapêutico você teve durante sua pratica profissional?
R: Atuando no SAMU já tive inúmeras experiências, por ser um setor que você esta indo ate o paciente geralmente muito ferido ou grave, você precisa manter a calma, mostrar seu interesse em ajudá-lo mostrar competência nas técnicas utilizadas, acalmar os familiares que geralmente ficam eufóricos com a noticia de acidente ou trauma, ou seja, você acaba englobando o paciente, equipe e familiares. 
 
 
 
 
 
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Conclusão:
	
De acordo com o real conceito de comunicação terapêutica citada acima e depoimentos colhidos por enfermeiros ativo em diversas áreas da enfermagem, pudemos identificar que todos trabalham a comunicação terapêutica direta ou indiretamente, uns as usam de forma simples e outras de formas bem complexas, como por exemplo, a atuação desta comunicação em SAMU e CTI que em nossa opinião são setores que realmente dependem demais dessa técnica devido à taxa de mortalidade ser bem alta e por serem pacientes bem graves ou em “leito de morte”, lembrando que foi relatado acima também que a comunicação não foi apenas da enfermagem com o paciente, mas sim da enfermagem com família, equipe e paciente, ou seja, engloba todos por um só bem, a melhora do paciente ou óbito com dignidade. 
As mudanças no processo de trabalho de enfermagem influenciam a relação entre enfermeira e paciente, a qual, ao longo dos tempos, vem se modificando gradativamente. Com a humanização da enfermagem, o paciente deixou de ser visto apenas como uma doença ou como um leito e passou a ser visto como um todo e de forma individualizada.
Para identificar essas necessidades, cada vez mais, o paciente se faz sujeito ativo nesse relacionamento. Mediante os vínculos estabelecidos, o trabalho da enfermagem é otimizado e o paciente é beneficiado com isso.
Cada paciente e família possuem a chave para o cuidado de enfermagem efetivo, pois, quando a confiança é estabelecida, informações são proporcionadas e a pessoa é encorajada a tomar parte ativa na maximização de sua capacidade de funcionamento, pois a enfermagem cria estratégias para atingir a saúde ideal e abre a porta à satisfação do paciente e à eficiência do cuidado à saúde.
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