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SAUDE DA POPULACAO INDIGENA

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Saúde da população indígena
O termo índio é errado, e foi dado por que acreditava-se pelos portugueses que quem nascia nas índias, são índios. Entretanto, seriam hindus.
Assim, deve pronunciar INDÍGENA.
- Menos de 0,5% compreende a população indígena. Mas que representa mais de 800.000 pessoas, com sua cultura e particularidade especifica.
Essa população é composta majoritariamente com uma grande quantidade de crianças. 
Por que acontece? Pelo padrão de adoecimento – mortalidade extremamente alta - e a vulnerabilidade social da maioria das pessoas mais novas (causada pela assimetria tecnológica que a nossa sociedade cria).
- O saneamento, desmatamento da flora, poluição dos rios e morte da fauna promovida pela caça, são pontos importantes que determinam como o indígena se encontra. Desdobramentos como cárie e desnutrição são comumente encontrados devido às doenças relacionadas a veiculação hídrica.
A grande diferença dos indígenas de povos não indígenas, é a questão latifundiária. Mas falando na área da saúde, temos:
- A forma peculiar de ver o mundo e tradicional de entender o processo de adoecimento
- A forma de se proteger às doenças em que CONVIVEM (não as que levamos para eles)
- 180 línguas e 243 povos= Cria um ambiente muito intercultural.
A biomedicina possui papel fundamental para o trabalho, de forma a relativizar e SOMAR ao invés de COMPETIR com nossa tecnologia e farmacologia, impondo à medicina natural um grande baque.
- Necessidade de uma atenção diferenciada, entendendo que a população indígena possui sua especificidade e têm o direito de ter uma boa oferta de saúde pública.
- Diferente e desigual. “Vale destacar que o Brasil tem a maior sociodiversidade do planeta, pois há indígenas em todo o território nacional. São 896 mil indígenas, 305 etnias e 274 línguas indígenas faladas (BRASIL, 2010). Além de diferentes também são desiguais do ponto de vista da renda, do acesso à educação, da saúde e do trabalho, assim como em razão da situação de exclusão em que se encontram.”
- Desde 1970 existe um movimento de Luta Indígena pela atenção diferenciada na saúde indígena, que inclusive, se junta à Reforma Sanitária anos depois.
- A constituição (1988) assegura o direito à diferença cultural e reconhece as formas de organização social, de língua, crenças e tradições do povo indígena.
- 1a CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE : 1986
- 2a CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE: 1993
- Em 1999 publicou-se a lei n. 9.836 de instituição do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.
ATÉ ENTÃO LEGALMENTE SE DECLARAVA A ESPECIFICIDADE DO POVO ÍNDIGENA, MAS NÃO HAVIA INFORMACAO SOBRE COMO LIDAR COM OS AMPLOS NÍVEIS DE COMPLEXIDADE DA SAÚDE INDÍGENA.
- Assim, a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI) foi implantada em 2002. Ela implantava dentre vários modelos de convênios em algumas instituições, as associações indígenas.
- Criou-se a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) em 2010, que se tornou unicamente responsável pela saúde indígena.
“Vale lembrar que a primeira Conferência Nacional de Saúde Indígena já recomendava que a gestão do subsistema de atenção à saúde dos povos indígenas estivesse vinculada diretamente ao Ministério da Saúde. A perspectiva colocada naquele momento era a de que a gestão direta por meio de uma secretaria de saúde indígena dentro do MS traria maior agilidade e benefícios aos povos indígenas, garantidos pelo aumento de recursos e principalmente pela autonomia gerencial e financeira de cada Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) para enfrentamento das suas dificuldades particulares de saúde, controle social e composição das equipes de trabalho.”
- O conceito de TERRITÓRIO na SAÚDE PÚBLICA, é mais amplo. Sendo ele, abrangente para as relações sociais, o processo histórico, as questões culturais, os modos de vida, os condicionantes e determinantes de saúde, as tensões e conflitos socioeconômicos e os diversos atores sociais.
Já o TERRITÓRIO como espaço físico, também possui sua designação própria no assunto de povos indígenas. Como exemplo, os YANOMAMI, ocupam geograficamente dois Estados, dois países (BR E VENEZUELA) e vários municípios no entorno.
-São localizados longe dos centros = gerando dificuldade no acesso aos equipamentos de saúde e educação.
EPIDEMIOLOGIA:
- A grande maioria das causas de morte indígena são evitáveis com oferta de saúde primária e as crianças indígenas tem um maior Coeficiente de Mortalidade Infantil, em sua grande maioria, por infecções da criança.
- Invisibilidade epidemiológica = ocorre geralmente já que a contagem dos DSEIS é inexistente de dados, gerando informações questionáveis.
- Tuberculose
Ocorre com mais frequência, onde a qualidade de vida diminui. 
Entre as comunidades indígenas, a tuberculosa ainda é uma doença de grande importância e podendo ser até 10 vezes mais encontrada do que na população não indígena.
- As comunidades indígenas, podem ser localizadas perto de centros de cidade. Sendo assim, é sempre essencial um olhar antropológico para elas, uma vez que o contato com a sociedade envolvente tem ampla interferência no modo de vida, e na particularidade daquele grupo.
 - Pela visão antropológica, enxergar o individuo como um ser ativo ao invés de passivo, e tornar o olhar individual no lugar de instruções vindas de cima para baixo na rede publica de saúde seriam opções boas para ressignificar a realidade do povo indígena.“Vários estudos epidemiológicos e antropológicos revelam a falência ou o insucesso de políticas públicas de programas de saúde justamente por não considerarem essa "construção de sentido", essas representações sociais sobre o processo de adoecimento entre os povos tradicionais.”
- “ É importante para que eles percebam que estão diante de outro modo de perceber e ser no mundo. A partir daí ouvir e apreender o que o outro está comunicando sobre sua experiência de doença e quais são os caminhos que ele percorre e sujeitos que ele aciona para o seu tratamento.”
- Existe então a necessidade de uma união social com os saberes clínicos.
- POPULAÇÃO ISOLADA ou DE RECENTE CONTATO : São os indivíduos espremidos e que estão localizados de forma espalhada, já que a maioria se concentra na Amazônia ou em fronteiras.
São extremamente sensíveis ao contagio de doenças e deve haver um certo cuidado para entrar em contato.
Sugere-se uma formação de não indígenas para um trabalho multicultural, mas também uma formação de indígenas para o trabalho em saúde.
"Temos o direito de ser iguais, sempre que a diferença nos inferioriza. Temos o direito de ser diferentes, sempre que a igualdade nos descaracteriza" (BOAVENTURA SOUZA SANTOS, 1997).

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