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3 - BLOQUEIO NEUROEIXOO

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1 
BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
BLOQUEIO DE NEUROEIXO 
CASO: Paciente de 40 anos, feminina, 85kg, 
155cm, sem doenças sistêmicas, será submetida 
a colecistectomia por via aberta. Foi optado por 
técnica anestésica de raquianestesia. Sinais vitais 
após a monitorização: PAS 110 x 70 mmHg, FC 70 
bpm, Sat O2 97% em ar ambiente. 
1) Quais são as referências anatômicas para 
realização de bloqueio de neuroeixo? 
2) Quais são as vantagens da raquianestesia 
em relação à anestesia geral? Não precisa 
manipular a via aérea do paciente; existe 
um controle álgico melhor no pós 
operatório comparado com a anestesia 
geral, porque as drogas feitas na raqui 
possui uma duração superior do que as 
feitas por via venosa (se o paciente for fazer 
uma cirurgia na barriga, em que a anestesia 
foi geral, ele vai sentir dor, e a morfina será 
administrada via EV em altas dose, se for 
administrada pela raqui, será em dose 
menor, e ela no neuroeixo é de extrema 
eficácia, tendo uma duração de 24h). 
ANATOMIA DE COLUNA 
- O formato da coluna é meio “sinusoidal”. 
- Em relação ao processo espinhosos, perceba-se 
que a região lombar ela é mais 
“quadradinha/horizontal”; na parte torácica a 
espinha é mais diagonal, e o processo espinhoso 
além de ser mais estreito possui uma inclinação. 
*O bloqueio de neuroeixo vai ser realizado no 
processo sub aracnoide ou peridural através dos 
processos espinhosos – na região lombar é mais 
fácil de ser acessada o processo espinhoso, por 
ser mais horizontal; na região torácica, por ser m 
espaço mias fechado, existe muita dificuldade 
técnica nessa região. 
- A punção da raque anestesia é feita pela via 
lombar, pois além de ser mais fácil acessar o 
espaço, existe uma chance menor de lesão 
nervosa pois não existe mais medula. 
*Ela pode até ser feita a nível torácico, mas não 
se deve, porque o risco de lesão medular é 
grande, já que a medula termina mais ou menos 
em L1-L2. 
*Raquianestesia (sub araicnoidea) vai acessar o 
espaço subaracinoide, onde se tem o liquor. Já na 
peridural é antes da dura mater. 
Obs: Na anestesia peridual, já que não vai furar a 
duramater, ela pode ser feita em qualquer nível, 
já que não vai atingir a medula, podendo ser feita 
até a cervical. 
 
- Nessa imagem vemos o corte para visualizar as 
estruturas/planos até chegar no canal medular. 
Os processos espinhosos, como são mais 
horizontalizados, podemos inferior que é na 
parte lombar. Passa a pele e o subcutâneo, 
ligamento supra-espinhoso, entre as espinhas 
existe o ligamento interespinhoso, e logo após o 
ligamento amarelo (mais rígido). Logo depois o 
ligamento amarelo existe a duramater, e a 
peridural é feita logo após o ligamento amarelo, 
já chegando no espaço peridural. Caso for fazer 
a raquianestesia, fura a duramater, fazendo a 
punção lombar. 
 
 2 
BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
- Em relação as meninges: 
▪ Duramater é a primeira, mais fibrosos e 
dura; consegue sentir bem ela quando 
fura com a agulha. 
▪ Aracnoide não consegue sentir a 
diferença quando fura. 
▪ Pia mater é aderida a medula. 
*Na raquianestesia, é furada até a pós aracnoide, 
chegando no espaço subaracnoide e aplicando a 
anestesia. 
RAQUIANESTESIA 
- Também conhecida como anestesia 
subaracnoide, consiste na injeção de anestésicos 
específicos no espaço subaracnoide (entre a pia-
máter e a aracnoide espinhal), anestesiando 
todas as raízes. 
- Ela é de fácil execução, curta latência, não 
aumentando o risco de sangramento. 
- Existe o bloqueio motor associado, o que é uma 
vantagem, principalmente quando o cirurgião 
precisa do paciente mais imóvel para não 
atrapalhar seu campo. 
- Analsegia pós-operatória. 
- Relaxamento abdominal. 
- Tratamento de dor aguda. 
 
 
INDICAÇÕES 
- Não há indicação absoluta para utilizar a 
anestesia subaracnóidea, sendo optada pelas 
suas vantagens. 
- Os procedimentos mais indicados são nas 
cirurgias abdominais e em MMII. 
- Nos pacientes ambulatoriais (que recebem alta 
no mesmo dia) podem fazer a raquianestesia, 
porém existe cuidados que precisam ser 
tomados no momento da alta. 
*Na raquianestesia existe o bloquei de três tipos 
de fibras: sensitivas (corta a sensibilidade 
térmica, propriocepção, dolorosa), motoras e 
bloqueio autonômico. Por isso existe cuidados 
que devem ser tomados para que os pacientes 
tenham alta no mesmo dia. 
*Não podemos escolher drogas que possuem 
uma duração muita alta no neuroeixo, como a 
morfina, pois como ela pode durar até 24h, os 
efeitos colaterais também podem aparecer nesse 
período, pois isso, não é prudente levar esse 
paciente pra casa se tiver feito morfina no 
neuroeixo, porque em até 24h ele pode 
apresentar retenção urinaria, depressão 
respiratória, além de complicações mais serias. 
*Pacientes ambulatoriais precisam tomar 
cuidado com um adjuvantes, e só liberar eles 
quando já tiverem deambulando. Além disso, 
precisa conferir as fibras sensitivas, motoras e 
autonômicas, porque ele pode ter restaurando os 
dois primeiros, mas o bloqueio autonômico possa 
fazer com que ele tenha uma hipotensão 
postural, quando for deambular, tendo um risco 
aumentado de queda. 
- Na obstetrícia é muito indicado, porque não tira 
a consciência do paciente durante a cirurgia, em 
que a mãe fica acordada, conseguindo 
acompanhar o parto do seu filho. Além disso, a 
raqui não atravessa a barreira placentária, já que 
as medicações são feitas no nueroixo, não 
interferindo na vitalidade/escore de apgar do 
neném, diferente da anestesia geral, em que na 
sua maioria atravessa a barreira placentária, e o 
bebê nasce rebaixado sobre o efeito e opioides e 
 3 
BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
hipnóticos, precisando de reanimação e até 
mesmo ventilação mecânica. 
- Nas cirúrgicas pediátricas, em que se tenha uma 
via aérea difícil ou de forma combinada. 
- Em cirurgias cardíacas é uma analgesia 
adequada, controle de níveis tensionais e 
extubação precoce (pesar risco de 
sangramento). 
FATORES QUE INFLUENCIAM A ALTURA 
DO BLOQUEIO 
- Os dermátomos que precisamos gravar são: 
▪ Umbigo T10. 
▪ Amilo T4. 
▪ Região subcostal é de T6 até T8. 
- Por essa foto e essa tabela vemos os principais 
níveis que precisam atingir com a anestesia a 
depender do tipo de cirurgia. 
*A raqui é indicada em cirurgias abdominais 
baixa e MMII, sendo fácil de entender já que ela 
pega em região lombar e sacral. Mas a paciente 
do caso vai operar uma vesícula, em que o corte 
é em mais ou menos T6/T7(região subcostal), 
então como uma anestesia que é feita na região 
lombar chega em T4? Vai depender da escolha do 
anestésico e da posição da mesa para fazer com 
que a droga chegue lá. Agora, por que na 
cesariana, que o corte é supra púbico, a anestesia 
é feita em T4? Porque nas cirurgias que precisa 
acessar a cavidade abdominal/peritônio, mesmo 
na parte inferior, precisamos bloquear a 
inervação peritoneal, que é a nível de T4. 
 
FARMACOCINÉTICA DOS AL 
- A distribuição dos AL no espaço subaracnoide 
(altura e duração) vai se dispersar, sofrendo 
influência de: 
 
*Fatores inerentes do paciente não controla, mas 
precisamos conhecer para poder adaptar os 
demais fatores. 
- Os principais determinantes da altura do 
bloqueio são: 
▪ Baricidade (densidade em relação ao 
LCR, tipo de anestesio utilizado). 
▪ Dose (bloqueios mais altos é utilizado 
doses maiores). 
▪ Posicionamento do paciente na maca. 
*Todos esses fatores influenciam, porém os que 
estão grifados possuem uma relevância maior. 
FATORES RELACIONADOS AO 
PROCEDIMENTO 
POSICIONAMENTO 
- Nessa imagem vemos uma senhora numa 
posição considerada adequada para a realização 
da punção lombar/bloqueio de neuroeixo – 
costas encurvada, fazendo com que o espaçointerespinhoso abra, sendo mais fácil de acessar 
o neuroeixo. 
- Em relação a baricidade/densidade do 
anestesio, existem 3 tipos: 
▪ Hiperbáricos/pesados, sendo mais 
pesados que o liquor; nessa paciente 
que está sentada eles possuem uma 
tendencia gravitacional. 
▪ Isobáricos possuem uma densidade 
igual ao liquor, ou seja, eles tendem a 
 4 
BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
permanecer mais ou menos o mesmo 
local que foram injetados. 
*Nenhum anestesio é verdadeiramente isobárico 
– os anestésicos isobáricos no mercado têm um 
comportamento hipobarico, principalmente 
porque a temperatura altera a baricidade do 
anestesio. Então, por mais que eles sejam 
identificados isobáricos, eles têm um 
comportamento de hipobarico. 
▪ Hipobáricos são menos densos que o 
liquor, tendo um comportamento anti 
gravitacional. 
*O paciente está sentado com as costas 
encurvadas ou deitado na posição fetal para 
fazer a raqui, na qual será aplicada a anestesia 
na região lombar. Logo depois da aplicação, 
deita a paciente, e como a coluna é em formato 
de “S”, isso faz com que o anestesio pela própria 
conformação da coluna tende a escorrer pra 
cima e pra baixo – é nessa hora que entra a 
baricidade do anestesio juntamente com a 
posição da mesa, se o sabemos que o anestesio 
hiperbárico é pesado, ele vai ter um 
comportamento gravitacional, e o hipobárico é 
ao contrário. 
*Por exemplo, foi feita a punção lombar e eu 
quero que o anestesio chegue em T4, sendo feito 
um anestésico pesado, hiperbárico, 
gravitacional; o que podemos fazer com a mesa? 
Faz a inclinação da mesa, rebaixando a cabeça 
do paciente e levantando os pés, ao invés de 
deixar ela totalmente horizontal, facilitando a 
dispersão gravitacional. Faz o teste do nível de 
bloqueio com clorexidina pra saber se a paciente 
está sentindo: encostou no pescoço e ela sentiu 
gelado, encostou no umbigo e ela não sentiu 
(bloqueio está em T10), testou no subcostal em 
T6-T8 ela não sentiu (bloqueio já está em T6), 
chega na região da linha mamilar ele diz que 
ainda está sentindo, não chegou ainda em T4, 
então muda a posição da maca, que vai ajudar 
gravitacionalmente esse anestesio chegar onde 
queremos. Porém, se a modificação da mesa for 
muito acentuada, fazendo com que a paciente 
sinta formigamento nos braços, mostra que o 
bloqueio subiu demais, chegando na cervical, 
então vai fazer o “anti trem”, que é baixando 
mais para o anestesio descer → ESSA MUDANÇA 
DE POSIÇÃO PODERÁ SER FEITA DE 20-25 MIN 
ATÉ O BLOQUEIO TOTAL. 
*A anestesia hipobárica possui uma duração 
aumentada do que a hiperbárica. A isobárica 
possui uma latência maior até se instalar 
completamente, sendo também mais cardio 
estável, sendo reservada nos casos que se precisa 
de um bloqueio mais prolongado. 
*Um paciente que caiu da escada, tendo uma 
lesão no ligamento cruzado do joelho direito, 
precisando operar. Optamos por fazer uma 
anestesia de raqui hiperbárica, não se 
preocupando muito bem com a altura, já que 
joelho é em L2, e estamos fazendo a punção em 
L4, então assim que se fez a anestesia deitamos 
o paciente. Só que ai o infeliz do cirurgião pede 
para virar o paciente de lado, deixando o joelho 
esquerdo pra cima; o que vai acontecer com a 
anestesia hiperbárica? Vai anestesiar mais a 
outra perna! Precisa esperar 20-25 min para o 
bloqueio pegar e só depois mudar de posição, ou 
se não, utilizar um anestesio hipobárico, porque 
assim que ela virar vai subir e pegar na perna 
direita. 
 
FATORES RELACIONADOS AO 
PROCEDIMENTO 
- É principalmente relacionado a 
posição/velocidade – é logico que se você injetar 
o anestesio mais rápido vai ter uma velocidade 
maior, tendo assim uma maior dispersão, 
conseguindo atingir níveis mais altos, então, a 
velocidade de injeção é um outro artificio 
utilizado para conseguir a altura que queremos 
do bloqueio. 
 
 
 5 
BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
- Nessa tabela, os que estão grifados são os que 
efetivamente são utilizados para fazer a raqui: 
lidocaína, bupivacaína e ropivacaína (é muito 
cara). 
*A mais utilizada é a bupivacaína. A lidocaína 
possui descrições de alterações neurológicas 
transitórias na sua utilização no neuroeixo; além 
disso, ela possui uma duração de 30-60min de 
bloqueio – a maioria das cirurgias queremos uma 
garantia de tempo de sobra, então se uma 
cirurgia ocorre em 1h e meia, queremos garantir 
a anestesia em pelo menos 2h, pra caso aconteça 
algum tipo de atraso e complicação, não precisar 
converter a anestesia. 
*A duração da bupivacaína é de 2-4h em média, 
mas depende da dose que vai ser feita – se 
queremos duração maior, com níveis de bloqueio 
mais alto, é utilizado doses maiores. 
*Tanto a bupivacaína quanto a lidocaína para a 
raqui são hiperbáricas, pois possuem glicose pra 
torna-las mais hiperbáricas para o liquor. 
- Esses anestésicos locais são tanto utilizados 
para raqui quanto para a peridural. 
FÁRMACOS ADJUVANTES 
- Na raqui, podemos colocar adjuvantes para 
melhorar a qualidade do nosso bloqueio – a 
qualidade é vista tanto no tempo de analgesia, 
quanto de duração do bloqueio. 
OPIOIDES 
- Prolongam o tempo de ação e analgesia. 
*Esses adjuvantes precisam ser ampolas próprias 
para o neuroeixo. 
*A duração do bloqueio da bupivacaína é de até 
4h, ou seja, depois de 4h não tem mais nada de 
analgesia, fazendo então com que o paciente 
sinta dor. Se for colado opioides, como a morfina, 
por exemplo, esse tempo pode durar mais de 24h, 
sendo então interessante a utilização desses 
adjuvantes. 
MORFINA 
- 50-100ug. 
- Inicio de 60-90 min, e duração > 24h. 
- Pode tem efeitos adversos, como retenção 
urinária, prurido, náuseas, vômito e depressão 
respiratória; entretanto esses efeitos são dose 
dependentes, ou seja, quanto mais alto a dose, 
maior a chance de fazer esses efeitos adversos. 
FENTANIL 
- 10-20 ug. 
- Possui uma duração menor, de cerca de 6h após 
o efeito da raqui, dando uma boa analgesia, 
principalmente nas cirurgias ambulatoriais, 
podendo mandar pra casa em até 24h. 
*De 4-6h o paciente fica em observação pra ver 
se vai ter retenção urinária, depressão 
respiratória... 
- Rápido inicio de ação, duração variável. 
- Baixo risco de depressão respiratória, sendo 
muito utilizada ambulatorialmente. 
SULFENTANIL 
- 2,5-10 ug. 
- Semelhante ao Fentanil. 
- Analgesia prologada. 
Obs: O antagonista opioide que fazemos nos 
casos de intoxicação por opioide é a naloxona – 
paciente com intoxicação por heroína (um dos 
metabólicos da heroína é a morfina), e chega na 
emergência com sinais de intoxicação por 
 6 
BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
opioide faz essa medicação. Se o paciente 
apresentar algum efeito adverso utilizando esses 
opioides no neuroeixo pode fazer a naloxona 
também, pois ela é eficaz para reverter a morfina 
até do neuroeixo; a questão é que vai perder 
todo efeito analgésico → a depender do efeito 
que o paciente tem, principalmente se for 
prurido, vai conversar com o paciente e se não 
for algo tão insuportável assim e consegue 
aguentar, não faz a naloxona. 
VASOCONSTRICTORES 
- Mais utilizados na peridural. 
- Vão fazer uma vasoconstricção nos vasos ao 
redor, fazendo com que os anestésicos sejam 
menos absorvidos, e então a anestesia demora 
mais tempo no local, prologando então o 
bloqueio. 
- Prolongam a duração do bloqueio sensório e 
motor. 
- Reduzem o aporte sanguíneo por 
vasoconstricção, depressão da depuração dos 
anestésicos locais. 
- Adrenalina e fenilefrina. 
AGONISTAS 
- Clonidina (15-225 ug) e Dexmedetomidina (3 
ug). 
*A mais utilizada é a Clonidina, a mesma que é 
utilizada para abaixar a pressão nos pacientes. 
Na raqui ela prolonga bem o tempo dobloqueio, 
economizando o tempo da anestesia. 
Obs: Mas se na veia a Clonidina faz hipotensão, 
na raqui ela vai fazer também? Fazer até faz, 
porém a hipotensão dela na raqui é dose 
dependente, ou seja, quanto maior a dose 
utilizada, maior a chance de fazer a hipotensão. 
- Estimula os receptores alfa2-adrenérgicos pré-
sinápticos na medula. 
- Reduz o tônus simpático – hipotensão dose 
independente. 
CONTRAINDICAÇÕES PARA A 
ANESTESIA RAQUIMEDULAR E 
PERIDURAL 
ABSOLUTA 
- Recusa do paciente. 
- Incapacidade de manter imobilidade durante o 
procedimento. 
- Infecção localizada em sítio de punção. 
- Hipertensão intracraniana – paciente com 
suspeita de meningite, que precisa de um liquor 
diagnóstico, se ele tem sintomas de HIC não vai 
poder fazer a punção nele, porque vai diminuir 
subitamente a pressão na região de neuroeixo e 
ocasionar herniações cerebral. 
RELATIVAS 
- Vai pesar o risco e beneficio para o nosso 
paciente. 
*Estenose aórtica grave não vai fazer o bloqueio 
de neuroeixo, porque o paciente com debito 
cardíaco fixo passa a ser contraindicação 
absoluta. 
 
*Paciente com coagulopatias e profilaxia de 
trombo (duplo anti agregação plaquetária) não 
vai fazer pelo risco do paciente evoluir com 
hematoma espinal pós punção – esse hematoma 
comprime o canal medular, podendo deixar 
sequelas permanentes no nosso paciente. 
TÉCNICA 
- É igual a da unção lombar. 
PREPARO DO PACIENTE 
- Se ele for ansioso, faz uma pré-medicação com 
uma sedação mais leve, para evitar que ele mexa 
durante o procedimento. 
 7 
BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
- Monitorização e posicionamento (sentado ou 
deitado na posição fetal). 
MATERIAL 
- Campo e luva cirúrgica. 
- Compressas e gazes. 
- Seringa 3ml e 5ml. 
- Agulha rosa, verde e marrom. 
- Agulha de raquianestesia. 
- Esponjas e solução – antissepsia. 
AGULHAS 
- Existem tipos de agulha que tem a ponta 
cortante e ponta em lápis (atraumatica). 
- Existem estudos que mostram que as agulhas 
cortantes causam mais cefaleia pos raqui. 
 
POSICIONAMENTO DO PACIENTE 
- Decúbito lateral: mais usada, o lado escolhido 
depende da baricidade. 
- Sentado: obesos, gestantes e bloqueios baixos. 
- Faz a antissepsia local com clorexidina!! 
IDENTIFICAÇÃO DO ESPAÇO 
- Palpa a lateral do quadril, encontrando a 
espinha ilíaca antero superior, que é mais ou 
menos na linha de L4. 
 
 
 
 
NOS PLANOS 
ACESSO MEDIANO 
- Vai furar exatamente no meio entre um espaço 
do processo espinhoso e outro. 
ACESSO PARAMEDIANO 
- Vai 1cm para o lado e para baixo, puncionando 
em uma angulação, consegue fugir dos 
ligamentos. 
*Quanto mais idoso o paciente, muita das vezes 
existe calcificação dos ligamentos, dificultando 
então o acesso se for mediano. 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS 
CONTINUAÇÃO DO CASO: Foi feita a 
raquianestesia com 20mg de bupivacaína a 0,5%. 
Após 20min do bloqueio, a paciente apresentou 
bradicardia intensa (FC 30 bpm) e pressão 
arterial de 83x45 mmHg. 
1) Quais as alterações fisiológicas da 
raquianestesia que justificam essa 
alteração? 
2) Qual o tratamento? 
 8 
BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
*Existem 3 fibras que são bloqueadas 
efetivamente na raqui: a primeira a ser 
bloqueada é a autonômica, então um dos efeitos 
observadas na raqui é a hipotensão; depois será 
bloqueada as fibras sensitivas e por ultimo 
bloqueia a parte motora. 
- Quando fazemos o bloqueio das fibras 
autonômicas, bloqueamos principalmente o 
simpático do paciente, e se faz um bloqueio 
intenso do simpático a atividade parassimpática 
vai começar a atuar de uma forma não 
antagonizada – bloqueou o simpático, o 
parassimpático começa a atuar sozinho – sendo 
responsável pelas principais alterações 
hemodinâmicas visualizas na raquianestesia. 
- Essas alterações são mais acentuadas nos 
pacientes que possuem um tônus simpático mais 
elevado. 
HIPOTENSÃO 
- Vai diminuir o tônus vascular, fazendo uma 
vasodilatação abaixo do nível do bloqueio – se eu 
bloqueio até T4, de T4 pra baixo vai fazer 
vasodilatação. 
- A vasodilatação vai reduzir a pré-carga 
(diminuindo o retorno venoso), além de 
ocasionar uma redução da pós-carga (RVS). 
- Vai ocorrer uma redução do volume sistólico, e 
uma diminuição do débito cardíaco do paciente. 
*Essas repercussões hemodinâmicas costumam 
acontecer e vai depender da dose que é feita. 
*Como faz vasodilatação e diminuição do tônus 
venoso, se faz vasodilatação nosso corpo 
interpreta que ele está com uma hipovolemia 
relativa (pouco sangue), então para se tratar esse 
tipo de situação precisa hidratar bastante o 
paciente, para fazer um volume aberto para 
compensar esse feito de vasodilatação. 
*Os vasopressores são indicados quando a PA 
cair mais de 20% do basal. 
 
BRADICARDIA 
- Além de ser por um reflexo fisiológico, existem 
fibras cardio acelerados a nível de T1-T4 que se 
forem bloqueadas o paciente tende 
naturalmente a bradicardia. 
*Um dos tratamento a serem feitos é drogas que 
diminuam o efeito parassimpático, ou seja, 
drogas anticolinérgicas (atropina). 
 
COMPLICAÇÕES 
IMEDIATAS 
- Colapso cardiovascular. 
*Quando são muito intensas ou o paciente possui 
uma reserva cardíaca baixa, podendo entrar um 
colapso cardiovascular, evoluindo com parada 
cardiorrespiratória. 
- Raquianestesia total – quando o bloqueio sobe 
muito, podendo chegar em tronco encefálico: 
▪ Paciente tem depressão respiratória. 
▪ Pode evoluir com inconsciência. 
▪ Hipotensão arterial grave. 
Obs: O tratamento não é feito com antagonistas, 
é feito apenas um supor hemodinâmico e 
respiratório, ou seja, intuba o paciente e espera 
a anestesia passar. 
 9 
BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
- Alterações ventilatórias. 
- Náuseas e vômitos são tanto pelo baixo débito, 
quanto pela hipotensão que pode dar má 
perfusão cerebral, além da atividade do 
parassimpático. 
CEFALEIA PÓS-PUNÇÃO 
- Inicio é variável, de 2 a 3 dias após a punção, e 
costuma ter uma resolução espontânea 1-6 
semanas. 
- Quando acontece o paciente tem uma cefaleia 
incapacitante, a ponto dele não conseguir fazer 
nada. 
- Posterga a alta hospitalar, aumenta a 
morbidade, paciente pode evoluir com 
trombose. 
- Quando somos chamados para fazer a avalição, 
primeiro temos que caracterizar a dor, se for 
quadro sugestivo de cefaleia pós punção tem 
que hidratar bem o paciente, otimiza analgésicos 
e medidas clinicas (pílulas de cafeína). Se nada 
disso resolver entre 24-72h, está indicado, com 
consentimento do paciente, a realização do 
Blood Patch. 
*Blood Patch é o tampão sanguíneo, então o 
paciente retorna para o CC, onde é feito uma 
peridural no nível onde foi feita a raqui, e ao invés 
de injetar anestésico, vai injetar o sangue do 
próprio paciente colhido na hora, injetando uma 
média de 10-15ml; esse sangue vai fazer um 
tampão sanguíneo, tapando esse furo. A grande 
vantagem é que a dor de cabeça some na hora! 
Em contra partida, é um procedimento invasivo, 
com risco de perfurar a duramater, piorando a 
cefaleia do paciente, tem risco de infecção... 
TARDIAS 
- Cefaleia pós-punção é a mais famosa. Após o 
furo da punção liquórica, esse furo continua 
gotejando o liquor, e caso esse furo não fechar 
poderá levar a cefaleia. 
- Dor nas costas é a que mais ocorre. 
- Hematoma subdural é raro, porém é uma das 
complicações mais temidas, porque precisa ser 
abordado neuro cirurgicamente de uma forma 
que o paciente não evolua com sequelas. 
- Síndrome de causa equina. 
- Lesões neurológicas. 
- Meningite e aracnoidite adesiva, 
principalmente se for injetado algo que não seja 
anestésico ou inocular agentes. 
ANESTESIA PERIDURAL 
CASO: Paciente 54 anos, masculino, 175cm e 
85kg, será submetidoa gastrectomia total por 
carcinoma gástricos. Possui HAS em uso de 
losartana e atenolol. É tabagista, 20/dia há 30 
anos. Você opta por fazer anestesia geral 
associada a passagem de cateter peridural em 
T12-L1. 
- A anestesia peridural ou epidural resulta de 
administração de anestésico local no espaço 
peridural da coluna vertebral. 
- Pode ser realizada em qualquer nível, já que é 
segmentar. 
- O espaço epidural é um espaço virtual 
heterogêneo, em que contém gordura, fibras 
conjuntivas e numerosos vasos sanguíneos. 
*Nessa imagem vemos a pele, TCSC, e o processo 
espinho das vertebral – percebe-se que elas estão 
mais diagonais, então provavelmente ela é 
torácica, além de ter a medula. Vemos o 
ligamento supra espinhoso, ligamento inter 
espinhoso, ligamento amarelo e a dura mater 
(abaulada). Observa que a aguda vai chegar até 
o espaço peridural, injetando anestésico local 
nesse espaço, sem furar a dura mater – como ela 
não fura, ela pode ser feita até em nível cervical 
e torácico. Existe o risco de punção acidental e 
lesão medular, mas existem técnicas para 
identificar o espaço. 
 
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BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
INDICAÇÕES 
- Anestesia cirúrgica. 
- Analgesia obstétrica e pós-operatória. 
*Existe a possibilidade de passar por dentro 
dessa agulha um cateter fino, em que a ponta vai 
ficar nesse espaço, e podemos fazer anestésico 
no momento em que queremos, tanto no ato da 
cirurgia, tanto no pós-operatório. 
- Controle da dor aguda e crônica. 
- Analgesia controlada pelo paciente. 
VANTAGENS 
- Menor morbidade pós-operatória. 
- Menos complicações cardiopulmonares. 
- Melhor controle da dor. 
- Mobilização precoce. 
FATORES QUE DETERMINAM A 
QUALIDADE DO BLOQUEIO PERIDURAL 
- A dispersão dos anestésicos locais no espaço 
peridural (altura e duração) sofre influência de: 
 
ESCOLHA DO NÍVEL DA PUNÇÃO 
- A peridural pode ser feita no nível em que 
queremos, por ser uma anestesia segmentar. 
Geralmente escolhemos o nível próximo da 
incisão cirúrgica. 
 
TÉCNICA 
PREPARO DO PACIENTE 
- Igual à anestesia subaracnoide. 
MATERIAL 
- Campo e luva cirúrgica. 
- Esponjas e solução – antissepsia. 
- Compressas e gazes. 
- Seringa de vidro 10ml ou perda de resistência. 
- Seringas. 
- Agulha rosa e marrom. 
- Agulha de peridural. 
POSICIONAMENTO DO PACIENTE 
- Decúbito lateral: mais usada, o lado escolhido 
depende da baricidade. 
- Sentado: obesos, gestantes e bloqueios baixos. 
INFILTRAÇÃO DA PELE COM ANESTÉSICO 
LOCAL E INSERÇÃO DA AGULHA DE 
PERIDURAL 
- Lombar: espaço mais 
horizontal. 
- Torácica media e alta: 
diagonal. 
 
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BEATRIZ ANDRADE BRITTO – 6º SEMESTRE / ANESTESIO – LÍLIA MICHELI PEREZ 
TÉCNICA DE PERDA DE RESISTÊNCIA 
- Ar: pressão intermitente. 
*Se for furada a dura mater e injetar sem querer 
ar, faz um pneumoencefalo. Com a solução salina 
não tem esse problema. 
- Salina: pressão constante, mais seguro. 
- Gota pendente, forma antiga. 
CONTINUAÇÃO 
- Identificação do espaço peridural. 
- Notar a profundidade da agulha. 
- Retirar a seringa e introduzir o cateter até 15-
18 cm. 
- Retirar a agulha. 
- Retrair o cateter até deixar 4-6 cm no espaço. 
Considerar a distância. 
- Dose teste com 3ml de Lidocaína 2% com 
epinefrina, observar 2-3min. 
- Completar a dose após o teste. 
- Fixar o cateter. 
COMPLICAÇÕES 
IMEDIATAS 
- Hipotensão arterial. 
- Raquianestesia total. 
- Intoxicação por anestésico local: 
▪ Parestesia em língua. 
▪ Tontura, zumbido e tremor. 
▪ Alterações visuais. 
▪ Convulsões. 
- Nauseas e vômitos. 
- Injeção subdural. 
- Falha de bloqueio. 
 
TARDIAS 
- Cefaleia pós-punção acidental. 
- Lombalgia. 
- Hematoma peridural. 
- Lesões neurológicas. 
- Infecções e abscesso. 
- Complicações do cateter.

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