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* * * * Introdução e epidemiologia Classificações Fatores de risco Principais causas Radiculopatias Anamnese Exame físico Abordagem Tratamento * * Lombalgia: dor em região lombar. Lombociatalgia: dor em região lombar e no trajeto do nervo ciático. Lombalgia é a segunda dor mais frequente no homem — logo depois da dor de cabeça — e uma das principais causa de incapacitação para o trabalho. Estima‑se que, em algum momento de suas vidas, 80% das pessoas sofrerão de algum episódio de dor lombar. * * Aguda: início súbito e duração menor que 6 semanas (média de 1 a 7 dias) 90% recuperação espontânea; 30 a 60% recidiva entre 1 a 2 anos; Subaguda: duração de 6 a 12 semanas Crônica (5-8%): duração de mais que 12 semanas Compromete produtividade Repercussões biopsicossociais Recorrente: reaparece após períodos de acalmia * * Inespecífica: 85‑90% Não se consegue identificar a sua causa com exatidão. Acometem principalmente indivíduos entre 20 e 55 anos. Específica: 10‑15% Quando um fator causal (trauma, infecção, inflamação, tumor, hérnia discal ou outra) pode ser identificado. * * Estática: quando ocorre devido à má postura (sobrecarga estática) Cinética: decorrente de sobrecargas de movimentação. * * Idade Sedentarismo IMC Hábitos Posturais Fatores psíquicos e socioeconômicos Insatisfação laboral Síndromes depressivas Comorbidades * * Diferenciais: calculose renal, endometriose, aneurisma, tumores retroperitoneais, fibromialgia * * Degenerativas Radiculopatias Osteoartrose Inflamatórias Espondilite anquilosante Artrite reumatóide Neoplásicas Mieloma múltiplo Leucemia Linfoma Metastáses Metabólicas Osteoporose Hiperparatireoidismo Infecciosas Tuberculose Brucelose Viscerais Pielonefrite Nefrolitíase Aneurisma de aorta abdominal Músculo-esqueléticas Síndrome de Fibromialgia Psíquicas Mecânicas ou inespecíficas (85 a 90%) * * Características semiológicas da dor: Localização, Intensidade Irradiação: para MMII, face posterior da coxa, pés... Sintomas acompanhantes Fatores desencadeantes ou agravantes: movimentação, sentar, tossir... Excluir possibilidade de dor referida * * Dor mecânica Início agudo, duração de algumas semanas, melhora com posição confortável e piora ao final do dia. Melhora com 4 dias, com ou sem tratamento * * Hérnias de disco Dor principalmente nos seguimentos cervical e lombossacro, que irradia para MMSS ou MMII. Dor contínua que se agrava com movimentos. Doenças sistêmicas Início insidioso, duração mais prolongada, não se alteram com a posição. Doenças inflamatórias Rigidez e dor pela manhã. * * Câncer Dor em repouso ou à noite Outras dicas: Dor que melhora com repouso, piora no início dos movimentos mas melhora com o decorrer deles sugere osteoporose ou espondiloartrose. Dor referida: da pancreatite aguda, úlcera duodenal, de origem renal, de afecções ginecológicas, aneutisma de aorta abdominal... * * Exame Físico Inspeção: postura, atitude, mobilidade, movimentos, desvio, contratura, atrofia muscular, rigidez muscular, escoliose, lordose, flexão da coluna lombar, extensão da coluna lombar, obesidade Pesquisar pontos-gatilho miofasciais Palpar as apófises espinhosas e transversas, as proeminências ósseas e as articulações sacroilíacas. Verificar o grau de rigidez e de espasmo da musculatura vertebral. Não sugere causa específica, mas ajuda a identificar os pacientes cujo tratamento conservador não será suficiente. * * Dor à palpação da região lombar Sinal de Lasègue: Sua positividade indica irritação da raiz nervosa. Buscar déficit sensitivo, assimetria de reflexos, diminuição da força muscula no terrítório da raiz afetada * * Descartar doença sistêmica subjacente Identificar comprometimento neurológico que requeira avaliação cirúrgica Considerar a existência de fatores psicológicos e sociais que possam ampliar ou prolongar a dor Propor cuidados para a prevenção primária, secundária, terciária e quaternária * * Dor noturna Refratariedade ou progressão Déficits motores e sensitivos Síndrome da cauda equina Anestesia em sela; disfunção de bexiga; déficit neurológico progressivo ou grave em membros inferiores Febre por mais de 48h ou imunossupressão Trauma Emagrecimento Idade acima de 50 ou menor que 20 anos Antecedente de neoplasia, uso de drogas injetáveis ALERTA VERMELHO Sinais de doença sistêmica, necessidade de cirurgia ou exames complementares * * Fatores genéticos Obesidade Sedentarismo Tabagismo Má postura Síndromes depressivas Insatisfação laboral Trabalhos pesados Mudança de pressão e temperatura ALERTA AMARELO Fatores de cronificação * * * * Nas pessoas com dor aguda, sem sinal de envolvimento sistêmico (como febre ou perda de peso) e sem sinais neurológicos deficitários (como diminuição da força ou da sensibilidade em uma ou ambas as pernas ou alterações esfincterianas), não há indicação para investigação com exames complementares. Quando sinais sistêmicos ou neurológicos existem ou quando a dor se cronifica, exames sanguíneos, de imagem ou eletroneuromiográficos podem ser necessários. O resultado de exames complementares, principalmente os de imagens, devem ser examinados com cautela, porque o achado de alterações não significa necessariamente uma relação de causa e efeito. * * * * * * Não medicamentoso: Não ficar de repouso no leito; Manter as atividades toleradas; Não recomendar exercícios específicos para a coluna. * * Medicamentoso ESCALA ANALGÉSICA * * Lombalgia aguda por até 2 semanas (melhor que placebo) Exemplos: Carisoprodol (Dorilax) Ciclobenzapina (Miosan) Obs.: uso com cautela em pacientes idosos devido ao risco de queda da própria altura. Relaxante muscular * * Não-medicamentoso Correção postural evita recorrências No trabalho (sentar, movimento repetitivo, carregar pesos) Em casa (dormir, levantar objetos) Na rua (bolsa) Atividade física * * Medicamentoso Escala analgésica Antidepressivos Tricíclicos Mesmo sem presença de depressão Usar em baixas doses: amitriptilina 25mg/noite Neurolépticos Prescrição individualizada, geralmente pelo especialista e quando houver disestesias Injeção local de anestésico e/ou corticóide? * * É indicado: Hérnia discal, caso déficit neurológico grave agudo (menos de 3 semanas), com ou sem dor; Na lombociatalgia hiperálgica e, nas outras de menor intensidade, apenas para os pacientes que não melhoram após 90 dias de adequado tratamento clínico; Na síndrome da cauda eqüina (alteração de esfíncter, potência sexual e paresia dos membros inferiores) a cirurgia está indicada em caráter emergencial, como também, nas lombalgias infecciosas (espondiodiscites) com evolução desfavorável. * * Na claudicaçâo neurogênica intermitente incapacitante e progressiva e na radiculopatia unilateral que não responde ao tratamento conservador. Na espondilolise, com espondilolistese, e espondilolistese degenerativa, com dor lombar que não melhora com tratamento clínico; escorregamento vertebral progressivo no jovem (mesmo assintomático); lombociatalgia e claudicação neurogênica devidas a canal estreito que não responderam ao protocolo de tratamento conservador. * * Terapias manuais (massagem) Fisioterapia Acupuntura Faltam evidências dos benefícios a longo prazo. * * “Lombalgias” de Djacir Dantas Pereira de Macedo Diagnóstico e tratamento das lombalgias e lombociatalgias. Rev. Bras. Reumatol. vol.44 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2004 “Dor” , SAERJ Exame clínico – bases para a prática médica, Celmo Seleno Porto Tratado de Clínica Médica, Antônio Carlos Lopes “Dor nas costas” de Ademir Lopes Junior. Disponível em http://www.saudedafamilia.org/aulas_cursos/aulas/lombalgia.pdf www.famema.br/ligas/dor/Lombalgia.ppt Mecânicas (90%) Malformações Congênitas: vértebras de transição lombar ou sacral, hemivértebra, espinha bífida, megapófise, assimetria ou distopia articular, escoliose, estenose de canal, espondilólise e espondilolistese. Deformidades adquiridas: escoliose, hiperlordose do ângulo lombossacral,estenose de canal, síndrome facetaria, defeito postural por hipotonia muscular, espondilólise e espondilolistese. Traumáticas: entorse ou distenção de partes moles, fraturas de compressão vertebral, subluxação articular espondilólise e espondilolistese. Degenerativas Osteoartrose, discoartrose, síndrome de compressão medular ou radicular, síndrome de cauda eqüina Inflamatórias Espondilite anquilosante, artrite reumatóide. Neoplásicas Neurinoma, hemangioma, meningioma, osteoma osteóide, osteoblastoma, mieloma múltiplo, leucemia, linfoma, carcinomas metastáticos de mama, próstata, pulmão, rim, tireóide e trato digestivo Metabólicas Osteoporose, osteomalácia, osteodistrofia renal, doença de Paget, hiperparatireoidismo, hipercortisonismo. Infecciosas Espondilodiscite piogênica, tuberculose, brucelose, salmonelose Viscerais Pielonefrite, nefrolitíase, pancreatite, carcinoma pancreático, aneurisma de aorta abdominal, neoplasia retroperitoneal, endometriose Musculoesqueléticas Síndrome de Fibromialgia, fibromialgia localizada, síndromes miofasciais Psíquicas * Não sugere causa específica, mas ajuda a identificar os pacientes cujo tratamento conservador não será suficiente Observação do paciente em pé, sentado e deitado, nas posições de supinação e pronação. Coluna: repouso, posições e movimentos que exacerbam a dor Limitação da mobilidade da coluna Dor localizada pela palpação de uma vértebra sugere osteomielite ou fraturas de corpo vertebral * é geralmente considerada positiva quando a dor se irradia, ou se exacerba, no trajeto do dermátomo, quando a elevação do membro inferior faz um ângulo de 60 graus ou menos com o plano horizontal. Teste particularmente sensível para hérnias em L4-L5 ou L5-S1 * *Anestesia em sela; disfunção de bexiga; déficit neurológico progressivo ou grave em membros inferiores ** Traumas importantes em qualquer idade ou leves em idoso com osteoporose * * Súbita perda de força *
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