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Tomografia Computadorizada

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Indaial – 2020
Tomografia 
CompuTadorizada
Prof. Ricardo Pinto Aguiar
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Ricardo Pinto Aguiar
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
A282t
Aguiar, Ricardo Pinto
Tomografia computadorizada. / Ricardo Pinto Aguiar. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2020.
164 p.; il. 
ISBN 978-65-5663-149-3
ISBN Digital 978-65-5663-146-2
1. Tomografia. - Brasil. 2. Controle de qualidade dos exames. – 
Brasil. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 616.07543
III
apresenTação
Caro acadêmico, seja bem-vindo ao Livro Didático de Tomografia 
Computadorizada. Neste livro, na Unidade 1, abordaremos os equipamentos 
de tomografia computadorizada, os meios de contrastes utilizados nos exames 
de tomografia e os planos de corte utilizados como referência para os exames. 
Na Unidade 2, trataremos dos exames realizados em tomografia, a manipulação 
das imagens e os protocolos utilizados para a realização dos exames. Por 
fim, na Unidade 3, veremos o controle de qualidade dos exames, as doses de 
radiação em tomografia e os efeitos biológicos causados pela radiação. 
Percebeu a quantidade de informações importantes para o seu 
aprendizado? Aproveite as informações deste livro e aprofunde o seu 
conhecimento em tomografia computadorizada. Bons estudos!
Prof. Ricardo Pinto Aguiar
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
VII
UNIDADE 1 – CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA .................1
TÓPICO 1 – EQUIPAMENTOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ............................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 PRINCÍPIOS BÁSICOS ........................................................................................................................7
2.1 PIXEL ...................................................................................................................................................8
2.2 VOXEL ................................................................................................................................................8
2.3 A ESCALA DE HOUNSFIELD .......................................................................................................9
3 EVOLUÇÃO DOS APARELHOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ....................10
3.1 GERAÇÕES DE TC ..........................................................................................................................10
3.1.1 Sistema helicoidal ..................................................................................................................13
3.1.2 TC Multislice ...........................................................................................................................14
4 O EQUIPAMENTO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ............................................15
4.1 GANTRY ............................................................................................................................................15
4.2 MESA DE EXAMES .........................................................................................................................15
4.3 MESA DE COMANDO ...................................................................................................................16
4.4 COMPUTADOR ...............................................................................................................................17
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................18
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................19
TÓPICO 2 – MEIOS DE CONTRASTE E REAÇÕES .......................................................................21
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................21
2 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ...........................................................................................................22
2.1 ENDOVENOSA ...............................................................................................................................22
2.2 ORAL .................................................................................................................................................24
3 CLASSIFICAÇÕES DAS REAÇÕES AOS MEIOS DE CONTRASTE ......................................24
4 BOMBA INJETORA .............................................................................................................................25
5 ANESTESIA E SEDAÇÃO ..................................................................................................................26
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................27
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................28
TÓPICO 3 – PLANOS DE CORTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ....................29
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................29
2 ASPECTOS ANTÔMICOSDE REFERÊNCIA ................................................................................29
2.1 DIREÇÕES DA POSIÇÃO ANATÔMICA ...................................................................................30
2.2 PLANOS DO CORPO .....................................................................................................................30
2.3 CAVIDADES DO CORPO ..............................................................................................................31
3 UNIDADES ESTRUTURAIS ..............................................................................................................32
3.1 CÉLULAS ..........................................................................................................................................33
3.2 TECIDOS ..........................................................................................................................................35
3.2.1 Tecido epitelial .......................................................................................................................35
3.2.2 Tecido conjuntivo ...................................................................................................................36
3.2.3 Tecido nervoso .......................................................................................................................37
3.2.4 Tecido muscular .....................................................................................................................38
sumário
VIII
3.3 ÓRGÃOS E SISTEMAS ...................................................................................................................39
3.3.1 Sistema esquelético ................................................................................................................39
3.3.2 Sistema circulatório ...............................................................................................................40
3.3.3 Sistema respiratório ...............................................................................................................41
3.3.4 Sistema digestório ..................................................................................................................42
3.3.5 Sistema endócrino ..................................................................................................................43
3.3.6 Sistema urinário .....................................................................................................................44
3.3.7 Sistema genital masculino ....................................................................................................44
3.3.8 Sistema genital feminino .......................................................................................................45
4 TRAÇOS PARA ORIENTAÇÃO DE CORTES ...............................................................................46
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................48
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................49
UNIDADE 2 – EXAMES EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ......................................51
TÓPICO 1 – PRINCÍPIO DO EXAME E TIPOS DE EXAMES EM TC .........................................53
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................53
2 PRINCÍPIO DO EXAME DE TC ........................................................................................................55
2.1 POSICIONAMENTO DO PACIENTE ..........................................................................................55
2.2 CADASTRO DO PACIENTE ..........................................................................................................55
2.3 IMAGEM SCOUT ............................................................................................................................56
2.4 VARREDURA ...................................................................................................................................56
3 TIPOS DE EXAMES EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ..........................................57
3.1 CRÂNIO ............................................................................................................................................57
3.2 SEIOS PARANASAIS ......................................................................................................................60
3.3 OSSOS TEMPORAIS .......................................................................................................................61
3.4 PESCOÇO..........................................................................................................................................61
3.5 TÓRAX ..............................................................................................................................................61
3.6 ABDÔMEN .......................................................................................................................................63
3.7 COLUNA CERVICAL .....................................................................................................................64
3.8 COLUNA TORÁCICA ....................................................................................................................65
3.9 COLUNA LOMBAR ........................................................................................................................65
3.10 OMBRO ...........................................................................................................................................66
3.11 COTOVELO ....................................................................................................................................67
3.12 PUNHO ...........................................................................................................................................68
3.13 ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL ............................................................................................70
3.14 JOELHO ...........................................................................................................................................70
3.15 PATELA ...........................................................................................................................................71
3.16 TORNOZELO .................................................................................................................................72
3.17 PÉ ......................................................................................................................................................72
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................74
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................75
TÓPICO 2 – MANIPULAÇÃO DA IMAGEM DE TC ......................................................................77
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................77
2 PROCEDIMENTOS REALIZADOS DURANTE A MANIPULAÇÃO DAS IMAGENS .......77
2.1 CLASSIFICAR ..................................................................................................................................78
2.2 REALCE DA INTERFACE CÉREBRO/OSSO ..............................................................................78
2.3 RESTAURAR ....................................................................................................................................78
2.4 EXCLUIR ...........................................................................................................................................78
2.5 NÍVEL DE JANELA (WL)E ALTURA DA JANELA (WW) ......................................................78
2.6 AMPLIAÇÃO ...................................................................................................................................78
2.7 LUPA ..................................................................................................................................................78
IX
2.8 ANOTAÇÃO .....................................................................................................................................79
2.9 ROI .....................................................................................................................................................79
2.10 REFORMATAÇÃO ........................................................................................................................79
2.11 MPR RECONSTRUÇÃO MULTIPLANAR ................................................................................81
2.12 ALGORITMOS DE RECONSTRUÇÃO ......................................................................................82
3 DOCUMENTAÇÃO E ARQUIVAMENTO DO EXAME ..............................................................82
3.1 EXPORTAR DADOS ........................................................................................................................83
3.2 IMPRESSÃO DE FILMES ...............................................................................................................83
3.3 TRANSFERÊNCIAS DE IMAGENS TOMOGRÁFICAS ............................................................83
3.4 ARQUIVAR .......................................................................................................................................83
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................84
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................86
TÓPICO 3 – PROTOCOLOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ..............................87
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................87
2 PROTOCOLOS GERAIS .....................................................................................................................87
2.1 CRÂNIO ...........................................................................................................................................88
2.2 SEIOS PARANASAIS ......................................................................................................................89
2.3 OSSOS TEMPORAIS .......................................................................................................................90
2.4 PESCOÇO..........................................................................................................................................90
2.5 TÓRAX ..............................................................................................................................................91
2.6 TÓRAX ALTA RESOLUÇÃO .........................................................................................................92
2.7 ABDOME ...........................................................................................................................................93
2.8 COLUNA CERVICAL .....................................................................................................................94
2.9 COLUNA TORÁCICA ....................................................................................................................95
2.10 COLUNA LOMBAR ......................................................................................................................95
2.11 OMBRO ...........................................................................................................................................96
2.12 COTOVELO ....................................................................................................................................97
2.13 PUNHO ...........................................................................................................................................98
2.14 ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL ............................................................................................99
2.15 JOELHO .........................................................................................................................................100
2.16 PATELA (PROTOCOLO DE LYON) .........................................................................................101
2.17 TORNOZELO ...............................................................................................................................101
2.18 PÉS .................................................................................................................................................102
3 PROTOCOLOS DE ANGIOTOMOGRAFIA ................................................................................103
3.1 ARTERIAL INTRACRANIANA ..................................................................................................103
3.2 AORTA TORÁCICA ......................................................................................................................104
3.3 AORTA ABDOMINAL ..................................................................................................................104
3.4 CORONÁRIAS ...............................................................................................................................105
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................106
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................107
UNIDADE 3 – CONTROLE DE QUALIDADE NOS EXAMES E PROTEÇÃO 
RADIOLÓGICA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA .................................................109
TÓPICO 1 – CONTROLE DE QUALIDADE DOS EXAMES .......................................................111
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................111
2 CONTROLE DE QUALIDADE DO EQUIPAMENTO DE TOMOGRAFIA ..........................112
2.1 RUÍDO .............................................................................................................................................112
2.2 RESOLUÇÃO DE CONTRASTE ................................................................................................113
2.3 ARTEFATOS ...................................................................................................................................113
2.4 LINEARIDADE ..............................................................................................................................114
2.5 RESOLUÇÃO ESPACIAL .............................................................................................................115
X
2.6 ESPESSURA DO CORTE ..............................................................................................................115
2.7 INDICAÇÃO LUMINOSA (LASERS) ........................................................................................115
2.8 DESLOCAMENTO DA MESA ...................................................................................................116
2.9 DOSE ................................................................................................................................................116
3 FATORES DE QUALIDADE DA IMAGEM ..................................................................................117
3.1 RESOLUÇÃO ESPACIAL .............................................................................................................117
3.2 RUÍDO .............................................................................................................................................1173.3 RESOLUÇÃO DE CONTRASTE .................................................................................................118
3.4 UNIFORMIDADE ..........................................................................................................................118
3.5 LINEARIDADE ..............................................................................................................................118
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................120
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................122
TÓPICO 2 – DOSES DE RADIAÇÃO EM TOMOGRAFIA .........................................................123
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................123
2 GRANDEZAS E UNIDADES DE RADIAÇÃO ............................................................................125
2.1 GRANDEZAS .................................................................................................................................125
2.1.1 Grandezas dosimétricas .......................................................................................................125
2.1.2 Grandezas limitantes ............................................................................................................125
2.1.3 ICRP e ICRU ..........................................................................................................................126
2.1.4 Definição das grandezas radiológicas ..............................................................................126
2.1.5 Doses .......................................................................................................................................127
3 UNIDADES ..........................................................................................................................................127
4 DOSES DE RADIAÇÃO RECEBIDAS EM EXAMES DE TOMOGRAFIA ............................129
5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO A RADIAÇÃO .................................................................................133
5.1 TIPOS DE ÁREAS DE PROTEÇÃO A RADIAÇÃO .................................................................134
5.2 SINALIZAÇÃO DAS ÁREAS ......................................................................................................134
5.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ..................................................................136
5.4 MONITORAMENTO DA RADIAÇÃO ......................................................................................137
5.4.1 Monitoramento de área ........................................................................................................138
5.4.2 Monitoração Individual .......................................................................................................138
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................140
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................141
TÓPICO 3 – EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO ................................................................143
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................143
2 EFEITO DA RADIAÇÃO IONIZANTE NO TECIDO ................................................................144
3 EFEITO DA RADIAÇÃO IONIZANTE NO HOMEM ...............................................................145
4 CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS.......................................................................147
4.1 EFEITOS ESTOCÁSTICOS ..........................................................................................................148
4.2 EFEITOS DETERMINÍSTICOS ....................................................................................................148
4.3 EFEITOS GENÉTICOS .................................................................................................................149
4.4 EFEITOS SOMÁTICOS .................................................................................................................149
4.5 EFEITOS IMEDIATOS OU TARDIOS .........................................................................................149
5 SÍNDROMES OCORRIDAS PELA EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO ...........................................150
5.1 SÍNDROME HEMATOPOIÉTICA ..............................................................................................150
5.2 SÍNDROME GASTROINTESTINAL ...........................................................................................151
5.3 SÍNDROME NEUROVASCULAR ...............................................................................................151
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................153
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................159
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................160
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................161
1
UNIDADE 1
CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA 
COMPUTADORIZADA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender os princípios básicos da tomografia computadorizada;
• conhecer os tipos de aparelhos de tomografia computadorizada;
• compreender as partes integrantes dos equipamentos de TC;
• apresentar os meios de contrastes utilizados em tomografia;
• descrever as vias de administração dos contrastes;
• entender as reações aos agentes de contraste;
• compreender o papel da bomba injetora;
• conhecer os planos de corte em TC;
• entender os aspectos anatômicos de referência aos planos de corte;
• analisar as unidades estruturais com corpo humano;
• conhecer os traços para orientação de cortes.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará as autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – EQUIPAMENTOS DE TOMOGRAFIA 
COMPUTADORIZADA
TÓPICO 2 – MEIOS DE CONTRASTE E REAÇÕES
TÓPICO 3 – PLANOS DE CORTE EM TOMOGRAFIA 
COMPUTADORIZADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
EQUIPAMENTOS DE TOMOGRAFIA 
COMPUTADORIZADA
1 INTRODUÇÃO
A partir de agora, iniciaremos nossos estudos visando compreender 
a tomografia computadorizada como um método de diagnóstico por imagem. 
Neste tópico, estudaremos os equipamentos de tomografia computadorizada. 
• O que preciso saber sobre os princípios básicos da tomografia computadorizada?
• Do ponto de vista de estrutura dos equipamentos, como eles são formados?
NOTA
Em 8 de novembro de 1985, Wilhelm Conrad Roentgen (Figura 1) em seu 
laboratório, em Wurzburg na Alemanha, utilizando um aparato experimental, 
descobriu os raios X. Os raios X são ondas eletromagnéticas de comprimento 
curto, ionizantes, ou seja, que tem o poder de arrancar elétrons de um átomo 
(OKUNO, 2010). 
FIGURA 1 – WILHELM CONRAD ROENTGEN
FONTE: <https://1.bp.blogspot.com/-GEHE4QXOP_g/UGAxnoq7x8I/AAAAAAAAGYw/Bpme3lA-
cLw/s1600/R%C3%B6ntgen,_Wilhelm_Conrad_(1845-1923).jpg>. Acesso em: 11 nov. 2019.
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
4
Roentgen utilizou um aparato experimental semelhante ao tubo de 
Crookes com uma bobina de alta indução para descobrir os raios x. Peladescoberta 
dos raios X, recebeu em 1901 o Prêmio Nobel de Física. Roentgen faleceu em 10 de 
fevereiro de 1923 em Munique, Alemanha (ARRUDA, 1996). 
A radiação ionizante é definida como uma energia em movimento. É 
classificada pela sua natureza em dois tipos: corpusculares e eletromagnéticas. As 
corpusculares apresentam massa como as partículas alfa, beta, nêutrons e prótons. 
As eletromagnéticas, se comportam como ondas que se propagam em qualquer 
meio, não apresentam massa e nem carga elétrica. Entre as ondas eletromagnéticas 
temos: as ondas de rádio, raios X, raios y, luz visível, infravermelho, microondas e 
ultravioleta. As ondas eletromagnéticas são caracterizadas pelo comprimento de 
onda (λ) e sua amplitude (A), conforme ilustrado abaixo (Figura 2). 
FIGURA 2 – ONDA ELETROMAGNÉTICA
FONTE: <https://sites.google.com/site/eletricolsphysics/_/rsrc/1467087971478/
contextualizacao-te/descoberta-das-ondas-eletromagneticas/2.jpg> Acesso em: 11 nov. 2019.
O comprimento de onda (λ) é medido pela distância, que vai de uma crista 
a outra da onda (ponto mais alto da onda) e a outra que vai de um ventre (posição 
mais baixa da onda) ao outro. A Amplitude (A) representa as oscilações geradas 
pela fonte que produz a onda a cada segundo.
Os raios X são ondas de alta frequência, alta energia e pequeno comprimento 
de onda. Um raio X consiste em um feixe de fótons que se propagam pelo espaço 
na velocidade da luz (OKUNO, 2010). 
A produção de raios X é realizada através da aceleração e desaceleração 
de elétrons. Em um tubo de raios X, os elétrons são liberados de um filamento 
aquecido e acelerados na direção de um ânodo de tungstênio. A maioria dos elétrons 
incidentes perde energia cinética, convertendo-a em calor (MOURÃO, 2009). 
Perceba, acadêmico, como é formado o tudo de raios X (Figuras 3 e 4), e 
como são gerados os raios X, isso é maravilhoso: 
crista
vale
amplitude
λ - lambda
Comprimento de onda
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
5
FIGURA 3 – TUBO DE PRODUÇÃO DE RAIOS X
FONTE: <https://radiacaoblog.files.wordpress.com/2016/05/raios-x-certa.png?w=358&h=260>. 
Acesso em: 12 nov. 2019.
O cátodo é o polo negativo do tubo de raios X. É constituído por um 
filamento de 2 mm de diâmetro e 1 cm de comprimento. O ânodo é o lado positivo 
do tubo de raios X e conduz eletricidade, irradia calor e contém o alvo. Existem 
dois tipos de ânodos: o fixo e o giratório (MOURÃO, 2009). Agora, entenderemos 
a diferença do ânodo fixo e giratório. 
FIGURA 4 – TUBO DE RAIOS X COM ÂNODO GIRATÓRIO
FONTE: <https://img.medicalexpo.com/pt/images_me/photo-mg/68810-12408407.jpg>. 
Acesso em: 20 mar. 2020.
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
6
O tubo de raios X com ânodo fixo é utilizado em alguns equipamentos 
portáteis que não são necessárias correntes altas e elevadas energias. Os tubos de 
raios X, de uso geral, utilizam o ânodo giratório porque são capazes de produzir 
feixes de raios X de alta intensidade e tempo curto (MOURÃO, 2009). 
Segundo Carvalho (2009), a Tomografia Computadorizada, como 
método de diagnóstico por imagem, foi apresentada a sociedade científica em 
1972 por Godfrey Newbold Hounsfield, na Inglaterra. Quem também ajudou 
no desenvolvimento do tomógrafo computadorizado foi Allan M. Cormack que 
desenvolveu a matemática necessária para reconstrução das imagens tomográficas 
(Figura 5).
FIGURA 5 – ALLAN M. CORMACK E GODFREY NEWBOLD HOUNSFIELD
FONTE: <https://www.researchgate.net/profile/Jorge_Borbinha/publication/323615706/
figure/fig3/AS:601615228739610@1520447656708/Alan-MacLeod-Cormack-left-and-Godfrey-
Newbold-Hounsfield-right-are-the-co-creators.png>. Acesso em: 20 mar. 2020.
Hounsfield e Cormack receberam o prêmio Nobel em Medicina em 1979, 
pela invenção da tomografia computadorizada. A importância histórica da 
tomografia computadorizada foi a utilização da informática no diagnóstico por 
imagem (CARVALHO, 2009). 
Podemos perceber que a invenção da tomografia computadorizada 
foi um marco dentro da medicina e que sua descoberta trouxe benefícios para 
a radiologia, principalmente, na visualização de alterações internas do corpo 
humano. 
Em conceito, tomografia é uma palavra de origem grega: tomos significa 
“corte” e grafia significa “imagem”. O termo foi adotado pela Comissão 
Internacional de Unidades e Medidas Radiológicas (ICRU – International Comission 
on Radiologic Units and Measurements), para descrever as formas da tomografia 
seccional do corpo. 
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
7
A tomografia computadorizada é um método de diagnóstico que utiliza 
um computador sofisticado que combina o uso de raios X, obtidos por tubos de 
várias potências, que provê imagens anatômicas seccionais nos planos axial, sagital 
e coronal em alto grau de resolução (BONTRAGER, LAMPIGNANO, 2015).
Conforme Nóbrega (2005), o tubo de raios X está no interior do corpo do 
aparelho, acoplado a um dispositivo rotatório de forma contrária aos detectores, 
que coletam o feixe de radiação que atravessa o paciente. O conjunto de detectores 
é o principal elemento que transforma a energia incidente em informações 
processadas pelo computador. 
Os dados da região anatômica de interesse do paciente são recolhidos e 
reconstruídos em imagem na tela do computador. O feixe emitido pelo tubo de 
raios X é fino, da espessura de um lápis e, a cada corte tomográfico, a mesa do 
equipamento se move, sequencialmente (Figura 6). 
FIGURA 6 – MÉTODO TOMOGRÁFICO
FONTE: <http://www.radioinmama.com.br/historiadatomografia.html>. Acesso em: 13 nov. 2019.
Fique atento, acadêmico, que a rotação do tudo de raios X foi se 
aperfeiçoando e melhorando a cada geração de equipamentos. Veremos sobre 
esse e outros assuntos a seguir. 
2 PRINCÍPIOS BÁSICOS 
É importante saber os princípios básicos que formam a imagem em 
tomografia computadorizada e através desses princípios entender a qualidade 
da imagem. Vamos lá?
270o
90o
180o Detector
Tubo de raios X
Movimento
de mesa
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
8
2.1 PIXEL
A informação obtida pelos detectores do tomógrafo é transformada em 
pulsos elétricos. Através desses pulsos, o computador, com posse dos dados, 
constrói uma imagem, chamada matriz, que é formada pela diferente coloração 
em níveis de cinza em milhares de pontos. A matriz da imagem em tomografia 
computadorizada é definida por um arranjo de linhas e colunas, que formam 
a imagem digital. O elemento que forma as linhas e as colunas da imagem é o 
pixel, em inglês picture element, é a menor unidade da imagem e se apresenta em 
tons de cinza (Figura 7). O pixel não tem comprimento definido por depender do 
tamanho do campo de visão e da matriz de imagem (MOURÃO, 2015).
FIGURA 7 – MATRIZ DA IMAGEM COM O PIXEL
FONTE: <http://www.multimagem.med.br/2015/images/pixles.jpg>. Acesso em: 14 nov. 2019.
Quanto mais pixels tiver uma imagem, melhor será a qualidade e resolução. 
Cada pixel é uma representação bidimensional (2D) do volume (3D) do tecido no 
corte, apresentado na imagem de tomografia. 
2.2 VOXEL 
O volume (3D) da imagem digital é chamado de voxel. O voxel é o volume 
tridimensional da imagem formada por um conjunto de pixels que representa 
altura, largura e profundidade (Figura 8). Então, os volumes do pixel apresentados 
pela profundidade do corte, são chamados de voxel (MOURÃO, 2015). 
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
9
FIGURA 8 – PROFUNDIDADE DO CORTE VOXELS
FONTE: <https://www.researchgate.net/profile/Rafael_Martinez40/publication/325260176/figure/
fig1/AS:705632013402115@1545247190940/Geometric-structure-of-a-voxel-and-a-pixel.png>. 
Acesso em: 20 mar. 2020.
É necessário que as medidas de altura, largura e profundidade do voxel 
apresentem valores iguais, qualidade denominada isotrópica. Quanto mais 
próxima às medidas do pixel, melhor a qualidade da imagem. Em conclusão, 
cada voxel representa a unidade de volume da imagem, considerando a espessurado corte. 
Para um melhor conhecimento sobre o tema, recomendamos o artigo: 
Influência do tamanho do voxel na qualidade da imagem tomográfica – RFO, no link: 
https://pdfs.semanticscholar.org/8387/41015852e0da299670c54b737940a42cf6e0.pdf.
DICAS
2.3 A ESCALA DE HOUNSFIELD 
Em homenagem ao inventor da tomografia computadorizada (TC), essa 
escala (Figura 9) recebe o seu nome e tem valores de -1.000 a +1.000 unidades 
Hounsfield (HU). As unidades assumem um valor estabelecido a partir do valor 
zero (0), correspondente ao valor da água. Tecidos com densidade maior que a da 
água assumem valores positivos e, os de densidade menor que a água, assumem 
valores negativos (MAIERHOFER; GUERRINI, 2001).
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
10
FIGURA 9 – ESCALA DE HOUSFIELD
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_-D3fq5wQS9k/TBGn_32kiBI/AAAAAAAAAHc/_cHYZr1ChOk/
s400/10.jpg>. Acesso em: 20 mar. 2020.
A escala de Hounsfield é adotada como escala de densidade devido 
a TC ser um método que mede a radiação residual de diferentes tecidos que 
apresentam, nas imagens, variedades de tons de cinza de acordo com o valor de 
atenuação da água. 
3 EVOLUÇÃO DOS APARELHOS DE TOMOGRAFIA 
COMPUTADORIZADA
A seguir, compreenderemos como ocorreu a evolução da tomografia 
computadorizada.
3.1 GERAÇÕES DE TC
Desde a sua criação, em 1972, os equipamentos e sistemas de tomografia 
se aprimoraram em gerações. Existem algumas características que devem ser 
conhecidas para compreendermos a evolução dos equipamentos na aquisição de 
imagens digitais por tomografia computadorizada. 
• 1a GERAÇÃO: o tomógrafo de 1° geração (Figura 10) apresentava características 
como: feixe de radiação, fino como um lápis e um detector. A fonte de raios X 
girava a 180º ao redor do paciente e exigia uma exposição de quatro minutos 
para coletar a informação. Demorava vários minutos para elaborar um corte 
e gerar uma imagem sem resolução espacial e baixo número de pixels. Esses 
tomógrafos realizavam apenas tomografias do crânio, devido à facilidade de 
imobilização dessa parte (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2005).
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
11
FIGURA 10 – TOMÓGRAFO DE PRIMEIRA GERAÇÃO
FONTE: <http://www.geocities.ws/tomografiademadeira/imagens/primeira_geracao_2.jpg>. 
Acesso em: 20 mar. 2020.
• 2a GERAÇÃO: os tomógrafos de segunda geração (Figura 11) eram mais 
aperfeiçoados do que os de primeira devido à aquisição de dados a partir 
de um conjunto de detectores e não mais um único detector, como era no 
tomógrafo da primeira geração, considerando, assim, a redução do número de 
posicionamentos (NÓBREGA, 2005). 
FIGURA 11 – TOMÓGRAFO DE SEGUNDA GERAÇÃO
FONTE: <https://www.oocities.org/tomografiademadeira/imagens/segunda_geracao.jpg>. 
Acesso em: 14 nov. 2019.
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
12
Nessa geração, o feixe passou a ser em forma de leque, suficiente para 
cobrir o conjunto de detectores tornando os períodos de exposição menores e, 
consequentemente, o tempo do exame. Nos dias de hoje, esses equipamentos 
foram proibidos de operar devido à taxa de dose mais alta que o nível permitido. 
• 3a GERAÇÃO: os equipamentos de 3° geração (Figura 12) trouxeram uma 
evolução significativa, devido à eliminação da varredura linear, favorecendo, 
e muito, o avanço do tomógrafo. Esse equipamento inclui em torno de 600 
detectores que giram de forma sincrônica com o tubo de raios X, que emite 
um feixe largo de radiação a 360º em torno do paciente, reduzindo os tempos 
de aquisição de dois a cinco segundos por imagem e de cinco a quarenta 
segundos no processamento das imagens pelo computador (BONTRAGER; 
LAMPIGNANO, 2015).
FIGURA 12 – TOMÓGRAFO DE TERCEIRA GERAÇÃO
FONTE: <https://www.oocities.org/tomografiademadeira/imagens/terceira_geracao.jpg>. 
Acesso em: 14 nov. 2019.
Os tomógrafos dos dias de hoje utilizam a mesma arquitetura dos 
aparelhos da terceira geração devido ao custo de manter sistemas de quarta 
geração com detectores estacionários. 
 
• 4a GERAÇÃO: o grande avanço do equipamento de quarta geração (Figura 13) 
foi um conjunto de detectores distribuídos a 360° do gantry que permanecia 
estático em todo o exame e apenas o tubo realiza o movimento de rotação a 
360°. Uma das grandes inovações nesses equipamentos, além dos detectores 
distribuídos em todo anel, foi à tecnologia Slip-ring.
Fonte
Detectores
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
13
FIGURA 13 – TOMÓGRAFO DE QUARTA GERAÇÃO
FONTE: <https://www.oocities.org/tomografiademadeira/imagens/quarta_geracao.jpg>. 
Acesso em: 14 nov. 2019.
A tecnologia Slip-ring permitiu a eliminação dos cabos que alimenta o 
tubo de raios X. Sem os cabos, o tubo passou a realizar as rotações ininterruptas, 
diminuindo ainda mais o tempo para aquisição da imagem em 2 a 5s. Essa 
tecnologia Slip-ring é constituída de um anel de ligas especiais que fornece a 
tensão ao cátodo e ao anodo do tubo de raios X. Poucas unidades dessa geração 
foram comercializadas e caiu em desuso devido ao alto custo dos detectores 
(NÓBREGA, 2005). 
3.1.1 Sistema helicoidal 
Trata-se de uma evolução chamada tomógrafo helicoidal, que sucedeu 
o tomógrafo de quarta geração, mas trouxe a mesma tecnologia Slip-ring, que 
permitiu a rotação do tubo sincronizado ao movimento contínuo da mesa, 
inserido nessa geração. O método de aquisição se assemelha a um modelo espiral, 
devido aos cortes tomográficos obtidos através do movimento da mesa, que não 
são planos, mas, em forma de hélice (Figura 14). 
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
14
FIGURA 14 – MÉTODO DE AQUISIÇÃO HELICOIDAL
FONTE: Adaptado de <http://twixar.me/FFHT>. Acesso em: 20 mar. 2020. 
O tempo de aquisição de dados foi reduzido ainda mais em comparação ao 
equipamento de quarta geração, resultando em mais imagens por exame. Devido 
ao menor tempo de aquisição, os artefatos causados pelo movimento do paciente 
foram reduzidos também. O sistema de computador implementado nessa quinta 
geração serviu para o método ganhar agilidade e fazer com que o diagnóstico 
fosse elevado (ARAÚJO, 2007). 
3.1.2 TC Multislice 
Os equipamentos helicoidais evoluíram na capacidade de aumentar os 
cortes por unidades de tempo surgindo, assim, os equipamentos helicoidais com 
tecnologia multislice (Figura 15). Essa tecnologia é capaz de fazer 640 cortes de 
imagens simultaneamente por rotação, devido à quantidade de anéis detectores 
emparelhados. 
FIGURA 15 – TECNOLOGIA MULTISLICE
FONTE: <http://twixar.me/WFHT>. Acesso em: 15 nov. 2019.
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
15
Os equipamentos atuais são helicoidais com um sistema de detector 
(single-slice) ou com múltiplos detectores (multislice). Algumas vantagens do 
aparelho com tecnologia multislice em relação ao aparelho de corte único, são o 
tempo de aquisição mais curto, menor quantidade do meio de contraste e uma 
melhor qualidade das imagens (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2005). Esse 
avanço tornou possível o estudo de estruturas anatômicas, como o coração e o 
sistema vascular. 
4 O EQUIPAMENTO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Como os equipamentos de tomografia são complexos, é de extrema 
importância compreender as partes que o compõem. Vamos lá?
4.1 GANTRY
O gantry é uma estrutura que envolve o paciente dentro de uma abertura 
central, chamada abertura do gantry. Na parte interior do gantry se encontra 
fixado: o tubo de raios X, o conjunto de detectores, os colimadores, os botões 
controladores dos movimentos da mesa e do gantry, o painel identificador dos 
movimentos da mesa e do gantry, o sistema de arquivamento de dados (DAS 
– Data Aquisition System), um computador de bordo (OBC – on bord computer) 
que é responsável por controlar o KV e o mas, um computador estacionário (STC 
– Stationary Computer), responsável pela interação do painel do controle com o 
sistema, transformador do cátodo, transformador do ânodo, transformador do 
filamento, dispositivo laserde posicionamento, motor para rotação do tubo de 
raios X e motor para rotação do gantry (NÓBREGA, 2005). 
4.2 MESA DE EXAMES
É o local onde o paciente fica posicionado. A mesa do aparelho de 
tomografia é, eletronicamente, ligada ao gantry (Figura 16), constituída de material 
radiotransparente, a mesa deve ser bem resistente, suportando até 200 kg, dependendo 
do fabricante. Os acessórios usados na mesa são: suporte de crânio e acessórios de 
contenção do paciente. Essa mesa também apresenta tampo deslizante e sistema de 
elevação do tampo (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015). 
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
16
FIGURA 16 – MESA E GANTRY APARELHO DE TC
FONTE: <https://www.gehealthcare.com.br/-/jssmedia/dd447f9a72cc4a42b3e4cd4e4bf2785c.
png?h=400&la=pt-BR&w=1200&hash=E2420176438A433719F98D2B0A177FC4>. 
Acesso em: 15 nov. 2019.
4.3 MESA DE COMANDO
A mesa de comando (Figura 17) permite ao tecnólogo comandar os 
parâmetros do exame. São nesses comandos que são enviados as informações 
para o sistema, praticando os protocolos e manipulando as imagens geradas. 
Essa mesa pode estar constituída de um ou dois monitores. Um será para 
aquisição das imagens e o outro para visualização dos estudos tomográficos. 
Encontraremos nesta mesa, também, um teclado alfa numérico, mouse, TrackBall 
e sistema de comunicação com o paciente (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015; 
MAIERHOFER; GUERRINE, 2001; NÓBREGA, 2005). 
FIGURA 17 – MESA DE COMANDO
FONTE: <https://static.sciencelearn.org.nz/images/images/000/001/115/embed/CT-scanner-
console20160520-5404-x0ju5r.jpg?1522298849>. Acesso em: 20 mar. 2020.
TÓPICO 1 | EQUIPAMENTOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
17
4.4 COMPUTADOR
O computador utilizado no processamento das imagens em tomografia 
computadorizada deve ter grande velocidade, alta capacidade de memória RAM 
e recursos de computação gráfica de alto nível. Dois programas são necessários, 
um para funcionamento do sistema e outro para aplicações. Após as imagens 
serem adquiridas, o processador de imagens realiza a armazenagem das imagens. 
Essas imagens obtidas também podem ser armazenadas em dispositivos de 
gravação como discos ópticos e CDs.
Para um melhor conhecimento sobre o tema, leia o artigo Tomografia 
computadorizada no Brasil: frequência e padrão de uso em pacientes internados no Sistema 
Único de Saúde (SUS), no link: http://www.rbfm.org.br/rbfm/article/view/327/v9n1p11.
DICAS
18
Neste tópico, você aprendeu que:
• A produção de raios X é realizada através da aceleração e desaceleração de 
elétrons, e que no tubo de raios X, os elétrons são liberados de um filamento 
aquecido e acelerados na direção de um ânodo de tungstênio.
• A informação obtida pelos detectores do tomógrafo é transformada em pulsos 
elétricos e o computador, com posse dos dados, constrói uma imagem digital 
(matriz), que é formada pela diferente coloração em níveis de cinza em milhares 
de pontos.
• Os equipamentos de tomografia se aprimoraram em gerações e que algumas 
características devem ser conhecidas entre as gerações para compreendermos 
a evolução na aquisição de imagens digitais.
• O sistema HELICOIDAL é um método de aquisição que se assemelha a um 
modelo espiral devido aos cortes tomográficos obtidos através do movimento 
da mesa que não são planos mais em forma de hélice.
• O sistema MULTISLICE é uma tecnologia capaz de fazer vários cortes de imagem 
simultaneamente, devido à quantidade de anéis detectores emparelhados.
• O gantry é uma estrutura que envolve o paciente dentro de uma abertura 
central chamada abertura do gantry.
• A mesa de exames é o local onde o paciente fica posicionado para aquisição das 
imagens.
• A mesa de comando permite ao tecnólogo comandar os parâmetros do exame 
e são nesses comandos que são enviados as informações para o sistema.
• O computador utilizado no processamento das imagens em tomografia 
computadorizada deve ter grande velocidade, alta capacidade de memória 
RAM e recursos de computação gráfica de alto nível.
RESUMO DO TÓPICO 1
19
1 Em um tubo de raios X, os elétrons são liberados e acelerados na direção 
de um alvo de tungstênio. A maioria dos elétrons incidentes perde energia 
cinética, convertendo-a em calor. A produção de raios X é realizada através 
da aceleração e desaceleração de elétrons. Podemos dizer que as partes 
importantes para produção de raios X dentro de um tubo são: 
a) ( ) Cátodo, ânodo e filamento.
b) ( ) Cátodo, filamento, corrente elétrica.
c) ( ) Ânodo, corrente elétrica e filamento.
d) ( ) Filamento, corrente elétrica e elétrons.
e) ( ) Elétrons, cátodo e ânodo. 
2 O computador utilizado no tomógrafo com pose dos dados constrói uma 
imagem digital (matriz) que é formada pela diferente coloração em níveis 
de cinza em milhares de pontos. A matriz da imagem em TC é definida por 
um arranjo de linhas e colunas que forma a imagem digital. A matriz da 
imagem é formada por pixels e voxels. Podemos dizer que o pixel e o voxel 
compreende que:
I- O pixel é a menor unidade da imagem. 
II- O voxel é o volume tridimensional da imagem formada por um conjunto de 
pixels que representa altura, largura e profundidade.
III- Os volumes do voxel apresentados pela profundidade do corte são 
chamados de pixel.
IV- O elemento que forma as linhas e colunas da imagem é o voxel.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Apenas I e II estão corretas. 
b) ( ) Apenas I está correta.
c) ( ) Apenas a III está correta.
d) ( ) Todas estão corretas. 
3 Descreva a diferença entre o tomógrafo helicoidal e multislice:
4 O que se encontra fixado na parte interior do gantry de um tomógrafo?
AUTOATIVIDADE
20
21
TÓPICO 2
MEIOS DE CONTRASTE E REAÇÕES
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Os agentes de contraste, ou meios de contraste, são utilizados para acentuar 
a diferença de densidade entre as regiões de determinado órgão e tecido. Os 
meios de contrastes (MC) podem ser classificados em algumas categorias, como 
positivos e negativos. Os MCs negativos são o ar e a água, perfeitos para o estudo 
de níveis líquidos e aéreos. Os meios de contraste positivos são substâncias a 
base de iodo ou sulfato de bário (Figura 18). Os contrastes químicos, como iodo 
e bário, têm elevado número atômico e, por isso, apresentam grande poder de 
absorção dos raios X.
Os contrastes iodados são divididos em iônicos e não iônicos. A molécula 
básica do ácido triodobenzóico forma os dois tipos de contrastes iodados. Se, 
no grupamento ácido, o átomo de hidrogênio for substituído por um cátion, 
o contraste se torna iônico, e se o hidrogênio do grupo ácido for substituído 
por hipronilamina, o contraste se torna não iônico. Os contrastes não iônicos 
apresentam índices de reações menores que os iônicos. O MC iodado é utilizado 
para opacificar estruturas por onde ele passar, permitindo, assim, a sua 
visualização e análise da fisiologia e das estruturas do corpo (LEAL et al. 2006). 
O sulfato de Bário (Bário) é o contraste formado pelo sal de bário, que é 
insolúvel em água. Esse contraste pode ser comprado ou preparado em substância 
fina ou espessa. O bário fino tem consistência de creme, mais apropriado para o 
estudo gastrointestinal e o bário grosso tem consistência de mingau, que é mais 
apropriado para o estudo do esôfago, devido a sua lentidão (LEAL et al. 2006). 
FIGURA 18 – CONTRASTE A BASE DE IODO E BÁRIO
FONTE: <https://radiologiapatologicablog.files.wordpress.com/2017/01/53ab6-images1.
jpg?w=249&h=162>. Acesso em: 20 nov. 2020.
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
22
2 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
A seguir, conheceremos as vias de administração do meio de contraste 
utilizadas nos pacientes.
2.1 ENDOVENOSA
A administração do meio de contraste por via endovenosa é excelente para 
diagnosticar alterações em estruturas vascularizadas. O uso do contraste venoso 
deve iniciar com o preparo do paciente através de um jejum de aproximadamente 
seis horas. Os procedimentos iniciais para administração do contrasteserão 
através de uma punção venosa (Figura 19) utilizando um abocath, e a forma de 
administração será por uma bomba de injeção ou por via manual (BONTRAGER; 
LAMPIGNANO, 2010). 
FIGURA 19 – PUNÇÃO DA VIA ENDOVENOSA PARA ADMINISTRAÇÃO DO CONTRASTE
FONTE: <https://www.texilajournal.com/thumbs/article/INTRAVENOUS_INJECTION.jpg>. 
Acesso em: 20 mar. 2020.
Quem realiza o acesso endovenoso do paciente, no setor de radiologia, é 
o profissional de enfermagem, como também a administração do contraste, que 
deve ser assistida ou não pelo médico radiologista que prescreveu a utilização do 
contraste no exame de tomografia computadorizada. 
O sulfato de bário, em hipótese nenhuma, pode ser administrado na 
corrente sanguínea, pois, esse contraste não é diluído no plasma sanguíneo e, na 
sua administração, podem ocorrer reações adversas ao paciente que podem levá-
lo ao óbito. 
É importante realizar um questionário com o paciente ou responsável para 
o consentimento esclarecido do uso do contraste (Figura 20). Esse questionário 
deve apontar aspectos importantes da saúde do paciente, com perguntas sobre 
alergia, hipertensão, problemas na tireoide, rins e medicamentos usados pelo 
paciente atualmente, e chegar à conclusão se esse paciente pode desencadear 
alguma reação adversa à administração do contraste.
TÓPICO 2 | MEIOS DE CONTRASTE E REAÇÕES
23
FIGURA 20 – CONSENTIMENTO ESCLARECIDO DO USO DE CONTRASTE
FONTE: <https://www.hospitaltacchini.com.br/instituicao/termos-de-consentimento>. 
Acesso em: 19 nov. 2019.
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
24
2.2 ORAL
A administração do contraste por via oral é utilizada em exames 
abdominais para permitir a visualização de patologias do sistema digestório. Pode 
ser utilizado o sulfato de bário (com diluição apropriada) ou o contraste iodado 
diluído de 2 a 3% em cada litro de água. A quantidade ingerida pelo paciente é 
de 1.000 ml, que deve ser administrada em cinco doses de 200 ml cada, de 5 a 10 
minutos, dependendo do grau de aceitação do paciente, e a última dose deve ser 
administrada antes do início do exame. O uso de qualquer tipo de contraste é 
decidido por critério médico, não podendo nenhum outro profissional optar ou 
mandar realizar a administração (MAIERHOFER; GUERRINI, 2001).
3 CLASSIFICAÇÕES DAS REAÇÕES AOS MEIOS DE 
CONTRASTE
A maioria das reações aos meios de contraste ocorrem rapidamente, mas 
podem acontecer reações tardias, dependendo da sensibilidade de cada paciente. 
As reações ao meio de contraste podem ser classificadas como: leves, moderadas 
ou graves. As reações leves são limitadas e, às vezes, não necessitam de medicação 
para eliminação dos sintomas. A reação moderada exige o uso de medicamento 
para conforto do paciente. A reação que coloca em risco a vida do paciente é 
chamada de grave (LEAL et al., 2006). 
As contraindicações na utilização do contraste iodado são: 
• Asma grave.
• História de alergia ao iodo.
• Cardiopatia grave. 
• Hepatopatia grave.
• Insuficiência renal.
• Ausência de excreção de urina. 
• Diabetes melittus.
• Feocromocitoma e anemia falciforme.
As reações leves ao contraste iodado são: 
• Náuseas. 
• Vômitos. 
• Urticária.
• Dormência no local da injeção. 
Geralmente, são referentes às reações cutâneas. As reações moderadas ao 
contraste iodado são: 
TÓPICO 2 | MEIOS DE CONTRASTE E REAÇÕES
25
• Urticária excessiva.
• Hipotensão. 
• Edema palpebral. 
• Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos).
• Edema de lábios e laringe e vômito excessivo. 
Na reação moderada é exigido tratamento ambulatorial e a administração 
de um medicamento (MAIERHOFER; GUERRINI, 2001). As reações graves ao 
contraste iodado englobam: 
• Hipotensão arterial grave.
• Parada cardíaca.
• Parada respiratória.
• Dispneia grave.
• Edema de glote.
• Perda de consciência e choque profundo. 
Na reação grave existe risco de morte e exigem tratamento de urgência e 
internamento hospitalar. O bário é contraindicado se houver a suspeita da mistura 
vazar para a cavidade peritoneal. Algumas pesquisas citam que poucos pacientes 
são alérgicos ao sulfato de bário, mas esse motivo não descarta o acompanhamento 
do paciente antes, durante e após o exame. Se houver necessidade de realizar 
um exame com contraste e após o exame realizar a cirurgia, é melhor utilizar o 
contraste iodado, porque é absorvido pelo organismo. Já o bário não é absorvido 
pelo organismo (ARAÚJO, 2007). 
4 BOMBA INJETORA
A bomba injetora de contraste é utilizada na administração do contraste 
iodado, no momento dos cortes realizados pelo tomógrafo helicoidal com 
tecnologia multislice. É um sofisticado sistema de injeção de contraste que 
simplifica a administração do contraste para procedimentos de tomografia 
computadorizada.
 
As principais qualidades do equipamento estão na redução do tempo 
do procedimento e no volume de contraste injetado no paciente. O controle, em 
tempo real, do fluxo de injeção de contraste reduz a dosagem do contraste por 
paciente em 20%. Outra qualidade da bomba é se o ar for detectado na tubagem 
onde está o cateter, a injeção do contraste é interrompida (ACIST MEDICAL 
SYSTEMS, 2016).
É realizada a programação de injeção do contraste na sala de controle 
da tomografia computadorizada onde se encontra o display colorido e a bomba 
injetora com o contraste e solução salina se encontra na sala de exames da TC 
(Figura 21). 
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
26
FIGURA 21 – DISPLAY E BOMBA INJETORA
FONTE: <http://twixar.me/bLHT>. Acesso em: 20 nov. 2019.
5 ANESTESIA E SEDAÇÃO
Em alguns exames existe a possibilidade de o paciente não colaborar com 
o posicionamento e, para que o exame aconteça, é necessário que esse paciente seja 
sedado ou anestesiado. Os pacientes que não colaboram e não se mantém imóveis 
durante o exame são, geralmente, o pediátrico, o agitado, paciente com confusão 
mental, com dor intensa, claustrofóbicos e com movimentos involuntários. 
Vale lembrar que a anestesia só pode ser administrada pelo médico 
anestesista. Ele escolherá entre uma anestesia leve ou geral, dependendo claro de 
cada caso. E, para que a anestesia seja dada, alguns equipamentos devem estar 
presentes como: aparelhos de respiração, carrinho de emergência com as devidas 
drogas e uma monitoração, seja ela cardíaca, de pulso ou da pressão arterial 
(DEMIR et al., 2012). 
Para um melhor conhecimento sobre o tema, indicamos o artigo Avaliação das 
relações adversas ao uso de contrastes em exames de diagnóstico por imagem, disponível 
no link: https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/10919/6931.
DICAS
27
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os meios de contraste (MC) podem ser classificados em algumas categorias, 
como positivos e negativos. Os meios de contraste negativos são o ar e a água 
e os meios de contraste positivos são substâncias a base de iodo ou sulfato de 
bário.
• A administração do meio de contraste por via endovenosa é excelente para 
diagnosticar alterações em estruturas vascularizadas.
• O sulfato de bário, em hipótese nenhuma, pode ser administrado na corrente 
sanguínea, devido à gravidade que o paciente pode correr.
• É importante realizar um questionário com o paciente ou responsável para o 
consentimento do uso do contraste.
• A administração do contraste por via oral é utilizada em exames abdominais 
para permitir a visualização de patologias do sistema digestório.
• As reações ao meio de contraste podem ser classificadas como: leves, moderadas 
ou graves.
• A bomba injetora é utilizada na administração do contraste iodado, no momento 
dos cortes realizados pelo tomógrafo.
• Em alguns exames existe a possibilidade do paciente ser sedado ou anestesiado.
28
1 O contraste químico como o bário tem elevado número atômico, por isso, tem 
grande poder de absorção dos raios X. O sulfato de Bário (Bário) é formado 
pelo sal de bário, que é insolúvel em água. Esse contraste é apropriado para 
oestudo gastrointestinal. Podemos dizer que a via de administração do 
bário para o exame é: 
a) ( ) Oral.
b) ( ) Endovenosa.
c) ( ) Oral, Endovenosa e Retal.
d) ( ) Endovenosa e Retal.
e) ( ) Endovenosa e sublingual. 
2 A maioria das reações aos meios de contraste ocorrem rapidamente, mas 
podem acontecer reações tardias, dependendo da sensibilidade de cada 
paciente. As reações ao meio de contraste podem ser classificadas como: 
leves, moderadas ou graves. Vale lembrar que o uso de qualquer tipo de 
contraste é decidido por critério médico. As reações graves ao contraste 
iodado compreendem:
I- Hipotensão arterial grave e perda de consciência.
II- Parada respiratória e dispneia grave.
III- Urticária excessiva e taquicardia.
IV- Edema de lábios e laringe.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Apenas I e II estão corretas. 
b) ( ) Apenas a I está correta.
c) ( ) Apenas a III está correta.
d) ( ) Todas estão corretas. 
3 Descreva o que é importante ter em um questionário de consentimento 
esclarecido do uso de contraste.
4 Quais as principais qualidades da bomba injetora de contraste?
AUTOATIVIDADE
29
TÓPICO 3
PLANOS DE CORTE EM TOMOGRAFIA 
COMPUTADORIZADA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O estudo da tomografia computadorizada compreende à anatomia 
seccional que envolve os planos do corpo. É de extrema importância que o 
tecnólogo em radiologia domine o posicionamento do paciente e sua terminologia, 
e, para que esse domínio ocorra, a posição anatômica deve ser considerada para 
descrição e direção do corpo (Figura 22). 
FIGURA 22 – POSIÇÃO ANATÔMICA
FONTE: <https://cienciasmorfologicas.webnode.pt/_files/200000087-e6d03e7c9e/
Posi%C3%A7%C3%A3o%20anat%C3%B4mica1.jpg>. Acesso em: 28 de nov. 2019.
O corpo na posição anatômica deve estar: em postura ereta, em pé, olhando 
para o horizonte, com os braços estendidos lateralmente ao lado do corpo, com 
as palmas das mãos voltadas para frente em posição supina, os pés devem estar 
apoiados no solo (MIRANDA, 2004).
2 ASPECTOS ANTÔMICOS DE REFERÊNCIA
Acadêmico, a seguir, estudaremos sobre as direções da posição anatômica 
os planos e as cavidades do corpo humano. Para o melhor entendimento dos 
protocolos em tomografia é importante saber sobre as referências anatômicas.
30
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
2.1 DIREÇÕES DA POSIÇÃO ANATÔMICA
Na posição anatômica são consideradas algumas direções importantes 
como: cranial, caudal, ventral, dorsal, proximal, distal, medial e lateral. Como 
exemplo, a direção lateral se refere a uma região distante do plano mediano e 
a direção medial refere-se à estrutura próxima ao plano mediano (Figura 23). A 
cranial refere-se à estrutura acima do pescoço e a caudal refere-se à região abaixo 
(MIRANDA, 2004). 
FIGURA 23 – TERMOS DE DIREÇÃO RELACIONADA À POSIÇÃO ANATÔMICA
FONTE: <https://issuu.com/cengagebrasil/docs/9788522112968_fundamentos_anatomia_/22> 
Acesso em: 21 nov. 2019.
A ventral refere-se à estrutura situada a frente e a dorsal a estrutura 
situada atrás. A próxima, proximal, refere-se a uma estrutura próxima ao ponto 
de inserção e a distal refere-se a uma estrutura distante do ponto de inserção.
2.2 PLANOS DO CORPO
Os planos de referência do corpo se encontram formando ângulos 
retos entre si. São planos de delimitação do corpo e são usados para descrever 
as disposições estruturais (DANGELO; FATTINI, 2005). Os planos usados na 
referência anatômica são os seguintes (Figura 24):
Anterior
(ventral)
Posterior
(dorsal)
Superior
Proximal
DistalInferior
Distal
Proximal
Mediano
Superior
(craniano)
Lateral
Inferior
(caudal)
TÓPICO 3 | PLANOS DE CORTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
31
FIGURA 24 – PLANOS DO CORPO
FONTE: <http://twixar.me/xLHT>. Acesso em: 20 mar. 2020.
2.3 CAVIDADES DO CORPO
As cavidades são espaços que separam os órgãos do corpo e são 
consideradas o terceiro padrão de referência (Figura 25). Existem duas cavidades 
principais: cavidade dorsal do corpo e cavidade ventral do corpo (DANGELO; 
FATTINI, 2005). 
A cavidade dorsal divide-se em: 
• Cavidade craniana (encéfalo).
• Cavidade vertebral (medula espinhal).
A cavidade ventral divide-se em:
• Cavidade torácica (superior) que se divide em: cavidade pleural.
• Cavidade peritoneal (inferior) separada da torácica pelo diafragma, que se 
divide em: 
◦ cavidade abdominal (superior);
◦ cavidade pélvica (inferior).
• Plano sagital – divide o corpo verticalmente em duas metades: direita e esquerda.
• Plano frontal ou coronal – divide o corpo verticalmente em duas metades: 
anterior (ventral) e posterior (dorsal).
• Plano transversal ou horizontal – divide o corpo horizontalmente em duas 
metades: superior e inferior.
32
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
FIGURA 25 – CAVIDADES DO CORPO
FONTE: <https://cienciasmorfologicas.webnode.pt/_files/200000047-d65d5d7571/Cavidades.jpg>. 
Acesso em: 20 mar. 2020.
3 UNIDADES ESTRUTURAIS
É importante saber sobre a célula que é a principal unidade estrutural 
do corpo humano. Cada parte do corpo é composta de células que carregam a 
identidade de cada um. Vamos conhecer mais sobre a célula? 
Mediastino
Cavidade
craniana
Cavidade
vertebral Cavidade
dorsal
Cavidade
ventral
Cavidade
torácica
Diafragma
Cavidade
abdominal
Cavidade
pélvica
Cavidade
abdomino-
pélvica
TÓPICO 3 | PLANOS DE CORTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
33
3.1 CÉLULAS
A célula é a menor estrutura funcional que representa um indivíduo (Figura 
26). A célula é um pequeno compartimento que mantém, dentro de si, todas as 
informações de um indivíduo vivo. São unidades estruturais e funcionais dos 
seres vivos. As células são consideradas as unidades básicas da vida, sem elas o 
indivíduo vivo não se manteria vivo. Cada parte do corpo, seja músculo, gordura, 
cartilagem, pele, sangue ou ossos são compostos de células (ROCHA, 2011).
FIGURA 26 – CÉLULAS
FONTE: <https://www.abrale.org.br/revista-online/wp-content/uploads/2019/04/celulas-tronco-
300x169.jpg>. Acesso em: 20 mar. 2020.
A célula só pode ser estudada quando viva, a partir de um tecido animal 
ou vegetal e, para que esse estudo aconteça, é utilizado o microscópico (Figura 
27). O microscópico é utilizado devido ao tamanho diminuto das suas estruturas 
(ROCHA, 2011). 
FIGURA 27 – MICROSCÓPICO ÓPTICO
FONTE: <https://secureservercdn.net/104.238.71.140/98n.27d.myftpupload.com/wp-content/
uploads/2015/05/K112L-300x300.jpg>. Acesso em: 20 mar. 2020.
34
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Toda a célula possui um código genético (DNA), que é transmitido a 
todas elas na sua divisão. O núcleo é a organela da célula, que se encontra a 
molécula de DNA. Cada indivíduo é formado por tipos de células diferentes 
como, por exemplo, o osso, que tem células como osteoblastos e osteócitos e que 
são diferentes das células do sangue. 
Para se estudar uma célula normal é necessário compreender a sua 
estrutura básica. Todas as células apresentam uma membrana que as recobre, 
chamada de membrana celular ou membrana plasmática. Essa membrana 
plasmática é constituída de uma camada bilipídica que, em suas extremidades, 
predomina a constituição de fosfolipídios (FIGUEIREDO, 2008). 
O citoesqueleto tem um papel importante na forma da célula. O 
citoesqueto é constituído por uma rede de fibras e filamentos proteicos. Esses 
filamentos proteicos são divididos em filamentos de actina que fazem a contração 
da célula, filamentos de microtúbulos que ajudam a criar a cópia da mesma célula 
e os filamentos intermediários que têm o papel de reforçar a célula.
O citosol é o lugar de diversas reações químicas da célula, dentre as partes 
do citosol, encontramos cinco organelas importantes: retículo endoplasmático, 
aparelho de Golgi, mitocôndrias (Figura 28), lisossomos e peroxissomos 
(MONTANARI, 2016).
FIGURA 28 – MITOCÔNDRIAS
FONTE: <http://twixar.me/TWHT>. Acesso em: 2 abr. 2020.
Para ampliar seus conhecimentos sobre o tema, indicamos a leitura do artigo 
Aimportância do uso das células tronco para a saúde pública, no link: http://www.scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000100002.
DICAS
TÓPICO 3 | PLANOS DE CORTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
35
As células desempenham um papel importante em quatro tecidos básicos: 
epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. A seguir, serão enfatizados os tecidos e 
sistemas do corpo. 
3.2 TECIDOS 
Todo nosso corpo é formado de tecidos e esses tecidos são classificados em 
epitelial, conjuntivo, nervoso e muscular. Saber distinguir cada um é muito importante 
para o aprendizado. Vamos conhecer a diferença entre os tecidos do corpo?
3.2.1 Tecido epitelial 
As células agrupam-se em tecidos e os tecidos em órgãos. O termo tecido 
epitelial foi descrito pelo anatomista e holandês Ruysch no Século XVIII (WEISS, 
1981). O epitélio é caracterizado pela justaposição das células e pela pouca matriz 
extracelular (OVALLE; NAHIRNEY, 2008). O revestimento é uma das funções do 
tecido epitelial. Ele cobre a superfície do corpo, realizando a proteção e revestem 
todos os tratos do corpo, cavidades corporais, vasos sanguíneos e linfáticos. O 
tecido epitelial é formado pelas células epiteliais e pela matriz extracelular. São 
classificados em epitélio de revestimento e epitélio glandular (WEISS, 1981). 
Epitélio de revestimento: compreende a justaposição das células que 
permite a formação de camadas celulares que revestem superfícies externas do 
corpo, órgãos, cavidades, vasos e ductos (Figura 29 e 30). 
FIGURA 29 – TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO
FONTE: <http://mol.icb.usp.br/wp-content/uploads/2-7.jpg>. Acesso em: 20 mar. 2020.
36
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
FIGURA 30 – TECIDO EPITELIAL GLANDULAR
FONTE: <http://mol.icb.usp.br/wp-content/uploads/3-22MO.jpg>. Acesso em: 20 mar. 2020.
Epitélio glandular: constitui as glândulas exócrinas e endócrinas. A 
primeira glândula produz secreção e a segunda, hormônios. 
3.2.2 Tecido conjuntivo 
Caracteriza-se pela enorme quantidade de células e pela riqueza em matriz 
celular. É chamado de conjuntivo porque uni os tecidos na sustentação. A matriz 
extracelular confere ao tecido conjuntivo a resistência à tração e elasticidade. 
Algumas células que compreendem o tecido conjuntivo são (GENESER, 2003):
• Mesenquimais.
• Fibroblastos.
• Plasmócitos.
• Macrófagos.
• Mastócitos.
• Células adiposas.
• Leucócitos.
O tecido conjuntivo é classificado em:
 
• tecido conjuntivo frouxo (Figura 31);
• tecido conjuntivo denso;
• tecido elástico;
• tecido reticular;
• tecido mucoso;
• tecido adiposo;
• tecido cartilaginoso;
• tecido ósseo;
• tecido hematopoiético;
• tecido sanguíneo.
TÓPICO 3 | PLANOS DE CORTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
37
FIGURA 31 – TECIDO CONJUNTIVO FROUXO DA BEXIGA
FONTE: <http://mol.icb.usp.br/wp-content/uploads/4-32MO.jpg>. Acesso em: 20 mar. 2020.
3.2.3 Tecido nervoso 
Esse tecido forma órgãos que compreendem o Sistema Nervoso Central 
(SNC), como o encéfalo e medula (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013). Formado 
por neurônios e células da glia, o sistema nervoso recebe informações do ambiente 
através dos sentidos (Figura 32). As informações processadas pelo sentido trazem 
reações ao corpo como: dor, prazer e análise das informações geradas. Todas 
essas informações podem ser guardadas através da memória. 
FIGURA 32 – NEURÔNIO PIRAMIDAL DO CÉREBRO
FONTE: Montanari (2016, p. 86)
38
UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Segundo Montanari (2016), os neurônios possuem um corpo celular como 
os núcleos e organelas, do qual partem os prolongamentos, que são os dendritos 
e os axônios. A forma do neurônio depende da sua atividade funcional, podendo 
ser piramidal, estrelada, fusiforme, piriforme ou esférica. 
Para aprimorar o conhecimento sobre o tema, indicamos o artigo: Fisiopatologia 
da infecção bacteriana do sistema nervoso central e seu papel na patogênese das 
alterações comportamentais, no link: http://bjp.org.br/details/157/en-US.
DICAS
3.2.4 Tecido muscular 
O tecido muscular é rico em filamentos contráteis. Entre suas funções 
está o movimento das estruturas ligadas a ele, como os ossos. O tecido muscular 
permite movimento de substâncias e líquidos como, por exemplo, o alimento, 
sangue e linfa. As células musculares chamadas de fibras musculares são ricas 
em filamentos de actina e miosina (Figuras 33 e 34). A actina e a miosina são 
responsáveis pela sua contração (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013). 
FIGURA 33 – FILAMENTO DE ACTINA
FONTE: Alberts et al. (2002, p. 916)
FIGURA 34 – MOLÉCULA DE MIOSINA
FONTE: Alberts et al. (2002, p. 950)
Os filamentos de actina tem 7 mm de diâmetro, enquanto a de miosina 
forma filamentos de 15 mm de diâmetro e tem uma porção alongada em bastão, 
chamada de cauda, formada em duas cadeias polipeptídicas em hélice, enroladas 
uma na outra, e na extremidade, duas porções que são as cabeças (CARVALHO; 
RECCO-PIMENTEL, 2013). 
TÓPICO 3 | PLANOS DE CORTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
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3.3 ÓRGÃOS E SISTEMAS
Nos exames de tomografia computadorizada os órgãos são visualizados 
com frequência em casa aquisição de imagem. Nesse subtópico, estudaremos os 
órgãos que formam cada sistema. Vamos lá?
3.3.1 Sistema esquelético 
O sistema esquelético confere resistência e formato a maioria do corpo. 
Os ossos fornecem proteção aos órgãos de funções importantes como o cérebro, 
o coração e os pulmões. Além da proteção, o sistema esquelético fornece a 
sustentação, a conformação do corpo e sua movimentação, devido ao sistema de 
alavancas movimentada pelos músculos. O sistema esquelético também produz 
células importantes para o sangue (FIGUEIREDO, 2008).
O sistema esquelético é dividido em duas grandes porções, uma é formada 
pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco (tórax e abdome), chamada de esqueleto 
axial e a outra é formada pelos membros, chamada de esqueleto apendicular 
(DANGELO; FATTINI, 2005), conforme pode ser observado a seguir (Figura 35). 
FIGURA 35 – SISTEMA ESQUELÉTICO
FONTE: <https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-geral/img/capitulo2/figura2-small.png>. 
Acesso em: 20 mar. 2020.
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UNIDADE 1 | CARACTERIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
O sistema esquelético armazena íons de cálcio e fósforo. Esses sais 
são armazenados na matriz óssea, vão sendo utilizados na medida em que o 
organismo necessita e, ao passar dos anos, a capacidade de sintetizar os íons de 
cálcio e fósforo se perde. É por isso que vemos casos de osteoporose devido à falta 
desses sais nos ossos (FIGUEIREDO, 2008). 
3.3.2 Sistema circulatório 
O sistema circulatório tem como função básica levar material nutritivo e 
oxigênio às células. O sistema circulatório é constituído pelo sistema sanguíneo, 
linfático e órgãos hematopoiéticos. O sistema sanguíneo é constituído das artérias, 
veias e capilares. O sistema linfático é constituído pelos vasos condutores de 
linfa, que compreendem os capilares, vasos e troncos. Os órgãos hematopoiéticos 
compreendem a medula óssea órgãos linfoides: baço e timo. 
O órgão mais importante desse sistema é o coração. O coração é uma 
estrutura muscular oca, localizada no tórax, na região precordial, sobre o 
diafragma. Ele ocupa esse espaço com os pulmões (Figura 36). O tecido muscular 
que forma o coração é chamado de tecido muscular estriado cardíaco (miocárdio) 
(DANGELO; FATTINI, 2005). 
FIGURA 36 – SISTEMA CIRCULATÓRIO
FONTE: <http://www.siacardio.com/wp-content/uploads/2019/04/inmne-690x438.jpg>. 
Acesso em: 20 mar. 2020.
As contrações do miocárdio acontecem pela diferença de potencial das 
células cardíacas, através do estímulo elétrico no nó sinoatrial. O nó sinoatrial é 
que determina a frequência dos batimentos cardíacos. O nó sinoatrial é chamado 
de marca-passo fisiológico (FIGUEIREDO, 2008).
TÓPICO 3 | PLANOS DE CORTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
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3.3.3 Sistema respiratório 
O sistema respiratório é formado por dois pulmões e um conjunto que 
comunica os pulmões com a atmosfera externa ao corpo

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