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Resumo de LINDB (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro)

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(LINDB)
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
… Alguns conceitos:
▪
Distinção
- Teoria Geral do Direito: Aborda conceitos comuns 
a todas as matérias do mundo jurídico. Lida com 
conceitos que são aplicáveis em todos os ramos do 
direito, público ou privado. 
- Teoria Geral do Direito Civil: Ao invés de estudar 
todos os Ramos, estuda e cuida de todos os 
aspectos relativos ao direito civil como um todo. 
Cuida das relações privadas que dizem respeito ao 
Direito Civil.. 
- Parte Geral do Código Civil: É a teoria geral do 
Direito Civil mas consagrada em lei. Traz normas de 
aplicação a toda parte especial do Código Civil. 
 Assuntos abordados na Parte Geral do CC 
(Código Civil): direitos da personalidade, pessoas 
jurídicas e físicas e seus aspectos e o negócio 
jurídico.
▪
O Sistema Aberto do Direito Civil: Aberto e 
Dinâmico 
Princípios norteadores do Código Civil de 2002:
- Eticidade: Rompimento com a visão patrimonialista 
do antigo código, afastamento dos tecnicismos. 
Intenso diálogo entre o Direito Civil atual e a ética. 
- Socialidade: Funcionalização dos conceitos, 
categorias e institutos do Direito Civil. Rompimento 
com a visão estrutural, estática e formal. Os 
conceitos e categorias do Direito Civil só fazem 
sentido no contexto das experiências sociais. 
*função social*
- Operabilidade: O Direito Civil atual busca se 
aproximar da efetividade, da dimensão social da 
realização dos direitos. O legislador traz uma 
simplificação dos direitos a fim de tornar mais úteis.
…A LINDB:
A também chamada “Lei Introdutória” 
estabelece parâmetros gerais para a 
elaboração, vigência e eficácia das leis, assim 
como, sua interpretação, integração e aplicação.
▪
Mapeamento das Leis
Art 1º - Determina o início da obrigatoriedade 
das leis
Art. 1 e 2º - Regula a vigência e a eficácia das 
normas jurídicas 
Art. 3º - Impõe a eficácia gera, e abstratas da 
obrigatoriedade, não admitindo a ignorância da lei 
vigente
Art. 4º - Traça mecanismos de integração da 
norma legal 
Art. 5º - Delimita critérios de hermenêutica e 
de interpretação da lei
Art. 6º - Regula o Direito intertemporal 
Art.7º a 17 - Regula o direito internacional 
privado. O Brasil
Art. 18 e 19 - Aborda os atos civis praticados 
por autoridades consulares brasileiras no 
estrangeiro
Art. 20 a 30 - Discorrem sobre a 
interpretação do direito público e a busca de 
segurança e eficiência nesse setor.
▪
Curiosidade: Alteração do nome
A LINDB (Lei n. 12.376/2010) alterou a 
denominação do antigo decreto-lei n. 
4.657/1942), que se chamava “Lei de 
Introdução ao Código Civil”, chamando-se agora 
“Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro” 
*Resumo baseado na doutrina: Manual de Direito Civil - Cristiano Chaves de Faria, Felipe Braga Ne!o e Nelson Rosenvald*
↳
- A LINDB é considerada uma SOBRENORMA, ou 
ainda, uma norma de SOBREDIREITO. Isso se dá 
porque ela é uma norma que regula outras normas 
(sobrenorma). 
*sobrenorma e sobredireito são sinônimos.
▪
Princípios Gerais do Direito
- A Lei de Introdução traz princípios gerais, 
orientações normativas genéricas acerca das leis.
- Os princípios são chamados no processo 
interpretativo em último caso. Ocupam uma função 
modesta
 Só depois que houver omissão legislativa e, se não 
couber, analogia, nem houver costumes ao caso, 
eles são aplicados. 
- Como dito, são princípios gerais que, em princípio, 
aplicam-se em todo direito infraconstitucional do 
Brasil. 
Todavia, em alguns ramos do direito, pode haver 
alterações previstas. 
Exemplo disso, é no direito penal que não aceita 
analogia como forma de sancionar condutas, 
diferentemente do previsto no Art.4º da LINDB.
“Cada setor da experiência jurídica, à luz das suas 
necessidades, pode criar exceções e resolver de 
modo diferente seus problemas” (FARIAS; NETTO; 
ROSENVALD, 2021, p. 144)
▪
Lacunas no Ordenamento Jurídico
- O ordenamento jurídico possui lacunas porém o 
próprio sistema jurídico dispõe mecanismos e 
técnicas que suprem as lacunas.
Podemos observar que no art. 4º da LINDB, há uma 
sequência a ser seguida se houver lacuna no 
ordenamento:
1) Analogia
2) Costumes
3) Princípios Gerais do Direito
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de 
acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de 
direito.
-> Analogia: irá buscar a semelhanças entre 
casos já julgados e irá aplicar-se a mesma 
norma. 
 Analogia legis: aplica-se uma norma 
existente que rege um caso semelhante.
 Analogia juris: parte-se da aplicação de um 
conjunto de normas para a obtenção de um 
resultado.
-> Costumes
 Costumes secundum legis: costumes de 
acordo com lei.
 Costumes praeter legem: costumes que se 
formam por ausência da lei
 Costumes contra legem: costumes que 
nascem confrontando a lei.
-> Princípios Gerais do Direito: princípios ditos 
pela LINDB.
!!! A EQUIDADE, mesmo não dita 
expressamente como maneira de suprir 
lacunas, na atualidade está sendo muito 
utilizada. 
“Designa-se por equidade uma particular 
aplicação do princípio da igualdade às funções 
do legislador e do juiz, a fim de que, na 
elaboração das normas jurídicas e em suas 
adaptações aos casos concretos, todos os 
casos iguais, explícitos ou implícitos, sem 
execução, sejam tratados igualmente e com 
humanidade (…)” (RÁO, Vicente. O direito e a 
vida dos direitos. 3. ed. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 1991. Volume 1.)
Resumo feito e disponibilizado por Julia Ignacio (@explicajulia)
↳
↳
↳
↳
↳
↳
▪
Vigência da Lei
- A lei começa a vigorar no país depois que publicada 
no Diário Oficial. 
- A vigência de uma lei diz respeito ao lapso temporal 
que uma lei tem vigor. 
 A vigência de uma norma declara a força 
obrigatória e vinculante que ela possui.
 Salvo disposição ao contrato, uma lei entra em 
vigor 45 dias após sua publicação no Diário Oficial 
(Art.1º da LINDB)
 
 O fim da vigência, em regra, é indefinido, com 
exceção de leis temporárias, leis feitas com prazo 
certo ou para situações excepcionais.
Observação: somente lei vigente possui poder de 
incidir sobre os fatos que prevê. 
▪
Vacatio legis
Vacatio legis é o período que vai da publicação de 
uma lei, no Diário Oficial, até o início da sua vigência.
Por exemplo, os 45 dias previstos em lei.
Quantos mais relevante a lei, mais possui o período 
de vacatio legis 
.
Não importa se o prazo termine em dia que não seja 
útil. A norma será obrigatória, sendo sábado, 
domingo, segunda etc.
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o 
país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, 
quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
§ 2o Revogado.
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de 
seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos 
anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá 
vigor até que outra a modifique ou revogue.
LC 95/98
Art. 8o A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a 
contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo 
conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua 
publicação" para as leis de pequena repercussão.
§ 1o A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que 
estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da 
publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia 
subseqüente à sua consumação integral. 
▪
Revogação 
Quando a lei perde seu poder, sua vigência.
Há 2 tipos de revogação de lei
-> Derrogação: quando há a revogação parcial 
de um lei
-> Ab-rogação: quando uma lei é revogada 
totalmente 
E 2 modos de revogação de lei
-> Revogação expressa: quando a lei revogadora 
explícita quais normas está revogando. 
-> Revogação tácita: quando não há revogação 
expressa, mas foi promulgada uma nova lei queé incompatível com outra lei antes vigente, ou se 
regule inteiramente a matéria que a lei anterior 
abordava.
▪
Desuetudo
Atualmente, o Direito Brasileiro não aceita o 
desuetudo, ou seja, não admite que os costumes 
possam revogar uma lei.
Somente uma lei pode revogar outra lei.
▪
Repristinação
Conceituamos Repristinação o retorno da 
vigência de uma lei revogada por uma lei 
revogadora. 
Todavia, a jurisprudência já declarou que o 
Direito Brasileiro não aceita repristinação, 
SALVO se houver declaração expressa” (STJ, 
REsp 541.239, Rel. Min. Luiz Fux).
*Matéria de controle concentrado de 
constitucionalidade poderá haver efeitos 
repristinatórios”
LC 95/98
Art. 9o A cláusula de revogação deverá enumerar, 
expressamente, as leis ou disposições legais revogadas. 
LINDB
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor 
até que outra a modifique ou revogue.
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o 
declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule 
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais 
a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se 
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Resumo feito e disponibilizado por Julia Ignacio (@explicajulia)
:
▪
Eficácia de Lei no Tempo
- Temos no Brasil, a PROIBIÇÃO DO RETROCESSO, 
ou seja, um legislador não pode retirar direitos 
fundamentais já conquistados.
Já diz a Constituição, Art. 5º, XXXV, “a lei não 
prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada”.
- Um lei só pode ser retroativa e atingir fatos já 
consumados se: não ofender o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada; 
quando o legislador, expressamente, mandar 
aplicada a casos pretéritos.
- Temos dois critérios fundamentais para resolver 
conflitos de lei no tempo:
 Irretroatividade, não se aplica a lei em situações 
constituídas antes da sua vigência.
 Efeito imediato.
- Admite-se a retroatividade quando:
 Houver expressa previsão da lei
 Desde que a retroatividade não ofenda o ato 
jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada.
*A regra é a irretroatividade.
▪
Eficácia da Lei no Espaço 
O Brasil admite o princípio da territorialidade e da 
extraterritorialidade: encontramos estes princípios 
nos arts. 7º, 8º, 9º, 10, 12 e 17 da LINDB.
Esses artigos dispõem que:
- Excepcionalmente, a lei brasileira poderá ser 
aplicada fora do país, assim como, 
excepcionalmente, a lei estrangeira poderá ser 
aplicada no Brasil.
- Em regra, os Estados reconhecem sentenças 
estrangeiras, desde que atendidos os requisitos 
básicos de compatibilização com a ordem jurídica 
interna. E mesmo assim, a sentença deve ter 
homologação do STF para que venham ganhar 
exequibilidade. 
 As decisões estrangeiras poderão ser 
homologadas parcialmente e inteiramente.
OBS: A sentença estrangeira de divórcio 
consensual produz efeito no Brasil, independente 
de homologação (Art. 961, CPC)
▪
MUDANÇAS DA LINDB
A Lei n. 13.655/2018 incluiu novos artigos na 
Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro.
Essas artigos discorrem sobre segurança 
jurídica e eficiência na criação e na aplicação 
do direito público e que terão aplicação em 
direito administrativo e financeiro.
 - Foram adicionados os arts. 20 a 30.
Resumo feito e disponibilizado por Julia Ignacio (@explicajulia)
Observação:
Este documento é um 
resumo, não possui 100% 
do conteúdo!
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