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Administração Financeira e Orçamentária Administração Financeira e Orçamentária Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 5 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana INDÍCE 1. APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA...................................................07 1.1 Apresentação da disciplina de Administração Financeira Orçamentária..............................................................................................09 2. INTRODUÇÃO........................................................................................13 3. ORGANIZAÇÕES E SEUS CONCEITOS PRINCIPAIS..........................17 3.1 Conceito de Organização......................................................................17 3.1.2 Funções organizacionais e financeiras..............................................22 3.1. 3 Funções Operacionais......................................................................26 4. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E PRESSUPOSTOS BÁSICOS...................................................................................................37 4.1 Sistemas................................................................................................37 4.2 Informação............................................................................................38 4.3 Sistemas de Informação.........................................................................39 4.4 Sistemas de Informação Operacional....................................................40 5. IMPLANTAÇÃO SISTEMA DE INFORMAÇÃO...........................................................................................43 6 Ferramentas de Controle Operacional.................................................47 6.1 Importancia do Sistema de Informação Operacional...........................48 7. GESTÃO ESTRATÉGICA.....................................................................53 8. Processo de tomada de decisão .......................................................57 Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 6 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana 9. IDENTIFICAÇÃO DA ESTRUTURA E DAS FUNÇÕES ORGANIZACIONAIS.................................................................................61 9.1 Propostas de Ferramentas e Controles Operacionais.........................63 9.2 Cadastro de Clientes.............................................................................64 9.3 Cadastro de Fornecedores ..................................................................65 9.4 Controle de Estoques...........................................................................66 9.5 Pedidos..................................................................................................67 9.6 Ordem de Serviço.................................................................................67 9.7 Contas a Pagar.....................................................................................68 9.8 Contas a Receber.................................................................................69 9.9 Movimentação Bancária........................................................................70 9.10 Fluxo de Caixa....................................................................................71 9.11 Cadastro de Funcionários....................................................................72 9.12 BENEFÍCIOS E SISTEMAS DE CONTROLES OPERACIONAIS........................................................................................73 CONCLUSÕES FINAIS..............................................................................75 GLOSSÁRIO..............................................................................................80 REFERÊNCIAS........................................................................................ 84 Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 7 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Apresentação da Professora Olá, tudo bem? Farei uma breve apresentação sobre minha vida profissional e também minha formação acadêmica. Sou a professora Maria Aparecida Rebouças Santos, atuo na instituição FACNOPAR- Faculdade do Norte Novo de Apucarana ministrando aulas nos cursos de Administração, Ciências Contábeis, e nos Tecnológicos de Agronegócio e Recursos Humanos. Sou graduada em Ciências Contábeis pela UNESPAR- Universidade Estadual do Paraná, Especialista em Gestão Empresarial pela mesma instituição. Tenho 26 anos de experiência atuando em organizações privadas nas áreas financeira e administrativa, trabalhando desde implantação e organização de controles financeiros e operacionais, tendo como finalidade a redução de custos dentro das empresas. Neste período tenho trabalhado nos mais diversos ramos empresariais: setor deconfecções, moveleiro e também importação. Atuar como professora e passar minha experiência é algo muito gratificante e prazeroso, espero contribuir com conhecimento e dividir minha experiência com vocês durante todo nosso processo juntos. No tema que vamos trabalhar é necessário alinhar o conhecimento teórico e também o conhecimento prático para melhor assimilação do conteúdo trabalhado e aprimoramento das habilidades financeira e operacional para o processo decisório junto às organizações. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 9 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana 1.Apresentação da Disciplina Atualmente as empresas têm procurado cada vez mais se organizar, planejar gastos e manter controles sobre as entradas e saídas de valores e, com isso, diminuir os custos. Estas medidas são necessárias para se adaptarem as mudanças ocorridas no mercado. Observa-se certa carência nas empresas que, diante das mudanças na economia, não possuem controles adequados. Maximiano (2000), em sentido geral, define organização como sendo o modo através do qual se organiza um sistema. É a forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar objetos, documentos e informações. Observa-se que a manutenção de controles dentro das organizações se torna ferramenta primordial para se mantenham no mercado. É necessário ter uma idéia exata sobre todos os pontos estratégicos, principalmente na área operacional que irá direcionar nas tomadas de decisões futuras. Segundo Oliveira (2005) organizar é saber repassar informações importantes nas tomadas de decisões e monitorar os controles das atividades envolvidas. A falta de controle em empresas muitas vezes acarreta prejuízos em mercadorias mantidas desnecessariamente em estoques. As compras realizadas de forma desordenada acabam constituindo-se em grandes quantidades de matéria-prima armazenadas e, assim, devido às mudanças constantes de tendências, acabam tornando-se obsoletas e inadequadas. Segundo Assaf Neto (2002, p. 160): A política de vendas do fornecedor pode ser outro fator que explique a existência de maiores volumes de estoques numa empresa. Por receber descontos por parte do fornecedor para adquirir maior comprometimento de recursos em estoque. Analisando as vantagens de possuir estoques, deve-se compará- la com seus custos para decidir quanto se deve ter de estoque e quando se deve solicitar a reposição do que estão sendo vendidos e consumidos no processo de produção, a decisão de quando e quanto comprar é uma das mais importantes a serem tomadas na gestão de estoques. As buscas para manter-se no mercado, no qual temos uma economia Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 10 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana globalizada e mudanças constantes, leva as organizações e estarem sempre se renovando e muitas vezes sem um gerenciamento correto de como se deve trabalhar.Muitas empresas não conseguem manter-se no mercado por conseguir trabalhar com controles financeiros adequados a cada empresa específica. Outro fator importante a ser considerado é que nada adianta as empresas possuírem ótimos sistemas que disponibilizam todas as informações se o profissional não está qualificado para trabalhar nas áreas corretas, a qualificação se faz cada vez mais necessária para atuar em áreas administrativas. Assim, bem-vindo alunos e alunas a nossa disciplina ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORCAMENTÁRIA do curso de Administração da FACNOPAR- Faculdade do Norte Novo de Apucarana. Vamos falar sobre conceitos e embasamentos teóricos e propor caminhos para soluções que tragam recursos e trabalhem as competências do administrador nas áreas financeira e operacional dentro das organizações. Toda organização, desde a micro à grande empresa, necessita ter um ciclo operacional e financeiro pelo qual todo processo se desenvolve, é necessário ter controles que atendam a necessidade de cada organização e também administradores preparados e com conhecimentos em todo processo financeiro para melhor avaliar e facilitar a tomada de decisão. Diante das mudanças e as incertezas do mercado é cada vez mais necessário que a organização e adaptação das microempresas e empresas de pequeno porte para enfrentar as competitividades do setor. Assaf Neto (2002, p. 41) afirma que “Uma adequada administração dos fluxos de caixa pressupõe a obtenção de resultados positivos para a empresa, devendo ser focalizada como um segmento lucrativo para seus negócios”. Observa-se que muitas empresas não possuem dados concretos sobre sua situação real para auxiliar nas decisões no momento da compra, venda e renovação dos estoques. Segundo Tachizawa (2001, p. 216) “Para competir com maior eficácia, às organizações estarão introduzindo iniciativas estratégicas de custos, agilidade, qualidade, compressão do tempo em seus ciclos operacionais implantando novas tecnologias de informação”. O mercado sofre mudanças, a economia passa por momentos de incertezas, é necessário buscar formas para controles de gastos e com isso manter-se no mercado. Com o crescimento desordenado, muitas vezes o empresário questiona onde está o lucro, e se as vendas se mantêm inalteradas e, ainda assim, é Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 11 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana necessário o uso constante de empréstimos junto às instituições financeiras. A busca constante por novas formas de se manter no mercado muitas vezes leva o administrador a tomada de decisões sem embasamentos da sua real situação, ter uma empresa estruturada e organizada, mantendo os departamentos alinhados e em conexão entre si ajuda muito para ter um diferencial nos momentos de crises que passamos. Em toda decisão deve ser sempre ser avaliadas todas as possibilidades, o administrador financeiro tem esta função, fornecer informações para tomada de decisão, fornecer dados que possam vir a acontecer em consequência da decisão tomada, seja positiva ou negativa. Os relatórios gerenciais atualmente se tornaram elementos essenciais para tomada de decisão, muitas empresas no primeiro momento de crise buscam alternativas externas por ser uma forma mais rápida, dependendo da situação da empresa junto às instituições bancarias. Estas atitudes, muitas vezes ocorrem sem uma devida análise da real situação da empresa e podem levar a ter problemas muito mais graves futuramente e inclusive, comprometer a continuidade da organização. É preciso entender de administração, buscar se organizar por meio de sistemas de informação que se adéquem a realidade da empresa, buscar ter organização nos setores e manter os controles não somente do financeiro, mas de toda a empresa e profissionais qualificados para efetuar lançamentos e análises corretas da empresa. Hoje o mercado oferece vários tipos de sistemas de informação, desde o simples ao mais sofisticado, o administrador devera buscar o que realmente atenda as suas necessidades e o seu ramo de empresa, buscando fugir do modismo e focando em resultados. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 12 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Anotações ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 13 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana 2. INTRODUÇÃO A economia mundial sofre mudanças contínuas. Essas mudanças influenciam no surgimento da necessidade de adaptação constante das empresas para manterem-se no mercado. Cada vez mais existe a necessidade dos suportarem a pressão da concorrência. Para enfrentá-la necessitam tomar decisões rápidas e precisas. Os gestores buscam apoio nas instituições financeiras que oferecem incentivos. Atenção especial é dada aos pequenos empresários que não possuem garantias que facilitem a obtenção de empréstimos e financiamentos. Com isso, surge à necessidade de organização nas empresas, para trabalhar com controles que possibilitem acompanhar seus gastos, reavaliar os investimentos, custos e despesas, principalmente o fluxo de caixa. Sobre essa questão, Assaf Neto (2002, p. 13) afirma que “Uma administração inadequada do capital de giro resulta normalmente em sérios problemas financeiros, contribuindo efetivamente para a formação de uma situação de insolvência”. Desse modo, a implantação de um sistema de controle operacional nas organizações torna-se uma ferramenta essencial para se gerenciar o fluxo de caixa, acompanhar as receitas e despesas, calcular melhor os custos e o volumede compras, facilitando assim as tomadas de decisões, constituindo-se em ferramentas de controles que podem auxiliar na revisão das metas estabelecidas, quando for oportuno. Diante da situação atual vivenciada pelas empresas, percebe-se que poucos empresários mantêm instrumentos de controles exatos sobre a situação, o que acarreta desperdícios, ocasionando maiores despesas. Para enfrentar as atuais mudanças econômicas, faz-se necessário a utilização desses controles para direcionar as tomadas de decisões futuras. Para Rezende (2003, p.65): “A informação e o conhecimento serão os diferenciais das empresas e dos profissionais que pretendem destacar-se no mercado, efetivar a perenidade, a sobrevivência, a competitividade e a inteligência empresarial”. O sistema de informação trata-se de uma ferramenta complementar para a tomada de decisões, pois auxilia na formação das estratégias da empresa e tanto pode fornecer subsídios úteis como informações fundamentais sobre a situação da empresa. Para atuar no mercado e manter a sobrevivência da empresa e também Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 14 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana do capital investido, faz-se necessário buscar se organizar, trabalhar com estratégias em todos os setores da organização. Muitas vezes os administradores se preocupam em estar no mercado, para isso a preocupação foca-se somente no vender mercadorias, não se preocupando em analisar se as vendas estão sendo feita de forma correta, se existe uma análise e um limite para os clientes da empresa, se estão efetuando os pagamentos no prazo estipulado. Vamos buscar, por meio de vários autores, entender como funciona uma organização e seus principais conceitos, pois as empresas atualmente tem um tratamento diferenciado pelas legislação Brasileira baseada no faturamento da empresa. Estas informações tornam-se um diferencial para o administrador financeiro no processo diário de tomada de decisão. Todas as funções dentro da organização, além de estarem bem estruturadas, também necessitam de pessoas qualificadas para a execução dos trabalhos, para se manterem organizados é necessário que haja um investimento não somente na organização, mas também em mãos de obra qualificada que traga resultados. No mercado atualmente é possível encontrar todos os tipos de sistemas que auxiliam o administrador a ter informação, necessariamente os melhores sistemas é o que ajudam a empresa a ter, de forma clara e precisa, a informação de forma rápida. Toda informação tem a finalidade de ajudar o administrador no processo de decisão, buscar de forma estratégica o crescimento e as melhorias para a empresa. A importância de buscar sistemas de informação que auxiliam no suporte tem sido um diferencial, a implantação de sistemas de informação precisa sempre estar condizente com a realidade da empresa, em todos os setores são necessários buscar trabalhar com sistemas de informação que tragam resultados. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 15 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Anotações ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 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___________________________________________________________ ___________________________________________________________Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 17 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana 3. ORGANIZAÇÕES E SEUS CONCEITOS PRINCIPAIS Para melhor compreender o assunto em questão, apresentam- se a seguir a definição de organização e os conceitos principais a ela relacionados, entre os quais se destacam as funções organizacionais, com ênfase as funções operacionais e financeiras. 3.1 Conceito de Organização Segundo Chiavenato (1997), organização pode ser definida como qualquer conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja em grupo, seja individualmente, mas de forma coordenada e controlada, visando atingir objetivos. Ainda na opinião do autor, não basta um conjunto de pessoas atuando para atingir um objetivo comum, é necessário também que essas pessoas se organizem, ou seja, que desenvolvam as suas atividades de forma organizada (direcionada) para atingir resultados. Administração financeira para Hoji (2014, p.3), o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado, pois dessa forma estará sendo aumentado a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedade por ações e sócios de sociedades por cotas), ainda para o autor, os proprietários de empresas privadas esperam que seu investimento produza um retorno compatível com o risco assumido, por meio de geração de resultados econômicos e financeiros (lucro e caixa) adequados por longo prazo, ou melhor, indefinidamente, pois o investimento é feito em caráter permanente. Para Stair (1999, p. 32), organização é a realização de tarefas por duas ou mais pessoas de forma coordenada e controlada, visando sempre objetivos. Para este autor, organização significa “conjunto de pessoas e de outros recursos estabelecidos para cumprir metas”. Para a existência das organizações são necessários comprometimento e objetivos comuns entre as pessoas envolvidas através de motivação. Na definição de Rezende (2007, p. 42), para que as organizações possam funcionar plenamente necessitam “ser e estar envolvidas com o meio ambiente interno e o externo e com seus respectivos recursos”. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 18 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Imagem 01: Modelo organização Fonte: https://pixabay.com/pt/pessoas-de-neg%C3%B3cios-a-empresa-1572059/ Ainda na opinião do mesmo autor, as organizações existem para servir às necessidades e desejos das pessoas; são entidades planejadas, organizadas, dirigidas, controladas por gestores. É na organização que o administrador nasce e se desenvolve. Na opinião de Shimidt (2007, p. 123) “cada participante e cada grupo de participante recebe incentivos, em troco dos quais fazem contribuições à organização”. Ainda na opinião deste autor, para que o desenvolvimento e a eficácia ocorram dentro das empresas faz-se necessária a colocação de todos os recursos possíveis para a realização das atividades envolvidas. Rezende (2007) ainda afirma que toda organização atua em determinado meio ambiente e sua existência e sobrevivência dependem da maneira como ela se relaciona com esse meio. Vários fatores contribuem para este sucesso: ter objetivos específicos, saber planejar as metas, e ter principalmente controles que ajudam nas tomadas de decisões. Para Oliveira (2005, p. 136), gerir é fazer as coisas acontecerem e conduzir a organização para seus objetivos. “Portanto, gestão é o ato de conduzir as empresas para a obtenção dos resultados desejados”. Rezende (2003) elucida que a análise dos fatores críticos de sucesso dentro de uma organização está ligada a elementos peculiares que fazem ou farão a diferença entre o sucesso ou fracasso da organização. Para o autor, os conceitos de organização e mudanças estão demasiadamente ligados, e se fazem necessários ajustes e adaptações para manterem-se Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 19 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana no mercado de maneira competitiva e efi ciente. Aprofundando Conhecimento: Sobre recursos e competencias, sugerimos o autor Idalberto Chiavenato. Obra “Administraçao para não administradores - Gestao de Negócios ao Alcance de Todos”, 2011.Acesse: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/9788520441763/recent. Conforme informações do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2017), no Brasil a primeira medida legal que estabeleceu tratamento especial às empresas de pequeno e médio porte ocorreu em 1984, com a Lei nº. 7.256. Tal lei concedeu um tratamento diferenciado, favorecendo as microempresas nas áreas administrativas, tributária, previdenciária, trabalhista e de desenvolvimento empresarial. Em 1988, a Constituição Federal em seu artigo 170 e 179 instituiu o princípio geral da atividade econômica, que traz um tratamento simplifi cado, favorecendo às micro empresas e empresas de pequeno porte. Dez anos depois, prevendo tratamento favorecido às microempresas nos campos trabalhistas, previdenciário, fi scal, de crédito e de desenvolvimento empresarial, foi aprovada a Lei nº. 8.864. Mesmo sem a ausência de regulamentação que a maioria dos artigos necessitava, a nova lei inovou com elevação da receita bruta anual da microempresa, incluindo pela primeira vez a empresa de pequeno porte. Como havia sido previsto na Constituição Federal promulgada em 1988. Em 1996, ocorreu à implementação de uma medida importante no campo tributário por meio de uma ação decisiva das instituições de classe representativa das empresas de pequeno porte junto ao Congresso Nacional, onde foi obtida a provação da Lei nº. 9.317 que veio aprimorar Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 20 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana e ampliar o sistema de pagamentos de impostos, já em vigor, para as microempresas. Assim, nasceu o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos já em contribuições que ficou denominado de Simples. No novo sistema passou-se a incluir as pequenas empresas como beneficiárias da tributação simplificada e ampliou-se a relação dos impostos e contribuições incluídos no benefício da arrecadação única. A Lei do Simples revogou o capítulo que dispunha sobre o tratamento fiscal das Leis nº. 7.256/84 e nº. 8.864/94, pois eram incompatíveis com os dispostos na nova lei. A Lei do Simples promoveu um tratamento simplificado e diferenciado às microempresas e as empresas de pequeno porte em relação aos impostos e contribuições, e também trouxe benefícios ao pequeno empreendedor com a redução da carga tributária e a simplificação da forma de recolhimento dos tributos federais, e possibilitou a adesão de Estados e Municípios à concessão de benefícios dos impostos sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS) e impostos sobre serviços (ISS). Em 1999, foi aprovado um novo estatuto da microempresa e empresa de pequeno porte, através da Lei nº. 9.841/99, fundamentada nos artigos 170 e 179 da Constituição Federal e regulamentada pelo decreto nº3. 474/00 A nova lei estabeleceu diretrizes para a concessão de tratamento diferenciado aos pequenos negócios nos campos administrativo, tributário, previdenciário, trabalhista e de desenvolvimento empresarial. Neste Estatuto e no Decreto, constam ainda diversas ações necessitando de implementação, tai como: aplicação nas microempresas de 20% dos recursos federais em pesquisa e capacitação tecnológica, constituição de sociedade de garantias solidárias e implantação de incentivos fiscais e financeiros para desenvolvimento empresarial. Os conceitos de microempresa e empresa de pequeno porte podem ser analisados sobre diversos aspectos. Através da organização estrutural, no qual o gestor centraliza as atividades, exercendo várias funções na empresa; pela classificação utilizada pelasLeis Federais e Estaduais na qual são considerados os limites de faturamento. Outra maneira utilizada para a classificação de micro e pequenas empresas é pela quantidade de pessoas que trabalham nas empresas. Segundo os parâmetros utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), é considerada microempresa aquela que emprega até nove pessoas no ramo de atividade de comércio e serviços e até dezenove pessoas na indústria, e pequena empresa quando possui de dez a quarenta Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 21 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana e nove empregados no comércio e serviços e de vinte a noventa e nove pessoas na indústria. Aprofundando conhecimento Sugerimos que voce acesse frequentemente para se manter atualizado: www.sebrae.com.br O Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) foi criado pela Lei nº. 161 de 13 de fevereiro de 1967, e constitui-se por ser um órgão público Federal vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. SEBRAE caracteriza-se por uma instituição técnica de apoio ao desenvolvimento da atividade empresarial de pequeno porte, que visa à promoção e fortalecimento das micro e pequenas empresas. Administrado pela iniciativa privada constitui-se em serviços sociais autônomos, uma sociedade civil sem fi ns lucrativos que, operando em sintonia com o setor público, não se vincula ao setor público federal. Conforme informações fornecidas pela Receita Federal (2017) Simples, Instituído pela Lei nº. 9.317/96, cujo objetivo foi regular em conformidade com o Art. 179 da Constituição Federal de 1988, dá um tratamento simplifi cado favorecido e diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte. A lei complementar 123/2006 em substituição as normas do Simples federal (lei 9.317/1996) e do anterior estatuto (lei 9.841/1999), estabelece regras diferenciada as micro-empresas e empresas de pequeno porte. Considera-se microempresa a pessoa jurídica que possuir receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) por ano, e empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica que obtiver receita bruta superior a R$ 3600.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (Quatro milhões e oitocentos mil reais) por ano. De acordo com o Artigo 2º, § 2º da Lei do Simples, a receita bruta Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 22 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana caracteriza-se por: “Produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultados nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos”. A opção pelo Simples que era feita através do “Termo de Opção ao Simples”, e atualmente se realiza pela alteração do enquadramento no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) através do cadastro geral de contribuintes do Ministério da Fazenda, onde é enquadrada mediante a inscrição de pessoa jurídica na condição de micro e pequena empresa. Aprofundando conhecimento Sugerimos que voce acesse frequentemente para se manter atualizado: www.receita.fazenda.gov.br 3.1.2 Funções Organizacionais e Financeira Segundo Oliveira (2003), as funções organizacionais básicas podem ser resumidas da seguinte maneira: - Planejar como a empresa pretende atingir os objetivos; - Organizar os recursos da empresa de maneira a alcançar os objetivos de forma efi ciente e efi caz; - Controlar de maneira segura e bem coordenada a todos os envolvidos para a implementação dos objetivos da organização. De acordo com Padoveze (2007), o profi ssional responsável pelas informações deverá manter profundo conhecimento do processo operacional existente na empresa. Segundo Morante (2012), “Na busca de soluções que visam a um adequado levantamento de recursos, o profi ssional da área de fi nanças deve explorar todas as fontes de recursos que são colocados à disposição de uma empresa. Estas fontes e usos estão relaciona- dos diretamente com o próprio empreendimento, mas, também, com o mercado fi nanceiro Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 23 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana e mercado de fatores de produção e de bens e serviços finais em que a empresa atua”. Para Braga (1995, p.35), organização da função financeira define-se da seguinte maneira: Nas empresas de pequeno e médio porte, as atividades relacionadas com a função financeira geralmente ficam sob a responsabilidade de um dos sócios, Não e raro essa pessoa acumular outras funções e relegar a área financeira a um segundo plano, preocupando-se basicamente com a administração e disponibilidades. Nas grandes organizações, a função financeira situa-se entre as mais relevantes e costuma ser desempenhada por três executivos de alto nível: Vice-Presidente de Finanças, o Diretor Tesoureiro e o Diretor de Controle. Tais cargos poderão ter outras denominações: Diretor Financeiro e Gerentes Gereais ou Diretores Adjuntos de Finanças e Controladoria. Ainda para o autor as principais funções e responsabilidades de cada cargo são as seguintes: Vice Presidente (Diretor Financeiro) - Principal executivo da área financeira, reportando-se diretamente a Presidência; - Formula a política financeira global da empresa e das suas subsidiárias; - Coordena as atividades do tesoureiro e do controller; Representa a empresa: - Perante os órgãos públicos e instituições ligadas ao mercado de capitais; - Na assinatura de grandes contratos de compra, de venda, de financiamentos etc; - Muito mais do que “o homem do dinheiro”, ele é um homem de negócios. Tesoureiro - Desenvolve funções executivas (é um “homem de linha”) - Mantém relações externas com banqueiros e outros credores; - Administra os fluxos de recursos financeiros; - É responsável pela liquidez da empresa; Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 24 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana O Controller: - Desenvolve funções de assessoria (é um “homem de staff”); - mantém relações internas, envolvendo-se com todas as áreas; - É o inspetor dos assuntos financeiros (não se confundindo com o auditor interno); - Está constantemente preocupado com a rentabilidade; Representamos na figura abaixo os três principais cargos da área financeira e as atribuições do tesoureiro e do controller conforme opinião de Braga (1995). Fonte: Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira (BRAGA,1995) Para o autor as principais atribuições do tesoureiro e controller são as seguintes: Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 25 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Empresas de grande porte mantem vários departamentos para tratar de diversos assuntos relacionados às finanças por considerar a grande importância dentro das organizações, às decisões deverão ser analisadas por seus principais membros e sempre avaliando o planejamento orçamentário da empresa. Fonte: Elaborado pelo autor As organizações de modo geral mantém uma estrutura financeira, sendo que dependendo da quantidade de funcionários as funções são exercidas por uma mesma pessoa, eliminando algumas degraus na hierarquia. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 26 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Fonte: Elaborada pela autora 3.1.3 Funções operacionais Para Oliveira (2005), as funções operacionais são responsáveis por garantir a eficácia dos antecessores, contribuindo para a eliminação ou constatação de falhas na realizaçãodos negócios, bem como auxiliam nas tomadas de decisões ou na execução das rotinas de trabalho Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 27 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana preestabelecidas. Segundo Padoveze (2007), a elaboração de normas e procedimentos de controles é medida de fundamental importância nas organizações para promover a eficiência operacional. Para Morante (2012), o papel do administrador e muito importante dentro das organizações para tomada de decisão em todos os setores internos e externos, segundo o autor: [...] operacional da função financeira, os recursos podem ser alocados tanto em ativos fixos como em ativos circulantes, ou seja, nas disponibilidades, composição da carteira de contas a receber de clientes e administração dos estoques de matérias- primas, materiais auxiliares e produtos acabados. Ainda segundo Padoveze (2007), a administração de recursos humanos na empresa deve ser abastecida de informações importantes, pois é o diferencial nas organizações. De acordo com Rezende (2003, p. 146), “Todas as funções ou cargos existente na organização devem ser identificados, descritos e conhecidos”. Para este mesmo autor, todos os recursos humanos na empresa devem ser avaliados com base no perfil profissional. Segundo Padoveze (2007, p. 101), o sistema financeiro tem significativa importância nas organizações. O autor resume sua importância da seguinte maneira: “Entendemos finanças como uma área operacional, que tem o objetivo de efetivar financeiramente as operações da empresa, bem como administrar eficientemente a movimentação dos recursos financeiros da organização”. Para Rezende (2003, p. 55), é importante que os gestores acompanhem os controles organizacionais. Segundo o autor, “o acompanhamento e a avaliação do controle estratégico, tático e operacional pode ser feito por meios de sistemas manuais ou informatizados”. Para Morante (2012, p.07), os administradores financeiros devem ter algumas atividades básicas para atuação no planejamento financeiro: análise e planejamento de todas as informações de cunho financeiro que possam se relacionar, de forma direta ou indiretamente, com todas as operações da organização e com ambiente externo em todas as operações que envolva a empresa; administrar a estrutura total da empresa, buscando sempre a Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 28 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana redução de capital de terceiros, o administrador deve sempre analisar as possibilidades de uso dos ativos da empresa para captação de recursos externos; administração fi nanceira, visando a necessidades de compor o fl uxo de caixa da empresa com capital de terceiros, deverá buscar sempre as melhores fontes de fi nanciamentos baseando sempre analisar a real situação da empresa da empresa, fatos de muita relevância neste momento de análise são os prazos de liquidez dos clientes, obrigações já assumidas com terceiros, funcionários e governo, etc; A função da administração fi nanceira para manter uma organização com resultados positivos, para isso é necessário sempre buscar trabalhar de forma estratégica. Os recursos fi nanceiros devem sempre ser analisados, tanto o uso do capital próprio para investimentos e rentabilidade futura, como deverá ser sempre analisados os prazos de retorno para que a empresa não necessite neste período fazer o uso de valores externos e com isso efetuar pagamentos de juros. Para necessidade de uso de capital externo, cabe ao administrador fi nanceiro analisar todas as fontes possíveis, buscando sempre as melhores taxas, analisar sempre a capacidade da empresa de efetuar estes empréstimos ou fi nanciamentos. A busca de capital de terceiros deverá ser sempre uma opção após esgotados todas as possibilidades de soluções internas, cabe ao administrador fi nanceiro buscar primeiramente estas soluções. Aprofundando Conhecimento: Sobre recursos e competências, sugerimos a leitura da Obra: “Visão Sistêmica e Administraçao: Conceitos, Metodologias E Aplicaçoes, 2006. Autores Dante Pinheiro Martinelli e Carla Aparecida Arena Ventura. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/9788502088521 Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 29 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Para Braga (1995, p. 23), a função financeira compreende um conjunto de atividades relacionadas com a gestão dos fundos movimentados por todas as áreas da empresa. Essa função é responsável pela obtenção dos recursos necessários e pela formulação de uma estratégia voltada para a otimização do uso desses fundos. Encontrada em qualquer tipo de empresa, a função financeira tem um papel muito importante no desenvolvimento de todas as atividades operacionais, contribuindo significativamente para o sucesso do empreendimento. Desta forma podemos verificar a importância da organização das funções dentro das empresas, sendo levado em consideração que profissionais qualificados para cada função possibilitam aos gestores um diferencial na tomada de decisão. A qualificação dentro das organizações se tornou fator decisivo para a continuidade das empresas no atual momento que estamos vivendo, independente do setor ter profissionais que tenha preparo para a função, que tenha organização e principalmente conhecimento, ajuda a manter os diretores com todas as informações setoriais e isso facilita nos momentos de tomada de decisão. A função financeira, quando bem sincronizada com todos os setores dentro da organização, consegue trazer respaldos muito seguros aos diretores, ajudando os passos futuros da empresa, a formulação de estratégias futuras, e demonstrando todos os recursos possíveis. Para Rezende (2003), as funções organizacionais e empresariais são as principais macroatividades dentro das organizações. Ainda segundo o autor, elas podem ser classificadas da seguinte maneira: - Nível estratégico: As decisões são tomadas no alto escalão da empresa, cujo efeito influencia toda a estrutura organizacional; - Nível tático gerencial: A finalidade é aperfeiçoar determinada área; - Nível operacional: Auxilia no processamento das atividades rotineiras e cotidianas, e seus respectivos procedimentos; Segundo Hoji (2012) estas organizações tem a seguinte classificação: - Nível estratégico: planejamento a longo prazo e de responsabilidade dos níveis mais altos dentro das organizações; - Nível planejamento tático: organizar e otimizar parte do que foi planejado de forma estratégica; - Nível planejamento operacional: organizar os recursos necessários para as decisões tomadas, geralmente estes recursos precisam ser elaborados a curto e médio prazo. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 30 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Toda organização busca conciliar crescimento e lucro, para isso é necessário buscar traçar as metas para atingir tal objetivo. Para Morante (2012), todo administrador, busca sempre captar o maior número de recursos no caixa da empresa, fato este que nem sempre é possível devido ao giro necessário que a empresa necessita para continuar no mercado, para estar sempre ativo no mercado é necessário estar comprando mercadorias, vendendo os produtos produzidos e pagando os serviços de mão de obra e fornecedores, para o autor existem três tipos de planejamento de caixa específicos: a) O planejamento estratégico de caixa, sempre analisando fatores externos e internos à empresa, sinalizando quase sempre decisões que envolva grande complexidade e grande volume de recursos; b) O planejamento tático de caixa, que tem um alcance mais curto em termos de prazo, envolvendo o resultado particular de alguma área; c) O planejamento operacional decaixa, que tem a finalidade de analisar os recursos da empresa, organizar o uso destes recursos da melhor maneira possível, planejar as operações da empresa por determinado período. Segundo Sanvicente (1987, p.15), uma das possíveis maneiras de se caracterizar a função financeira de uma empresa é categorizar as áreas que exigem tomada de decisões pelos executivos responsáveis. Isso não nos diz o que esses executivos fazem especificamente, mas define o tipo de problema com o qual estão envolvidos. Costuma-se classificar esses problemas de duas maneiras: a) Segundo áreas de decisões de investimento, financiamento e utilização do lucro líquido. b) Segundo tarefas de obtenção de recursos financeiros e análise da utilização desses recursos pela empresa. Para Crepaldi (2014, pág 39 / 40), para que a empresa consiga alcançar seus objetivos, cada setor de atividade deverá aplicar métodos eficientes, a partir de uma análise cuidadosamente elaborada. Para desempenhar convenientemente as funções que lhe são inerentes, a empresa recorrerá à técnica da controladoria, a qual tem métodos de trabalho, baseados num conjunto de princípios com flexibilidade de aplicação. É necessário buscar por meio da controladoria planejar o futuro financeiro da organização, controlando, as receitas, os gastos. Para que haja um planejamento e um acompanhamento das decisões Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 31 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana tomadas pelos gestores é necessário relatórios de avaliação de todo período. Segundo Sanvicente (1987), as dentre as funções do administrador na área financeira está o assessoramento como um todo para proporcionar recursos financeiros buscando fontes possíveis, efetuando relatórios demonstrando todas as disponibilidades para que a empresa desenvolva suas atividades e possa expandir se assim for desejável em todos os setores com segurança. Para Braga (1.995), na função financeira cabem duas tarefas básicas: a) Obtenção dos recursos nas condições mais favoráveis possíveis; b)Alocação eficiente desses recursos na empresa; Estas fontes de recursos podem ser classificadas da seguinte forma segundo o autor: - Recursos próprios (capital integralizado, reservas e lucros retidos) e recursos de terceiros (compromissos assumidos ou dívidas contraídas) - Recursos permanentes (recursos próprios e dívidas a longo prazo) e recursos temporários (compromisso e dívidas a curto prazo) - Recursos onerosos (provocam despesas financeiras) e recursos não onerosos. Quando se trata de planejamento dentro de uma organização, devemos observar todos os setores e não apenas o departamento financeiro, Para Coronado (2010, pag 23), são funções da controladoria: a) Gerenciar o processo de gestão: . Ajudar na adequação do processo a realidade da empresa; . Monitorar e orientar o processo de planejamento orçamentário da empresa; . Consolidar o orçamento da empresa; b)Apoiar a avaliação de desempenho: . Elaborar a análise de desempenho econômico das áreas; . Elaborar a análise de desempenho da empresa; c) Apoiar a avaliação de resultado . Elaborar a análise de resultado econômico dos produtos e serviços; . Orientar o processo de estabelecimento de padrões; Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 32 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana d) Gerir os sistemas de informações econômicos e financeiros . Definir base de dados que permita a organização das informações necessárias a gestão; . Elaborar modelos de decisão para os gestores das diversas áreas da empresa; . Padronizar e/ou harmonizar as informações econômicas; e) Atender aos agentes do mercado (acionistas, governo, bancos,etc.) . Garantir atendimento as normas e princípios societários; . Garantir atendimento as normas e princípios fiscais; Para Hoji (2012), existe um ciclo operacional dentro das empresas que se inicia desde a compra da matéria-prima até o momento da venda do produto, ainda segundo o autor, ocorre um fluxo destas operações e com este processo é necessário à apuração dos resultados. As Finanças envolvem todos os departamentos de uma organização, portanto é necessário que todos estejam envolvidos nos processos operacionais. Para Crepaldi (2014, pag 10), as finanças fornecem um meio de ligação que facilita a comunicação entre os diferentes departamentos. Por exemplo, o orçamento comunica os objetivos globais aos gerentes de departamento, de modo que eles saibam o que se espera deles; ele também fornece indicações de como cada departamento pode conduzir suas atividades. Segundo Souza; Batista (2014, p. 03), “finanças é a arte de administrar recursos”, para o autor, podemos definir em três os conceitos sobre finanças: a) Situação econômica da empresa em relação aos recursos disponíveis em caixa; b) As transações realizadas pela empresa para manter em circulação os recursos, através de investimentos, empréstimos e saldos em bancos; c) A forma como se é administrado o dinheiro, de forma cautelosa, segura, toda organização para se manter necessita estar em dia com todos os compromissos assumidos, buscar equilibrar os pagamentos com recebimentos traz estabilidade no giro financeiro da empresa. As funções de controladoria difere muito de empresa para empresa mas em geral atua no processo decisório da organização nos mais diversos setores para Crepaldi (2014, pag 31), o controller precisa ser um Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 33 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana profi ssional altamente qualifi cado, que defi nirá e controlará todo fl uxo de informações da empresa, garantindo que as informações corretas cheguem aos interessados dentro de prazos adequados e que a alta administração somente receba informações uteis a tomada de decisões. As decisões tomadas pela alta administração provocarão ações que por sua vez gerarão mais informações. Neste contexto, a função básica do controller sera garantir a perfeita realização do processo. Aprofundando Conhecimento: Sobre este tema, sugerimos A Obra “Contabilidade Gerencial: Teoria E Prática”, dos autores: Silvio Aparecido Crepaldi e Guilherme Simoes Crepaldi. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/9788597011654. Para tomada de decisão, é necessário que todos os setores forneçam informações corretas, para Crepaldi (2014, pag 34) ciclo do controle se defi ne da seguinte forma 1 - DETERMINAÇÃO DE OBJETIVOS. A alta administração determina os objetivos da empresa para um período futuro, normalmente de médio e longo prazos. 2- PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. Conjunto de metas que serão atingidas a curto e médio prazos e que possibilitarão a consecução dos objetivos propostos. 3- DETERMINAÇÃO DAS ATIVIDADES. Defi nição dos setores envolvidos com as metas e objetivos e atribuição da responsabilidade inerente a cada área. 4 - DETERMINAÇÃO DOS RECURSOS NECESSÁRIOS. Elaboração de orçamento e de análise dos projetos que necessitarão ser desenvolvidos. 5- APROVAÇÃO. Análise de orçamento e de demonstrações contábeis projetadas e aprovação ou reformulação das metas e objetivos. 6 - EXECUÇÃO. O sucesso obtido na execução do plano dependerá do grau de envolvimento de cada área. Assim sendo, é necessária a divulgação do plano e das metas a serem alcançadas e do comprometimento de todos. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 34 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana 7- COMPARAÇÃO DOS VALORES ORÇADOS E REALIZADOS. Estas funções são atribuições da área de controladoria, que fará o acompanhamento da execução das operações, a comparação do orçado com o realizado, apurará e classificará as variações, identificará as causas das variações e proporá medidas corretivas. Por meio das comparaçõesentre valores orçados e realizados, é possível extrair variações dividas em variações de desempenho e variações de estimativa. A partir daí, apuram- se as causas das variações, identificam-se os responsáveis e são propostas medidas corretivas. 8 - COMPARAÇÃO ENTRE RESULTADOS E METAS. A análise dos resultados previstos em comparação aos realizados permite determinar a necessidades de reformulação das metas ou de um melhor acompanhamento das atividades. 9 - COMPARAÇÃO ENTRE RESULTADOS E OBJETOS. Periodicamente, os resultados obtidos são analisados com a finalidade de avaliar a consecução dos objetivos propostos. Nesta oportunidade, é avaliada a necessidade de reformulação dos objetivos propostos, o que desencadeará todo o processo do ciclo do controle. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 35 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Anotações ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 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___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 37 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana 4. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E PRESSUPOSTOS BÁSICOS Este capítulo busca trazer os conceitos principais de sistema de informação, analisando separadamente sistemas, informação e o processo de implantação. Relaciona a importância destes dados em sistema operacional dentro das organizações. 4.1 Sistema Para Padoveze (2007) sistema pode ser definido como elementos em interação. O autor afirma ainda que sistema é “um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo” (2007, p. 8). Para Magalhães (2000, p. 33), o termo sistema significa: “Pensamento de algo geral, integrado por partes independentes e inter- relacionadas”. Padoveze (2007, p. 05) enfatiza a importância e os objetivos que os sistemas podem auxiliar as empresas. Segundo o autor: Os sistemas de apoio às operações têm como objetivo auxiliar os departamentos e atividades a executarem suas funções operacionais (compras, estocagem, produção, vendas, faturamento, recebimentos, pagamentos, qualidade, manutenção, planejamento e controle de produção, etc). Para Magalhães (2000, p. 20), todo sistema dentro das organizações necessitam de objetivos. Para o autor, estes objetivos podem ser: “Circulação ou distribuição, de avaliação de mérito dos empregados, de aprovação de credito aos clientes, de controle da produção contábil”. Segundo Masakazuhoji (2012), os sistemas gerenciais devem ser vistos como um conjunto de subsistemas que trabalha no processamento das informações de forma globalizada no processo de gestão nas organizações. Ainda para o mesmo autor, estes sistemas devem ter confiabilidade e agilidade na apuração destas informações, pois caso contrário a empresa Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 38 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana corre o risco de perder competitividade no mercado devido ao fato de estarmos vivendo em mundo globalizado. Empresas que mantém sistemas de informações que buscam atender as necessidades reais da empresa conseguemter relatórios gerenciais atualizados e, consequentemente, mantém um maior controle sobre vários setores dentro da organização. Atualmente, há sistemas de informações desse tipo pra atender a todos os tipos de mercado. Para Rezende (2003, p. 76), a tecnologia da informação, como sistema, está fundamentada nos seguintes componentes: “hardware e seus dispositivos e periféricos; software e seus recursos; sistemas de telecomunicações; gestão de dados e informações”. Para esse autor, todos esses componentes interagem e necessitam de um componente principal que é o recurso humano, peopleware ou humanware. Para o autor, mesmo não fazendo parte da tecnologia da informação, sem este componente, esta tecnologia não teria funcionalidade e utilidade. 4.2. Informação Turban (2007, p. 03) define informação como: “Dados que foram organizados de modo a terem significado e valor para o receptor”. Dentro de uma empresa, informação é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento de uma organização funcional. Na definição de Rezende (2003, p. 61) “Informação é todo dado trabalhado, tratado, útil, com valor significativo atribuído ou agregado a ele e com um sentido natural e lógico para quem usa a informação”. De acordo com Padoveze (2007, p. 27), para uma boa informação são necessários três elementos importantes: “informação, dado e comunicação”. Para o autor a informação é um dado que necessita ser armazenado de forma compreensível. Dado compreende o registro das informações ainda não processadas, e comunicação diz respeito à transmissão desta informação de forma compreensível pelo receptor. As informações obtidas por de meios seguros e responsáveis dentro de uma organização se tornam ferramentas importantes nas tomadas de decisões e trazem segurança para o gestor no momento de avaliar os momentos certos de agir no mercado, de fazer novas aquisições ou recuar para aguardar melhores oportunidades. Padoveze (2007, p. 27) afirma que as principais características para uma boa informação são: “conteúdo, precisão, atualidade, freqüência, relatividade, exceção, acionabilidade e flexibilidade”. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 39 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Para Magalhães (2000) as informações auxiliam no processo decisório dentro das organizações. Para o autor, o sistema processa dados e transforma-os em relatórios que são destinados às pessoas que tomam decisões. No conceito de Padoveze (2007) as informações corretas trazem segurança no momento de tomada de decisão. Segundo o autor, a boa informação nas organizações reduz a incerteza no processo de tomada de decisão, auxiliando no momento de renovação de estoques. 4.3. Sistemas de informação Para Rezende (2003, p. 61) “são incontestáveis os benefícios que os sistemas de informação trazem para as organizações, principalmente quando são utilizados como fatores de solução de problemas e como ferramentas de diferenciais de negócios”. Turban (2007) resume esta problemática desta forma: Um problema social que afeta a empresa moderna é a exclusão digital. A exclusão digital se refere ao abismo entre os que têm acesso às informações e à tecnologia de comunicações e aqueles que não têm. Essa lacuna existe tanto dentro dos países quanto entre um país e outro. Um sistema de informação aplicado nas empresas deve atender a todas as necessidades, desde áreas como recursos humanos até a área financeira. A vantagem de se manter um sistema de informação funcional e com qualidade nas organizações é a de proporcionar aos gestores maior facilidade nas tomadas de decisão. Saiba Mais! Para melhor entender sobre este tema, sugerimos como leitura o autor denis alcides rezende : tecnologia da informaçao aplicada a sistemas de informaçoes empresariais.Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/9788522490455 Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 40 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana 4.4. Sistema de informação operacional Segundo Padoveze (2007), os sistemas operacionais nasceram da necessidade de planejamento e controle das diversas áreas operacionais existentes nas empresas. Na definição de Magalhães (2000, p. 27), sistemas operativos de informações podem ser definidos como: “conjunto de recursos (humanos, materiais e imateriais) insertos numa organização”. Para Masakazuhoji (2014, pag 411), os sistemas operacionais auxiliam as organizações no planejamento e controle, para o autor os princípios de planejamento são os seguintes: a) Princípio da contribuição aos objetivos: deve-se viabilizar a realização dos objetivos máximos da empresa pela hierarquização dos objetivos estabelecidos, considerando-se interligação entre eles; b) Princípio da precedência: corresponde a uma função administrativa que vem antes das outras (organização, direção e controle); c) Princípio da maior penetração e abrangência: o planejamento pode provocar uma série de modificações nas características e atividades da empresa; d) Princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade: o planejamento deve maximizar os resultados e maximizar as deficiências; Segundo Rezende (2003), os sistemas de conhecimento manipulam e geram conhecimentos, por meio de base dados que são criados pelas pessoas dentro das organizações e acionadas através de recursos da tecnologia da informação. Rezende (2003, p. 274), divide em módulos as funções dos sistemas operacionais dentro das organizações: - Produção e serviços: planejar as atividades de produção e as respectivas necessidades de matérias; - Faturamento e Comercial: estoque, pedidos de produtos, compras e custos; - Qualidade e produtividade: controlar a qualidade e a produtividade dos processos e rotineiros da fabricação, gerar relatórios técnicos e sugestões; - Manutenção de equipamentos, produtos e serviços: Controlar plano de inspeção e manutenção, preventiva e corretiva. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 41 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Anotações ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 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___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 43 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana 5. Implantação de sistemas de informação Para Padoveze (2007), o momento da decisão sobre a aquisição ou construção de um sistema de informação dentro das organizações exige uma série de passos a serem observados. Para Rezende (2007), para manter-se em um mercado cada vez mais competitivo, o gestor precisa ter em mente os objetivos a serem alcançados dentro das organizações. Faz-se necessário, portanto, planejar cuidadosamente as metas e, através delas, criar mecanismos para a conclusão dos objetivos. Segundo Rezende (2003), planejar é a forma como a empresa pretende atingir os objetivos propostos. Para atuar no mercado de forma eficiente, as organizações buscam alternativas que tragam melhores resultados a curto prazo, investindo nas áreas de conhecimentos e descentralizando as funções dentro da empresa. Os objetivos devem ser analisados. Dentro deste contexto, Padovese (2007) afirma ser necessário avaliar a necessidade da implantação de um sistema de informação. Deve-se também avaliar o custo beneficio que um sistema de informação atualizado trará para a empresa na tomada de decisão. O autor atenta para cuidados básicos, que deverão ser analisados no momento da implantação. Para Padovese (2007, p. 312), é necessário avaliar as seguintes informações: Construir sistema de informação próprio pelo setor de informática da empresa ou contratando serviços especializados de terceiros; Adquirir um sistema de informação oferecido no mercado, de caráter generalista (tipo pacote pronto) ou feito sob medida para a empresa. Rezende (2003) ressalta a importância de se avaliar a implantação do projeto pelas pessoas envolvidas para alcançar o grau de satisfação e o atendimento as necessidades da empresa. Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 44 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Para este autor (2003, p. 162): A avaliação, revisão e aprovação devem ser elaboradas principalmente nas passagens das partes ou fases do projeto, considerando: revisão das partes ou fases imediatamente anteriores; apresentação dos produtos aos envolvidos; e deferimento formal. Para Padoveze (2007), todo projeto nas organizações deverá conter elementos importantes: um objetivo, justifi cativas, vantagens, análise do retorno fi nanceiro e principalmente custos de implantação do projeto. O mesmo autor afi rma (2007, p. 317): “um sistema de informação, seja apenas da área contábil, seja um sistema completo de gestão empresarial, envolve um investimento signifi cativo, que, em princípio, deverá trazer retorno econômico”. Aprofundando Conhecimento Sugerimos que voce esteja em contato com noticias de jornais e revistas especializados para se manter atualizado no que acontece mundialmente e pode auxiliar nos momentos de tomada de decisao. Disponível em: https://www.valor.com.br/ Ad m in is tra çã o Fi na nc ei ra e O rç am en tá ria 45 © Todos os direitos reservados a Facnopar – Faculdade do Norte Novo de Apucarana Anotações ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________
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