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de troca. 2. A forma-equivalente particular Cada mercadoria (fato, trigo, chá, ferro, etc.) serve de equivalente na expressão do valor do tecido [ e, portanto, de encarnação de valor]. A forma natural de cada uma destas mercadorias é agora uma forma-equivalente particular, ao lado de muitas outras. Igualmente as várias espécies de trabalho útil [determinadas e concretas], contidas nos corpos das diversas mercadorias, representam outras tantas formas particulares de realização ou de manifestação do trabalho humano puro e simples. 3.Defeitos da forma-valor total ou desenvolvida Desde logo, a expressão relativa de valor é incompleta, dado que a série dos seus termos nunca termina: a cadeia, de que cada equação de valor forma um dos elos, pode prolongar-se indefinidamente à medida que surgem novas espécies de mercadorias, fornecendo a matéria de novas expressões de valor. [Em segundo lugar, ela constitui um mosaico variegado de expressões de valor diferentes e desconexas.] Finalmente, se, como terá de acontecer, generalizarmos esta forma, aplicando-a a todas as espécies de mercadorias, obteremos tantas séries diversas, e intermináveis de expressões de valor, quantas forem as mercadorias. Os defeitos da forma-valor relativa desenvolvida reflectem-se na forma-equivalente que lhe corresponde. Como a forma natural de cada espécie de mercadorias é, neste caso, uma forma- equivalente particular, ao lado de um sem-número de outras formas-equivalentes particulares, apenas existem, em geral, formas-equivalentes limitadas, que se excluem umas às outras. Igualmente, a espécie de trabalho útil, concreto [,determinado], contido em cada equivalente, apenas representa uma forma particular, isto é, uma manifestação incompleta, do trabalho humano. Este trabalho possui, é certo, a sua forma completa ou total de manifestação no conjunto das suas formas particulares. Mas falta a unidade de forma e de expressão. A forma-valor relativa total ou desenvolvida consiste, todavia, apenas numa soma de expressões relativas simples ou de equações da primeira forma, tais como: 20 metros de tecido = 1 fato. 20 metros de tecido = 10 libras de chá, etc., em que cada uma contém reciprocamente a equação idêntica: 1 fato = 20 metros de tecido 10 libras de chá = 20 metros de tecido, etc. De facto, se o possuidor do tecido o troca por muitas outras mercadorias, exprimindo portanto o seu valor numa série de outras tantas mercadorias, então os possuidores das outras mercadorias têm necessariamente de trocá-las por tecido, exprimindo os valores das suas diversas mercadorias numa só e mesma mercadoria: o tecido. Portanto, se invertermos a série: 20 metros, de tecido = 1 fato, ou = 10 libras de chá, etc., isto é, se exprimimos a recíproca que aí está já implicitamente contida, obteremos: C -Forma geral do valor 1 fato = 10 libras de chá = 40 libras de café = 2 onças de ouro = 1/2 tonelada de ferro = x de mercadoria A = etc. = = = = = = = = = 20 metros de tecido
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