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WL-OO-Cursos-06-Direito do Trabalho-04-Aulas 37a44

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1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Ricardo Resende – Direito do Trabalho – Vídeo-aulas 37 a 44 
Curso Completo de Direito do Trabalho – Capítulo 3 
Interpretação, integração e aplicação do Direito do Trabalho 
 
Marcador: Aula 37 
1. INTERPRETAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO 
Interpretar a norma jurídica é o mesmo que buscar seu sentido, seu real significado. 
 
Métodos ou critérios de interpretação 
1.1.1. Interpretação gramatical 
Tem por objeto a análise literal do texto legal, conforme as regras de gramática. 
Marcador: Aula 38 
1.1.2. Método lógico ou racional 
Busca o sentido da norma a partir da lógica formal. 
1.1.3. Método sistemático 
Busca o sentido da norma a partir da harmonização da norma ao conjunto do sistema jurídico. 
1.1.4. Método teleológico 
Busca o sentido da norma jurídica a partir dos fins da mesma. 
LICC: 
Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem 
comum. 
No mesmo sentido, o art. 8º da CLT dispõe que nenhum interesse de classe ou particular deve 
prevalecer sobre o interesse público. 
1.1.5. Método histórico 
Busca reconstituir a vontade do legislador. 
Importância: auxiliar o intérprete na busca do contexto em que foi criada a norma. 
 
 
2 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Resumo: O importante é salientar que os métodos de interpretação não se excluem nem devem ser 
utilizados isoladamente. Ao contrário, a melhor interpretação é sempre aquela que lança mão da 
utilização coordenada dos métodos gramatical, lógico-sistemático e teleológico. 
 
Marcador: Aula 39 
1.2. Interpretação e Direito do Trabalho 
- aplicam-se os mesmos métodos aplicáveis ao direito comum 
- observa-se, também, os princípios e valores essenciais do Direito do Trabalho 
- norma mais favorável 
 
2. INTEGRAÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO 
Integração jurídica é o processo de preenchimento das lacunas apresentadas pela lei quando da análise 
de um caso concreto. A integração se dá pela utilização de fontes normativas subsidiárias, também 
denominadas fontes supletivas. 
2.1. Base legal: 
- Art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil (LICC): 
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. 
- Art. 126 do CPC: 
Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No 
julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos 
costumes e aos princípios gerais de direito. 
- Art. 8º da CLT: 
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou 
contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros 
princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os 
usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou 
particular prevaleça sobre o interesse público. 
Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for 
incompatível com os princípios fundamentais deste. 
2.2. Recursos utilizados na integração (art. 8º da CLT): 
 
 
3 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
 
2.2.1. JURISPRUDÊNCIA 
 
Marcador: Aula 40 
2.2.2. ANALOGIA 
Exemplo: aplicação da figura jurídica do sobreaviso aos eletricitários 
Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso e de prontidão, 
para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala 
organizada. 
(...) 
§ 2º Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando 
qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobreaviso" será, no máximo, de vinte e 
quatro horas, As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do 
salário normal. 
Súmula nº 229 SOBREAVISO. ELETRICITÁRIOS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Por aplicação analógica do art. 244, § 2º, da CLT, as horas de sobreaviso dos eletricitários são remuneradas à 
base de 1/3 sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. 
 
2.2.3. EQUIDADE 
Duas acepções de equidade: 
- julgar com equidade (sentido empregado no art. 8º) 
- julgar por equidade (vedado, em regra, no direito brasileiro) 
 Hipótese legal de julgamento por equidade (exceção): art. 114, §2º, da CRFB, c/c o art. 766 da 
CLT: 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(...) 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de 
comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o 
conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas 
anteriormente. 
 
 
4 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
 
Art. 766 - Nos dissídios sobre estipulação de salários, serão estabelecidas condições que, assegurando justos 
salários aos trabalhadores, permitam também justa retribuição às empresas interessadas. 
 
2.2.4. PRINCÍPIOS E NORMAS GERAIS DO DIREITO 
 
2.2.5. USOS E COSTUMES 
 
2.2.6. DIREITO COMPARADO 
Qual direito estrangeiro deve ser escolhido? 
 
Marcador: Aula 41 
2.2.7. DIREITO COMUM 
Condições para utilização do direito comum no âmbito trabalhista: 
1º) deve existir lacuna na legislação trabalhista. 
2º) deve haver compatibilidade entre a norma do direito comum e os princípios do Direito do Trabalho. 
 
Para finalizar, uma questão importante: 
Há hierarquia ou ordem de aplicação entre os critérios de integração estudados? 
 
3. APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO 
Aplicação do direito é o processo de subsunção do fato à norma, ou seja, a incidência da normal 
abstrata ao fato concreto posto a julgamento. 
 
3.1. APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO TEMPO 
Aplica-se a lei nova de forma imediata e não retroativa 
Omissão quanto à entrada em vigor: 45 dias após a publicação (art. 1º da LICC) 
 
 
5 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada. 
Revogação: 
- tácita ou expressa 
- total (ab-rogação) ou parcial (derrogação) 
 
Marcador: Aula 42 
Problema: determinado empregado está o contrato de trabalho em vigor, porém sobrevém lei nova 
que altera determinado direito daquele empregado. O que acontece? 
- se a alteração for de natureza contratual (cláusula contratual ou regulamento de empresa), não há a 
possibilidade de perda de direitos, dado o princípio da condição mais benéfica e a vedação à alteração 
contratual lesiva (art. 468 da CLT); 
- se a alteração for de natureza legal (fonte formal, portanto), a regra é a aplicação imediata e não 
retroativa. 
Aderência contratual: 
- absoluta => cláusulas contratuais 
- relativa => normas jurídicas 
 
Sentenças normativas: válidas durante sua vigência (Súmula 277 do TST) 
Súmula nº 277 SENTENÇA NORMATIVA. VIGÊNCIA. REPERCUSSÃO NOS CONTRATOS DE TRABALHO (mantida) 
- Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
As condições de trabalho alcançadas por força de sentença normativa vigoram no prazo assinado, não 
integrando, de forma definitiva, os contratos. 
 
Normas coletivas: três teorias 
1ª) Teoria da aderência limitada pelo prazo (majoritária) 
As normas coletivas não surtem qualquer efeito depois de expirado seu prazo de validade. 
Exceção: direitos individualmente adquiridos (OJ 41 do TST): 
 
 
 
6 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
OJ nº 41 ESTABILIDADE. INSTRUMENTO NORMATIVO. VIGÊNCIA. EFICÁCIA (inserida em 25.11.1996) 
Preenchidos todos os pressupostos para a aquisiçãode estabilidade decorrente de acidente ou doença 
profissional, ainda durante a vigência do instrumento normativo, goza o empregado de estabilidade 
mesmo após o término da vigência deste. 
2ª) Teoria da aderência irrestrita (minoritária) 
As regras constantes de normas coletivas aderem aos contratos de trabalho, não podendo ser 
suprimidas mesmo após expirado o prazo de validade da CCT ou do ACT. 
3ª) Aderência limitada por revogação (Teoria da ultratividade): 
As regras constantes de normas coletivas surtiriam efeito, em princípio, no prazo de validade do 
instrumento coletivo, porém teriam uma chamada ultratividade, permancendo em vigor até que 
sobreviesse uma nova CCT ou ACT em substituição àquela já expirada. 
 
Marcador: Aula 43 
3.2. APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO ESPAÇO 
Regra geral: lex loci executionis => A norma jurídica aplicável é aquela do lugar da execução dos 
serviços. 
Base legal: art. 198 do Código Bustamente (Convenção de Direito Internacional Privado de Havana – 
1928) 
Base jurisprudencial: Súmula 207 do TST 
Súmula nº 207 CONFLITOS DE LEIS TRABALHISTAS NO ESPAÇO. PRINCÍPIO DA "LEX LOCI EXECUTIONIS" 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviço e não por 
aquelas do local da contratação. 
Temos, entretanto, várias situações excepcionais, cujas principais são as seguintes: 
1º Problema 
Empregado executa provisoriamente o contrato em outro país. 
2º Problema 
O contrato normalmente é executado em vários países. 
3º Problema 
Empregado é transferido definitivamente. 
 
 
7 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
4º Problema 
Marítimo. 
5º Problema 
Empregados em consulados e embaixadas. 
- Lei nº 8.212/1991: 
Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
I - como empregado: 
(...) 
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a ela subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos 
o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação 
previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; 
 
Marcador: Aula 44 
Questão recente sobre este tema: 
(Analista – Execução de Mandados – TRT da 18ª Região – FCC – 2008) 
38. Maria trabalha na residência consular do Cônsul da África do Sul, desempenhando serviços domésticos no âmbito 
familiar e está grávida de dois meses. Neste caso, Maria 
 
(A) é considerada empregada doméstica, mas não há qualquer espécie de estabilidade de empregado garantida aos 
empregados domésticos. 
(B) não é considerada empregada doméstica por se tratar de residência consular, não havendo qualquer estabilidade de 
emprego. 
(C) não é considerada empregada doméstica, mas será vedada a sua dispensa sem justa causa, desde a confirmação 
da gravidez até cinco meses após o parto. 
(D) é considerada empregada doméstica e será vedada a sua dispensa sem justa causa, desde a confirmação da 
gravidez até cinco meses após o parto. 
(E) não é considerada empregada doméstica, mas será vedada a sua dispensa sem justa causa, desde a confirmação 
da gravidez até seis meses após o parto. 
 
6º Problema 
Construção civil. Lei nº 7.064/1982. 
7º Problema 
Decreto-Lei nº 691/1969 (trabalho do técnico estrangeiro no Brasil). 
 
 
 
8 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
8º Problema 
Normas coletivas. Base territorial. 
Observar-se-á sempre a base territorial comum aos dois sindicatos. 
Se um empregado for transferido para outro local dentro do Brasil, aplicar-se-á a norma coletiva do 
novo local de execução do contrato.

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