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1 Marcela Oliveira – Medicina 2021 Anatomia da Hipófise A glândula hipófise é uma estrutura ovoide, com um peso médio de 500mg, de coloração vermelho-acinzentado. Ela é continua na região do infundíbulo tendo aceso a região do hipotálamo. LOCALIZAÇÃO: Encontra-se na fossa hipofisial da célula turca do osso esfenoide. LIMITES: Antero-superior: vamos ter o quiasma óptico. A célula turca recobre inferiormente a hipófise de qualquer agressão. Abaixo da célula turca temos um espaço que é denominado de seio esfenoidal. Esse seio proporciona a formação do teto da cavidade nasal. Superiormente a célula turca está recoberta por um diafragma de sela (derivada da dura- máter) e o infundíbulo (que conecta o hipotálamo a hipófise). Obs: Uma cirurgia que precise acessar a hipófise é feita através da cavidade nasal, por conta do ossoesfenoide (acesso transesfenoidal). 2 Marcela Oliveira – Medicina 2021 ORIGEM EMBRIONÁRIA Podemos dividir a hipófise em duas partes: A neuro-hipófise: que se origina do sistema nervoso (no diencéfalo), que tem seu crescimento em direção inferior (em azul). A neurohipófise consiste em uma porção volumosa, denominada histologicamente de parte nervosa (pars nervosa). A adenohipófise: de origem ectodérmica a partir de uma projeção da boca primitiva (estomodeu), que desenvolve em direção superior, formando a bolsa de Rathke (em vermelho). Constituída pelas partes: distal (pars distalis), tuberal (pars tuberalis) e intermédia (pars intermédia). 3 Marcela Oliveira – Medicina 2021 NEURO-HIPÓFISE (lobo posterior) Sua porção de origem é no tecido nervoso; É continua com o hipotálamo através do infundíbulo (formado por estruturas do hipotálamo como túber cinerio + corpo mamilar); É formado por: Eminência mediana (formada pelo túber cinerio); Infundíbulo (contato da neuro-hipófise com região do hipotálamo); Parte posterior (pars nervosa) ou lobo neural; A neuro-hipofise não produz hormônio, apenas armazena e secreta os hormônios que vem do hipotálamo. 1. O hormônio é produzido e empacotado no corpo celular do neurônio. 2. As vesículas são transportadas ao longo da célula. 3. As vesículas contendo hormônios são armazenadas na neuro-hipófise. 4. Os hormônios são liberados no sangue; O ADH e a Ocitocina são produzidos no hipotálamo e são levados até a neuro-hipófise por um conjunto de axônios chamado de Trato hipotalâmico hipofisário. Quando esses hormônios chegam à neuro-hipofise eles são secretados e armazenados próximos aos capilares frenestrados. Essa rede de capilar é proveniente da artéria hipofisária inferior. 4 Marcela Oliveira – Medicina 2021 ADENO-HIPÓFISE (lobo anterior) Tem origem ectodérmica. Corresponde a maior parte da glândula (em torno de 75%). É altamente vascularizada. Consiste em células epiteliais de tamanho e formatos diferentes, organizadas em cordões irregulares, entre os quais se encontram capilares fenestrados de paredes delgadas, sustentada por fibras reticulares. Não possui conexão anatômica com o sistema nervoso, pois não tem o infundíbulo permitindo um contato direto com a região do hipotálamo. É dividido em: Tuberal: pars tuberais, forma uma bainha ao redor do infundíbulo. Intermediaria: pars intermedia; Parte anterior: distal ou glandular ou pars distal; Parte distal: possui células produtoras de hormônios e é a maior parte. VASCULARIZAÇÃO As artérias da glândula hipófise originam-se a partir da artéria carótida interna. A carótida interna proporciona a formação da artéria hipofisária superior e inferior. Cada uma das artérias estará em locais diferentes da hipófise: Artéria hipofisária inferior: irrigará o leito capilar da região da neuro hipófise e receberá os hormônios (ADH e OCITOCINA) que drena 5 Marcela Oliveira – Medicina 2021 armazenados na neuro-hipofise. Essas artérias drenam para o plexo capilar do infundíbulo, do qual vão emitir paras as veias porto-hipofisárias posteriores os hormônios para serem distribuídos. Artéria hipofisária superior: suprirá varias regiões da hipófise (eminencia média, tubo cinério e infundíbulo) e proporcionará também a formação dos plexos capilares primário (que recebe os hormônios liberadores dos neurônios do hipotálamo) e secundário (localizado na adeno-hipófise). SISTEMA PORTA HIPOFISÁRIO Os hormônios hipotalâmicos que liberam ou inibem os hormônios da adeno-hipófise chegam na adeno por meio de um sistema porta. No sistema porta-hipofisário, o sangue flui de capilares no hipotálamo para veias porta que carreiam sangue para capilares da adeno-hipofise. As artérias hipofisárias superiores, ramos da carótida interna, levam sangue para o hipotálamo. Na junção da eminencia mediada do hipotálamo e o infundíbulo, essas artérias se dividem em uma rede capilar chamada de plexo primário do sistema porta hipofisario. Desse plexo primário, o sangue drena para as veias porto-hipofisarias, que na adeno-hipofise, essas veias se dividem mais uma vez, formando outra rede, chamada de plexo secundário do sistema porta hipofisario. Acima do quiasma optico, vamos ter um grupo de neurônios chamados de células neurossecretoras, que sintetizam os hormônios hipotalâmicos liberadores e inibidores. Esses hormônios são levados por axônios e suas vesículas liberam esses hormônios que se difundem no plexo primário. 6 Marcela Oliveira – Medicina 2021 Rapidamente, os hormônios hipotalâmicos fluem com o sangue pelas veias porto-hipofisarias para o plexo secundário. Essa via direta possibilita que os hormônios hipotalâmicos atuem imediatamente nas células da adeno-hipofise. Já os hormônios que são secretados pela adeno, passam para os capilares do plexo secundário, que drenam para as veias porta hipofisarias anteriores e vão para a circulação geral, chegando ao tecido-alvos. 7 Marcela Oliveira – Medicina 2021
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