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WL-OO-Cursos-06-Direito do Trabalho-05CAP06

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CAP06Capítulo VI
ALTERAÇÕES NO CONTRATO DE TRABALHO E "IUS VARIANDI"1. Noção. 2. Alterações de função. 7. Alterações de horário. 4. Trans-ferência de local.
& 1. NoçãoEm princípio, as cláusulas do contrato de trabalho são imu-táveis. Assim o salário é irredutível (1) e só pode ser reduzido me-diante acordo ou convenção coletiva (art. 7º, VI, da CF).Mas o art. 468 admite alterações por mútuo consentimentoe desde que não resultem direta ou indiretamente em prejuízopara o empregado, sob pena de nulidade.Também são admitidas algumas mudanças em decorrênciado ius variandi.Ius variandi é a faculdade derivada do poder de direção pelaqual o empregador pode determinar alterações no contrato detrabalho, em circunstâncias especiais.São variações de horário, local e função que não atingemsubstancialmente o pacto laboral.
(1). Entretanto, poderá ocorrer mudança na forma de cálculo do salário.Por exemplo, a compra de guilhotina nova, que aumenta a produção com omesmo esforço, pode implicar redução no pagamento de peça produzida, des-de que garantida a remuneração mínima anterior.
60 RESUMO DE DIREITO DO TRABALHO
& 2. Alterações de funçãoAs alterações de função admitidas são as seguintes:1) recondução para o cargo anterior, cessada a designaçãopara o cargo de confiança (art. 468, parágrafo único);2) recondução ao cargo anterior do empregado que ocupavaem comissão, interinamente ou em substituição eventual outemporária, cargo diverso (art. 450);3) readaptação em nova função, em razão de deficiência físi-ca ou mental atestada pela Previdência Social (art. 461, § 4º).Embora se admita transferência para função do mesmo ní-vel (havendo necessidade de serviço e inexistindo prejuízo), nãoserá possível o rebaixamento.
& 3. Alterações de horárioA mudança de horário dentro do mesmo turno, a supressãodas horas noturnos e a mudança do período noturno para o diur-no (Enunciado 265 do TST) são consideradas lícitas.
& 4. Transferência de localPara a lei somente será considerada transferência de local detrabalho aquela que implique mudança necessária de domicílio doempregado. A mudança para outro local no mesmo Município ape-nas obriga o empregador a pagar eventual acréscimo nas despesasde transporte? O mesmo ocorrerá na transferência para Municí-pio próximo, no caso de o empregado não mudar sua residência.É proibida a transferência sem a anuência do empregado,com as seguintes exceções:1) empregado em cargo de confiança, como gerentes e dire-tores;2) existência, no contrato de trabalho, de cláusula que prevêa transferência, implícita ou explicitamente. É explícita aqueladeclarada expressamente, seja de modo escrito ou verbal. Implí-cita é a permissão subentendida, como no caso do empregado dafeira ambulante;3) extinção do estabelecimento;
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CAP064) necessidade de serviço, traduzida na necessidade imperio-sa e insubstituível de contar exatamente com aquele profissionalno outro local de trabalho.(2). "Empregado transferido por ato unilateral do empregador para localmais distante de sua residência tem direito a suplemento salarial correspon-dente ao acréscimo da despesa de transporte" (Enunciado 29 do TST).
ALTERAÇÕES NO CONTRATO DE TRABALHO 61
Nas transferências provisórias é devido adicional de 25% dossalários, enquanto perdurar a situação (art. 469, § 3º). Embora alei imponha o adicional somente nas transferências provisórias,a boa doutrina, baseada na isonomia, estende o benefício àstransferências definitivas (3).Em qualquer caso, todas as despesas resultantes da transfe-rência correrão por conta do empregador (art. 470).As transferências para o exterior são reguladas pela Lei7.064/82, que determina a aplicação da legislação mais benéficaao empregado, seja a nacional ou a do local de transferência.A contratação de trabalhador, por empresa estrangeira, pa-ra trabalhar no exterior é condicionada à autorização do Ministé-rio do Trabalho. Essa autorização somente poderá ser dada aempresa de cujo capital participe em pelo menos 5% pessoa jurí-dica domiciliada no Brasil. O prazo máximo permitido é de trêsanos, exceto se a empresa estrangeira garantir ao empregado eseus dependentes o direito de férias anuais no Brasil, com asdespesas de viagem pagas.
(3). Valentin Carrion, Comentários, art. 469.
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