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ATO ADMINISTRATIVO

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AGORA EU PASSO! 
1 
 
SUMÁRIO 
ATO ADMINISTRATIVO ................................................................................................................................. 4 
CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO ....................................................................................................... 4 
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO....................................................................................................................... 4 
1) ATO UNILATERAL E ATOS BILATERAIS ................................................................................................... 4 
ATO UNILATERAL ................................................................................................................................. 4 
ATO BILATERAL .................................................................................................................................... 4 
2) ATOS REGIDOS PELO DIREITO PRIVADO ............................................................................................... 4 
3) FATOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................................................... 5 
ATOS JURÍDICOS ...................................................................................................................................... 5 
ELEMENTOS (OU REQUISITOS DE VALIDADE) DO ATO ADMINISTRATIVO ...................................................... 5 
ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO: .................................................................................................. 5 
COMPETÊNCIA ......................................................................................................................................... 5 
CONCEITO ............................................................................................................................................ 5 
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊCIA ..................................................................................................... 5 
DELEGAÇÃO ......................................................................................................................................... 6 
AVOCAÇÃO .......................................................................................................................................... 6 
VÍCIO DE COMPETÊNCIA....................................................................................................................... 6 
FORMA .................................................................................................................................................... 7 
VÍCIO DE FORMA .................................................................................................................................. 7 
MOTIVO ................................................................................................................................................... 7 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES.............................................................................................. 8 
VÍCIO DE MOTIVO ................................................................................................................................ 8 
OBJETO .................................................................................................................................................... 8 
VÍCIO DE OBJETO.................................................................................................................................. 8 
FINALIDADE ............................................................................................................................................. 9 
CONCEITO ............................................................................................................................................ 9 
VÍCIO DE FINALIDADE ........................................................................................................................... 9 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO ........................................................................................................ 9 
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E VERACIDADE ........................................................................................ 9 
AUTOEXECUTORIEDADE ..........................................................................................................................10 
TIPICIDADE..............................................................................................................................................10 
IMPERATIVIDADE ....................................................................................................................................10 
EXECÇÕES: ..........................................................................................................................................11 
CLASSIFICAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS ..............................................................................................11 
ATOS VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS ..................................................................................................11 
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AGORA EU PASSO! 
2 
 
ATO VINCULADO .................................................................................................................................11 
ATO DISCRICIONÁRIO ..........................................................................................................................11 
ATOS GERAIS E INDIVIDUAIS ...................................................................................................................12 
ATOS GERAIS .......................................................................................................................................12 
ATOS INDIVIDUAIS ..............................................................................................................................12 
ATO SIMPLES, COMPLEXO E COMPOSTO .................................................................................................12 
ATOS SIMPLES .....................................................................................................................................12 
ATO COMPLEXO ..................................................................................................................................13 
ATO COMPOSTO .................................................................................................................................13 
ATOS DE IMPÉRIO, DE GESTÃO E DE EXPEDIENTE ....................................................................................13 
ATOS DE IMPÉRIO ...............................................................................................................................13 
ATOS DE GESTÃO ................................................................................................................................13 
ATOS DE EXPEDIENTE ..........................................................................................................................13 
PERFEIÇÃO, VALIDADE E EFICÁCIA DOS ATOS ..........................................................................................13 
ATO PERFEITO E IMPERFEITO ..............................................................................................................13 
ATO VÁLIDO E INVÁLIDO .....................................................................................................................13 
ATO EFICAZ E INEFICAZ .......................................................................................................................14 
ATOS CONSTITUTIVOS (EXTINTIVOS E MODIFICATIVOS) E DECLARATÓRIOS ............................................14 
ATOS CONSTITUTIVOS .........................................................................................................................14 
ATOS DECLARATÓRIOS ........................................................................................................................14ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO ............................................................................................................14 
ATOS NORMATIVOS ................................................................................................................................14 
ATOS ORDINATÓRIOS..............................................................................................................................15 
ATOS NEGOCIAIS .....................................................................................................................................15 
ATOS ENUNCIATIVOS ..............................................................................................................................16 
ATOS PUNITIVOS .....................................................................................................................................17 
EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO .........................................................................................................17 
ANULAÇÃO .............................................................................................................................................17 
REVOGAÇÃO ...........................................................................................................................................17 
EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO .........................................................................................................18 
CASSAÇÃO ..............................................................................................................................................18 
CADUCIDADE ..........................................................................................................................................18 
EXTINÇÃO NATURAL ...............................................................................................................................18 
EXTINÇÃO SUBJETIVA ..............................................................................................................................19 
EXTINÇÃO OBEJTIVA ...............................................................................................................................19 
CONTRAPOSIÇÃO ....................................................................................................................................19 
CONVALIDAÇÃO ......................................................................................................................................19 
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AGORA EU PASSO! 
3 
 
EXERCÍCIOS .............................................................................................................................................20 
GABARITO ...............................................................................................................................................23 
 
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AGORA EU PASSO! 
4 
 
ATO ADMINISTRATIVO 
CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO 
Segundo a doutrina dominante, ato administrativo é toda manifestação unilateral de 
vontade do Estado que, utilizando-se de suas prerrogativas de direito público, tenha por 
finalidade a produção de efeitos jurídicos determinados. Ao praticar um ato 
administrativo, o Estado o faz em situação de superioridade em face dos administrados. 
Eles são praticados não somente pelo Estado, mas também por quem lhe faça às vezes 
(como uma concessionária de serviço público, utilizando-se de prerrogativas de direito público, 
por exemplo). 
É importante ressaltar que nem todo ato praticado pela Administração é um ato 
administrativo. Em determinados momentos a Administração irá agir despida de suas 
prerrogativas de direito público, praticando atos privados (sem exercício de sua supremacia, 
submetendo-se às regras de direito privado). 
Os atos administrativos não se confundem com os atos legislativos (produção de leis) e 
atos jurisdicionais (como uma sentença judicial, por exemplo). Eles são praticados pela 
administração pública quando do desempenho de sua função administrativa. Desse modo, 
verificamos que os atos administrativos podem ser praticados pelos três Poderes da República, 
estando enquadrados na função típica do Poder Executivo e na função atípica (função 
administrativa) do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. 
 
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO 
 
1) ATO UNILATERAL E ATOS BILATERAIS 
 
ATO UNILATERAL 
Os atos unilaterais são aqueles formados pela vontade da administração pública, sem 
necessitar da anuência ou participação do administrado. Em algumas situações o administrado 
solicita a pratica de determinado ato à administração pública, o que não afasta o caráter de 
unilateralidade do ato, pois, mesmo, tendo sido requerido pelo destinatário, o ato será 
praticado e formado pela administração pública, de forma unilateral. 
ATO BILATERAL 
Utilizamos esse termo quando para a prática de determinado ato é necessária tanto a 
manifestação de vontade da Administração Pública, como também do administrado. Nesses 
casos, o ato será aperfeiçoado com ambas as manifestações de vontade, como ocorre, por 
exemplo, nos contratos administrativos (precisam ser assinados tanto pela Administração 
Pública como pelo licitante vencedor que será contratado). 
Em nossa linha de raciocínio vamos tratar os atos bilaterais como sendo atos da 
administração e os atos unilaterais como sendo atos administrativos. 
2) ATOS REGIDOS PELO DIREITO PRIVADO 
 Os atos regidos pelo direito privado são aqueles em que a administração não se 
comporta como poder público. Por essa razão, para o tópico conceito de ato administrativo, 
vamos tratá-lo como sendo atos da administração. 
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5 
 
3) FATOS ADMINISTRATIVOS 
 Os fatos são decorrentes do ato administrativo, são considerados como atos materiais 
(atos de execução). Nessa linha de raciocínio, pense neles como sendo o cumprimento de 
decisões. O ato administrativo é uma decisão e o fato administrativo o cumprimento dessa 
decisão. Além disso, considere-os como sendo atos da administração. 
São atos materiais da administração, que não possuem manifestação de vontade, 
mas que envolvem apenas execução de uma atividade, exemplo: a demolição de uma casa, a 
construção de uma ponte, a dissolução de uma passeata violenta, a varrição de ruas, etc. 
ATOS JURÍDICOS 
Qualquer manifestação unilateral humana voluntária que tenha a finalidade imediata 
(direta) de produzir determinada alteração no mundo jurídico. 
Atos administrativos são espécies de atos jurídicos. O ato administrativo é uma 
espécie de ato jurídico de direito público, ou seja, suas características distinguem-no do ato 
jurídico de direito privado. 
ELEMENTOS (OU REQUISITOS DE VALIDADE) DO ATO 
ADMINISTRATIVO 
Os elementos do ato administrativo representam requisitos de validade para que um ato 
seja praticado de maneira válida e em conformidade com o ordenamento jurídico. Caso algum 
desses elementos não seja respeitado, estaremos diante de um ato inválido. São cinco os 
elementos dos atos administrativos, quais sejam: competência, finalidade, forma, motivos e 
objeto. 
ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO: 
 COMPETÊNCIA 
 FINALIDADE 
 FORMA 
 MOTIVOS 
 OBJETO 
COMPETÊNCIA 
CONCEITO 
A competência representa os poderes que a lei confere aos agentes públicos para 
exercerem suas funções. Trata-se da atribuição legal para a prática do ato, isto é, reflete qual 
agente público possui poderes para praticar determinado ato. A competência não é presumida, 
ela decorre da lei, que é a responsável pela distribuição dessas atribuições. 
 
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊCIA 
 Exercício Obrigatório (poder-dever). 
 Irrenunciável. 
 Imodificável (não pode ser alterada pela chefia). 
 Imprescritível (não se perde pelo não uso). 
 Intransferível: (relativa).https://www.cursoagoraeupasso.com.br/
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6 
 
 
Embora a competência seja irrenunciável, intransferível e imodificável, ela admite a 
delegação e a avocação. 
DELEGAÇÃO 
A delegação da competência é a outorga do poder para a prática do ato para outra 
autoridade (seria “emprestar” a competência para outra autoridade). 
Nos termos da Lei 9.784/99, a delegação poderá ser feita mesmo que seja para órgão ou 
autoridade não subordinado à autoridade delegante. 
A delegação não transfere a titularidade dessas atribuições, que continuam pertencendo 
à autoridade que a delegou. Desse modo, a delegação de uma competência poderá ser revogada 
a qualquer tempo. 
Por outro lado, algumas competências, por expressa previsão legal, têm sua delegação 
vedada (art. 13 da Lei 9.784/99). 
 
 
 
Não podem ser objeto de delegação: 
→ a edição de atos de caráter normativo; 
→ a decisão de recursos administrativos; 
→ as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
 A lei também estabelece que o ato de delegação deverá especificar as matérias e poderes 
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o 
recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada. 
 As decisões que foram adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta 
qualidade (que foram tomadas pela autoridade delegada), sendo que serão consideradas 
editadas pelo delegado (e não pela autoridade delegante). 
O ato de delegação, assim como a sua revogação devem ser publicados no meio oficial, de 
modo a conferir eficácia a tais medidas, 
AVOCAÇÃO 
A avocação é quando determinada autoridade traz para si determinada competência que 
foi atribuída pela lei a seu subordinado. 
Vale ressaltar que se trata de uma medida temporária e excepcional, quando ocorrem 
motivos relevantes devidamente justificados. A avocação somente pode ser feita quando se 
tratar de uma competência atribuída a órgão ou autoridade hierarquicamente inferior. 
As competências exclusivas (aquelas que não podem ser delegadas) não podem ser 
avocadas, sendo exercidas unicamente pela autoridade titular de tais atribuições. 
VÍCIO DE COMPETÊNCIA 
Os vícios de competência são a incompetência. A incompetência ocorre por usurpação de 
função pública, excesso de poder e exercício de fato. 
Na usurpação de função pública, uma pessoa se apodera de funções públicas sem haver 
sido investida em cargo público. 
No excesso de poder, um servidor público excede sua competência, o que pode 
configurar abuso de poder, ou, se não for assim tão grave, passar por convalidação: o servidor 
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público que verdadeiramente detém a competência ratifica o ato administrativo praticado pelo 
servidor público incompetente. 
Não pode, entretanto, haver convalidação de incompetência quando for competência 
exclusiva. 
No exercício de fato, uma pessoa irregularmente investida em cargo, emprego ou 
função, desempenha funções públicas com total aparência de legalidade. 
A incapacidade administrativa está prevista na Lei nº 9.784/1999 como consequência de 
impedimento e de suspeição. 
O vício de competência é em regra sanável. Por essa razão, um ato com vício de 
competência vai ser classificado como anulável, uma vez que a administração pode optar em 
realizar a anulação ou a convalidação. 
Contudo se a competência for exclusiva, o vício será insanável e o ato será classificado 
como nulo, neste caso, só resta à administração proceder a anulação do ato. 
FORMA 
A forma é a maneira pela qual o ato será exteriorizado. Os atos administrativos, como 
regra geral, são formais e praticados por escrito (por exemplo, no âmbito do processo 
administrativo federal, os atos sempre serão praticados por escrito, salvo quando lei específica 
permitir a sua prática de maneira oral). 
Assim, embora a regra geral seja a forma escrita, alguns atos podem ser praticados de 
maneira verbal ou até mesmo por meio de sinais (como uma placa de proibido estacionar, um 
apito da autoridade de trânsito, uma ordem verbal dada pelo chefe da repartição a seu 
subordinado, etc.) 
O art 22 da Lei 9.784/99 trata do princípio do informalismo (ou da informalidade), ao 
dispor que os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão 
quando a lei expressamente a exigir. 
É importante ressalvar que dentro do elemento forma é que encontramos a motivação, 
isto é, a motivação é parte integrante do elemento forma, não podendo ser confundida com os 
motivos. 
VÍCIO DE FORMA 
Os vícios de forma são em regra sanáveis. Por essa razão não é todo vício de forma 
provoca a nulidade do ato administrativo. Somente vícios de forma essenciais provocam vício 
insanável. 
A divulgação de licitação em modalidade concorrência através de edital é essencial 
porque traz ao processo a ampla concorrência. A divulgação por carta-convite a meia dúzia de 
interessados reduz a concorrência, contrariando a legislação elevando à anulação. 
Mas pense que uma prefeitura, ao publicar edital de concurso público, por um deslize 
escreva “decreto” ao invés de “edital”, cumprindo, porém, todas as formalidades de um edital 
de concurso público. Nesse caso, seria excessivo anular o concurso inteiro por causa de uma 
palavra desajeitada no cabeçalho. 
MOTIVO 
O motivo reflete a causa imediata do ato administrativo. Aqui encontramos a situação 
fática (de fato) e jurídica (de direito) que justifica a prática do ato. 
Em outras palavras, o motivo representa o pressuposto fático e jurídico (ou normativo) 
que autoriza ou determina a prática do ato. 
MOTIVAÇÃO: É a declaração escrita das razões que justificam a prática do ato, ou seja, é a 
exteriorização dos motivos. Assim, enquanto os motivos refletem os pressupostos de fato e de 
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direito que justificam a prática do ato, a motivação é a exteriorização desses motivos é “colocar 
os motivos no papel”. 
É importante ressaltar que prevalece na doutrina que tanto os atos vinculados, quanto os 
atos discricionários, devem ser motivados, sendo essa a posição comumente adotada em 
provas. 
Por outro lado, nem todos precisam ser motivados, sendo que em determinados casos a 
própria lei a dispensa, como, por exemplo, a exoneração de um titular de um cargo 
comissionado, que pode ser feita pela livre discricionariedade da autoridade administrativa, 
sem a necessidade de que a mesma apresente os motivos dessa exoneração. 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES 
Essa teoria rege que os motivos alegados como justificadores da prática de um ato devem 
ser verdadeiros ou esse ato será invalido. É a validade, existência e adequação dos motivos 
declarados. 
Em alguns casos a motivação não é exigida, mas, caso seja feita, aplica-se também essa 
teoria. Por exemplo, a exoneração de um cargo comissionado pode ser feita livremente pela 
autoridade competente, sem ser motivada. Entretanto, caso a autoridade, mesmo não 
precisando, motive essa exoneração, ela fica vinculada aos motivos apresentados, que, caso 
sejam falsos, tornará o ato inválido. 
Prevalece na doutrina que os três primeiros elementos (competência, finalidade e forma) 
sempre serão vinculados, não havendo margem de escolha da autoridade administrativa 
quanto aos mesmos. Os dois últimos elementos (motivos e objeto) podem ser tanto vinculados, 
quando discricionários. 
VÍCIO DE MOTIVO 
Os vícios de motivo afetam as razões de fato ou de direito, ou ambas. Há três casos de 
vícios de motivo: 
 motivo inexistente, quando a razão de fato não existe, mas a razão de direito existe; 
 motivo falso, quando a razão de fato e a razão de direito não combinam; 
 motivo ilegítimo, quando a razão de fato existe, mas a razão de direito não existe. 
Em qualquer caso, o vício de motivo é insanável e obriga à anulação.OBJETO 
O objeto representa o conteúdo material, trata-se do efeito jurídico imediato que o ato 
produz (ele é o efeito que se pretende produzir, por exemplo a demissão, a exoneração, a 
nomeação, etc.), ele reflete o próprio ato. 
Os atos administrativos representam uma das espécies de atos jurídicos, ele somente 
existe quando há a produção de efeitos jurídicos, isto é, quando do ato ocorre a constituição, 
criação, modificação ou extinção de direitos em virtude desse ato. 
VÍCIO DE OBJETO 
O objeto precisa ser sempre lícito, possível, certo e moral. Ocorre vício de objeto na falta 
de qualquer dessas características. 
É, então, viciado o objeto: 
 proibido pela lei; 
 diverso daquele previsto na lei ou no regulamento; 
 impossível, de efeitos irrealizáveis de fato ou de direito; 
 imoral; 
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 incerto quanto aos destinatários, às coisas, ao tempo, ao lugar. 
O vício de objeto é sempre insanável, levando à anulação do ato administrativo. 
FINALIDADE 
CONCEITO 
A finalidade de um ato administrativo deve ser sempre atender ao interesse público, 
jamais podendo ser praticado um ato que vise à satisfação pessoal do agente público. 
 Além de objetivar o interesse público, o ato praticado deve observar a finalidade em lei 
prevista para o mesmo. 
VÍCIO DE FINALIDADE 
A finalidade do ato administrativo é sempre a satisfação do bem comum. Qualquer outra 
finalidade provoca vício insanável, levando à nulidade do ato administrativo. 
O exemplo clássico tem sido a transferência como forma de punição ao servidor público. 
O servidor indisciplinado pode ser punido nos termos do regime disciplinar. A punição da 
indisciplina, nas regras ali previstas, tem a finalidade de satisfação do bem comum. 
Todavia, a transferência não consta entre as sanções disciplinares. A transferência serve 
para que o servidor mude sua localização de trabalho, assim contribuindo para a satisfação do 
bem comum por meio do aprimoramento da alocação da mão de obra. 
Se uma autoridade pública usa a transferência como punição, a autoridade desvirtua a 
finalidade do ato administração de transferência. Viciado, o ato administrativo de 
“transferência como punição” padece de nulidade insanável: precisa ser anulado, quer pela 
Administração Pública, quer pelo Poder Judiciário. 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
Os atributos do ato administrativo são características que asseguram a ele uma posição 
jurídica superior aos atos regidos por direito privado, isto é, esses atributos refletem 
características que demonstram a posição de superioridade que a administração pública possui 
ao praticá-los. 
Os atributos dos atos administrativos são: 
 Presunção de legitimidade; 
 Autoexecutoriedade; 
 Tipicidade; 
 Imperatividade; 
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E VERACIDADE 
 Esse atributo define que os atos praticados pela administração pública são tidos como 
presumidamente válidos (legítimos no sentido de que foram praticados em conformidade com 
a lei) e que os fatos narrados são verdadeiros. Assim, a presunção de legitimidade reflete que o 
ato está em consonância com a lei e a presunção de veracidade faz crer que os fatos alegados 
são verdadeiros. 
Entretanto, trata-se de uma presunção relativa (juris tantum), pois admite prova em 
contrário. Assim, poderá ser feita prova de que os atos não foram praticados em consonância 
com a lei ou que os fatos narrados no mesmo não correspondem a verdade. Importante 
ressaltar o ônus de provar a ilegitimidade ou mesmo a inveracidade dos fatos é do 
administrado. Nesse caso, em face desse atributo, nos deparamos com a inversão do ônus da 
prova (o administrado tem que provar o vício no ato). 
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http://https/camiloprado.com/2018/01/25/regime-disciplinar-da-lei-no-8-112-1990
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10 
 
Em virtude desse atributo, como o ato já nasce presumidamente válido e verdadeiro, ele 
é apto para produzir normalmente seus efeitos. Assim, o ato produzirá seus efeitos até ser 
invalidado (anulado). Desse modo, o ato possui imediata autoexecutoriedade, ainda que seja 
impugnado pelo administrado, somente cessando a produção de seus efeitos quando houver 
uma decisão reconhecendo o vício ou mesmo sustando os efeitos do ato. 
AUTOEXECUTORIEDADE 
Esse atributo define que, uma vez praticado, o ato administrativo pode ser imediatamente 
executado pela administração pública, independente de manifestação ou de auxílio do Poder 
Judiciário. 
Esse ato autoexecutório deve estar previsto em lei, não podendo o administrador, por sua 
simples discricionariedade, entender por executar diretamente os atos que reputar 
conveniente, em virtude do princípio da legalidade, que impede que sejam praticados atos não 
previstos em lei. 
Isso não significa que o atributo afasta a possibilidade de o ato ser apreciado 
judicialmente, ele apenas dispensa a necessidade de manifestação judicial prévia para a 
execução do ato. 
Como exemplos de atos que possuem esse atributo, podemos citar a apreensão de 
mercadorias, a interdição de estabelecimentos e a cassação de licenças. Entretanto, é 
importante salientar que nem todos os atos possuem esse atributo, como, por exemplo, a 
multa. Caso o particular não pague uma multa administrativa que lhe foi imposta, a única 
maneira de executar a mesma é na via judicial, mediante um processo para execução da dívida 
ativa da Fazenda Pública. 
Da mesma maneira, os atos enunciativos e os negociais, ante a sua natureza, também não 
são detentores desse atributo. 
Alguns doutrinadores sustentam que para um ato ser considerado autoexecutório, ele 
deve ser dotado de exigibilidade e executoriedade. 
Exigibilidade → trata-se da utilização de meios indiretos de coerção, são formas de 
obrigar o particular a cumprir a determinação, como por exemplo, a aplicação de uma multa 
caso não cumpra a ordem no prazo. Todos os atos administrativos imperativos possuem essa 
característica. 
Executoriedade → trata-se da utilização de meios diretos de coerção (uso da força) para 
compelir o administrado a cumprir a determinação dada pela autoridade administrativa. Nem 
todo ato possui executoriedade, não podendo ser executado diretamente (como, por exemplo, 
a multa, que somente pode ser executada “à força” na via judicial). 
TIPICIDADE 
O atributo da tipicidade é mencionado pela doutrinadora Di Pietro, que diz: “Esse atributo 
representa uma garantia para o administrado, pois impede que a Administração pratique atos 
dotados de imperatividade e executoriedade, vinculando unilateralmente o particular, sem que 
haja previsão legal; também fica afastada a possibilidade de ser praticado ato totalmente 
discricionário, pois a lei, ao prever o ato, já define os limites em que a discricionariedade poderá 
ser exercida”. 
Assim, podemos conceituar, de forma resumida, como sendo o atributo que define que 
para cada efeito pretendido, existe um tipo de ato previsto em lei. O administrador somente 
poderia praticar os atos previstos em lei para alcançar os efeitos pretendidos, sendo essa uma 
decorrência do princípio da legalidade. 
IMPERATIVIDADE 
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Esse atributo é uma decorrência do poder extroverso do Estado (poder de império). Em 
virtude desse atributo, ao praticar um ato administrativo, a administração pública impõe 
unilateralmente sua vontade ao administrado, que deve observar essas determinações, 
independentemente de sua anuência. Por exemplo, ao diminuir a velocidade em determinada 
via, os motoristas, mesmo que não concordem com essa alteração, estão obrigados a obedecê-
la. 
Por outro lado, nem todos os atos administrativos possuem esse atributo, pois em 
determinadas situações a administração pública praticou o ato em decorrência de solicitação 
do administrado, não tendo imposto o mesmo de forma unilateral. Os atos negociaissão 
praticados quando o particular precisa da anuência da administração pública para praticar 
determinada atividade, como, por exemplo, a licença para dirigir, que não se trata de um ato 
que a administração “obrigou” o particular a observar, mas sim é um ato praticado mediante 
solicitação do mesmo. 
EXECÇÕES: 
 ATOS NEGOCIAIS: tratam-se de atos do administrado, que pretende exercer alguma 
atividade específica, somente o poderá fazer de forma lícita se obtiver a anuência da 
administração pública (autorização, permissão, licença, etc.). Nesses casos inexiste 
imperatividade, pois o próprio administrado que solicitou a prática do ato, não lhe 
sendo tal ato imposto pela administração pública. 
 ATOS ENUNCIATIVOS: São aqueles atos em que a administração declara um fato 
(certidão ou atestado) ou emite uma opinião ou juízo de valor (parecer), sem que tal 
manifestação produza diretamente, por si só, efeitos jurídicos. 
CLASSIFICAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
ATOS VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS 
 
ATO VINCULADO 
Os atos vinculados são aqueles que o administrador pratica sem exercer qualquer 
margem de escolha, isto é, ele não possui liberdade de decisão em tais atos, uma vez que a 
legislação fixou uma única conduta possível diante dessas situações, que deve ser 
obrigatoriamente adotada quando forem verificados os requisitos descritos na lei. 
ATO DISCRICIONÁRIO 
Os atos discricionários são aqueles em que o administrador possui certa liberdade de 
escolha ao praticar o ato, sempre realizada nos limites da lei, quanto ao seu conteúdo ou modo 
de realização. 
Nos atos discricionários, a lei concede determinada margem de escolha para o 
administrador agir. Ao realizar essa margem de escolha ele fará a análise do mérito 
administrativo, que se trata do juízo de conveniência e oportunidade realizado, levando em 
conta o caso concreto e o disposto na lei, de modo a praticar o ato da maneira que melhor atenda 
ao interesse público. 
Os atos discricionários possuem previsão na própria lei, que concede essa liberdade de 
atuação ao administrador, mas também encontramos a discricionariedade nos conceitos 
jurídicos indeterminados (por exemplo: boa-fé, conduta escandalosa na repartição, 
moralidade), que são institutos abertos, não conceituados de forma precisa pela lei, devendo o 
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administrador, no caso concreto, avaliar a situação, segundo seu juízo de conveniência e 
oportunidade. 
Importante ressaltar que não se trata de um poder absoluto da administração, pois a 
própria lei fixa os limites dessa margem de liberdade, além de também estarem condicionados 
ao princípio da proporcionalidade e razoabilidade, impedindo que essa margem de escolha seja 
feita de forma excessiva. 
ATOS GERAIS E INDIVIDUAIS 
ATOS GERAIS 
Os atos gerais são aqueles que possuem destinatários indeterminados, isto é, não é 
possível delimitar quem serão todas as pessoas atingidas por aquele ato. Eles traduzem 
situações normativas que serão aplicáveis a todos que se enquadrarem na situação narrada. 
Esses atos, em virtude desse conteúdo normativo que trazem, são dotados de 
generalidade. Por essa razão, os atos gerais também podem ser chamados de atos normativos. 
Os atos gerais não podem inovar no ordenamento jurídico, eles agem apenas no limite 
permitido pela lei, regulamentando as mesmas, a fim de lhes dar fiel execução. Desse modo, 
podemos afirmar que os atos gerais são sempre limitados e subordinados às leis. 
Principais características: 
 Se caracterizam por sua discricionariedade. 
 Prevalecem sobre os atos individuais. 
 Não possuem caráter permanente, podendo ser revogados a qualquer momento. 
 
 
Como exemplos de atos gerais podemos citar os decretos, as instruções normativas e 
resoluções. 
ATOS INDIVIDUAIS 
Os atos individuais caracterizam-se por possuírem destinatários certos (determinados), 
produzindo diretamente efeitos concretos, por meio da constituição ou da declaração de 
situações subjetivas. Independente do número de atingidos, o ato individual possui 
destinatários determinados. 
Caso o ato contemple um único destinatário, teremos um ato singular, mas caso ele 
destine-se a vários destinatários (que conforme vimos, são determinados), estaremos diante de 
um ato plúrimo. 
Principais características: 
 Podem ser discricionários ou vinculados. 
 A revogação de um ato individual somente pode ocorrer desde que se trate de ato 
discricionário e que não tenha produzido direito adquirido para o seu destinatário. 
ATO SIMPLES, COMPLEXO E COMPOSTO 
ATOS SIMPLES 
Esse tipo de ato é praticado mediante uma única manifestação de vontade, emanada de 
um único órgão. O ato simples se completa unicamente com essa manifestação de vontade, não 
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dependendo da manifestação de outros órgãos ou autoridades para completar seu ciclo de 
formação. 
ATO COMPLEXO 
O ato administrativo complexo é formado mediante a manifestação de vontade de dois 
ou mais órgãos distintos, que produzirão um único ato. Como exemplo, podemos citar a 
aposentadoria a investidura de um servidor em um cargo ou emprego público e uma portaria 
interministerial. 
ATO COMPOSTO 
O ato composto é aquele praticado pela manifestação de vontade de um órgão (ou dois), 
mas a sua edição ou produção de efeitos depende da aprovação de outro órgão (nesse caso, 
temos dois atos distintos). 
Como exemplo podemos citar uma dispensa de licitação que precisa ser homologada 
pela autoridade superior e demais atos que precisem ser ratificados ou homologados por outra 
autoridade distinta da que praticou o ato. 
ATOS DE IMPÉRIO, DE GESTÃO E DE EXPEDIENTE 
ATOS DE IMPÉRIO 
Os atos de império são impostos de forma unilateral e coercitivamente aos administrados, 
criando o dever de observância, independente da anuência dos mesmos. Exemplos: 
desapropriação, imposição de multa administrativa, interdição de estabelecimento, apreensão 
de mercadorias, etc. 
ATOS DE GESTÃO 
Os atos de gestão, apesar de ainda serem praticados sob o regime jurídico administrativo, 
não são exercidos com supremacia (sem superioridade) pela Administração Pública, isto é, 
assemelham-se aos atos praticados pelos particulares. São praticados pela administração na 
qualidade de gestora de seus bens e serviços (sem supremacia). Exemplos: alienação ou 
aquisição de bens, aluguel de prédio público, atos negociais, etc. 
ATOS DE EXPEDIENTE 
Os atos de expediente são atos internos, que não possuem conteúdo decisório e são 
relacionados ao andamento dos serviços. Exemplo: protocolo. 
PERFEIÇÃO, VALIDADE E EFICÁCIA DOS ATOS 
Esse tópico trata do ciclo de formação do ato e da possibilidade de sua produção de efeitos. 
Sob esses aspectos, podemos classificar os atos em perfeitos e imperfeitos; eficaz e ineficaz; e 
pendentes e consumados. 
ATO PERFEITO E IMPERFEITO 
Um ato será considerado perfeito quando tiver concluído todas as etapas do seu ciclo de 
formação, estando, portanto, concluído, terminado. A perfeição do ato refere-se ao processo de 
elaboração do ato, sendo considerado perfeito o ato cujas etapas de formação foram todas 
concluídas. 
ATO VÁLIDO E INVÁLIDO 
Importante notar que nem todo ato perfeito é necessariamente válido. 
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A validade diz respeito à conformidade do ato com a lei. Para um ato ser considerado 
válido, os seus elementos (requisitos de validade), devem ser todos respeitados. 
Desse modo, pode ocorrer de um ato ser considerado perfeito (concluiu todas as suas 
etapas), mas não ser válido (foi praticado pela autoridade incompetente, por exemplo). 
ATO EFICAZ E INEFICAZ 
A eficácia de um ato diz respeito a sua aptidão para produção de efeitos. 
Um ato eficaz é aquele que se encontra pronto para produção de seus efeitos, não 
dependendo, paratanto, de qualquer outra condição futura para isso. São atos não sujeitos a 
um termo inicial, a um ato de controle (como uma aprovação ou homologação, por exemplo) ou 
mesmo a alguma condição suspensiva. 
ATOS CONSTITUTIVOS (EXTINTIVOS E MODIFICATIVOS) E 
DECLARATÓRIOS 
Essa classificação leva em conta os efeitos que os atos produzem com a sua prática, 
variando sua nomenclatura de acordo com os resultados produzidos. Embora exista uma ampla 
divergência doutri-nária em torno dessa classificação, utilizaremos aqui os ensinamentos da 
ilustre doutrinadora MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, comumente adotada pelas bancas 
nesse ponto da matéria. 
ATOS CONSTITUTIVOS 
O ato constitutivo é aquele que cria, modifica ou extingue um direito ou situação jurídica 
do administrado. 
ATOS DECLARATÓRIOS 
São os atos em que a Administração Pública não constitui, modifica ou extingue uma 
situação, ela apenas reconhece um direito preexistente ao ato declaratório. Nesses tipos de atos 
o direito ou a situação já existe, ele apenas é declarado pelo ato. 
ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO 
A depender do ato praticado e de seu conteúdo, podemos classificá-los em cinco espécies 
distintas: 
 NORMATIVOS 
 ORDINATORIOS 
 NEGOCIAIS 
 ENUNCIATIVOS 
 PUNTIVOS 
 ATOS NORMATIVOS 
São aqueles que têm caráter abstrato e genérico para viabilizar o cumprimento da lei. Os 
atos normativos refletem comandos gerais e abstratos aplicáveis aos administrados que se 
enquadrem nas situações descritas. Embora possuam esse caráter de normatividade, eles são 
formalmente distintos das leis, não podendo inovar no ordenamento jurídico, uma vez que 
possuem o condão apenas de possibilitar a fiel execução das leis. 
Como exemplo, podemos citar: 
• Decreto: atos normativos exclusivo do chefe do executivo; 
• Regulamento: visa especificar mandamentos previstos ou não em leis; 
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• Regimento: tem força normativa interna e visa reger funcionamento de órgãos; 
• Resolução: expedidos pelas altas autoridades do executivo para regulamentar matéria 
exclusiva. 
• Deliberação: decisões tomadas por órgãos colegiados. 
 
ATOS ORDINATÓRIOS 
Os atos ordinatórios são atos internos, direcionados aos órgãos e subordinados, com a 
finalidade de disciplinar o funcionamento da administração pública e a atuação funcional de 
seus agentes. 
Esses atos decorrem do poder hierárquico da administração pública, sendo aplicáveis 
somente aos servidores que estiverem hierarquicamente subordinados à autoridade que 
exarou o ato. Em regra, não geram efeitos aos particulares. 
Também vale observar que os atos ordinatórios são hierarquicamente inferiores aos atos 
normativos, isto é, ao expedir um ato ordinatório, a autoridade administrativa deve observar 
os ditames traçados pelos atos normativos que tratem dessa matéria. 
São exemplos de atos ordinatórios as instruções, as portarias, as circulares internas, as 
ordens de serviço, os memorandos, etc. 
ATOS ORDINATÓRIOS - COPA DOI 
1. Circular 
2. Ofício 
3. Portaria 
4. Aviso 
5. Despacho 
6. Ordem de serviço 
7. Instrução 
 
• Instruções: orientação do subalterno pelo superior hierárquico de como desempenhar 
certa função; 
• Circulares: ordem escrita e uniforme expedida para determinados funcionários ou 
agentes; 
• Avisos: atos de titularidade de Ministros em relação ao Ministério; 
• Portarias: atos emanados por chefes de órgãos públicos aos seus subalternos 
determinando a realização de atos gerais ou especiais; 
• Ofícios: Comunicações oficiais realizadas pela Administração a terceiros; 
• Despachos administrativos: decisões tomadas pela Administração. 
ATOS NEGOCIAIS 
Os atos negociais são aqueles praticados em determinadas situações específicas, nas quais 
a legislação exige dos particulares uma prévia anuência da administração pública para que 
possam praticar licitamente determinada atividade. 
São atos de gestão, praticados pela administração sem o caráter de imperatividade, 
autoexecutoriedade e coercibilidade, uma vez que a prática de tais atos é feita mediante 
solicitação dos administrados. 
Assim, os atos negociais refletem uma manifestação unilateral de vontade por parte da 
administração pública (não se trata de um contrato, que é um ato bilateral), que consente que 
o administrado exerça determinada atividade ou direito. 
Em alguns casos, preenchidos os requisitos legais, a prática de tal ato é um dever da 
administração (ato vinculado), representando um direito subjetivo do administrado (por 
exemplo a licença para dirigir e o alvará para a abertura de um comércio). 
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Nesses atos negociais vinculados, a administração pública somente reconhece um direito 
que o administrado possui, uma vez que o mesmo preenche os requisitos para a prática de tal 
ato. Como representam um direito individual do requerente, eles possuem a característica da 
definitividade, não podendo ser revogados pela administração pública mediante seu juízo de 
conveniência e oportunidade. 
Em outras situações, a prática do ato represente um mero interesse do particular (e não 
um direito), cabendo à administração pública analisar a conveniência e oportunidade pela 
prática ou não do ato (por exemplo, a autorização e a permissão). 
Nesses atos negociais discricionários, a prática do ato não representa um direito subjetivo 
do administrado, podendo ser negada a prática do ato, ainda que os requisitos legais para a 
edição do mesmo hajam sido preenchidos. Como regra, tais atos são classificados como 
precários, pois a administração pública poderia revogá-los a qualquer momento, mediante seu 
juízo de conveniência e oportunidade, não gerando, a princípio, o direito de indenização para o 
particular. 
Principais atos negociais: 
 1) LICENÇA – ato vinculado e definitivo (não pode ser revogada) 
As licenças refletem um direito subjetivo do administrado, como, por exemplo, o alvará 
para a abertura de um estabelecimento comercial, a licença para dirigir, a licença para o 
exercício da profissão, a licença para construir, etc. 
É um ato vinculado e definitivo (não precário) em que a Administração concede ao 
Administrado a faculdade de realizar uma atividade. (construir, dirigir, exercer uma profissão, 
abrir um estabelecimento comercial). 
 
 2) AUTORIZAÇÃO – ato discricionário e precário (pode ser revogada) 
Por meio da autorização o particular obtém a possibilidade de utilizar um bem público ou 
de realizar determinada atividade privada, predominantemente de seu interesse, sem, 
entretanto, possuir direito subjetivo à prática de tal ato. 
 3) PERMISSÃO – ato discricionário e precário (pode ser revogada) 
Na permissão o particular necessita da anuência da administração pública para o 
exercício de determinada atividade, predominantemente de interesse coletivo. 
Atente-se para a diferença principal entre autorização e permissão. Na primeiro, o 
interesse predominante é do particular, já na segunda predomina o interesse coletivo. 
ATOS ENUNCIATIVOS 
Embora exista certa divergência doutrinária em torno dos atos enunciativos, utilizaremos 
os conceitos predominantemente adotados em provas. 
Os atos enunciativos não traduzem uma manifestação de vontade da administração 
pública, são apenas atos que emitem uma opinião, um juízo de valor, que declaram determinada 
situação. Esses atos não produzem efeitos jurídicos por si só, sendo dependentes de um outro 
ato para tanto. Por exemplo, uma certidão negativa de débitos perante a Fazenda Pública. A 
certidão não cria ou extingue o débito, ela não “limpa” ou “suja” o nome da pessoa, ela apenas 
demonstra uma situação preexistente. 
Os atos enunciativos, desse modo, adquirem seus efeitos em decorrência da lei (e não da 
mera atuação administrativa), não sendo passíveis de revogação. 
Exemplos de atos enunciativos: certidão, parecer, atestado e apostila, 
Certidão:são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes em 
processo, livros ou documentos que se encontrem na repartição pública; 
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Atestado: são atos pelos quais a Administração Pública comprova um fato ou uma 
situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes; 
Pareceres: são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua 
consideração. 
Apostila: aditamento, complemento, atualização de ato ou contrato. 
ATOS PUNITIVOS 
São aqueles atos por meio do qual a administração pública aplica uma sanção aos seus 
servidores e aos administrados com vínculo jurídico (poder disciplinar) e também aos 
administrados em geral (poder de polícia administrativa). 
Atos que emanam punições aos particulares e servidores. Assim, podem ser originados do 
Poder de Polícia ou do Poder Disciplinar. 
EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO 
ANULAÇÃO 
A anulação (também chamada de invalidação) é forma de extinção feita quando o ato está 
eivado de algum vício de ilegalidade ou ilegitimidade. Assim, na anulação utiliza-se um critério 
de legalidade para extinguir o ato. 
A súmula 473 do STF permite que a Administração Pública anule seus atos ilegais (pode 
ser feita pela própria autoridade que praticou o ato ou por seus superiores hierárquicos), de 
ofício ou mediante requerimento. Ao verificar um ato ilegal, a administração pública DEVE 
anular o mesmo (em alguns casos pode caber a convalidação, conforme veremos a frente). 
Trata-se de um dever de agir, não podendo o administrador simplesmente ignorar uma 
ilegalidade. 
Também cabe apreciação judicial nessas situações de violação do ordenamento jurídico, 
de modo que o Poder Judiciário também tem competência para anular os atos administrativos 
ilegais. Vale ressaltar que em virtude do princípio da inércia da jurisdição, o Poder Judiciário 
não age de ofício, mas somente se for devidamente provocado (alguém entra com uma ação 
pedindo a anulação do ato). 
A anulação alcança tanto os atos vinculados quanto os discricionários, pois ela é feita 
mediante um critério de legalidade, sem adentrar o mérito administrativo do ato. 
Uma vez realizada, a anulação opera efeitos retroativos à data da prática do ato (efeitos 
ex-tunc), desconstituindo todos os efeitos produzidos com a prática do ato. Por outro lado, 
devem ser resguardados os direitos do terceiro de boa-fé. Não há que se falar em direito 
adquirido nesse caso (pois de um ato nulo não decorre direito adquirido), mas os efeitos já 
produzidos antes da anulação em relação a um eventual terceiro que esteja de boa-fé devem 
ser mantidos. 
No âmbito federal, encontramos na Lei 9.784/99 (lei do Processo Administrativo Federal) 
um prazo decadencial de cinco anos para a administração pública anular os atos dos quais 
decorram efeitos favoráveis ao destinatário de boa-fé (se ele estiver de má-fé ou não existir 
prejuízo, a anulação poderá ser feita a qualquer momento). 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos 
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 
cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo 
comprovada má-fé”. 
REVOGAÇÃO 
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Na revogação o ato é válido, sendo a extinção feita por razões de interesse público. A 
revogação será realizada mediante um juízo de conveniência e oportunidade da administração 
pública, ao verificar que esse ato, embora válido, não atende mais ao interesse público. 
Embora o ato seja perfeito, válido e eficaz, sua existência deixou de ser oportuna e 
conveniente para a administração pública, que fará a supressão do mesmo. 
Como a revogação é feita mediante um critério de mérito, somente a própria 
administração pública que praticou o ato poderá realizá-la (de ofício ou a requerimento), não 
cabendo ao Poder Judiciário revogar atos administrativos. 
Vale salientar que o Poder Judiciário, no exercício de sua função atípica de administrar, 
poderia revogar seus próprios atos. Nesse caso ele não está atuando na sua função jurisdicional, 
mas sim como um administrador, que pode, conforme vimos, anular e revogar seus próprios 
atos, embasado na súmula 473 do STF. 
Enquanto a anulação representa um dever da administração pública, a revogação 
PODERÁ ser feita, sendo uma atuação discricionária da administração (ela não é obrigada a 
revogar, somente o faz se reputar conveniente e oportuno) 
A revogação somente poderá ser feita em atos discricionários, uma vez que inexiste 
análise do mérito administrativo em atos vinculados. 
Uma vez realizada, a revogação opera somente efeitos prospectivos (ex nunc – daqui para 
frente), ou seja, ela possui efeitos não retroativos. 
A revogação poderá ser realizada a qualquer momento, entretanto, alguns atos não 
podem ser revogados, vejamos alguns exemplos: 
 Atos consumados (que já exauriram seus efeitos, por exemplo, uma licença que já foi 
usufruída) 
 Atos vinculados (aqui o administrador não tem liberdade para exercer o mérito 
administrativo) 
 Atos que geraram direito adquirido 
 Atos que integram um procedimento (pois a cada novo ato praticado, ocorre a 
preclusão do anterior) 
 Os atos enunciativos (seus efeitos decorrem da lei, como por exemplo a certidão, o 
atestado, o parecer, etc.) 
EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
CASSAÇÃO 
A cassação é modalidade de extinção do ato administrativo em decorrência de o seu 
destinatário ter deixado de preencher alguma condição necessária para a continuidade do 
mesmo. Nesse caso, a extinção do ato tem caráter de penalidade, uma vez que o administrado 
descumpriu alguma regra imposta para a permanência do ato. 
CADUCIDADE 
A caducidade é a extinção do ato administrativo em virtude da vigência de uma nova 
legislação, que é incompatível com a manutenção do ato, que agora se encontra contrário a nova 
ordem jurídica. Vale ressaltar que não se trata de ato ilegal, pois quando o mesmo fora 
praticado, estava em consonância com a legislação vigente. 
EXTINÇÃO NATURAL 
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 Ela desfaz um ato pelo mero cumprimento dos seus efeitos Ex: Uma permissão de uso 
com prazo certo (dois meses). Será extinta com o fim do prazo. 
EXTINÇÃO SUBJETIVA 
Ocorre quando o sujeito beneficiado pelo ato desaparece. Ex: A autorização para porte 
extingue-se com o falecimento deste. 
 
EXTINÇÃO OBEJTIVA 
Ocorre quando o próprio objeto do ato desaparece. Ex: interdição de um estabelecimento 
que fechou. 
CONTRAPOSIÇÃO 
A contraposição é a extinção de um ato administrativo em virtude da prática de um novo 
ato, que possui efeitos opostos ao ato anterior. Nesse caso temos um ato extinguindo outro ato, 
em virtude de esse novo ato possuir um efeito oposto ao do primeiro. Ex: A exoneração é 
contraposta a nomeação. 
CONVALIDAÇÃO 
Enquanto na extinção um ato é retirado do mundo jurídico, na convalidação temos a 
manutenção do mesmo, em virtude da correção de seus vícios. 
No caso de um ato ser ilegal, a administração tem o dever de anular o mesmo, entretanto, 
caso se trate de um vício sanável, ela poderá, em vez de anular esse ato, proceder à convalidação 
do mesmo, isto é, ela “conserta” o vício existente nesse ato, de forma a garantir a permanência 
do mesmo. 
Quando feita, a convalidação produz efeitos retroativos (ex-tunc) à data da prática do ato, 
isto é, o ato agora será considerado válido desde sua prática, como se jamais houvesse ocorrido 
tal vício. 
Também é importante salientar que a convalidação poderá ser realizada tanto em atos 
discricionários quanto em atos vinculados, desde que presente os requisitos para a realização 
da mesma. 
Embora exista certa discussão doutrinária, prevalece que convalidar um ato 
administrativo é uma discricionariedade do administrador, o que vai ao encontro do disposto 
na Lei9.784/99, que diz que os atos que possuírem defeitos sanáveis poderão ser convalidados: 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao 
interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem 
defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria 
Administração. 
Para que a convalidação seja feita, alguns requisitos cumulativos devem ser observados: 
 Tratar-se de vício sanável 
 Não haver lesão ao interesse público 
 Não gerar prejuízo a terceiro 
 
Somente vício existente na competência e/ou na forma é que admitiriam convalidação. 
Um vício no elemento finalidade, motivo e objeto jamais poderia ser convalidado, tratando-se 
de vícios insanáveis. 
Quando um vício admitir sua convalidação, temos um ato anulável (aquele que embora 
seja ilegal, pode ser corrigido). Por outro lado, tratando-se de um vício que não admite 
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convalidação, teremos um ato nulo (aquele que somente será anulado, não admitindo sua 
convalidação). 
Entretanto, nem todos os vícios no elemento competência ou forma admitem 
convalidação. Um vício no elemento competência somente poderá ser sanado caso se trate de 
uma regra de competência privativa (aquela que pode ser delegada) e em razão da pessoa. Caso 
se trate de competência exclusiva (que não admite delegação) ou em razão da matéria, tal vício 
não poderá ser convalidado. 
Os vícios no elemento forma, como regra geral admitem convalidação. Entretanto, quando 
se tratar de uma forma essencial à validade do ato, não será admitida a convalidação desse vício. 
Assim, no que tange aos elementos do ato administrativo e a convalidação, podemos 
resumir da seguinte forma: 
 
 Competência – admite (salvo competência exclusiva ou em razão da matéria) 
 Finalidade – jamais admite 
 Forma – admite (salvo forma essencial) 
 Motivo – jamais admite 
 Objeto – jamais admite 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. O aluguel, pelo TCDF, de espaço para ministrar cursos de especialização aos seus 
servidores constitui ato administrativo, ainda que regido pelo direito privado. 
Certo ( ) Errado ( ) 
2. Os atos administrativos podem ser exarados por órgãos públicos ou por particulares 
mediante delegação. 
Certo ( ) Errado ( ) 
3. A construção de uma ponte pela administração pública caracteriza um fato 
administrativo, pois constitui uma atividade pública material em cumprimento de 
alguma decisão administrativa. 
Certo ( ) Errado ( ) 
4. O conceito de ato administrativo é o mesmo de ato jurídico, diferindo o primeiro do 
segundo por ser aquele uma categoria informada pela administração de áreas meio. 
Certo ( ) Errado ( ) 
5. A competência, finalidade, forma, o motivo, objeto e a legalidade são considerados 
requisitos dos atos administrativos. 
Certo ( ) Errado ( ) 
6. A competência pública conferida para o exercício das atribuições dos agentes públicos é 
intransferível, mas renunciável a qualquer tempo. 
Certo ( ) Errado ( ) 
7. O ato administrativo eivado de vício de forma é passível de convalidação, mesmo que a 
lei estabeleça forma específica essencial à validade do ato. 
Certo ( ) Errado ( ) 
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21 
 
8. Caso um analista administrativo pratique ato cuja competência técnica incumba a seu 
superior hierárquico, tal ato será nulo em razão da incompetência do agente. 
Certo ( ) Errado ( ) 
9. Conforme a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo vincula-
se aos motivos que o determinaram, sendo, portanto, nulo o ato administrativo cujo 
motivo estiver dissociado da situação de direito ou de fato que determinou ou autorizou 
a sua realização. 
Certo ( ) Errado ( ) 
10. O objeto do ato administrativo deve guardar estrita conformação com o que a lei 
determina. 
Certo ( ) Errado ( ) 
11. Enquanto não for declarada a invalidade do ato administrativo pela administração ou 
pelo Poder Judiciário, o ato inválido produzirá normalmente seus efeitos. 
Certo ( ) Errado ( ) 
12. O atributo que consiste na possibilidade de certos atos administrativos serem decididos 
e executados diretamente pela própria administração, independentemente de ordem 
judicial, denomina-se autoexecutoriedade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
13. As multas de trânsito, como expressão do exercício do poder de polícia, são dotadas de 
autoexecutoriedade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
14. Imperatividade é o atributo com base no qual o ato administrativo pode ser praticado 
pela própria administração sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário. 
Certo ( ) Errado ( ) 
15. A imperatividade é atributo presente apenas nos atos administrativos que imponham 
restrições de direitos, não se aplicando aos atos ampliativos de direitos. 
Certo ( ) Errado ( ) 
16. O atributo da tipicidade do ato administrativo impede que a administração pratique atos 
sem previsão legal. 
Certo ( ) Errado ( ) 
17. Na classificação dos atos administrativos, um critério comum é a formação da vontade, 
segundo o qual, o ato pode ser simples, complexo ou composto. O ato complexo se 
apresenta como a conjugação de vontade de dois ou mais órgãos, que se juntam para 
formar um único ato com um só conteúdo e finalidade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
18. A concessão de autorização para porte de arma consiste em ato discricionário e precário 
da administração, podendo ser revogada a qualquer momento. 
Certo ( ) Errado ( ) 
19. Uma diferença entre a revogação e a anulação de um ato administrativo é a de que a 
revogação é medida privativa da administração, enquanto a anulação pode ser 
determinada pela administração ou pelo Poder Judiciário, não sendo, nesse caso, 
necessária a provocação do interessado. 
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22 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
20. A revogação aplica-se a atos praticados no exercício da competência discricionária. 
Certo ( ) Errado ( ) 
21. A administração pública poderá revogar atos administrativos que possuam vício que os 
torne ilegais, ainda que o ato revogatório não tenha sido determinado pelo Poder 
Judiciário. 
Certo ( ) Errado ( ) 
22. Determinado tribunal de contas editou ato administrativo, que foi considerado ilegal. 
Nessa situação, ainda que o ato seja válido, a administração, no exercício do poder 
discricionário, poderá cassar o ato administrativo, preservando os efeitos anteriores à 
data da cassação. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
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AGORA EU PASSO! 
23 
 
 
GABARITO 
 
1. ERRADO 
2. CORRETO 
3. CORRETO 
4. ERRADO 
5. ERRADO 
6. ERRADO 
7. ERRADO 
8. ERRADO 
9. CORRETO 
10. CORRETO 
11. CORRETO 
12. CORRETO 
13. ERRADO 
14. ERRADO 
15. CORRETO 
16. CORRETO 
17. CORRETO 
18. CORRETO 
19. ERRADO 
20. CORRETO 
21. ERRADO 
22. ERRADO 
 
 
 
 
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